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domingo, 3 de março de 2013

Com jejum e vantagem em jogo, Flamengo e Botafogo duelam na semi

Oswaldo de Oliveira vai manter Rafael Marques como titular e Bruno Mendes no banco Foto: Mauro Pimentel / Terra

Flamengo e Botafogo duelam neste domingo, às 16h (de Brasília), no Estádio do Engenhão, pelas semifinais da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca. O time rubro-negro, que terminou o Grupo B no primeiro lugar e teve a melhor campanha da fase de classificação, tem a vantagem de jogar pelo empate. Já aos alvinegros, que ficaram em segundo lugar no Grupo A, só a vitória interessa.
Com um ligeiro favoritismo por ter melhor campanha e o direito ao empate, o Flamengo adota o discurso de que não pretende fazer uso dessa vantagem e vai jogar como se precisasse ganhar.
"Claro que ter a vantagem do empate é importante, mas não vamos entrar em campo pensando nisso, senão podemos pagar um preço muito caro. Vamos jogar contra um time experiente, acostumado a decidir, e isso é preocupante. Portanto, temos que agir como se a gente necessitasse da vitória, mas sem desespero", refletiu o lateral direito Léo Moura.
Artilheiro Hernane está confirmado no ataque do Flamengo Foto: Paulo Sèrgio / Agência Lance
Na verdade, não ter a vantagem do empate pode ser algo ruim neste clássico, já que a igualdade tem sido o mais comum quando os rivais se encontram. Porém, o Botafogo terá que quebrar um jejum para ficar com a vaga, pois jamais sentiu o gosto de derrotar os flamenguistas no Engenhão. No estádio, foram 11 encontros, com três vitórias da equipe da Gávea e oito empates.
"Acredito que, em um clássico, qualquer resultado é possível, e não vejo qual ligação podem ter essas partidas anteriores com o que vamos ver neste domingo. Cada partida é diferente da outra, tem uma outra história, um estilo diferente. Sendo mata-mata, um mau dia pode representar o fim do sonho de se conquistar um título. Respeitamos o Flamengo, reconhecemos que existem grandes jogadores do outro lado do campo, mas sabemos que o Botafogo tem plenas condições de ser o vitorioso", confia o atacante Rafael Marques.
Na visão dos botafoguenses, o mais importante de tudo é corrigir os erros cometidos nos últimos jogos da fase de classificação - quando o time saiu perdendo e, em alguns casos, não conseguiu reagir, como na derrota de 1 a 0 para o próprio Flamengo. "Nós cometemos muitos erros em alguns jogos, principalmente no início, e isso não pode se repetir contra o Flamengo, pois com toda a certeza vai ser fatal", disse o meia Andrezinho.
Em termos de escalação, Dorival Júnior vai repetir a equipe que vem jogando. O goleiro Felipe, que chegou a ser dúvida por conta de uma crise de torcicolo, melhorou e tem presença assegurada. Mesmo testando Igor Sartori, Rodolfo e Gabriel entre os titulares, o comandante deve manter a confiança em Hernane, Carlos Eduardo e Rafinha.
Pelo lado do Botafogo, Oswaldo de Oliveira tem problemas. O zagueiro Antônio Carlos, sofrendo com lesão muscular na coxa esquerda, fica fora e dá a vaga para Dória. Já o lateral esquerdo Márcio Azevedo, negociado com o futebol ucraniano, foi afastado do elenco. Assim, Júlio César ou Lima ocupam o setor neste domingo.
Os volantes Marcelo Mattos, recuperado de lesão no tornozelo direito, e Renato, livre de dores na coxa esquerda, ficam à disposição, mas deverão começar o jogo no banco de reservas. No ataque, Rafael Marques teve boa atuação no empate por 2 a 2 com o Boavista e está mantido, em detrimento a Bruno Mendes, que ficará como opção no banco de reservas.

