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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

INTER BATE O SANTOS EM PARTIDA COM DUAS EXPULSÕES E PULA PARA TERCEIRO

Rafael Moura sobe para fazer gol do Inter em cima do Santos (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)
Num confronto direto por uma vaga no G-4, o Inter levou a melhor sobre o Santos, no Beira-Rio. Venceu por 1 a 0 e pulou para terceiro, ultrapassando o Corinthians, com 25 pontos. O Peixe ficou estacionado na sexta posição, com 20.
O jogo foi tenso, com duas expulsões. Paulão, que já tinha amarelo, levou o vermelho por reclamação. Para sorte do Inter, o gol saiu no lance seguinte, com Rafael Moura, de cabeça. O Colorado soube segurar a vantagem e viu seu trabalho ser facilitado depois que Eugenio Mena foi expulso, deixando o Peixe também com 10 jogadores em campo.
O jogo marcou o retorno de Leandro Damião ao Beira-Rio. Após quase três meses tratando de lesões, o atacante entrou aos 31 minutos do segundo tempo e teve chance clara para empatar, já nos acréscimos. Falhou feio e foi ainda mais vaiado por parte da torcida do Inter, que pegava no seu pé desde o momento em que entrou em campo. Vale lembrar que a transferência dele para o Santos foi a mais cara da história entre dois clubes nacionais - R$ 42 milhões, financiandos por um fundo de investimentos baseado em Malta, o Doyen Group.
Inter e Santos terão a semana livre para trabalhar para os clássicos regionais que terão na próxima rodada - o Colorado recebe o Grêmio no Beira-Rio, e o Peixe pega o Corinthians na Vila Belmiro. Os dois jogos serão no domingo, às 16h.
Domínio é colorado, mas trave salva o Santos. Duas vezes
O Inter dominou as ações em boa parte do primeiro tempo, controlando o meio-campo com toques rápidos, posse de bola (58%), forte marcação em Arouca e, principalmente, Lucas Lima. Isso obrigava Alison a atuar na criação como armador – o que não é a dele. Saíram de D'Alessandro as jogadas que furavam a defesa santista, como o passe que resultou em um chute na trave de Wellington e uma cobrança de falta nos acréscimos, que também parou no poste. Ao Peixe, a saída era apostar em eventual falha do adversário. Quase deu certo aos 38, quando Rildo aproveitou titubeada de Paulão mas, dentro da área, mandou por cima do gol.
No segundo tempo, o Santos adiantou a marcação para aproveitar a dificuldade na saída de jogo de Paulão, notada no primeiro tempo. O zagueiro recebeu um amarelo tentando conter Lucas Lima e, no lance seguinte, foi expulso por reclamação. Quando o cenário parecia se complicar para o Inter, veio o gol, com Rafael Moura, de cabeça, aos 11 - e na bola parada que tanto preocupava Oswaldo de Oliveira.
À frente no placar, o Inter recompôs sua linha defensiva com a entrada de Ernando no lugar de Alex. Se com um a mais estava complicado para o Santos furar o bem armado bloqueio gaúcho, a expulsão de Mena deixou a missão mais difícil. O Peixe tinha a bola, mas não conseguia criar. Damião entrou, mas não mudou a história da partida - enrolou-se com a bola quando teve oortunidade. Vitória justa do Internacional.

