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terça-feira, 23 de setembro de 2014

NO SERRA DOURADA, GOIÁS MASSACRA O PALMEIRAS E O AFUNDA NA LANTERNA: 6 A 0

Jackson e Cristaldo Goiás x Palmeiras (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)
O Goiás afundou o Palmeiras na lanterna do Campeonato Brasileiro. E com uma goleada daquelas difíceis de esquecer. Sem muita dificuldade, o Esmeraldino aplicou 6 a 0 no adversário, neste domingo, no Serra Dourada, pela 23ª rodada da competição. Com um gol atrás do outro (quatro no primeiro tempo e dois no segundo), os donos da casa ganharam fôlego para alçar voos maiores na tabela e nocautearam o desesperado adversário, que sofreu sua maior derrota na história dos Brasileiros, empatando com os 6 a 0 sofridos para o Inter em 1981, no Beira-Rio.
Com essa vitória, a equipe goiana sobe para a décima colocação, com 30 pontos. 
E o Palmeiras, com 22, amarga a última colocação de forma preocupante. Os dois voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro na próxima quinta-feira, às 19h30. O time goiano visita o Botafogo, no Rio de Janeiro, e a equipe paulista, em clima mais tenso, receberá o Vitória, no Pacaembu.
O jogo

O Goiás não precisou de muito esforço para derrubar o Palmeiras no Serra Dourada. Em todos os quatro gols marcados no primeiro tempo, o time de Goiânia contou com a colaboração dos palmeirenses. As falhas foram seguidas. João Pedro, Victorino, Victor Luis, Lúcio, Deola...
E olha que o Palmeiras até começou com iniciativa. Cristaldo teve chance, mas desperdiçou. Já o Goiás... Aos seis, Ramon passou nas costas de João Pedro e abriu o placar. Aos 11, Victorino errou, e Esquerdinha foi acionado para marcar. Aos 27, Victor Luiz vacilou, e Erik fez. E aos 26, David aproveitou tiro livre indireto: 4 a 0 - Lúcio e Deola bobearam.
Desesperado, o palmeirense Dorival Júnior fez logo as três mudanças no intervalo. Josimar, Juninho e Cristaldo deram lugar a Henrique, Bernardo e Bruno César. Só que não deu tempo de saber se mudaria alguma coisa. Logo aos três minutos, o quinto gol do Goiás. Thiago Mendes pegou de primeira, após rebote de Lúcio.
Sem mais nada a perder, o Palmeiras partiu para o campo de ataque na tentativa de amenizar o vexame no Serra Dourada. Tentou com Henrique, com Diogo, com Bernardo, mas não havia forças para reação. Para piorar, Allione foi expulso por falta dura em Esquerdinha, e Victorino, machucado, teve de seguir em campo porque o técnico já havia feito as três substituições. Com a defesa adversária aberta, o Goiás ainda teve tempo de ampliar para 6 a 0, com gol de Wellington Júnior, em falha de Deola.