Torcida do Flamengo fecha trânsito em inauguração de estátua de Zico


A torcida do Flamengo lotou os arredores da Gávea neste sábado e fez festa para celebrar o 60º aniversário de Zico. Apesar de a data ser comemorar apenas no domingo, os torcedores ao local em peso e fecharam até o trânsito na cerimônia que inaugurou uma estátua em tamanho real do ídolo. O monumento foi todo moldado em bronze e emocionou o ex-jogador.
Zico foi até a Gávea acompanhado de seus familiares e retirou o pano que cobria a estátua. A obra foi esculpida por Edu Santos e levou os presentes ao delírio. Os mais entusiasmados gritavam que o ídolo era o melhor jogador do mundo e superior até mesmo a Pelé. O Galinho, porém, adotou um discurso mais cauteloso e apenas agradeceu aos rubro-negros que enfrentaram a chuva para prestigiar o seu aniversário.
"Obrigado, 60 vezes obrigado. Meu pai me ensinou a amar o Flamengo. Foi um grande encontro que tive na minha vida e esta sempre foi a minha segunda casa", disse o ex-jogador. "É até difícil falar alguma coisa a vocês neste momento. E o que me deixa mais feliz é saber que este movimento foi espontâneo e partiu de vocês. Só posso agradecer por cada um que saiu de casa e veio aqui me prestigiar."
A obra inaugurada neste sábado é a quarta em homenagem a Zico. A escultura foi feita com base na comemoração do gol marcado no empate por 3 a 3 contra o Botafogo, em 7 de maio de 1989, válido pela Taça Rio. O momento retratado foi um pedido do próprio Galinho, que enviou uma fotografia deste episódio para o escultor dar forma ao seu monumento.

Bebeto se isenta em possível saída do filho no Fla: "não me meto"

Mattheus não atuou em jogos do Flamengo nesta temporada Foto: Mauricio Val/Vipcomm / Divulgação

Aos 18 anos, Mattheus é tido como uma promessa no Flamengo. Em janeiro de 2013, após ter completado um ano na equipe profissional rubro-negra, o jovem meia foi sondado pela Juventus, da Itália. O interesse do clube italiano teria causado um imbróglio na renovação de contrato com o Flamengo, que se encerra no fim desta temporada, já que suspeitou-se que o pai do atleta, Bebeto, teria forçado a saída do filho. Ele nega.
"Eu nunca falei para o Mattheus sair do Flamengo. Jamais quis ou forcei uma situação para que ele não tenha o contrato renovado. Essas notícias que saíram, dizendo que eu queria que ele saísse do clube, não são verdadeiras. Nós adoramos o Flamengo, eu tenho uma história lá e o Mattheus está lá há muito tempo", disse Bebeto, que aproveitou para salientar que evita se meter na carreira do filho:
"Eu não me meto na carreira do Mattheus. Não quero que fiquem ligando a figura dele à minha, pois quero preservá-lo. Para não me envolver, contratei uma empresa que tem o papel de agenciar a carreira dele", explicou.
Bebeto se refere à MFD, empresa investidora que agencia o meia. Ainda de acordo com o ex-jogador, se Mattheus deixar o clube da Gávea, é porque a diretoria rubro-negra e a MFD quiseram, e não ele. "Não posso garantir que ele vá renovar contrato com o Flamengo. Mas posso afirmar que se o Mattheus sair, é porque a diretoria do Flamengo e a MFD chegaram a um acordo", comentou Bebeto.
O ex-jogador ainda aproveitou para criticar a cúpula de futebol da gestão de Patricia Amorim. "Se há algum empecilho para a renovação do Mattheus com o Flamengo, esse problema foi causado pela diretoria anterior. Eles deixaram alguns buracos no contrato dele", finalizou.
O Flamengo é detentor de 80% dos direitos econômicos de Mattheus e os outros 20% são da MFD. O clube da Gávea recusou a oferta da Juventus após uma semana de negociações. Os italianos estavam dispostos a pagar um milhão de euros (R$ 2,6 milhões) à vista. A outra parcela de um milhão de euros só seria desembolsada pelo Fla se Mattheus fizesse um número de jogos estipulados no contrato da transação.