GALO CONTA COM DOIS GOLS CONTRA PARA VENCER O ATLÉTICO-PR NO INDEPENDÊNCIA

Leonardo Silva Atlético-MG gol Atlético-PR Brasileirão (Foto: Agência Getty Images)
O Atlético-MG fez valer o apelido de vingador, deu o troco no Atlético-PR, seu único algoz no Independência em 2013, e ganhou por 3 a 1 na noite deste domingo. A vitória pela 13ª rodada do Brasileirão foi construída com grande contribuição do adversário: Léo Pereira e Deivid marcaram contra a partir dos 30 do segundo tempo, quando o placar apontava 1 a 1. Leonardo Silva abriu o placar no Independência, e Marcos Guilherme empatou em falha de Victor.
Levir Culpi ouviu vaias no segundo tempo e viu uma de suas apostas - a entrada de Luan - dar resultado, na jogada do segundo gol.
O Galo, que fez sua primeira partida após a saída de Ronaldinho Gaúcho, voltou a vencer no nacional depois de três rodadas e permaneceu na 11ª colocação, com 18 pontos. Se ganhar da Chapecoense na quarta-feira, em partida adiada da 10ª rodada, dará um salto para o quinto lugar. O Atlético-PR receberá o Botafogo no domingo, às 16h (de Brasília), na Arena da Baixada, em Curitiba.
Furacão? Só se for o Galo
Foi um bombardeio. O goleiro Santos não sabe até agora como demorou 34 minutos para ser vazado. Bola em cima da linha, bola no travessão, bola tirando tinta da trave. Mas o gol só saiu mesmo em um lance improvável, que se tornou arma poderosa do time nos últimos anos: a cobrança de lateral de Marcos Rocha. Leonardo Silva, quase sem ângulo, cabeceou no lado oposto do goleiro Santos - no intervalo, o zagueiro admitiu que a intenção não era concluir a gol.  Jô, que completou 115 dias de jejum, poderia ter ampliado num lindo contragolpe puxado por Maicosuel e Guilherme, mas chutou em cima de Santos.
Gols contra nos 15 minutos finais
No segundo tempo, o Atlético-PR não demorou para chegar ao gol. Aproveitou-se de falha do goleiro Victor no chute da intermediária de Marcos Guilherme, aos 10 minutos. Com a igualdade e a pressão da torcida, Levir Culpi resolveu mudar o Galo. Tirou Guilherme e Jô para as entradas de Luan e Dátolo, respectivamente. As mudanças levaram torcedores a vaiar a equipe e a xingar o treinador. E o Atlético-PR passou a tirar proveito do nervosismo do Galo.
Quando o empate parecia o resultado mais provável, os visitantes deram uma contribuição fundamental. Levir Culpi, que lançou recentemente o livro "Burro com Sorte", foi do inferno ao céu após a jogada de Luan. O atacante foi à linha de fundo e cruzou para a área. Léo Pereira tentou cortar e fez contra, aos 30. O jogo continuou equilibrado, mas aos 41 foi a vez de Deivid jogar contra o patrimônio para decretar o resultado final: 3 a 1.

BASTAM 19 MINUTOS: FLU BATE O GOIÁS POR 2 A 0 E ASSUME A VICE-LIDERANÇA

wagner Fluminense e Jackson Goiás brasileirão (Foto: Agência Getty Images)
Festa da torcida, vitória, retorno do capitão e vice-líderança assegurada. Com mais uma atuação segura, o Fluminense precisou de apenas 19 minutos para bater o Goiás por 2 a 0 na noite deste domingo, no Maracanã, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em uma coincidência do destino, um gol para cada integrante do Casal 20, Assis e Washington, falecidos recentemente e homenageados antes de a bola rolar. Diante de pouco mais de 40 mil tricolores, a equipe do técnico Cristóvão Borges chegou aos 25 pontos, conquistou a sua terceira vitória seguida, sua terceira partida sem sofrer gols e ainda ultrapassou o Corinthians na tabela de classificação. A distância para o líder Cruzeiro caiu para quatro pontos. Já o Goiás, que não perdia há três rodadas, caiu para o oitavo lugar.
A vitória foi construída no início da partida. Cícero abriu o placar em boa jogada de Conca e David marcou gol contra após erro de Pedro Henrique, que foi desarmado por Rafael Sobis na saída de bola. Mesmo com a vantagem, o Fluminense seguiu dominando a partida e pouco foi ameaçado. Esteve mais perto do terceiro gol do que de levar o primeiro. No segundo tempo, Fred ainda voltou a vestir a camisa tricolor, pela primeira vez após a Copa do Mundo, e teve atuação discreta.
O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar o América-RN, na Arena das Dunas, em Natal, pela terceira fase da Copa do Brasil. Pelo Brasileiro, o Tricolor enfrenta o Coritiba no próximo sábado, às 21h (de Brasília), no Maracanã. No mesmo dia, o Goiás encara o Bahia, às 18h30, na Arena Fonte Nova.
O torcedor que chegou atrasado ao Maracanã perdeu os dois gols da partida. Com menos de 20 minutos de bola rolando, o Fluminense já vencia por 2 a 0, vantagem que lhe garantiu a vitória sem grandes sustos. Cristovão optou por manter a escalação que derrotou o Atlético-PR na rodada passada. A decisão foi acertada. Com Fred no banco de reservas, o Tricolor mostrou o motivo de sua boa fase no Brasileirão. Toques rápidos, dominio da posse de bola e muitas chances de gol marcaram o primeiro tempo. Fora as bolas na rede de Cícero e David, contra, o clube das Laranjeiras teve pelo menos outras três chances claras. O Goiás só assutou com Lima, que obrigou Diego Cavalieri a fazer boa defesa.
Com a vantagem de dois gols no placar, o Flu voltou para a etapa final mais cauteloso. Mesmo tendo a posse de bola para jogar e com as alterações ofensivas do técnico Ricardo Drubscky, o Goiás pouco ameaçou. As principais chances foram em cabeçadas de Bruno Mineiro, todas defendidas por Cavalieri. O Flu ainda perdeu boas oportunidades de ampliar e colocou Fred aos 16 minutos para dar ritmo de jogo ao atacante, que não atuava desde o dia 8 de julho - data da marcante goleada por 7 a 1 para a Alemanha pela semifinal da Copa do Mundo. O camisa 9 pouco fez, deu apenas um chute a gol. Nem precisava de mais. A vitória, com direito a "olé" no fim, já estava garantida. Um gol para Assis, outro para Washington.

