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sábado, 20 de setembro de 2014

GRÊMIO E SANTOS EMPATAM SEM GOLS, E CASO ARANHA ROUBA A CENA NA ARENA

Grêmio x Santos - aranha (Foto: Marcos Ribolli)
Havia duas partidas sendo disputadas na noite desta quinta-feira, na Arena do Grêmio. Uma delas era a extensão do duelo de 28 de agosto, pela Copa do Brasil, marcado pelas injúrias raciais contra o goleiro Aranha. A outra, a verdadeira, válida pela 22ª rodada do Brasileirão, era o embate entre Grêmio e Santos. Não tem como haver vencedores num indesejável tira-teima entre torcida e jogador, até porque não deveria ser natural no futebol ficar na expectativa por xingamentos e confusões. Menos mal que nada de mais grave foi registrado, além de insistentes vaias sem ofensas racistas e a resposta crítica do atleta aos microfones. Assim, ainda será possível falar de futebol - pouco de bom quanto ao futebol. Com ataques pouco produtivos e defesas cirúrgicas do protagonista - em todos os sentidos - Aranha, os times ficaram no 0 a 0.
O resultado se deve muito às equipes, que mostraram dificuldades de armação e conclusão. Felipão e Enderson Moreira, que reencontrava o Tricolor 53 dias após a demissão, fizeram o que podiam, trocando várias peças ofensivas. Em vão. E, quando o Grêmio acertou o alvo, havia Aranha, ágil para espantar arremates de Lucas Coelho. Aranha soma agora 270 minutos em três jogos contra o Grêmio no ano, sem nenhum gol sofrido.
O 0 a 0 não agrada a ninguém. O Grêmio até livrou um ponto do Fluminense (36 a 35) e foi a quinto, mas perdeu a chance de ingressar no G-4 - o Corinthians empatara com a Chapecoense. O Santos mantém sua campanha intermediária, com a nona colocação e seus 30 pontos. Ambos jogam no domingo, às 18h30, em casa. O Tricolor recebe a Chapecoense na Arena, enquanto o Peixe duela com o Figueirense, na Vila Belmiro.
Vaias e crítica roubam a cena no primeiro tempo
Foram 22 dias de intervalo desde a noite em que Aranha foi ofendido por torcedores, no 2 a 0 do Santos pela Copa do Brasil, com um turbilhão de fatos e polêmicas invadindo a rotina dos clubes. O Grêmio foi excluído da Copa do Brasil e ainda tenta mudar a decisão nos tribunais. Para Aranha, a vida também mudou. Foi cercado de perguntas sobre o assunto durante essas semanas e, depois de algum tempo, aceitou perdoar a torcedora flagrada chamando-o de macaco.
Ao entrar em campo para o novo duelo, a pressão não seria menor. Começou cedo, no primeiro tempo, já que Aranha se postou exatamente na trave em que estourara a polêmica. Bem vigiada pelo sistema de câmeras da Arena, a torcida procurou apenas vaiar o goleiro. No máximo, palavrões que em nada se aproximam de injúrias raciais.
Aranha também teve trabalho para fazer o que sabe de melhor, evitar gols. Antes do 20 minutos, Lucas Coelho, alçado a titular após lesão de última hora de Barcos, arriscou duas vezes. Ambas foram desviadas pelo goleiro, sendo que a última ainda bateu no poste. O Grêmio foi superior durante todo o primeiro tempo, mas faltou manter a blitz inicial. Bem postado, o Santos conseguiu, aos poucos, controlar o time de Felipão. No entanto, pouco ameaçou Marcelo Grohe, mais de 400 minutos sem levar gols.
Embora bem em campo, Aranha se incomodou com a postura incisiva da torcida rival. No intervalo, disparou:
- Tenho de fazer o meu trabalho, mas é triste. Se tiver de dar desculpas para esse povo, não vou dar, não.

Vaias sossegam... e jogo também

Foi de Damião a primeira finalização santista, mal executada no segundo tempo. Mas a noite não parecia ser de centroavantes. Logo depois, Lucas Coelho voltou a errar, ao bater fraco em frente a Aranha. Se as vaias ao goleiro amainaram na etapa final, o panorama do que realmente deveria importar - a bola rolando - não se alterou. Muita pressão gremista, mas pouca competência para armar jogadas com qualidade. Do lado santista, Geuvânio entrou no lugar de Damião para tentar dar mais velocidade. Em vão. Felipão respondeu ao sacar Luan e colocar Fernandinho. Também inócuo.
O talento isolado de Robinho quase decidiu, aos 34 minutos, em contragolpe. Que só não foi fatal porque Geromel conseguiu ser ainda mais esperto, ao desarmar o santista. Mas, no fim das contas, o bom futebol definitivamente não havia sido convidado para um reencontro que, desde seu início, já dava indícios de que seria muito mais do que uma partida qualquer.

TRIO OFENSIVO DECIDE NO PRIMEIRO TEMPO, E GALO VENCE GOIÁS POR 3 A 2

Goiás x Atlético-MG (Foto: Carlos Costa / Futura Press)
Em noite de gala de Dátolo, Guilherme e Carlos, o Atlético-MG atropelou o Goiás no primeiro tempo. Teve facilidade para criar oportunidades e marcou três vezes no Serra Dourada. O Alviverde melhorou na segunda metade, e Erik e Jackson descontaram, mas não evitaram a segunda derrota consecutiva, desta vez por 3 a 2. O time não pôde contar com o técnico Ricardo Drubscky, ausente por causa de virose.
Se o argentino Dátolo contribuiu com duas assistências, Guilherme marcou dois gols e ainda viu o companheiro Carlos praticamente decretar o triunfo, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem seu comandante, o Goiás teve à beira do gramado o auxiliar Gilberto Fonseca, que apenas assistiu ao baile mineiro para 3.441 pagantes. Com direito a grito de "olé" por parte da torcida atleticana, já que a reação verde foi tardia e insuficiente.
Com a vitória, o Atlético-MG foi a 34 pontos e pulou para o sétimo lugar. Já o Goiás segue estacionado na 12ª colocação, com 27. Os goianos voltam a campo no domingo, às 18h30, e recebem o Palmeiras. No mesmo dia, mas às 16h, os mineiros têm pela frente o clássico com o Cruzeiro, no Mineirão.
Galo decide no primeiro tempo
O Goiás era o mandante, mas em momento algum o Atlético-MG se sentiu desamparado. Empurrado por uma torcida barulhenta, ainda que pequena, o time mineiro mandou desde o início do jogo e não demorou a criar boas oportunidades. Carlos foi o primeiro a assustar, mas coube a Guilherme abrir o placar. Aos 17 minutos, após ótimo lançamento de Dátolo, o atacante recebeu nas costas da defesa e encobriu Renan: 1 a 0.
O trio ofensivo formado por Dátolo, Guilherme e Carlos se mostrava infernal. Enquanto Erik e Samuel sequer conseguiam segurar a bola no ataque para o Goiás, o Atlético-MG se preparava para dar o bote. E o fez na reta final do primeiro tempo. Se Jô esteve discreto, Guilherme apareceu mais uma vez e, aos 41, completou cruzamento de Carlos para ampliar. Faltava o de Carlos. Três minutos depois, ele recebeu passe açucarado do meia argentino e bateu na saída de Renan: 3 a 0.
O Goiás, apático e desorganizado na primeira etapa, mudou de perfil após o intervalo. Cresceu, buscou o ataque e conseguiu neutralizar o Atlético-MG, que diminuiu o ritmo e agrediu menos. A reação esmeraldina deu frutos, ainda que tardia. Erik e Jackson descontaram, respectivamente, aos 33 e 48 minutos. O relógio já indicava o fim da partida, e a vitória mineira estava sacramentada.