DUDU DESENCANTA, GRÊMIO VENCE A CHAPECOENSE E SEGUE COLADO NO G-4

Grêmio Chapecoense Arena Campeonato Brasileiro (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Pelo sexto jogo consecutivo sem sofrer gols, o Grêmio conseguiu se aproximar do G-4 do Brasileirão ao vencer a Chapecoense por 1 a 0 neste domingo, na Arena, pela 23ª rodada. O time catarinense, embalado pelos últimos resultados, até teve algumas chances, mas não com a qualidade suficiente para furar o bloqueio tricolor. E se o Tricolor Gaúcho manteve eficiência na defesa, na frente um jogador acabou com triste sina. Dudu desencantou após 19 jogos sem balançar as redes ao fazer o gol da vitória, aos 7 minutos do primeiro tempo.
Foi o primeiro gol do jogador na competição. Com o resultado, o Grêmio subiu para a quinta posição na tabela, com 39 pontos ganhos. O Corinthians, que fecha o G-4, tem 40. A Chape segue com 24, na 15ª colocação, a um ponto do Coritiba, primeiro a integrar a zona de rebaixamento. Na próxima rodada, o Tricolor Gaúcho pega o Fluminense no Maracanã, na quarta. O Verdão do Oeste recebe o Atlético-PR na Arena Condá.
Dudu desencanta e põe Grêmio na frente
O placar do primeiro tempo foi magro, dadas as circunstâncias da partida. O Grêmio abriu o placar cedo, com Dudu, que marcou seu primeiro gol no Brasileirão. Comemorou abraçado por Felipão e pelos companheiros, com muita festa. Barcos ajeitou na entrada da área e enfiou para Luan, que chutou em cima do goleiro. No rebote, Dudu mandou a bomba, que ainda desviou em Fabiano, bateu na trave e entrou. Era uma amostra da atuação incansável do camisa 7 gremista, que ainda teve outras chances, mas sem sucesso. Nos primeiros 45 minutos, a equipe gaúcha chegou a nove finalizações. Luan foi o segundo a arriscar mais, porém sem aproveitar. Também deixou a desejar com lançamentos perdidos.
Do lado da Chape, das seis finalizações no primeiro tempo, apenas uma foi com chance real de gol. Aos 45, Fabiano bateu forte e cruzado, para fora. Camilo, com duas chances, complicou a defesa tricolor em alguns momentos, com jogadas rápidas e de habilidade do meio para o ataque. Mas o Grêmio foi melhor e fez valer a superioridade, indo para o intervalo com a vantagem.
Pressão da Chape no fim
Num segundo tempo mais burocrático, cresciam a marcação apertada e os passes errados. O técnico Jorginho mexeu na Chape. Bruno Rangel entrou no lugar de Camilo para tentar aumentar o poder ofensivo. Ainda na etapa inicial, Zezinho havia entrado no lugar de Diones. Enquanto os visitantes buscavam o empate, o Grêmio caía de rendimento. Felipão pôs Fernandinho na vaga de Luan, que não ia bem. Os catarinenses passaram a envolver mais a equipe tricolor. Mas o goleiro Marcelo Grohe, seguro, não deu chances aos atacantes do Verdão do Oeste.
Aos 34 minutos. Felipão sacou Barcos para a entrada de Lucas Coelho. O Pirata havia desfalcado o Grêmio diante do Santos com dores na coxa esquerda e foi confirmado contra a Chape instantes antes do jogo. No time catarinense, Hyoran entrou no lugar de Ricardo Conceição. O Grêmio teve duas oportunidades perdidas por Lucas Coelho, bem defendidas por Danilo. Depois, fechado atrás, o Tricolor sobreviveu à pressão final da Chapecoense. E manteve o resultado conseguido ainda no começo do primeiro tempo.