CHAPECOENSE VENCE NA VOLTA À ARENA CONDÁ E EMPURRA O FLA PARA A LANTERNA

Rafael Lima marca contra o Flamengo (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
Depois de 62 dias longe de casa, a Chapecoense voltou a jogar na Arena Condá e presenteou sua torcida mesmo numa partida em que faltou qualidade técnica, emoção... O que valeu o ingresso dos pouco mais de 13 mil presentes ao estádio foi o gol de Rafael Lima que deu a vitória sobre o Flamengo na tarde deste domingo, em Chapecó. À base de forte marcação, construiu o magro placar de 1 a 0, que foi suficiente para fazer o time chegar a 14 pontos, abrir três de distância para a zona de rebaixamento e pular para 13º lugar com um jogo a menos do que os demais concorrentes. De quebra, empurrou o Rubro-Negro, adversário direto contra a degola, de volta para a lanterna do Campeonato Brasileiro, com apenas 10 pontos.
A Chapecoense também melhorou seu aproveitamento em casa, que antes da rodada era menor do que a metade dos pontos disputados. Agora, com três vitórias, um empate e duas derrotas, soma 55,5%. O Fla, por sua vez, passa a ter a pior defesa da competição com 20 gols sofridos, ao lado do Figueirense. E jogar longe do Maracanã é uma sina para a equipe, que vive um jejum que já dura quatro meses sem vencer fora de casa - a última vez foi diante do Emelec em Guayaquil, no Equador, ainda pela Libertadores. Para piorar, ainda não fez um gol sequer como visitante neste Brasileirão.
A expectativa de lotação da Arena Condá, com capacidade para 19.325 pessoas, não se confirmou. Ao todo, foram 13.107 presentes, com renda de R$ 282.065. Foi a primeira vez que a Chape jogou em seu estádio de costume depois da pausa para a Copa do Mundo - já que o jogo contra o Atlético-MG, pela 10ª rodada, foi adiado. Com a semana livre pela frente, Chapecoense e Flamengo só voltam a campo no próximo domingo, pelo Brasileirão. O Rubro-Negro vai receber o Sport, às 16h (de Brasília), no Maracanã, enquanto a Chape joga às 18h30, contra o Figueirense, novamente na Arena Condá.
Gol no início e Fla perdido
O jogo em si foi muito ruim. A Chapecoense logo com dois segundos de jogo fez a primeira falta e mostrou que não iria dar espaços para o Flamengo. Principalmente depois de abrir o placar com apenas seis minutos de bola rolando. Mas o melhor foi na bola parada. Em cobrança de falta lateral, Nenén cruzou na direção do gol, Paulo Victor não saiu, Rafael Lima tentou o desvio e comemorou ao ver a rede estufar. Inicialmente, o árbitro Raphael Claus não percebeu desvio algum e deu o gol para Nenén. No entanto, ao fechar a súmula, anotou o tento para Rafael Lima. 
O rápido atacante Fabinho Alves e o jovem lateral-direito Fabiano foram os destaques do Verdão.
A retranca verde foi ainda maior após a vantagem no placar. E de fato concedeu apenas uma chance real de gol ao Rubro-Negro, já no segundo tempo, desperdiçada por Alecsandro. O atacante usou o braço sem que o juiz percebesse, saiu livre na área, mas tentou tocar por cobertura e facilitou a defesa de Danilo. O Flamengo foi vítima das várias atuações individuais abaixo da média, como Gabriel, Everton, o próprio Alecsandro, Canteros, que fez seu primeiro jogo como titular e ficou devendo... Mugni foi quem mais tentou, mas não conseguiu evoluir sozinho.
Paulo Victor ainda reclamou do sol, que ficou de frente para ele no primeiro tempo e teria prejudicado sua visão nas bolas alçadas - na etapa final a luz do sol não esteve mais na área. Luxa tentou resolver a apatia até com improvisações: Everton na ala e Márcio Araújo no meio, depois o volante foi para a lateral direita, e Luiz Antonio para o centro... Nada que fizesse o perdido Fla encontrar a bússola. Eduardo da Silva também entrou e fez sua estreia, mas esteve apagado. No fim, festa verde na Arena Condá, e rubro-negros outra vez com a lanterna na mão.