CHAPECOENSE AMARRA CORINTHIANS E ARRANCA EMPATE EM ARENA PAULISTA

Corinthians x Chapecoense (Foto: Agência Estado)
Mano Menezes resolveu mudar o Corinthians na noite desta quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, e testar mais uma formação para combater a irregularidade da equipe, escalando Malcom e Jadson. A Chapecoense, porém, não esteve nem aí para as tentativas do treinador corintiano. O time catarinense mandou no segundo tempo, arrancou um empate por 1 a 1, graças a gol contra de Ferrugem, e por muito pouco não conseguiu a virada. O jovem Malcom, de 17 anos, abriu o placar para o Timão, marcando seu primeiro gol como profissional.
Com o empate na partida pela 22ª rodada, o Alvinegro foi a 37 pontos e se mantém na quarta colocação. Já a Chape, agora com 24 pontos, permanece na 14ª posição, mas com dois de vantagem para o Botafogo, 17º e primeiro integrante do Z-4.
O Corinthians volta a campo no domingo, às 16h, para enfrentar o São Paulo, em casa. No mesmo dia, mas às 18h30, a Chapecoense recebe o Grêmio, na Arena Condá, ambos pelo Campeonato Brasileiro.
O jogo
Com Jadson na vaga de Renato Augusto, Mano Menezes deixou claro que o pensamento do Corinthians estava no clássico contra o São Paulo, domingo. Como o contrato do camisa 10 o impede de enfrentar o Tricolor, o treinador optou por dar uma chance ao meia diante dos catarinenses - assim, guardou Renato Augusto para o Majestoso. Mas a maior surpresa da escalação foi a presença de Malcom, de apenas 17 anos, entre os titulares. O garoto precisou de apenas nove minutos para corresponder e deixar o comandante satisfeito. Recebeu na direita, cortou para dentro e bateu de pé esquerdo: 1 a 0.
A empolgação inicial, porém, acabou antes mesmo dos dez minutos de jogo. À exceção de um lance em que Guerrero reclamou com razão de pênalti em disputa com Fabiano, a euforia corintiana, dentro e fora de campo, foi diminuindo aos poucos. A Chapecoense, então, cresceu e, no segundo tempo, tomou conta do jogo. Logo aos quatro minutos da etapa final, Ferrugem se atrapalhou sozinho após cruzamento da esquerda e marcou contra. O gol empolgou os catarinenses, que dominaram o meio-campo e só não viraram a partida porque Fábio Santos salvou chute de Fabinho Alves em cima da linha, aos 34. O Corinthians, totalmente descoordenado, errava passes simples e, por isso, não conseguiu reagir. Melhor para a Chape.

CORITIBA VENCE O SÃO PAULO DE VIRADA, RESPIRA, E BRASILEIRÃO "VOLTA AO NORMAL"

São Paulo x Coritiba (Foto: Joka Madruga / Futura Press)
Se o Cruzeiro não conseguiu parar a reação do São Paulo, o Coritiba fez o serviço direitinho. Na noite desta quarta-feira, no Couto Pereira, o time paranaense venceu o vice-líder, de virada, por 3 a 1, e ganhou fôlego na disputa contra a degola. Michel Bastos abriu o placar, mas Hélder e o camaronês Joel, duas vezes, acabaram com a sequência de nove jogos sem perder do Tricolor..

A vitória sobre o São Paulo tirou momentaneamente o Coritiba da zona de rebaixamento da Série A do Brasileirão. Agora com 23 pontos, o time paranaense está na 15ª colocação e terá um respiro para se reencontrar no campeonato. Já o time do Morumbi viu a pressão no líder Cruzeiro esfriar. Com a vitória da Raposa sobre o Atlético-PR e a derrota Tricolor, a diferença entre eles voltou a ser de sete pontos na 22ª rodada da competição.



O São Paulo tem clássico pela frente na próxima rodada do Campeonato Brasileiro. No domingo, às 16h, o time do Morumbi encara o Corinthians, na Arena de Itaquera. Será a primeira vez do Tricolor na casa corintiana. Nos mesmos dia e horário, o Coritiba visita o Sport, na Ilha do Retiro, no Recife.
O jogo
A partida começou estranha. Primeiro porque Rogério Ceni, poupado por conta de tendinite no joelho esquerdo, não estava no gol do São Paulo – Denis o substituiu. Depois, porque Alex, experiente meia do Coritiba, tentou imitar Maradona aos cinco minutos. Após lançamento para a área, ele desviou com a mão para o gol. Levou cartão amarelo, o terceiro, e está fora da próxima partida do Coxa.
Foi o time paranaense que tomou a iniciativa do jogo. Mais pelo desespero do que pela técnica. Ao São Paulo, sem Kaká, suspenso, restou esperar o momento certo para encaixar. A primeira ótima chance surgiu só aos 37 minutos, quando Auro tabelou com Pato e chutou cruzado. Para fora. Aos 46, porém, Michel Bastos, substituto de Kaká, bateu de primeira após ajeitada de Pato e abriu o placar: 1 a 0.

Apesar da vantagem, o Tricolor não conseguia dar o mesmo ritmo que o fez crescer na tabela. Abaixo do que apresentou nas partidas anteriores, o time de Muricy Ramalho não teve criatividade. Faltou também pegada. Algo que o Coritiba mostrou para virar a partida em três minutos. Empatou aos 14, em chute de Hélder, de fora da área, e fez o segundo, aos 17, com Joel.

O Coritiba esteve mais perto do terceiro gol do que o São Paulo do segundo. Muricy, então, resolveu mexer. Promoveu o retorno de Luis Fabiano, recuperado de lesão muscular – Denilson saiu. Depois, Pato foi substituído para a entrada de Osvaldo. Não adiantou. O Coritiba se fechou na defesa, pressionou no contra-ataque e chegou ao terceiro gol, novamente com Joel, que caiu no túnel do vestiário na comemoração. Alegria garantida.