Inter apresenta Aírton, ex-Flamengo e Benfica, seu sétimo reforço para 2013


O Internacional apresentou neste sábado seu sétimo reforço para a temporada: o volante Aírton, que estava no Flamengo por empréstimo, já que pertence ao Benfica. O jogador ficará no Beira-Rio por um ano e meio. E admite que carece de ritmo de jogo.
"Tive um estiramento que me deixou muito tempo parado. Fizemos uma boa pré-temporada, mas foi opção do treinador não me utilizar", explicou o centromédio, que não contava com a preferência do técnico Dorival Júnior. No Inter, Aírton, definido por ele próprio como um "cão de guarda", jogará ao lado de Willians, com quem foi campeão brasileiro em 2009, pelo Flamengo.
"Eu agradeço pela oportunidade de atuar no Inter. É um clube muito grande, e estou muito feliz por vestir essa camisa. Já joguei como zagueiro, mas sou mais de ficar de ficar na frente da área, apesar de ter um bom passe", explicou.
Aírton é o sexto jogador contratado pelo Inter na temporada. O Colorado já contratou Gabriel, Hélder, Vítor Júnior, Caio, Willians e Gilberto, que estava emprestado ao Sport e retornou a Porto Alegre. O clube ainda busca um meia com características semelhantes às de D’Alessandro, mas dificilmente contratará um jogador caro para a função.

Valcke cita calor e admite Copa no Catar no início de 2022 durante o inverno


As altas temperaturas do verão catariano podem fazer com que a Fifa mude as datas da Copa do Mundo de 2022. Foi o que revelou o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, em entrevista coletiva concedida em Edimburgo, na Escócia, neste sábado.
"Enquanto o calendário internacional não estiver definido, todas as alternativas estão sendo consideradas. Talvez o Comitê Executivo da Fifa diga, baseado em informações médicas, que nós realmente tenhamos que procurar jogar a Copa do Mundo no inverno, e não no verão", disse.
Ainda assim, o dirigente afirmou que qualquer decisão não será tomada no curto prazo, já que aprioridades da Fifa é a organização das duas próximas Copas do Mundo.
"Temos dois Mundiais para organizar, no Brasil (2014) e na Rússia (2018). A Copa do Catar só será realizada em 2022. São nove anos até lá, temos bastante tempo", disse.
Desde que foi anunciada a disputa do Mundial no Catar, diversas confederações nacionais e continentais reclamaram da escolha, por conta do forte calor do país do Oriente Médio - nos meses de verão, a temperatura média ultrapassa 40ºC. O vice-presidente da própria Fifa, o jordaniano Ali Bin Al Hussein, e o presidente da Uefa, o francês Michel Platini, já haviam pedido, por exemplo, a disputa da Copa de 2022 no inverno.

    Novo 'sessentão', Zico quer ver Neymar na Europa e Oscar com a 10 da seleção


    Neste domingo, dia 3 de março, um dos maiores nomes da história futebol brasileiro faz aniversário: Arthur Antunes Coimbra, ou simplesmente Zico, completa 60 anos de idade, sendo que 23 deles (de 1971 a 1994) foram dedicados à sua vitoriosa carreira dentro dos campos, principalmente vestindo a camisa do Flamengo, clube pelo qual ainda é idolatrado por todos os torcedores.
    Mesmo atuando como meio-campista, Zico anotou 826 gols em toda sua carreira. Desses, 516 aconteceram em partidas oficiais por Flamengo, seleção brasileira, Udinese, da Itália, e Kashima Antlers, do Japão, enquanto os outros 310 foram em torneios não oficiais, categoria juvenil e amistosos.
    Em conversa exclusiva, o "Galinho de Quintino", como também é conhecido, contou quais são os gols que considera os mais importantes da sua carreira. "O do Flamengo x Cobreloa, na final da Libertadores de 1981, de falta. E teve um no Brasil x Uruguai, em 1976, na minha estreia pela seleção brasileira, de falta também.
    E o mais bonito? "Foi em 1993, acho, em Tóquio, pela Copa do Imperador do Japão. No jogo contra o Sendai, eu marquei um gol meio que de costas, encobrindo o goleiro", contou Zico.
    Sobre os jogos mais importantes da carreira, um deles ficou marcado de forma negativa. "Aquele Brasil x Itália de 1982 (derrota por 3 a 2). Futebol não é só alegria, né?", questionou o ex-jogador, que considera o duelo contra o Liverpool, na final do Mundial de 1981, e a decisão da Libertadores do mesmo ano, diante do Cobreloa, como os jogos inesquecíveis.
    Por falar na sua passagem pelo futebol do Japão, Zico disse tem um arrependimento durante todos os anos que jogou futebol. E foi justamente atuando pelo Kashima Antlers, um ano antes de se aposentar de forma oficial. 
    "Me arrependo de um ato antidesportivo que tive quando eu jogava no Japão. O árbitro marcou um pênalti inexistente para o Verdy no segundo jogo da final da J-League (de 1993) e antes de o cara cobrar eu fui lá e cuspi na bola. Fui expulso, estava chateado, me arrependo demais. Muita coisa estava envolvida naquele jogo, mas eu não faria de novo", comentou Zico.