BASE DECIDE, FIGUEIRA VENCE PRIMEIRA EM CASA E ACABA COM SÉRIE DO SPORT

Gol de Clayton Figueirense x Sport (Foto: Renan Koerich)
Depois de 25 contratações na temporada, o Figueirense contou com duas crias da casa para conquistar a primeira vitória como mandante no Orlando Scarpelli neste Campeonato Brasileiro. Em uma tarde ensolarada de domingo na capital catarinense, o time local, que não havia conquistado um ponto sequer jogando em Florianópolis, acabou com a sequência de cinco jogos de invencibilidade do Sport ao vencer por 3 a 0. Um garoto de 18 anos e outro de 20, Clayton e Léo Lisboa, foram os responsáveis por tirar o Figueira da lanterna, com um gol cada na vitória - Marco Antônio marcou o outro.
Tudo começou quando Argel Fucks transformou uma baixa em alta. A lesão do experiente Kleber antes dos 10 minutos do primeiro tempo pesou, mas de forma positiva. Ao trocar, por obrigação, um atleta de 34 anos por um garoto, ele mudou a cara do jogo. Léo Lisboa fez mais que seu primeiro gol como profissional: abriu caminho para os três pontos do Furacão, freou o sonho de G-4 do Rubro-Negro pernambucano e, de quebra, tirou o clube que representa do último lugar da tabela. Agora, o Figueira é o 18º, com 10 pontos, enquanto o Leão da Ilha do Retiro segue na cola dos primeiros colocados, em quinto, com 21 pontos.
Com a semana livre pela frente, os dois clubes só voltam a campo no próximo domingo pelo Brasileirão. O Figueirense sai de casa, mas segue em Santa Catarina, onde enfrenta a Chapecoense no Oeste do estado, às 18h30. O Sport segue como visitante e, às 16h, entra no duelo de rubro-negros contra o Flamengo no Maracanã.
O jogo

O Figueirense começou a partida com uma postura diferente daquela apresentada em seus últimos compromissos, apesar de contar com menos de 6 mil torcedores em dia de ingresso a R$ 1 - fruto da campanha ruim. Lanterna e sem conquistar um ponto em casa na competição até o início do jogo, foi para cima do Sport, que não perdia no Brasileiro desde o dia 25 de maio. Logo aos 10 minutos, Argel Fuck precisou tirar seu jogador mais experiente, o meia Kleber, que sentiu o músculo após uma cobrança de falta. No seu lugar, o jovem Léo Lisboa entrou para colocar fogo no jogo. Mas antes de a partida ganhar ânimo, a torcida do Sport fez feio papel na arquibancada do Scarpelli: em pequeno número, brigou entre si até que policiais interviessem.

Em campo, duas chances claríssimas para o time da casa. O jovem Léo Lisboa participou de ambas. Responsável pelas bola paradas, ele colocou Thiago Heleno em posição privilegiada, mas Magrão fez milagre. No minuto seguinte, o goleiro do Sport ficou batido nas finalizações de Jean Carlos, de voleio, e Rivaldo, de cabeça, mas Renê e Patric apareceram para salvar a pátria do Leão. Aos 41, porém, nem arqueiro nem defensores puderam evitar o pior para a equipe pernambucana. Depois de gingar na frente do adversário, o garoto de 20 anos acertou um belo chute no cantinho direito, sem chances para o camisa 1.
O Sport nem parecia vir de cinco jogos invicto. Sem qualidade no primeiro tempo, Eduardo Baptista não mudou suas peças, apenas o uniforme - o time visitante havia começado de branco e terminou com o uniforme tradicional rubro-negro. O Figueira ainda teria mais uma chance, exatamente com o autor do primeiro gol, antes de o time pernambucano se impor em campo na busca do empate. Danilo e Renan Oliveira entraram poucos minutos antes de o segundo quase empatar, de cabeça, aos 16 da etapa final. Volpi fez defesa importante. A bola ainda beijou a trave.

Mas Argel Fucks tinha mais um garoto na manga. Clayton, ou Claytinho, que ainda não completou 19 anos, entrou aos 22 da etapa complementar e, aos 30, deu tranquilidade ao Alvinegro. Recebeu lançamento exatamente do companheiro Léo Lisboa e mandou entre as pernas de Magrão para ampliar. Aos 38, Marco Antônio sacramentou. De cabeça, após cruzamento de Cereda, deu números finais à partida, para empolgar e dar esperanças aos 5.796 torcedores que estiveram no Scarpelli.