COM DIREITO A POLÊMICA, PALMEIRAS E FLA EMPATAM, E VERDÃO ENTRA NO Z-4

Palmeiras x Flamengo - Alecsandro (Foto: Agência Estado)
Um tempo para o Flamengo, um tempo para o Palmeiras, e tudo igual no placar do Pacaembu. Em mais um jogo com arbitragem polêmica, cariocas e paulistas empataram por 2 a 2 na noite desta quarta-feira, pela 22ª rodada do Brasileirão. Pior para o Verdão, que entra na zona de rebaixamento e volta para casa ainda de cabeça cheia, questionando um toque de mão de Eduardo da Silva no segundo gol rubro-negro, marcado por Alecsandro, e um pênalti não marcado em Henrique. Canteros abriu o placar para os visitantes, enquanto Diogo e Victor Luis fizeram a festa dos palmeirenses, que não pouparam as gargantas para apoiar a equipe. Valdivia foi expulso.
A entrada do chileno, por sinal, foi determinante para que o Palmeiras ganhasse sobrevida. Polêmicas à parte, o Flamengo conseguiu dominar as ações na etapa inicial e usou a situação delicada do rival a seu favor. Bem postado, o Rubro-Negro apostou na velocidade do contragolpe e abriu vantagem. A saída de Cáceres no intervalo, entretanto, desmontou o setor defensivo. Com a inteligência de Valdivia, o Verdão reagiu e pressionava, até que o camisa 10 pisou em Amaral após cometer falta e colocou tudo por água abaixo. Tudo isto para um público de 20.587 pessoas (19.350 pagantes), que gerou uma renda de R$ 464.752,50.
Com o empate, o Palmeiras é o 18º colocado, com 22 pontos, e encara o Goiás, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Serra Dourada. Já o Flamengo pulou para 29 pontos, se manteve na décima posição, e terá pela frente o clássico com o Fluminense, também no domingo, às 16h, no Maracanã.
O Flamengo entrou em campo como franco-atirador. Em situação bem mais tranquila no Brasileirão, deixou a bola com o Palmeiras, à espera de espaços para contra-atacar diante de um rival pressionado. E a estratégia deu certo. Logo aos 12 minutos, João Paulo apareceu bem pela esquerda e cruzou para trás. Juninho se atrapalhou todo e foi desarmado por Canteros, que limpou a jogada e chutou bonito para abrir o placar. Era tudo que os cariocas queriam, e a pressão sobre o Verdão aumentava a cada toque na bola, com direito a vaias.
Organizado, o Rubro-Negro seguia apostando na velocidade, e aos 31 já tinha 2 a 0 no placar. Em raro avanço ao ataque, Léo Moura descolou lindo passe para Eduardo da Silva. O croata dividiu com Deola, contou com a ajuda do braço para levar a melhor e tocou para Alecsandro escorar de cabeça. Nova polêmica envolvendo o Fla. E não parou por aí, antes do fim da etapa inicial, João Paulo deu tranco em Henrique no ar dentro da área. Os paulistas pediram pênalti, ignorado pelo gaúcho Anderson Daronco.
- Para ser sincero, a bola pegou de raspão (na mão), mas não tive a intenção. É do futebol. Se o árbitro quisesse, dava, mas não deu e faz parte. A vitória é merecida - disse Eduardo da Silva na descida para o vestiário sobre o lance do gol.
Com a corda no pescoço, o Palmeiras se jogou para cima do Flamengo no segundo tempo e conseguiu, logo aos dois minutos, o que precisava: um gol para incendiar a torcida e mudar o astral do time. Após chutão de Lúcio, Diogo ganhou de Léo Moura e tocou no canto de Paulo Victor para voltar a balançar as redes depois de mais de um ano - o último tinha sido contra o Fluminense, em 14 de setembro do ano passado. Sem Cáceres, substituído por Amaral no intervalo, o Rubro-Negro se perdeu defensivamente, recuou e chamou o rival para o seu campo. O Verdão pressionou e empatou aos 21, quando Valdivia tocou para Victor Luís, que ganhou de Luiz Antonio e encheu o pé. Gol, sem chances para Paulo Victor.
Os paulistas se mantinham no campo de ataque, até que o chileno mostrou o seu conhecido destempero, pisou em Amaral em disputa de bola e foi expulso. A partir daí, o empate passou a ser lucro. O Fla até assustou com Élton e Alecsandro, mas ninguém foi capaz de tirar o 2 a 2 do placar. Melhor para os cariocas, sete pontos acima da zona de rebaixamento, onde agora está o Verdão.

EXPULSÕES, BRONCA DO SHEIK E GOLS: BAHIA VIRA SOBRE O BOTAFOGO NO RIO

Emerson, Botafogo X Bahia (Foto: Vitor Silva / SSpress)
Dois minutos. É pouco tempo para realizar a maioria das tarefas diárias de qualquer atividade. Mas no futebol a cronologia é diferente. Em dois minutos, é improvável, mas não impossível, por exemplo, sair mais de um gol. Não é comum também ter dois jogadores expulsos. Porém, assim o Botafogo teve seu time desestruturado na noite desta quarta-feira, no Maracanã com o pequeno público de 4.678 pagantes, com 5.216 presentes (renda de R$ 106.275,00). Perdeu Ramírez e Emerson Sheik em sequência por cartão vermelho. O Bahia ganhou a superioridade numérica em campo. E no placar. De tanto tentar, aos 45 minutos do segundo tempo, os baianos fecharam em 3 a 2, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Parecia que a noite seria de Emerson Sheik para o protagonismo do bem. O atacante voltou ao time após ausência por problemas médicos durante três rodadas. Marcou os dois gols alvinegros, um deles de pênalti. No entanto, a expulsão no segundo tempo mudou tudo. Ele se irritou, disse para as câmeras que a CBF "é uma vergonha" e não pôde ver os gols de Maxi Biancucchi e Branquinho - Dankler, contra, marcou no primeiro tempo. Ramírez, dois minutos antes, havia levado vermelho também. Julio Cesar, assim que soou o apito final, foi outro a ser expulso. Os jogadores tentaram evitar falar. O capitão Jefferson aceitou conversar com a imprensa e considerou "um roubo" o que aconteceu.

Com a vitória, o Tricolor baiano fugiu da zona de rabaixamento do Campeonato Brasileiro, com 23 pontos. Empurrou justamente o Alvinegro para o Z-4, agora em 17º, com 22. O Botafogo volta a campo no sábado, às 21h (horário de Brasília), no Heriberto Hülse, contra o Criciúma. O Bahia tem um clássico contra o Vitória, na Fonte Nova, no domingo, às 16h.
Sheik brilha, Dankler falha
O desafogo encontrado pelos dois times foi jogar pelas laterais. O meio de campo congestionado dificultou a criatividade. E os times passaram a apostar mais nos cruzamentos. No primeiro tempo, 13 bolas levantadas pelo Botafogo e cinco pelo Bahia. Os cariocas arriscaram mais. Acabaram recompensados com a bola na medida levantada por Ramírez e concluída por Emerson Sheik de cabeça: 1 a 0.
Só que a fase alvinegra não é das melhores. Dankler escorou contra a própria meta e enganou Jefferson ao tentar cortar um cruzamento. O Glorioso finalizava mais, tinha 56% de posse de bola. Até que conseguiu desempatar. Ao defender o chute de Zeballos, Marcelo Lomba evitou o gol, mas a bola resvalou na mão de Railan. Em lance duvidoso, o árbitro Igor Junio Benevenuto assinalou a infração. Sheik converteu novamente, desempatando.
Polêmicas e vitória baiana

Gilson Kleina voltou do intervalo disposto a mandar o time para a frente. Trocou dois meias por dois atacantes: Maxi Biancucchi no lugar de Léo Gago e Emanuel Biancucchi por Marcos Aurélio. Destacou-se, porém, um volante. Uelliton dividiu a bola com Ramírez. O botafoguense se irritou, empurrou o adversário e foi expulso direto. Emerson Sheik, já com um amarelo por reclamação, cometeu falta dois minutos depois, aos 14, e também acabou punido com o cartão vermelho. O camisa 7 saiu revoltado, procurou a câmera e disse taxativamente: “CBF, você é uma vergonha! Vergonha! Vergonha!”
Julio Cesar mostrou que com menos dois ainda é possível assustar. O lateral penetrou na área, fez boa jogada e chutou. Lomba defendeu. O Botafogo, naturalmente, recuou. Era, talvez, a única opção. O Bahia demorou até achar o caminho certo. Maxi Biancucchi aproveitou a tabelinha com Guilherme para empatar. A pressão seguiu. Kieza chegou a virar, sozinho na pequena área. O impedimento marcado gerou dúvidas. A dúvida acabou aos 45 minutos. Branquinho virou, e o Bahia venceu e passou o Botafogo na tabela. 