    Seleção brasileira 

    Além de falar da sua carreira, Zico também falou sobre o time de Luiz Felipe Scolari. Ele atuou em 72 partidas com a camisa 10 da seleção brasileira, tendo anotado 52 gols. Atualmente, a equipe de Felipão não tem um homem de criação como titular absoluto. Mas o Galinho dá sua opinião de quem pode fazer essa função: "Oscar, do chelsea", disse.
    Ronaldinho Gaúcho foi o atleta em que Felipão apostou no primeiro amistoso depois da sua volta, na derrota diante da Ingalaterra. Para Zico, o astro do Atlético-MG não tem mais o perfil que a equipe precisa. "No Atlético ele é maravilhoso, mas o problema é que nos últimos anos ele não consegue render na seleção aquilo que a gente espera. Isso há muitos anos", comentou.
    "O Kaká não é um camisa 10 de ofício, um homem de criação. Ele é mais atacante, não é um armador, mas com certeza estaria na minha seleção brasileira", disse Zico, que completou. "O Kaká tem que ser colocado perto do gol. Ele é rápido, sabe chutar. Eu chamaria".

    Neymar na Europa?

    Rivaldo, Ronaldo, Daniel Alves, Mano Menezes, Ibrahimovic e Gullit. Todos esses jogadores disseram recentemente que já passou da hora de Neymar deixar o Santos e ir jogar na Europa. Zico sempre foi favorável pela permanência do atacante santista no Brasil, mas de uns tempos para cá, mudou de ideia.
    "Sempre quis que o Neymar ficasse por aqui, mas nos ultimos jogos da seleção contra equipes europeias, ele teve dificuldades. Acho que ele deveria enfrentar a dificuldade lá, até para se adaptar. Pelo Brasil, o Neymar não está conseguindo fazer aquilo que ele faz aqui. Não sei se é marcação diferente, táticas diferentes. Agora vejo a necessidade de ele enfrentar essas equipes", falou o ídolo do Flamengo.

    O futuro

    No final do ano passado, Zico deixou de ser técnico da seleção do Iraque, cargo que era seu desde agosto de 2011. De lá para cá, ele se transformou em uma espécie de conselheiro do Flamengo, que hoje é presidido pelo amigo Eduardo Bandeira de Mello. "Não é nenhum cargo, é só amizade. A gente conversa, troca ideias. Não quero trabalho como dirigente".
    Mas o que vai fazer daqui para frente? O ex-atleta admitiu que ainda pretende atuar como treinador, mas tudo depende de alguns fatores. "Só se for uma coisa que me entusiasme bastante, que me motive. Precisa ter condições boas para fazer um bom trabalho. Tudo está aberto, não dá pra fechar portas para isso", finalizou Zico.



    Vasco 3 x 2 Fluminense – Em partida emocionante, com direito a duas viradas no fim do segundo tempo, Gigante da Colina vence e vai a final