CORITIBA E CORINTHIANS JOGAM MAL, SÓ ASSUSTAM EM FALTAS E FICAM NO ZERO

Luccas Claro coritiba e Romarinho Corinthians Brasileirão (Foto: Joka Madruga / Agência Estado)
Uma boa cobrança de falta de Alex, outra de Jadson. Uma bela defesa de Cássio, outra de Vanderlei. Coritiba e Corinthians poderiam ter passado 90 minutos batendo faltas, abusando da intimidade que seus camisas 10 têm com a bola. Certamente teria sido melhor do que o pavoroso restante do jogo no Couto Pereira. O empate sem gols foi justíssimo.
Diante de tamanha carência criativa, outros detalhes chamaram atenção. As camisas listradas, muito parecidas, a quantidade de água num dos lados do campo que foi irrigado, as chuteiras de Romero (uma azul e outra rosa), o chute torto de Luccas Claro pela linha de fundo, tão injustificável quanto as picuinhas entre os jogadores que acabaram gerando a expulsão do lateral-direito Fagner no segundo tempo, após falta em Zé Eduardo. O Zé Love, aquele mesmo, parceiro de ataque de Neymar no Santos campeão da Libertadores em 2011.
O Timão se manteve cinco pontos atrás do líder Cruzeiro (29 a 24), mas caiu para o quarto lugar ao ser ultrapassado por Internacional e Fluminense, que venceram no fechamento da rodada. Na quarta-feira, o Corinthians enfrentará o Bahia, em Salvador, pela Copa do Brasil, com a vantagem de 3 a 0, construída na primeira partida. No domingo, o compromisso será pelo Brasileirão, contra o Santos, na Vila Belmiro.
O Coxa segue na zona de rebaixamento, em 17°, com 11 pontos, um a mais que Figueirense, Bahia e Flamengo. No próximo sábado, terá pela frente o Fluminense, no Maracanã.
O jogo
Em situação delicada, o time de Celso Roth começou o jogo tentando pressionar a saída de bola corintiana. Deu resultado. Aos três minutos, Alex já havia batido falta com perigo e acertado o travessão de Cássio num toque por cobertura, genial, porém irregular. Estava impedido. Norberto, pela direita, foi a maior ameaça dos anfitriões. O Corinthians ignorou a presença de bons jogadores como Elias, Petros e Jadson no meio-campo. Abusou dos chutões. A bola foi mal tratada, pouco rolou pelo gramado.
Mano Menezes resumiu o que queria no segundo tempo: jogar mais, ter mais qualidade, chegar mais, ser mais agressivo e querer ganhar o jogo. Ou seja, faltava tudo. E continuou faltando. Ele tentou mudar o panorama com Renato Augusto no lugar de Romero, mas o cartão vermelho de Fagner determinou os 26 minutos finais: com um a mais, Roth fez uma mudança ofensiva e colocou Geraldo. Mano deu o troco, se fechou com Guilherme Andrade.
Vuaden deu quatro minutos de acréscimos. Foram apenas quatro minutos a mais de maus tratos à bola e ao público. 0 a 0. Perfeito.