FIGUEIRA E TIGRE EMPATAM EM NOITE DE ERROS E HERÓIS ÀS AVESSAS EM FLORIPA

Fabio Ferreira, Figueirense X Criciúma  (Foto: Getty Images)
Dois nomes saíram do banco de reservas para entrar e alterar os rumos do encontro entre Figueirense e Criciúma, na noite desta quarta-feira, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Não para o bem, mas para o mal e para o empate por 1 a 1. William Cordeiro e Paulo Baier foram os heróis às avessas no Orlando Scarpelli. As mudanças deram outro panorama para o jogo, mas não na tabela para alvinegros e tricolores.
O Criciúma tinha o jogo nas mãos, o controle e a vantagem no placar, com o gol de Silvinho, ainda na primeira etapa principalmente por conta do buraco no lado esquerdo da defesa do Figueirense, com a saída de Cereceda e a entrada de William Cordeiro, improvisado. Contudo, no segundo tempo, Dal Pozzo colocou Paulo Baier e sacou Silvinho, que era o escape da velocidade do Tigre, e atraiu o Figueira. Dentro da área e na pressão, o empate alvinegro acabou acontecendo, com a cabeçada de Thiago Heleno.
Um empate, diante das circunstâncias, valioso para o Figueira. Para o Tigre, que chegou a deixar momentaneamente o Z-4, não, porque, após a vitória do Coritiba sobre o São Paulo por 3 a 1, o time voltou a ficar na zona de rebaixamento. Na próxima rodada, o Figueirense viaja até São Paulo para encarar o Santos, na Vila Belmiro, no domingo, às 18h30. Um dia antes, no sábado, o Criciúma recebe o Botafogo, no Heriberto Hülse, às 21h.
O jogo

O duelo regional teve o seu começo disputado a cada palmo do gramado. Talvez até demais. O excesso fez da primeira etapa um festival de faltas - vinte e duas ao todo. Mais organizado, o Criciúma manteve a bola no seu pé - 54% da posse - e conduziu o ritmo da partida, principalmente nos pés de Cleber Santana e João Vitor. Quis o destino que Roberto Cereceda se lesionasse e William Cordeiro tivesse que atuar novamente improvisado pelo lado esquerdo. Uma improvisação que custaria caro ao Figueira em dois momentos cruciais: na penalidade que ele cometeria e Zé Carlos desperdiçaria, aos 30 minutos, e no gol do Tigre marcado por Silvinho, que avançou nas suas costas para empurrar para as redes. Melhor, o Criciúma foi para o intervalo com uma vantagem justa no placar.
Na volta do intervalo, uma mudança de cada lado: Pablo, pelo Figueira, e Paulo Baier, pelo lado do Tigre, no lugar de Silvinho, que era quem dava velocidade. A entrada do ídolo tricolor não fez bem ao time, um preço caro pago por Gilmar Dal Pozzo. Com mais pressa e ofensividade dos donos da casa, o lado tricolor perdeu o controle do jogo. No abafa, os donos da casa passariam a assustar e empatariam num lance de bola aérea. Thiago Heleno, aos 17 minutos, botou na rede após cobrança de escanteio.  Na pressão, o Figueirense buscou o gol da virada a todo custo, mas o empate parecia satisfatório para o Tigre, que praticamente não assustou mais Tiago Volpi. O 1 a 1 ficou de bom tamanho para os excessos de erros e poucos acertos das duas equipes que seguem na luta contra o rebaixamento.

    EM NOITE POUCO INSPIRADA, SPORT E INTER EMPATAM SEM GOLS NA ARENA PE

    Sport x Internacional Série A (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
    Muita determinação e pouca inspiração. O futebol apresentado por Sport e Internacional na noite desta quarta-feira foi digno do placar de 0 a 0. O Leão esbarrou na falta de criatividade do seu meio de campo, mas foi beneficiado pela pouca qualidade do ataque colorado. O resultado é um balde de água fria nas pretensões do time pernambucano, que, após a derrota do Fluminense para o Vitória, sonhava em encostar nos primeiros colocados da Série A. Objetivo ainda ao alcance do Internacional. Mesmo sem vencer, o Colorado manteve-se no G-4.

    O equilíbrio visto dentro de campo se alinha ao retrospecto recente dos dois times. Sport e Internacional chegaram à Arena Pernambuco após três vitórias e duas derrotas - não nesta ordem - nas últimas cinco rodadas.Nesta quinta-feira, Leão e Colorado podem perder duas posições no complemento da 22ª rodada. Corinthians e Grêmio ameaçam tirar o Inter do G-4, enquanto Atlético-MG e Santos têm a chance de ultrapassar o Sport.  No próximo sábado, o Inter visita o Atlético-PR, na Arena da Baixada, às 18h30. Domingo, o Sport recebe o Coritiba na Ilha do Retiro, às 16h.
    Jogo parelho e insosso

    Um duelo da força contra a técnica. Assim pode ser resumido o primeiro tempo na Arena Pernambuco. Sem criatividade no meio de campo, o Sport apostou em jogadas de velocidade, mas esbarrou na falta de objetividade do seu ataque. Enquanto isso, o Colorado, que teve em D'Alessandro seu principal articulador, conseguiu achar espaços na defesa rubro-negra.

    Só não abriu o placar devido à falta de pontaria de Wellington Paulista, que perdeu uma chance incrível logo nos primeiros minutos. Foi a grande oportunidade do Colorado, apenas burocrático no decorrer da primeira etapa. Com Diego Souza de volta, após três rodadas de molho por uma lesão na coxa, o Sport não conseguiu acertar o setor ofensivo. Diego atuou adiantado, mas não rendeu o esperado como centroavante.

    Se na primeira etapa o Internacional conseguiu pôr um pouco de qualidade no jogo, o mesmo não aconteceu na segunda etapa. Com as duas equipes dando mais ênfase à força física do que ao toque de bola, as chances de gols ficaram escassas. Pior para os donos da casa, que deixaram o campo com o empate por 0 a 0 e longe do sonhado G-4. Na reta final, o técnico Eduardo Baptista ainda oiviu o coro de "burro" ao substituir Diego Souza por Neto Baiano. O detalhe é que a própria torcida pediu a entrada do atacante, que nada acrescentou nos poucos minutos em campo.