    Ninguém esperava um final de classico tão dramático entre Fluminense e Vasco. O primeiro tempo da semifinal acabou sem grandes emoções. Um empate em 0 a 0 que estava dando ao Cruz-maltino a vaga na grande decisão, já que foi o primeiro lugar do seu grupo e jogava por um empate. O segundo tempo também não empolgava tanto. Somente na segunda metade da etapa final que o jogo pegou fogo. As equipes pareciam estarem ligadas na tomada e veio uma chuva de gols e momentos emocionantes.
    Aos 24 minutos do segundo tempo o Vasco abriu o placar. Parecia que o Fluminense não teria reação, já que tinha pouco tempo e precisava de dois gols para conseguir chegar a final. Porém o Tricolor mostrou garra e virou a partida aos 34 minutos. A torcida da equipe de Laranjeiras já comemorava, mas foi a vez do Vasco mostrar superação e alcançar uma virada inacreditável, com gols acontecendo aos 39 e 41 minutos.
    Primeiro tempo sem grandes emoções e com o Fluminense atuando melhor
    A etapa inicial parecia um roteiro de um filme em que todos sabem o que vai acontecer. Com a desvantagem de precisar da vitória para avançar de fase, o Tricolor saiu para o ataque. A equipe sentia um pouco a grande viagem feita ao Chile no meio da semana, mas conseguia se impor. Por sua vez, o Vasco preferiu correr riscos e priorizar a defesa para tentar a sorte nos contra-ataques. O grande problema Cruz-maltino é que os contra-ataques não apareciam. A defesa do Gigante da Colina estava muito confusa e os meias Carlos Alberto e Bernardo estavam sem inspirações para criar boas jogadas.
    A sorte vascaína é que a inspiração do Fluminense não durou mais que 10 minutos. Os tricolores até pressionavam, detinham o comando da posse de bola, mas viam seus principais jogadores apagados. Deco e Fred não faziam uma boa partida. O restante da equipe também não conseguia jogar o seu melhor futebol. O resultado foi um jogo sem muitas emoções no primeiro tempo e ao chegar o intervalo, a partida estava empatada no 0 a 0.
    Drama e viradas
    No início do segundo tempo era o Vasco quem tinha as melhores chances. O Fluminense começava a sentir mais cansaço e desgate e Cruz-maltino não perdoou. O time de São Januário explorou muito bem os contra-ataques e os tricolores começavam a se preocupar com o tempo que passava.
    Aos 24 minutos, o Vasco parecia ter sacramentado a sua ida a final. Em um contra-ataque fatal, Éder Luís deu lindo passe para Bernardo. O meia não desperdiçou e mandou a bola para os fundos da rede de Diego Cavalieri. A vitória parcial por 1 a 0 era mais do que suficiente para os vascainos, já que obrigava o Fluminense virar o clássico.
    Nem o tricolor mais otimista conseguia prever uma virada de seu time. A equipe de Laranjeiras não estava conseguindo jogar bem nem antes do gol do Vasco. A decepção era latente na cara dos torcedores do Fluminense presentes no Engenhão. Porém, contrariando tudo, o Tricolor conseguiu recarregar os combustíveis e partiu para uma pressão incrível contra o Vasco.
    O empate não demorou a sair. Aos 32 minutos, o atacante Rhayner, que havia acabado de entrar, tentou dar uma cabeçada, que acabou, por sorte, sobrando nos pés de Thiago Neves. Todo desengonçado, o experiente jogador empurrou a bol para o gol.
    Nem dois minutos foram necessários para o Fluminense conseguir virar a partida. Aos 34, o Tricolor conseguia operar um milagre ao fazer seu segundo gol no clássico. Carlinhos bateu firma, mas Alessandro defendeu. O goleiro do Vasco acabou dando rebote, que foi muito bem aproveitado por Wellington Nem, que virou o jogo para a equipe de Laranjeiras.   
    Foi a vez do torcedor vascaíno ficar desolado. Ninguém estava acreditando no que tinha acabado de acontecer. O Gigante da Colina estava deixando de forma surpreendente a vaga na grande decisão da Taça Guanabara cair nos colos do seu rival.
    Porém, o técnico Cruz-maltino resolveu apostar tudo. Mexeu duas vezes. Colocou Dakson no lugar de Éder Luís e tirou Thiago Feltri para botar Romário em campo. A aposta de Gaúcho deu muito certo e os dois jogadores mudaram mais uma vez a cara da partida.
    Aos 38, a combinação dos dois funcionou. Dakson cruzou para Romário empatar o jogo. O resultado mudava novamente o panorama da partida e na ocasião era o Fluminense quem necessitava de um gol.
    Todavia, o time das Laranjeiras não conseguiu arranjar novas forças. Pelo contrário, foi o Vasco, que fiel ao cântico de seu torcida - “O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor” – fez mais um gol para alcançar a vitória em um dos clássicos mais emocionantes da história das duas equipes.
    Aos 41 minutos, o atual ídolo vascaíno fez a torcida Cruz-maltina explodir de felicidade. Após cruzamente de Bernardo, o zagueio Dedé marcou o gol que sacramentou a virada e carimbou o passaporte do Gigante da Colina para a grande final do primeiro turno do Campeonato Carioca.
    Escalações:
    Vasco da Gama: Alessandro, Nei, Dedé, Renato Silva, Thiago Feltri (Romário), Abuda (Fellipe Bastos), Wendel, Pedro Ken, Bernardo, Carlos Alberto, Éder Luís (Dakson). Técnico: Gaúcho.
    Fluminense: Diego Cavalieri, Bruno Vieira (Wellington Silva), Gum, Anderson (Rhayner), Carlinhos, Edinho, Jean, Thiago Neves, Deco (Wagner), Wellington Nem, Fred. Técnico: Abel Braga.
     