SEM VENCER DESDE MAIO NO BRASILEIRO, PALMEIRAS E BAHIA FICAM NO EMPATE

Palmeiras x Bahia (Foto: Marcos Ribolli)
Sem vencer no Brasileiro desde maio, Palmeiras e Bahia se enfrentaram no Pacaembu. E o jogo saiu sem um vencedor. O empate por 1 a 1 amplia o jejum de vitórias das duas equipes e as mantém em situação complicada no Brasileirão - o Verdão é o 14º, com 14 pontos, a três da zona do rebaixamento, e o Tricolor baiano é o penúltimo, com 10.
A última vitória do Palmeiras no Brasileirão foi em 22 de maio, ainda sob o comando do interino Alberto Valentim - 1 a 0 sobre o Figueirense. Com Ricardo Gareca, o time só venceu pela Copa do Brasil (Avaí) e na Copa EuroAmericana (Fiorentina).
O jejum do Bahia é ainda maior. A última vitória foi em 4 de maio - 1 a 0 sobre o Botafogo. Contra o Verdão, o time foi comandado pelo diretor Charles Fabian. Um treinador deve ser contratado nos próximos dias.
Henrique abriu o placar para o Palmeiras, aos 15 do segundo tempo, completando cruzamento de Victor Luis - o melhor do Verdão em campo. O Bahia empatou dois minutos depois, com Kieza, aproveitando boa jogada de Pará. O público pagante foi de 15.208 pessoas (com renda de R$ 632.000). Parte da torcida vaiou o time palmeirense na saída de campo.
Na quarta-feira, o Palmeiras encara o Avaí, às 19h30, no Pacaembu, pela Copa do Brasil. Pela mesma competição, o Bahia recebe o Corinthians, também na quarta, às 22h, na Fonte Nova. Já pelo Brasileirão, os baianos recebem o Goiás, às 18h30 de sábado. O Palmeiras visita o Atlético-MG, domingo, às 18h30, no estádio Independência.
O jogo
Palmeiras e Bahia fizeram um primeiro tempo de baixo nível técnico. Em várias ocasiões, a bola voou de uma intermediária para outra, sem que ninguém tentasse ao menos colocá-la no chão para tentar uma tabela. Victor Luis e Mouche, pelo setor esquerdo de ataque do Verdão, pareciam ser a exceção. Quando acionados, buscavam uma jogada bem costurada - tinham espaço para isso. Faltava a qualidade no passe final. Nenhuma bola chegou redonda no pé do finalizador, Henrique. De fora da área, Wesley tentou, mas sem perigo.
O Bahia jogava com a zaga muito recuada, quase na linha da grande área, deixando o Verdão propor o jogo e esperando um erro do adversário para sair no contra-ataque. Desta forma, conseguiu a melhor chance da etapa final, com Marcos Aurélio servindo Kieza - o goleiro Fábio saiu bem e abafou.
No segundo tempo, o Bahia voltou melhor do que o Palmeiras e teve outra chance clara de gol, com Kieza tomando a bola de Marcelo Oliveira dentro da área e rolando para Marcos Aurélio, livre, chutar para fora. Mas foi o Verdão quem abriu o placar, aos 15, com Henrique completando cruzamento de Victor Luis. O empate veio dois minutos depois, com Kieza finalizando jogada armada por Pará.
Ricardo Gareca mexeu no time - Patrick Vieira no lugar de Felipe Menezes, Mendieta na vaga de Mouche. A melhor opção continuou sendo os avanços de Victor Luis pela esquerda. Sinal dos tempos: um garoto, recém-promovido ao time titular, parecia o único lúcido no time alviverde. O Bahia continuou apostando nos contra-ataques. Kieza deitava e rolava em cima de Marcelo Oliveira. Mas o placar permaneceu inalterado. Empate ruim para os dois times, mas pior para o time baiano, que segue afundado na zona do rebaixamento.