    BLITZ EM NOVE MINUTOS: VITÓRIA VIRA E SEGURA O FLU, MAS FICA NA LANTERNA

    comemoração do Vitória contra o Fluminense (Foto: Getty Images)
    A fórmula de pontos corridos pode até ser criticada por, em alguns momentos, deixar a desejar em emoção. Porém, mostra com exatidão o que ocorre em qualquer campeonato. Separa times com mais e menos qualidade. O barato do futebol é que isto, nem sempre, determina o resultado de um jogo. É o caso de Vitória 3 x 1 Fluminense, na noite desta quarta-feira, em Salvador, no Barradão, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Uma virada construída em nove minutos de um time que luta para sair da zona do rebaixamento sobre outro que sonha entrar na zona da Libertadores.
    O clima era tenso antes da partida. A crise e a derrota parcial geraram discussão entre os torcedores do Vitória – dois deles passaram dos limites no intervalo e foram retirados pela polícia. Mas o público no Barradão viu algo raro: o time da casa vencer em seus domínios. Pela terceira vez em 11 duelos, o Rubro-Negro triunfou como mandante. Só não conseguiu sair da lanterna pois concorrentes da parte de baixo, como Bahia e Coritiba, também venceram: é o 20º, agora, com 21 pontos. Amarga o Z-4 há 11 rodadas. O Flu que, além de não mostrar o futebol exuberante de outras jornadas, pecou na marcação. Perdeu a chance de voltar ao G-4 e, ao permanecer em quinto, com 35 pontos, pode ser ultrapassado pelo Grêmio.
    Na próxima rodada, domingo, às 16h (de Brasília), as duas equipes tem clássicos estaduais. O Flu encara o Flamengo no Maracanã enquanto, na Fonte Nova, o Vitória desafia o Bahia.
    Pressão dá certo
    A situação na tabela ditou o ritmo do começo da partida. Precisando do resultado, o Vitória partiu ao ataque. Nos primeiros cinco minutos, chegou a ter 60% de posse de bola. Mas...  faltou acertar passes, posicionamento e finalização para o domínio que se estendeu até os 18 minutos surtir efeito. Foi quando o Fluminense, que se mostrou um tanto burocrático para quem almejava chegar ao G-4, abriu o placar, com Cícero, que completou cruzamento de Conca. À exceção de chutes de Fred e de Caceres, um de cada time, nada de melhor ocorreu até o intervalo. Muito pela quantidade de erros de passes: 13 a 19 em favor do time carioca.
    Com o atacante William Henrique no lugar do volante José Welison, o Vitória voltou mais ofensivo. Pecou, novamente, na falta de conclusão. Tanto que a primeira finalização na segunda etapa foi do Flu: com Cícero, após passe de Rafael Sobis. Um passe errado de Diguinho, interceptado por William Henrique, gerou o primeiro lance de perigo rubro-negro- Diego Cavalieri fez boa defesa. Pois o gol foi sair, com Dinei de cabeça, após escanteio cobrado por Marcinho, aos 21, em erro de marcação. E gerou uma blitz. A zaga do Flu voltou a falhar na virada protagonizada por William Henrique, aos 25, sem marcação, que aparou, de primeira, cruzamento da direita, de Nino Paraíba. Abatido e sem Fred, sacado por Cristóvão Borges, o Flu mal teve reação. Sobis desperdiçou boa chance, defendida por Fernandez, e perdeu a chance de ingressar no G-4. Até porque a pá de cal, em novo contragolpe, com Vinícius, determinou o 3 a 1 aos 30 minutos.

    SEM DIFICULDADES, LÍDER CRUZEIRO BATE O FURACÃO E AMPLIA VANTAGEM NA PONTA

    Atlético-PR perde para o Cruzeiro no Mineirão (Foto: Maurício Mano/ Site oficial Atlético-PR)
    Quem pensou ver um Cruzeiro abatido após a derrota para o São Paulo, no último domingo, se enganou. Na noite desta quarta-feira, com tranquilidade absoluta e domínio total, o líder do Brasileiro bateu o Atlético-PR por 2 a 0, no Mineirão, com gols de Alisson e Marcelo Moreno. O Furacão correu, lutou e se esforçou muito, mas em nenhum momento levou perigo ao goleiro Fábio ou ameaçou a vitória cruzeirense, que teve no lateral Egídio e no meia Alisson os principais nomes.
    Com o resultado da partida, válida pela 22ª rodada da Série A, o Cruzeiro voltou a ampliar a vantagem sobre o vice-líder São Paulo para sete pontos, 49 a 42, já que o time paulista acabou derrotado para o Coritiba por 3 a 1. O Atlético-PR fica estacionado no meio da tabela, com 28 pontos, na 11ª colocação.

    Os dois times voltam a jogar no fim de semana. Domingo, às 16h, o Cruzeiro faz o clássico com o rival Atlético-MG, no Mineirão. Antes, o Atlético-PR recebe o Internacional, sábado, às 18h30 (de Brasília), na Arena da Baixada, em Curitiba.
    Domínio absoluto

    O Cruzeiro começou o jogo sufocando o Atlético-PR no campo de defesa desde os primeiros minutos. A volta de Egídio ao time, após seis partidas se recuperando de uma fratura na mão esquerda, fez o time variar as jogadas pelos dois lados do campo, o que confundiu muito a defesa paranaense. Com o jovem Alisson inspirado, os mineiros foram amplamente superiores em toda a primeira etapa. Prova disso é que chegaram a ter 75% de posse de bola.

    Tanta pressão não poderia ter outra consequência: um gol do Cruzeiro. O autor foi justamente Alisson. Aos 26 minutos, ele foi premiado pelo futebol ofensivo e ousado apresentado até então. O Furacão não conseguia se desvencilhar do domínio. A única válvula de escape do Rubro-Negro, o atacante Marcelo, pouco produziu nos primeiros 45 minutos.

    Mais um do artilheiro

    A volta para o segundo tempo deu a impressão de que o Atlético-PR mudaria o panorama do jogo e equilibraria as ações. Mas foi só uma impressão. Com Willian no lugar do machucado Júlio Baptista, o que se viu em campo foi o domínio do Cruzeiro mantido. Em alguns momentos, até foi maior. O segundo gol não demorou a sair, aos 10 minutos, com Marcelo Moreno, pela primeira vez artilheiro isolado do Brasileirão, com 11 gols.

    Nem com dois gols de desvantagem o Furacão saiu para o jogo. Um pouco por tentar evitar uma goleada e também por faltar força e futebol na noite desta quarta. Como o Cruzeiro "tirou o pé" nos minutos finais - satisfeitíssimo com o resultado e se poupando para o clássico de domingo -, o fim do jogo foi morno. O que não diminuiu em nada a festa dos cruzeirenses no Mineirão, uma rotina neste Campeonato Brasileiro.

      CRICIÚMA BATE O GOIÁS E ACABA COM JEJUM DE DEZ PARTIDAS SEM VENCER

      Giovanni criciuma x goias (Foto: Fernando Ribeiro/Futura Press/Agência Estado)
      O Heriberto Hülse vibra e balança por causa de um gol e uma vitória do Criciúma. Fazia tempo que a cena não ocorria. O Tigre bateu o Goiás por 1 a 0 neste domingo e encerrou o jejum de dez partidas sem vencer e de 699 minutos sem balançar as redes no Campeonato Brasileiro. Graça ao gol de canhota do lateral-direito Luís Felipe. Apesar de acabar com a recuperação que os goianos viviam na competição, o time catarinense não conseguiu sair da zona de rebaixamento.
      O placar foi curto diante do domínio dos mandantes no primeiro tempo, freado pelo goleiro Renan, que parou as investidas principalmente de Baier. Na etapa final, o Goiás truncou o meio e teve chance nos vacilos do Criciúma, que escorregava no nervosismo de mais um jogo sem vencer. Foi quando o lateral trocou o cruzamento pelo tiro cruzado de fora da área, e de canhota. Luís Felipe fez o estádio criciumense chacoalhar.
      Ainda no Z-4, na 17ª colocação, o Criciúma volta a campo na quarta-feira, às 21h, para encarar o Figueirense no Orlando Scarpelli. O Goiás vai para casa e enfrenta o Atlético-MG às 19h30 de quinta-feira, no Serra Dourada. A equipe goiana está no 12º lugar.
      O jogo
      Apenas um volante de origem, três meias, dois atacantes e Paulo Baier próximo do gol. O Criciúma queria encerrar o jejum de 10 jogos sem vencer e entrou jogando no campo de ataque. A intermediária esmeraldina foi ocupada por jogadores de camisa preta, uniforme 3 do Tigre que estreou neste domingo. Não à toa terminou a primeira etapa com 60% de posse de bola. Foram cinco chances reais de gol para os mandantes, a maioria num duelo particular entre Baier e o goleiro Renan, que levou a melhor e manteve a rede intacta. A equipe de branco jogava por uma bola. No primeiro tempo teve apenas uma mesmo, num cochilo seguido de passes errados na defesa do Carvoeiro que Samuel botou fora.
      Ainda que tivesse dois atacantes, o Goiás jogava no 4-1-4-1 em que o próprio Samuel era figura isolada e as duas linhas não estiveram bem fechadas. Foi por meio delas que passaram as jogadas do Criciúma, ou na ousadia de Silvinho, atuando como um ponta. A torcida da casa reconheceu o empenho e cantou alto na saída do Tigre para os vestiários no intervalo. O Goiás voltou com o meio reforçado pela entrada do volante Amaral e truncou o espaço em que o adversário tramava suas jogadas, neutralizou a pressão.