LUCAS LIMA BRILHA, E SANTOS VENCE O FIGUEIRENSE NA VILA BELMIRO

Robinho e Leandro Damião gol Santos (Foto: Delamonica / Ag. Estado)
O Santos tem um ataque badalado, que conta com nomes como Robinho, Leandro Damião e Gabriel. Mas, neste domingo, quem brilhou foi o responsável por armar as jogadas para eles: Lucas Lima. O meia fez um golaço e deus duas assistências na vitória por 3 a 1 sobre o Figueirense, na Vila Belmiro. Damião e Robinho completaram o marcador, enquanto Giovanni Augusto descontou para os visitantes, em mais um pênalti de bola na mão. Com o resultado, o Peixe chegou aos 33 pontos, a sete do G-4, na 9ª posição no Campeonato Brasileiro. Já o Figueira segue com 26, em 13º, a três pontos do Z-4.
Mas, se serve como consolo, a atuação dos catarinenses é para dar esperança de que o time pode se distanciar da luta contra o rebaixamento. Mesmo como visitante, o Figueirense dominou boa parte do confronto, jogou ofensivamente e não teve melhor sorte por conta das chances desperdiçadas. O Peixe fez a parte dele. Não brilhou, mas foi efetivo e soube fazer os gols.
Na próxima rodada, o Santos enfrenta o Atlético-MG, quinta-feira, às 20h30, no Independência. Já o Figueira recebe o Corinthians, na quarta, às 22h, no Orlando Scarpelli.
O jogo
Em 25 minutos, 10 finalizações do Figueirense, contra quatro do Santos. Esse número mostra bem o que foi o primeiro tempo do jogo. Os catarinenses pareciam estar em casa. Trocavam passes como queriam, chegavam com perigo, chutavam, driblavam... Teve bola na trave, pênalti dicutível não marcado - mais uma vez a bola na mão... Apático, o Peixe foi totalmente dominado. Os três atacantes não significaram poder ofensivo, pelo contrário.
O que o time santista teve de bom foi a efetividade. Pouco chegou, mas, quando o fez, marcou: com Leandro Damião, de cabeça, após cruzamento de Lucas Lima, aos 40. Mas o gol não mudou a partida. O Figueira seguiu em cima e chegou ao empate aos 48, em pênalti (outra bola na mão) cobrado por Giovanni Augusto. Justiça pelo que a equipe jogou na etapa inicial.
O segundo tempo não teve nada de muito diferente do que foi o primeiro. Mais uma vez quem estava na Vila viu o Figueirense tocar bem a bola e ser melhor que o Santos em quase toda a etapa. Mas também viu a eficiência do Peixe, que chegou ao segundo gol em lindo chute de fora da área de Robinho, aos 11 minutos, após boa jogada de Lucas Lima.
A vantagem não fez o time paulista se impôr em campo. Pelo contrário. O Figueira seguiu bem no confronto e desperdiçou ótimas chances. Everaldo até perdeu gol na cara de Aranha. Pouco depois, aos 43, Lucas Lima mostrou como se faz, com toque por cima de Tiago Volpi, fechando o placar.  E garantindo mais três pontos para o Santos, apesar da atuação apagada. O sonho de encostar no G-4 segue vivo.

ADEUS, TABUS! VITÓRIA IGNORA HISTÓRICO, VENCE BA-VI DE VIRADA E COMPLICA RIVAL

Bahia x Vitória (Foto: Romildo de Jesus / Futura Press)
Um dia para implodir tabus. Esse foi o domingo do Vitória. Na lanterna do Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro tinha contra si muitos números. Mas, diante de 25 mil torcedores, tratou de mandar às favas os números e tabus para fechar o torneio particular de Ba-Vis de 2014 mostrando que quem ri por último ri muito melhor. Na Arena Fonte Nova, o Leão da Barra venceu de virada o Bahia pelo placar de 2 a 1, em partida válida pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Kadu e Luiz Gustavo balançaram as redes pelo time de Ney Franco. Kieza descontou para o Tricolor.
O último triunfo do Vitória diante do maior rival na Série A tinha acontecido em 2003. Apesar dos longos anos, o número de jogos neste período era pequeno: apenas três. Em números absolutos, outra marca incomodava: o Leão não vencia o Bahia havia oito partidas. O úlltimo triunfo sobre o rival havia sido no dia 12 de maio de 2013, na goleada de 7 a 3 pelo Campeonato Baiano, também na Fonte Nova. Só neste ano, foram cinco clássicos, com dois triunfos do Bahia e três empates. Além disso, Ney Franco nunca havia vencido um Ba-Vi. Neste domingo, o Vitória tratou de mudar a história e, com uma atuação perfeita, saiu de campo merecedor do resultado. De quebra, o Leão deixou a lanterna do Campeonato Brasileiro e ainda ultrapassou o Bahia, adversário direto na luta contra o rebaixamento.
Com o resultado, o Rubro-Negro chegou a 24 pontos e subiu para a 14ª posição - pela primeira vez em sete rodadas, deixa a zona de rebaixamento. Já o Bahia manteve os 23 pontos e agora é o 18º colocado. Na próxima quinta-feira, o Vitória vai até São Paulo enfrentar o Palmeiras, no Pacaembu. O Tricolor joga um dia antes, na quarta, outra vez na Fonte Nova, desta vez diante do Sport.
Ba-Vi elétrico de Kieza e Kadu
Bahia e Vitória começaram o clássico com emoção digna de suas grandezas: antes dos dez minutos de jogo, as duas torcidas gritaram gol. Aos cinco, a defesa do Vitória bateu cabeça, e Pará achou Kieza livre de marcação para abrir o placar. A torcida tricolor ainda comemorava, quando o erro mudou de lado. A defesa do Bahia falhou, e Lomba saiu mal. O suficiente para Kadu empurrar para as redes e empatar três minutos depois. Após o gol, o Vitória melhorou na partida e passou a criar mais. Dono do meio-campo, Richarlyson distribuiu as ações pelo lado vermelho e preto. Dinei, Roger Carvalho e Léo Gago ameaçaram por suas equipes, e o primeiro tempo chegou ao fim com um Vitória melhor e dono das ações, diante de um Bahia que viu na velocidade de Rafinha sua opção de fuga.
Ba-Vi de um time só
O Tricolor começou o segundo tempo tentando reagir. Kleina trocou Léo Gago por Maxi Biancucchi, e a atuação da equipe melhorou em relação ao primeiro tempo. Ainda assim, o Bahia seguia dando espaços. Em um desses erros, Luiz Gustavo chutou fraco de fora da área, a bola bateu na trave, nas costas de Lomba e morreu no fundo das redes. Com o gol, o Vitória cresceu e encurralou o seu maior rival. Como numa luta de boxe, restou ao Tricolor sofrer nas cordas diante da superioridade do maior rival. Acuado, o Bahia quase levou o terceiro, após cabeçada do baixinho Juan e, assim como na primeira etapa, tentou usar a velocidade para chegar ao gol. Destaque pelo esforço, Rafinha chegou perto do empate, mas o Tricolor não teve inspiração semelhante dos demais atletas. No fim, restaram tentativas desesperadas de um time que jogou pouco, diante da cadência de um Vitória que soube ser vibrante, calculista e decisiva para vencer.