COM GOLS POLÊMICOS, VITÓRIA BATE O GRÊMIO E ENCERRA JEJUM EM CASA

Lance de Vitória e Grêmio Série A (Foto: Agência Getty Images)
Fim de jejum para o Vitória dentro de seus domínios. Neste sábado, o Rubro-Negro venceu o Grêmio no Barradão de virada pelo placar de 2 a 1, em partida válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Caio, com dois gols, foi o principal nome do triunfo rubro-negro, o primeiro como mandante na Série A. Até então, o Leão havia disputado outros seis jogos em casa, com três empates e três derrotas. Barcos balançou as redes pelo Tricolor gaúcho e se aproximou de Ricardo Goulart na briga pela artilharia da competição nacional. O argentino tem cinco gols no campeonato, contra sete do cruzeirense.
A partida foi recheada de lances polêmicos. Nos três gols, reclamações dos dois times. Na avaliação dos jogadores do Vitória, Barcos teria dominado com o braço antes de estufar as redes de Wilson. Na opinião dos gremistas, Caio cometeu falta antes de marcar seu primeiro gol, e Dinei se atirou no gramado no lance do pênalti que resultou no gol da virada rubro-negra.
Além de encerrar um tabu, o triunfo conquistado em Salvador alivia a pressão do Vitória na briga para se afastar da zona de rebaixamento. O Rubro-Negro alcançou 14 pontos, quatro a mais que o primeiro time da área de degola, e ocupa a 12ª colocação da tabela de classificação. O próximo compromisso do time baiano será contra o São Paulo, no Morumbi.
No Grêmio, fica a impressão de que Luiz Felipe Scolari terá bastante trabalho para recolocar o time na briga por uma vaga no G-4. De volta ao clube gaúcho após 18 anos, Felipão precisará dar unidade a um time que tem nomes de peso, mas ainda não consegue atender às expectativas. Na próxima rodada do Brasileiro, o Grêmio tem o clássico contra o Internacional, partida que marcará a reestreia do técnico no Tricolor.
Festival de passes errados e gol do Pirata
Passes errados em excesso e muita marcação. O início do duelo entre Vitória e Grêmio era uma promessa de partida com poucas emoções. Com dez minutos de jogo, somente o uruguaio Luis Aguiar, estreante da noite, tinha levado perigo com um chute de fora da área defendido por Marcelo Grohe. Era preciso um pouco mais de ousadia, uma pitada de criatividade da qual Dudu se encarregou. O meia tirou a bola dos pés de Riveros e lançou para Barcos dominar meio no ombro, meio no braço e inaugurar o placar. 
Armado para jogar no contra-ataque, o Vitória precisou se lançar contra a defesa do Grêmio para tentar o empate. Faltava ao time baiano, no entanto, vocação ofensiva para romper a barreira tricolor. E cada vez que um atleta do time gaúcho roubava a bola, escancarava a fragilidade do Leão. O Rubro-Negro tinha um buraco no meio de campo. E como um pouco mais de precisão, o Grêmio poderia ter deixado o primeiro tempo com uma vantagem bem maior do que apenas um gol.
Vitória vai ao ataque e vira o jogo
Em desvantagem no placar, o Vitória precisava atacar. Em busca do empate, Jorginho decidiu abrir mão de um dos três volantes da equipe. Na volta para o segundo tempo, o treinador colocou o atacante William Henrique no lugar de Richarlyson. A alteração fez efeito e o time baiano passou a frequentar mais o campo de ataque. Em cruzamento, Caio acertou a trave de Grohe. Apenas um ensaio do que estava por vir. Pouco tempo depois, o atacante recebeu cruzamento de Euller, se apoiou nas costas de Geromel e cabeceou para empatar o jogo. O gol pareceu acordar o Grêmio. 
O time gaúcho passou a atacar mais. No entanto, em lance polêmico, o Vitória conseguiu virar a partida. Em bola levantada na área, Dinei aproveitou o contato de Edinho e caiu. Sandro Meira Ricci marcou pênalti. Cobrador oficial, Ayrton se aproximou para bater a penalidade. Caio, no entanto, pediu para chutar. O atacante mandou no canto esquerdo, mas Grohe defendeu. No rebote, o próprio Caio tratou de balançar as redes. O Grêmio ainda tentou o empate, mas Wilson impediu que o Tricolor deixasse Salvador com uma boa impressão para Felipão.

CRICIÚMA ARRANCA EMPATE NO MORUMBI, E SÃO PAULO SAI VAIADO

Rafael Toloi São Paulo e Cricúma (Foto: Marcos Ribolli)
Mais um time catarinense aprontou para cima do São Paulo no Morumbi. Duas semanas depois de a Chapecoense vencer o Tricolor por 1 a 0, foi a vez de o Criciúma arrancar um empate por 1 a 1, diante de mais de 46 mil torcedores, pela 13ª rodada do Brasileirão.
Muitos deles compraram ingresso imaginando que veriam Kaká. Mas o meia, machucado, não jogou. Viu de camarote o São Paulo ter mais posse de bola (60% a 40%), finalizar muito mais (20 a 6), mas, de novo, não conseguiu vencer no Morumbi um adversário que mostrou força defensiva e se aproveitou de uma falha do Tricolor para chegar ao gol - o seu primeiro como visitante neste campeonato.
A torcida vaiou. Aos 22 minutos do segundo tempo, quando o jogo ainda estava 0 a 0, já pedia "raça". Antes, ainda na etapa inicial, gritava o nome de "Luis Fabiano" a cada vez que Pato perdia uma chance de gol - e não foram poucas.
É o terceiro jogo seguido do São Paulo sem vitória no Brasileiro. Com isso, o time vai se afastando do G-4. Com 20 pontos, pode ver os rivais Corinthians, Fluminense e Inter abrirem larga vantagem no complemento da rodada, neste domingo. Já o Criciúma, com 12 pontos, só entra na zona de rebaixamento se Chapecoense (ou Flamengo) e Coritiba vencerem seus jogos.
Os dois times terão a semana livre para trabalhar. Na próxima rodada, o Criciúma encara o líder Cruzeiro, em Santa Catarina, no sábado, às 18h30. Já o São Paulo volta a jogar em casa - recebe o Vitória, domingo, às 18h30, no Morumbi.
O jogo
O Criciúma veio ao Morumbi sonhando repetir o feito de outro time catarinense, a Chapecoense, há duas semanas. A ideia era se fechar na defesa, deixando o São Paulo ficar com a posse de bola, esperando um erro para se lançar no contra-ataque. Foi assim que o time de Chapecó venceu o Tricolor, por 1 a 0. A diferença é que o Tigre não mostrou a mesma qualidade na hora de agredir o São Paulo. Só Silvinho tentava alguma coisa. E sem nenhum brilho.
Com três volantes (Denilson, Souza e Maicon), a ordem de Muricy era para que os laterais jogassem como alas. Douglas e Alvaro Pereira tiveram uma liberdade que não vinham tendo. Mas o Tricolor insistiu muito nas jogadas pelo centro, com Ganso, Pato e Kardec ocupando todos uma faixa de uns 30 metros quadrados. Mesmo assim, criou várias chances. Só Pato teve pelo menos três. Errou. E ouviu a torcida gritar "Luis Fabiano" - o camisa 9 se recupera de lesão na coxa direita e ainda não tem data para voltar.
Mas o São Paulo não jogava mal. Tinha mais posse de bola e criava uma chance atrás da outra. A torcida, porém, demonstrava impaciência. E levou um susto quando Alvaro Pereira se chocou com Bruno Lopes e caiu de cara no chão, desacordado. A ambulância chegou a ser acionada. Mas o lateral, assim como fez na Copa do Mundo (em jogada com Stearling, da Inglaterra), se recusou a sair de campo. Voltou e acabou iniciando a jogada que culminou no gol de Kardec - desarmou, passou para Souza, que deu para Ganso deixar o ex-palmeirense na cara do gol.
Com a vantagem, o São Paulo recuou. O castigo veio aos 35, numa cobrança de falta da direita. A bola alçada na área pegou Ceni de susto - no rebote do goleiro, Rodrigo Souza marcou. O placar de 1 a 1 acabou sendo injusto para o São Paulo, que propôs o jogo desde o início e teve várias chances para marcar. Mas caiu como uma luva para o Criciúma.