      Foi por isso que o técnico Gilmar Dal Pozzo mandou o atacante Lucca e o meia Ricardinho saírem do banco, para que a equipe tivesse três atacantes e melhora no passe. Não deu resultado, mas o Criciúma conseguiu balançar a rede e acabar com a esperança do Goiás, que teve chances a partir de falhas do Tigre. Depois de ter deixado seu lado sem cobertura, Luís Felipe apareceu na frente e fez o que o Carvoeiro pouco faz, bater de longe. Ele foi feliz, e a maioria dos 8.113 torcedores também. O resultado poderia ser maior caso a arbitragem tivesse assinalado uma penalidade máxima em que um defensor esmeraldino botou a mão na bola. Não fez falta, aos mandantes bastava a vitória, independentemente do placar.

      NADA DE GOLS: ATLÉTICO-MG E GRÊMIO EMPATAM POR 0 A 0 NO INDEPENDÊNCIA

      marcos rocha barcos  gremio x atletico-mg (Foto: Getty Images)
      Pelo que o Atlético-MG mostrou por cerca de 35 minutos no primeiro tempo, em Belo Horizonte, poderia se esperar um jogo com gols no Independência, no encerramento da 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mas o ataque flutuante e sem um homem de referência, já que Jô sequer foi relacionado para a partida, acabou batido pelo cansaço e também pela boa marcação do Grêmio, de Luiz Felipe Scolari. No fim, empate por 0 a 0. Ruim especialmente para os mineiros, que veem o G-4 cada vez mais longe. Já o Tricolor perdeu a chance de empatar com o arquirrival Internacional, que está na terceira posição, além de ter interrompido a sequência de quatro vitórias na competição.
      Acabou sobrando para Levir Culpi. Ele ouviu gritos de burro dos torcedores durante e depois da partida - insatisfeitos com as alterações promovidas pelo treinador.

      Na frieza dos números, é um ponto somado para o Tricolor, que estava longe de seus domínios, e contra um rival que tem no Horto uma de suas grandes virtudes. O time gaúcho chega aos 35, cai uma posição na tabela e agora está em sexto, um ponto atrás do G-4.
      Com o resultado, o Galo fica estacionado na oitava posição, com 31 pontos. Na próxima rodada, as duas equipes entram em campo na quinta-feira. Às 19h30 (de Brasília), o Atlético-MG enfrenta o Goiás, no Serra Dourada. Uma hora depois, o Tricolor recebe o Santos em sua Arena. Será o reencontro entre a torcida gremista e o goleiro Aranha, que sofreu insultos racistas no local pela Copa do Brasil - o que resultou na exclusão do clube gaúcho da competição.
      Sem gol, mas com bom futebol
      Sem um homem de referência e com nova oportunidade para Carlos, que substituiu Jô, Levir parece ter encontrado a formação que considera ideal: um time leve, com muita movimentação do meio para frente. O Grêmio, por sua vez, não mudou o estilo que vem dando certo desde a chegada de Felipão. A equipe buscou se fechar, mas logo nos primeiros minutos teve a chance de balançar as redes. Giuliano parou em grande defesa de Victor. Passado o susto, o Galo colocou a bola no chão e, com muita velocidade, conseguiu envolver a defesa rival. Carlos teve as melhores chances. Na principal, driblou Grohe, mas com pouco ângulo, mandou para fora. Bem melhor que o rival, o Galo só deu trégua nos minutos finais, com o cansaço já visível.
      A segunda etapa foi pior que a primeira. O Galo não conseguiu impor a velocidade e o toque de bola que envolviam a defesa gremista na etapa inicial. Sem a inspiração de Diego Tardelli, visivelmente desgastado pela grande sequência de jogos que vem tendo, a equipe alvinegra passou a assustar somente em bolas alçadas na área de escanteio ou faltas laterais. Em uma delas, Luan balançou as redes, mas o árbitro anulou o gol, marcando falta do time alvinegro, o que gerou reclamação do Galo. Numa delas, Rhodolfo jogou contra e acertou a trave de Marcelo Grohe. O Grêmio até melhorou e saiu um pouco mais para o jogo, sempre explorando a velocidade de Dudu pela esquerda, mas nada que fizesse Victor sujar o uniforme.

      ATLÉTICO-PR BATE O VITÓRIA EM CASA E VOLTA A VENCER DEPOIS DE SEIS JOGOS

      Jogadores do Atlético-PR comemoram gol (Foto: Getty)
      O Atlético-PR mandou para longe a sequência de seis jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro. Jogando na Arena da Baixada neste domingo, o Furacão se impôs e venceu o Vitória por 2 a 0, em jogo válido pela 21ª rodada. O atacante Marcelo e o volante Hernani anotaram os gols da vitória rubro-negra em Curitiba e reabilitaram a equipe atleticana na competição.
      Com o resultado, o Atlético-PR sobe para a 11ª posição, agora com 28 pontos na tabela. Já o Vitória continua complicado no Brasileiro, estacionando nos 18 pontos e segurando a lanterna do campeonato.
      Na próxima rodada, os dois times jogam na quarta-feira, às 19h30. O Furacão visita o líder Cruzeiro no Mineirão, enquanto o Vitória recebe o Fluminense no Barradão.
      Com domínio do jogo, Furacão sai na frente
      Com uma formação ofensiva, com Dellatorre, Douglas Coutinho e Marcelo, o Atlético-PR começou a partida pressionando o Vitória e levando perigo pelos lados. Em oito minutos foram duas grandes chances para abrir o placar na Arena da Baixada, primeiro no chute de primeira de Bady, e depois no desvio de Douglas Coutinho. Mais organizado e trocando mais passes em campo, aos poucos o Vitória conseguiu diminuir o ímpeto do Furacão.
      Mas a tranquilidade dos baianos durou até os 30 minutos. Após um cochilo da zaga, Marcelo disparou pela direita, saiu cara a cara com o goleiro Roberto Fernández e finalizou forte para as redes, abrindo o placar em Curitiba. Mesmo com maior posse de bola (54% contra 46% dos paranaenses, o Vitória não conseguiu assustar o Furacão, que jogou de forma compacta e saiu de campo em vantagem para a etapa final.
      Vitória assusta, mas Atlético-PR amplia
      Superior no primeiro tempo, o Atlético-PR voltou com tudo para o segundo tempo, mas perdeu o atacante Dellatorre, que saiu lesionado de campo e obrigou o técnico Claudinei Oliveira a fazer a primeira substituição na equipe, colocando Mosquito no jogo. E foi o camisa 25 que quase ampliou o placar para o Furacão, aos 21. Bastaram mais quatro minutos para a equipe atleticana reencontrar as redes.
      Aproveitando a falta de rendimento do Vitória, o Rubro-Negro paranaense marcou o segundo com o volante Hernani, após chute certeiro de longe. Com dificuldades para chegar ao ataque, o Vitória continuou com maior posse de bola, mas abusou dos constantes erros no último passe e amargou a 11ª derrota no Campeonato Brasileiro, do qual agora é o lanterna.