CARLOS BRILHA, E GALO QUEBRA DOMÍNIO DO LÍDER ABSOLUTO CRUZEIRO NO MINEIRÃO

Até este domingo, quando encerra a 23ª rodada do Brasileirão, nenhum time havia vencido o líder absoluto Cruzeiro no Mineirão. Aliás, nenhum time havia vencido a equipe celeste no Gigante da Pampulha a temporada inteira de 2014. Coube justamente a seu maior rival o belo feito. E o Galo precisou de garra, inteligência e um jogador em tarde inspirada. Com dois gols de Carlos, aproveitou os descuidos do adversário para sair vitorioso por 3 a 2. Diego Tardelli fez o outro gol do Atlético-MG, e Ricardo Goulart e Alisson marcaram os da Raposa. O resultado leva o Alvinegro para mais perto do G-4,. na quinta colocação, com 37 pontos.
A derrota não alterou a situação dos cruzeirenses: continuam na liderança folgada na competição, com 49 pontos, sete a mais que o vice-líder São Paulo, derrotado pelo Corinthians neste domingo também por 3 a 2. A partida acabou marcada também por incidentes nas arquibancadas, principalmente na área da torcida visitante. Apesar disso, a torcida atleticana, que só teve direito a 10% dos ingressos da carga total, fez a festa e saiu do Mineirão comemorando o fato de ter vencido o rival nos dois turnos e quebrado a invencibilidade celeste de 23 partidas no Gigante da Pampulha - o Cruzeiro não perdia uma partida ali desde 1º de dezembro de 2013, quando foi derrotado pelo Bahia..
Na próxima rodada, o Cruzeiro vai ao Couto Pereira enfrentar o Coritiba. A partida será quarta-feira, às 19h30 (de Brasília). O Atlético-MG joga só na quinta, quando, às 20h30, recebe o Santos, no Independência.
Emoções e confusão
Mesmo tendo como adversário o rival Atlético-MG, o Cruzeiro manteve o estilo de jogo ofensivo desde os minutos iniciais. O resultado foi domínio territorial absoluto, e maior posse de bola da Raposa. Mas a superioridade não foi traduzida em gols. Chegou a mandar uma bola na trave, no começo, com Alisson, mas ficou só nisso. Até porque foi o Galo que marcou primeiro. E em dose dupla. Aos 38 minutos, Carlos abriu o placar. Dois minutos depois, Tardelli ampliou. A torcida do Cruzeiro parecia não acreditar no que via, enquanto a atleticana, em meio à comemoração, estourava bombas e soltava sinalizadores, o que fez o árbitro da partida, Marcelo Lima Henrique, paralisar a partida por dois minutos.
Ao Cruzeiro não restava outra opção a não ser se mandar para o ataque. O prêmio pela coragem surgiu com um gol de Ricardo Goulart aos 46 minutos, depois de jogada de Éverton Ribeiro. O gol devolveu a Raposa ao jogo e deixou muita expectativa e emoções para o segundo tempo.
Sangue-frio
Era a injeção de ânimo da qual o Cruzeiro precisava. O time azul voltou com tudo em busca do empate, repetindo a blitz no início do primeiro tempo. O gol não demorou a sair. Aos seis minutos, Alisson marcou de voleio e mudou o panorama da partida. O técnico Levir Culpi pôs  Josué no lugar de Luan e deixou mais forte a marcação atleticana. O meio-campo congestionado dificultou a vida da Raposa, que dava espaços para o rival contra-atacar. E num rápido ataque nos acréscimos do jogo, saiu o gol da vitória atleticana. Leandro Donizete acertou cruzamento perfeito para o garoto Carlos, de cabeça, marcar seu segundo gol no jogo e o tornar herói do clássico. O sangue-frio alvinegro foi premiado com o resultado. Festa da minoria no Mineirão. Os 10% de atleticanos foram para a casa felizes da vida. Afinal, só o Galo venceu o Cruzeiro no Mineirão este ano.