BOTA DRIBLA CRISE E QUEBRA SEQUÊNCIA DE VITÓRIAS DO CRUZEIRO: 1 A 1

Marquinhos cruzeiro e Emerson Sheik Botafogo (Foto: Agência Getty Images)
O líder do Campeonato Brasileiro somou mais um ponto em sua escalada em busca do segundo título nacional consecutivo. Neste sábado, no Maracanã, empatou por 1 a 1 com o Botafogo, que conseguiu driblar sua enorme crise para, com vigor em campo e apoio da torcida, quebrar a sequência de quatro vitórias seguidas do adversário. Edílson, improvisado como meia, abriu o placar para os cariocas no primeiro tempo. O zagueiro Léo, na etapa final, empatou para os mineiros, que ainda não venceram no novo Maracanã.
O resultado não chega a ser injusto – o Cruzeiro, porém, mereceria mais a vitória. O Botafogo teve o mérito de praticamente anular o envolvente setor ofensivo do adversário na etapa inicial. Depois, a Raposa cresceu muito, controlou o jogo, teve mais posse (57% a 43%) e muito mais finalizações (18 a 8). Jefferson salvou o Alvinegro repetidas vezes.
Com o empate, o Botafogo foi a 13 pontos, na 13ª colocação. O Cruzeiro, com 29, é o líder. Na próxima rodada, os mineiros visitam o Criciúma no sábado, e os cariocas encaram o Atlético-PR em Curitiba no domingo.
O jogo
O Cruzeiro não fez bom primeiro tempo. Não conseguiu repetir o dinamismo dos jogos anteriores. Foi bem anulado pelo Botafogo, que impediu o habitual encaixe de peças como Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Egídio. Diante de um adversário obviamente superior, a equipe de Vagner Mancini teve o mérito de equilibrar os movimentos e ainda alcançar o gol em lance pelo alto.
Foi aos 25 minutos. Lucas, da direita, mandou na área. Edílson, improvisado como meio-campista, apareceu bem para mandar de cabeça no canto de Fábio, que escorregou e, por isso, não conseguiu alcançar a bola.
Os minutos finais do primeiro tempo, porém, já começaram a mostrar aquilo que aconteceria no restante do jogo: Cruzeiro na pressão, Botafogo se segurando atrás e tentando sair em velocidade. A Raposa foi ao ataque e, de tanto insistir, alcançou o gol do empate. Léo, aos 14, aproveitou desvio de Dedé, após cruzamento de Everton Ribeiro, e mandou para a rede. Willian, pouco antes, mandara chute no travessão.
O restante da partida foi de soberania no Cruzeiro. Mas o Botafogo se controlou bem. Quando deu espaços, viu Jefferson trabalhar com perfeição, como em chute cara a cara com Dagoberto.