      INTER ABAFA CRISE, VENCE POR 2 A 0 E LEVA BOTA À TERCEIRA DERROTA SEGUIDA

      alex inter gol botafogo beira-rio (Foto: Alexandre Lops/Internacional)
      A parcela de pressão da qual o Inter se livrou neste domingo foi parar justamente no colo de sua vítima, o Botafogo. Ao vencer por 2 a 0 no Beira-Rio, gols de Alex e Eduardo Sasha, o time colorado abafou a crise resultante de duas derrotas seguidas no Brasileirão, se fixou no G-4 e intensificou as dificuldades do time alvinegro, que agora chega a três rodadas sem somar um ponto sequer. A consequência da seca carioca é evidenciada pela tabela: 15° colocado, com 22 pontos, no acostamento da zona de rebaixamento.
      Os gols colorados saíram um em cada tempo. No primeiro, Alex acertou belo chute de fora da área, aproveitando falha de posicionamento de Jefferson; no segundo, ele mesmo bateu escanteio, e Eduardo Sasha, de cabeça, ampliou. O Inter, que lidou com protestos da torcida durante a semana, foi a 37 pontos, na terceira colocação, nove atrás do Cruzeiro, líder do campeonato.
      As duas equipes voltam a campo na quarta-feira. Às 21h, o Inter visita o Sport na Arena Pernambuco. Uma hora depois, o Botafogo recebe o Bahia, seu concorrente na luta contra a queda, no Maracanã.
      O Inter teve a bola por mais tempo na etapa inicial (59%), mas foi o Botafogo quem soube otimizar a posse dela. O time carioca encontrou muitos espaços contra uma defesa desordenada e criou repetidas chances de gol. Só não saiu na frente porque falhou na finalização. Foi assim com Wallyson, frente a frente com Muriel, em chute para fora; com Zeballos, que também bateu torto; e novamente com Wallyson, vencido por grande defesa de Muriel – que desbancou Dida, mas se lesionou ao cobrar tiro de meta ainda no primeiro tempo e deu lugar ao antigo titular.
      Os gaúchos, sempre centralizando suas jogadas em D’Alessandro (em parte, por não ter os laterais titulares), ameaçaram menos, embora tenham sido mais presentes em campo. E contaram com uma individualidade para fazer 1 a 0. Alex, aos 40 minutos, emendou pancada de perna esquerda, de fora da área. Jefferson, adiantado, não evitou o gol. Era defensável.
      Com o gol de Alex, o Inter foi ao vestiário em vantagem e voltou dele melhor do que antes. A defesa se organizou, o time ganhou solidez, e o Botafogo deixou de ameaçar. Embora não fizesse pressão ofensiva, a equipe colorada alcançou o segundo gol com Eduardo Sasha, de cabeça, em escanteio batido por Alex, o jogador mais efetivo da partida. Os cariocas têm do que reclamar no lance. Primeiro, houve um escanteio mal marcado (era tiro de meta); na cobrança, ocorreu uma dividida, e a arbitragem novamente marcou tiro de canto pro Inter – aí, na cobrança, saiu o gol.
      Ao contrário do que aconteceu na virada cedida ao Figueirense após abrir 2 a 0, há duas rodadas, o Inter se manteve concentrado com a vantagem e poderia ter ampliado. D'Alessandro chegou a acertar a trave carioca em um dos vários chutes que deu a gol no segundo tempo.

      KIEZA MARCA DOIS, E BAHIA INTERROMPE SEQUÊNCIA INVICTA DO FIGUEIRENSE

      Bahia x Figueirense - comemoração de gol (Foto: Repodução)
      Era um estádio muito engraçado. Quase não tinha gramado, quase não tinha nada. Foi no Joia da Princesa, em Feira de Santana, que o Bahia bateu o Figueirense por 3 a 0 pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O estádio, que foi palco de superlotação no jogo contra o Santos, pela 8ª rodada, levou à punição do Tricolor baiano com um jogo de portões fechados e outro longe de Salvador. Por ironia, o castigo foi cumprido exatamente no seu local de origem, que voltou a receber um duelo de Série A na tarde deste domingo.
      Habituadas à qualidade das grandes arenas da Copa, as equipes penaram para fazer a bola rolar em um campo em péssimas condições, e a torcida ajudou a piorar o espetáculo no interior baiano. Em campo, um triunfo importante para o mandante, que interrompeu uma sequência de oito jogos de invencibilidade do Figueira, com direito a golaço de Kieza: o atacante balançou a rede adversária duas vezes ainda no primeiro tempo, e Maxi completou o placar no finalzinho. Na arquibancada, novo episódio lamentável de violência entre torcidas e prisão de oito pessoas. No início da partida, torcedores do Bahia arrancaram uma faixa da torcida adversária, pulando com facilidade o alambrado que separava os grupos. A Polícia Militar agiu com rapidez.
      Com o resultado, o Bahia alcançou 20 pontos e estacionou na 18ª posição, ainda na zona de rebaixamento, mas em local mais confortável que a lanterna ocupada antes de a bola rolar. O Figueirense fica na 12ª colocação, com 25 pontos. Na próxima rodada, o Tricolor enfrenta o Botafogo no Maracanã, enquanto o Figueira recebe o Criciúma, no Orlando Scarpelli.
      Com o gramado em péssimas condições, prevaleceu quem soube aproveitar as oportunidades criadas. Apesar do baixo nível técnico do duelo, o Tricolor baiano conseguiu superar o adversário no primeiro tempo, com dois gols de Kieza. O primeiro deles, aos 17 minutos, surgiu a partir da uma falha da zaga catarinense, que deixou o atacante livre na pequena área para mandar para o gol. O segundo, seis minutos depois, foi uma pintura: Kieza recebeu na área e bateu milimetricamente rumo à meta de Volpi. Uma bola com curva que morreu no fundo da rede, depois de quase raspar pela segunda trave. Apesar da desvantagem, o Figueira não esmoreceu e procurou o empate. As melhores chances foram de Giovanni Augusto, que mandou um chute pela linha de fundo e outro para defesa de Marcelo Lomba.
      Na segunda etapa, o Figueirense voltou disposto a superar as dificuldades do gramado e partir para o ataque. No entanto, o Bahia, com postura defensiva, fez a sua parte para frustrar o ímpeto inicial do adversário. A partir dos 10 minutos, o desenrolar do jogo não foi dos melhores para a audiência, que assistiu a diversos erros de passe e poucas chances criadas. Giovanni Augusto e Pablo ameaçaram pelo lado catarinense, com bela defesa de Lomba após um chute do atacante com endereço certo. Uelliton assustou Volpi em uma bela cabeçada. O Bahia teve desempenho levemente superior ao adversário e ainda ampliou aos 39, com gol de Maxi Biancucchi, que não marcava desde a 3ª rodada. Henrique ainda poderia ter feito o quarto, se não estivesse impedido quando mandou a bola para o fundo da rede.

      SÃO PAULO SUPERA CRUZEIRO EM CASA E DIMINUI DIFERENÇA NA BRIGA PELO TÍTULO

      rogerio ceni são paulo x cruzeiro (Foto: Marcos Ribolli)
      São Paulo e Cruzeiro fariam a “final” do Brasileirão. A afirmação foi feita por torcedores, especialistas, curiosos, amantes do futebol... Menos pelos técnicos e jogadores envolvidos na partida. Tudo bem, compreensível. Mas que o duelo no Morumbi teve tudo que uma decisão de campeonato tem, ah, isso teve. A vitória do Tricolor por 2 a 0 sobre o líder do campeonato teve vários elementos que comprovam isso. Estádio cheio, lances bonitos, polêmica e futebol de alto nível.
      Para aqueles que decretavam a edição 2014 do Campeonato Brasileiro como definida, um aviso: a disputa pela liderança pode esquentar entre são-paulinos e cruzeirenses. É verdade que o time de Minas Gerais segue isolado na ponta, com 46 pontos, mas agora vê o segundo colocado São Paulo mais perto, apenas quatro atrás. Ainda faltam 17 rodadas. Tempo suficiente para o Tricolor tentar diminuir ainda mais essa distância ou para a Raposa tentar aumentar.
      Rogério Ceni foi um dos principais destaques da partida. Fez o primeiro gol do Tricolor (Alan Kardec fez o outro) e salvou o time em defesas importantes, parando as sensações Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. O tropeço do Cruzeiro no Morumbi foi apenas o terceiro do time de Marcelo Oliveira na competição - a Raposa não perdia desde a oitava rodada.
      Líder e vice-líder voltam a campo pelo Brasileirão na quarta-feira. O time mineiro recebe o Atlético-PR, no Mineirão, às 19h30. E a equipe paulista joga com o Coritiba, às 22h, no estádio Couto Pereira.
      O jogo