    Classificado, Gaúcho analisa vitória: "O mais importante foi a entrega"


    Classificado para a final da Taça Guanabara depois de derrotar o Fluminese numa partida eletrizante, o técnico Gaúcho comemorou a raça demonstrada por seus jogadores na noite deste sábado, no Engenhão. Depois de sair na frente, com gol de Bernardo, o Vasco viu o Tricolor virar o marcador. Porém, as mexidas do comandante cruzmaltino fizeram a diferença, com as entradas de Dakson e Romário.
    No fim da partida, os dois jogadores foram fundamentais para selar a virada por 3 a 2, garantindo vaga na decisão da Taça Guanabara contra o vencedor de Flamengo x Botafogo, que jogam neste domingo.
    - Fizemos um primeiro tempo muito ruim, mas no segundo conversamos a respeito e o time voltou mais calmo. Tem jogadores que não jogaram este tipo de clássico. Depois, tudo ficou igual. Tentamos os contra-ataques e fomos felizes. Eles reagiram, viraram, e depois conseguimos acertar e chegar na vitória. O mais importante foi a entrega, cumpriram tudo o que eu pedi. Felizmente as coisas aconteceram bem.
    Apesar de muito contestado, o elenco vascaíno tem, na opinião de Gaúcho, condições de trazer grandes resultados para o clube.
    - Durante a semana, disse que o time parecia o que foi campeão em 74. São jogadores que chegaram em cima da hora, não têm tanta expressão, mas têm qualidade. É questão de tempo, mas os resultados têm que aparecer. Agora decidimos no próximo fim de semana.
     

    Abel critica "soberba" de Dakson em toque de letra no clássico



    Após o 3 a 2 do Vasco que eliminou o Fluminense da Taça Guanabara, o técnico Abel Braga criticou o jovem Dakson, do rival, pelo que chamou de "soberba", por conta de um lance ocorrido no final do jogo, quando o Cruzmaltino vencia por 2 a 1. O meia deu um toque de letra considerado desrespeitoso pelos jogadores do Tricolor, visão que foi reforçada pelo comandante em entrevista ao final da partida.
    - A única ressalva é que quando o time está ganhando, você toca a bola e a torcida fala, é muito legal. Agora dar de letra é palhaçada. Com certeza o Gaúcho vai chamar a atenção. O Vasco está precisando ganhar um título há muito tempo, com méritos vai disputar a Taça Guanabara, mas sem soberba. É um menino, precisa colocar na cabeça que não jogou nada ainda. Faltou com respeito aos colegas e principalmente aos adversários. Contra o Madureira, um jogador meu (Samuel) tentou dar uma lambreta e tomou uma dura na hora - comentou o treinador.
    Apesar do incidente, Abel rasgou elogios para o que viu em campo. Além do espetáculo, ele ressaltou a força de sua equipe que, após estar perdendo por 1 a 0, mostrou poder de resuperação e virou o placar, antes de ser vitima de dois lances fatais que deram a vitória ao Cruzmaltino, eliminando o Flu da competição.
    - Foi uma loucura de jogo, incrível. O adversário jogando pelo empate, faz um a zero, vai abaixar os braços. Por isso que digo que tenho orgulho da minha equipe. O Vasco teve uma entrega enorme depois que viramos o jogo. Foi um jogo louco, mas lindo para quem assistiu - comentou.
     

