Após nove meses no Vasco, William Barbio, enfim, teve sua oportunidade entre os titulares. O jogo, para muitos, nem valia muita coisa, apenas uma garantia da liderança num Grupo B da Taça Guanabara, no qual já está classificado. Para o cabeludo camisa 44, no entanto, a chance era de ouro, e ele soube aproveitar.
Veloz, apresentou-se como a opção pelas pontas que o técnico Cristovão Borges tanto buscava depois que Eder Luis se machucou. Treinando quase sem ser percebido na Colina, não fosse o estilo rastafári, ele fez do jogo sua decisão e foi coroado com um gol – o primeiro no clube – e uma participação direta no primeiro, marcado por Alecsandro. Sob os gritos de "Uh, é cabeleira!", vindos da arquibancada, ele dimensionou a importância desta partida para ele.
– Encarei como uma Copa do Mundo para mim. Nosso time já está classificado, mas entramos para ganhar. Tive a oportunidade e estou conseguindo aproveitar da melhor maneira possível – disse, ainda no intervalo da partida.
Para os que ainda tentavam uma descrição para o seu futebol, ele se auto-definiu:
– Sou um jogador rápido, gosto de jogar pela ponta, no contra-ataque, assim como o Eder Luis.
No início do segundo tempo, de tanto correr, saiu mancando, mas eram apenas cãibras. Enquanto era carregado, ainda sentiu o gostinho de ser novamente ovacionado pela galera com o apelido que, ao que parece, emplacará na Colina.
William Barbio, até então, só tinha atuado pelo Vasco em três jogos. Todas as vezes nesta temporada e entrando no segundo tempo. Ele veio do Nova Iguaçu.
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