      Não é à toa que São Paulo e Cruzeiro são os dois melhores times do Brasileirão atualmente. Quem tiver alguma dúvida precisa rever a partida deste domingo. Que belo jogo os dois times protagonizaram no Morumbi. Praticamente todos os lances de ataque foram perigosos. Não houve meio termo. Everton Ribeiro e Ricardo Goulart foram agudos contra o Tricolor no primeiro tempo. Pararam, porém, na pontaria e em grande defesa de Rogério Ceni em chute de Goulart aos 28 minutos. O São Paulo arriscou com Ganso, com Pato e... com Toloi. O zagueiro perdeu gol incrível após passe do camisa 10, aos 16.
      O São Paulo demorou a engrenar. Mas quando encaixou o jogo foi, é claro, pelo quarteto Kaká, Ganso, Pato e Kardec. Aos 33, Ganso recebeu belo passe na direita da grande área e foi derrubado por Dedé. Pênalti. Os são-paulinos pediram o segundo amarelo para o zagueiro do Cruzeiro. Mas o árbitro não deu. Na cobrança, aos 35, Rogério Ceni fez o gol número 120 de sua carreira. E o sétimo em Fábio, maior vítima do goleiro-artilheiro. Na sequência da partida, o Cruzeiro pressionou com qualidade. E o Tricolor só não ampliou porque Alexandre Pato foi fominha em dois contra-ataques.
      Preocupado com Dedé, que já tinha amarelo e saiu ileso do pênalti cometido em Ganso, o técnico Marcelo Oliveira mexeu na zaga do Cruzeiro, colocando Manoel em seu lugar. O São Paulo não mexeu e continuou ofensivo. Só não ampliou aos quatro minutos, com Kardec, porque o atacante chutou para fora na pequena área. Na sequência, o Cruzeiro teve a chance de empatar com Everton Ribeiro. Ceni, mais uma vez, fez linda defesa. Levemente melhores na etapa final, os donos da casa dominavam as ações. Até o zagueiro Edson Silva tentou de longe. Fábio defendeu.

      Assim como Ceni, o goleiro do Cruzeiro estava fazendo grande partida. Mas não conseguiu parar Alan Kardec aos 25 minutos. Após cobrança de escanteio de Ganso, Marcelo Moreno desviou e a bola sobrou para o atacante. O cruzeirense fez linda defesa na primeira, mas não segurou a segunda: 2 a 0. Com a vantagem no placar, o Tricolor cresceu ainda mais na partida. Teve várias chances com Kaká, com Toloi, com Pato... mas não fez o terceiro. O Cruzeiro bem que tentou uma reação, mas a defesa do adversário estava bem postada.

      COM GOL IRREGULAR E ARBITRAGEM POLÊMICA, FLA BATE CORINTHIANS

      wallace flamengo x corinthians (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)
      O Flamengo venceu o Corinthians por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Maracanã, em jogo marcado por uma atuação polêmica de Sandro Meira Ricci. O gol do Fla, marcado por Wallace, saiu em jogada ilegal – o zagueiro recebeu de Eduardo da Silva, que estava em posição irregular. O árbitro ainda interpretou como pênalti uma bola na mão de Fagner em chute de Everton. Já no fim da partida, o auxiliar Elan Vieira de Souza marcou impedimento inexistente de Eduardo da Silva, que partiu do campo de defesa e entraria cara a cara com o goleiro Cássio. O público pagante foi de 32.400 pessoas (36.905 no total), com renda de R$ 1.449.317,50.
      O resultado foi excelente para o Flamengo, que se recupera de uma sequência de duas derrotas – Grêmio e Goiás – e vai a 28 pontos, abrindo sete da zona do rebaixamento. O Corinthians segue dentro do G-4, mas agora em quarto, com 36.
      Na próxima rodada, o Flamengo joga na quarta-feira, contra o Palmeiras, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. O Corinthians recebe a Chapecoense, quinta, às 19h30, na Arena de Itaquera.
      Fla leva vantagem em primeiro tempo truncado

      A etapa inicial foi de poucas chances de gol, com seis finalizações do Flamengo e duas do Corinthians (ambas com Elias, sem perigo, e só depois de 23 minutos de jogo). O Fla foi melhor, principalmente na primeira metade, quando Everton encontrou muita liberdade pela esquerda, às costas de Fagner. No total, foram oito jogadas do Rubro-Negro pelas laterais e nenhuma do Timão no primeiro tempo inteiro. Mano Menezes corrigiu o problema defensivo, deslocando Ralf para fazer a cobertura na direita. E o jogo ficou ainda mais truncado, com pouquíssima criatividade no setor de meio de campo das duas equipes.
      Arbitragem vira destaque negativo na etapa final
      O jogo melhorou no segundo tempo. O Corinthians chegou a criar uma grande chance com a dupla Guerrero e Luciano, mas foi o Flamengo que abriu o placar, aos 19. Em posição irregular, Eduardo Silva dominou na área e ajeito para Wallace marcar.
      – O gol foi irregular. O assistente número 2, Elan Vieira de Souza, esperou para ver quem participaria da jogada, mas comeu bola. O Eduardo já estava à frente – disse Paulo César de Oliveira, comentarista de arbitragem da TV Globo.
      Depois disso, Mano Menezes mandou o Corinthians todo ao ataque, trocando o volante Ralf pelo atacante Malcom, depois Lodeiro por Renato Augusto. Com isso, o Fla passou a apostar nos contra-ataques e teve uma chance de ouro para fazer o segundo, aos 36, num pênalti muito contestado pelos corintianos – o árbitro não interpretou como bola na mão o toque de Fagner em chute à queima-roupa de Everton. Eduardo da Silva bateu mal, e Cássio defendeu.
      – Não houve pênalti. O gesto do Sandro Ricci quer dizer que o Fagner está fazendo um gesto de bloqueio, o que não ocorreu. Ele está com o braço junto ao corpo. Ele está virando, e a bola bateu no braço dele – afirmou Paulo César.
      E as polêmicas tiveram sequência. Enquanto Flamengo e Corinthians disputavam cada palmo do campo, e arbitragem voltou a aparecer negativamente. Aos 40, Everton lançou Eduardo da Silva, que saiu do campo de defesa e entraria cara a cara com Cássio. Elan Vieira de Souza marcou impedimento inexistente. Dois minutos depois, Gil empurrou Everton a linha de fundo e, com o rubro-negro caído, chutou a bola na cabeça do adversário. Ricci aliviou e deu apenas escanteio.
      – Não teve  impedimento. O assistente 2 errou mais uma vez. No momento do toque da bola, o jogador do Flamengo estava na sua metade do campo – disse Paulo César, analisando também o lance seguinte. – Ricci deveria ter marcado a falta e também advertido o Gil, mas só administrou.

      O Corinthians ainda pressionou nos momentos finais, mas deixou o campo reclamando, enquanto o Flamengo, com a vitória, saiu comemorando.