    Um dia antes dos 60, Flamengo inaugura estátua de Zico na Gávea

    A sede do Flamengo finalmente conta com uma estátua do maior ídolo da história do clube. Na manhã deste sábado (02), na véspera do aniversário de 60 anos de Zico, foi inaugurado na Gávea o monumento de bronze em tamanho real - 1,72m - que homenageia a trajetória de sucesso do eterno camisa 10, responsável por dar tantas alegrias à torcida Rubro-negra. Os torcedores, aliás, marcaram presença na cerimônia. O trânsito nos arredores da sede do clube teve que ser fechado. Visivelmente emocionado, o Galinho agradeceu aos presentes.   
    - Obrigado, obrigado, obrigado. 60 vezes obrigado. Meu pai me ensinou a amar o Flamengo. Foi um grande encontro que tive na minha vida. O Flamengo sempre foi minha segunda casa. Tudo foi feito com amor, dedicação e vontade de fazer o melhor para o clube e torcida. Às vezes chega um momento que não tem como agradecer a tudo isso. Mas vou levar sempre todo o movimento espontâneo de vocês. Me orgulha e faz colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. Espero que essa relação continue eterna, com confiança e fidelidade - afirmou o ídolo.
    Na presença de familiares e do presidente Eduardo Bandeira de Mello, Zico retirou a bandeira que cobria a estátua e foi festejado com gritos de "Zico é melhor que Pelé" e "Melhor do mundo". Inspirado na comemoração do ex-jogador no empate entre Flamengo e Botafogo, no dia 7 de maio de 1989, pela Taça Rio, esse foi o quarto monumento construído em homenagem ao Galinho de Quintino. 
    - É uma alegria, dia inesquecível na minha vida. Tudo isso que acontece hoje, poder ter a oportunidade de estar junto com minha família, é uma dádiva de Deus. Quero agradecer ao Flamengo e aos torcedores por tudo que recebo hoje - disse Zico, em entrevista coletiva concedida após a inauguração.
     

    Botafogo demonstra interesse em Alecsandro, mas Atlético-MG não libera


    Com problemas no setor ofensivo, o Botafogo foi atrás do atacante Alecsandro, ex-Vasco e que hoje está no Atlético-MG. Um dos dirigentes do clube entrou em contato com o empresário do jogador, Oldegard Filho, na semana passada, para dar início às negociações. Porém, o clube mineiro vetou a saída do atacante, por querê-lo no elenco para a Libertadores.
    Em conversa com o LANCE!Net, Oldegard Filho contou que as negociações entre Alecsandro e o Botafogo não foram muito longas:
    - O Botafogo se movimentou para ter o Alecsandro, mas o AtléticMG prontamente informou que contava com ele e vetou o negócio. O contato foi na semana passada, mas não durou muito.
    Com 32 anos, Alecsandro já foi campeão da Libertadores em 2010 e foi titular do Internacional no Mundial de Clubes do mesmo ano. Na ocasião, o Colorado foi derrotado nas semifinais pelo Mazembe, do Congo.

    Luxemburgo nega problema com Marcelo Moreno, mas ressalta: "Tem que buscar espaço"


    As declarações do pai de Marcelo Moreno chamando o Grêmio de "timinho" e atacando o técnico Vanderlei Luxemburo esquentaram o clima no clube gaúcho. Destaque do Imortal no Brasileirão do ano passado, o jogador hoje não figura nem entre os reservas durante os treinamentos. Apesar de tudo, o comandante nega que haja qualquer problema com o camisa 9, alegando que a opção por retirá-lo do grupo é momentânea. Se o boliviano recuperar o seu melhor futebol, Luxa afirma que ele voltará a ter espaço.
    - Não aconteceu nada. O futebol é dessa forma. Não tem nenhum problema com o Moreno, mas não está estabelecido no contrato que ele tem que ser 1º, 2º, 3º, 4º. É uma preferência momentânea do técnico. Ele que tem que ter a busca do espaço dele novamente. Não é a primeira vez que acontece com um atleta. Não é uma novidade isso. Cabe a ele buscar dentro do campo. Acho que o Moreno teve bastante minutos desde que estou aqui. De repente, no momento, ele não é o cara que eu quero, tenho outras opções - disse o treinador.
    O próprio Moreno admite a má fase. Em entrevista à Rádio Bandeirantes na sexta-feira, o centroavante se disse chateado com o mau desempenho, mas evitou falar sobre as declarações do pai que, segundo o jogador, não é mais seu empresário.
    - Na verdade, não tenho que falar. É um momento difícil, complicado para mim. Mas sempre respeitando os companheiros que têm chegado. É continuar fazendo meu trabalho, treinando bastante com o grupo. E jamais vou fazer algo para prejudicar o grupo. Se estou me mantendo em silêncio, é porque estou fazendo meu trabalho bem feito. Na hora certa, as coisas vão acontecer. Ficar nessa situação deixa um pouco triste. Mas a gente é forte para passar por esses momentos. Tomara que a gente possa recuperar o nível. Estou trabalhando e podemos ter novas oportunidades no primeiro time - comentou Moreno.