EM JOGO TENSO, CORINTHIANS VIRA NA ARENA, E SÃO-PAULINOS CULPAM ÁRBITRO

guerrero mano corinthians (Foto: Marcos Ribolli)
O Corinthians venceu o São Paulo de virada, por 3 a 2, no primeiro clássico Majestoso da história da Arena, em Itaquera, na tarde deste domingo, pela 23ª rodada do Brasileirão. O peruano Paolo Guerrero foi o melhor em campo, mas não será ele o principal personagem nas conversas entre torcedores nesta segunda-feira. Com dois pênaltis a favor do Corinthians e duas expulsões (uma de cada lado), o árbitro Luiz Flávio de Oliveira foi apontado pelos são-paulinos como o grande responsável pelo placar.
- O que faltou pra gente? Faltou ter o árbitro do nosso lado. Ele conseguiu o que queria, está de parabéns - ironizou o volante Souza.
- Isso é uma vergonha, o Sheik está certo - emendou o meia Ganso, se referindo a críticas do botafoguense Emerson à CBF.
- A arbitragem decidiu o jogo - completou o meia Kaká.
Mas, na opinião do comentarista de arbitragem da TV Globo, Arnaldo Cezar Coelho, Luiz Flávio acertou em todos os lances capitais: os dois pênaltis e as duas expulsões.
O resultado levou o Corinthians a 40 pontos, dois a menos que o São Paulo. O Timão se mantém em quarto, e o Tricolor, em segundo, com o Inter em terceiro (41). Os três seguem na caça ao Cruzeiro, que perdeu para o Atlético-MG e parou nos 49.
A rivalidade provocou tensão. Dentro do estádio, provocações homofóbicas dos dois lados predominaram durante todo o jogo. O público foi de 34.688 pagantes, com renda de R$ 2.405.986,50.
Em campo, duas ausências de última hora: Elias, com uma amigdalite, e Rogério Ceni, que não se recuperou de uma tendinite no joelho esquerdo. Foram substituídos por Danilo e Denis, respectivamente. Alexandre Pato e Jadson, envolvidos numa troca entre os clubes no início do ano, também não jogaram, por conta de uma cláusula em seus contratos de empréstimo.
Os dois times voltam a jogar na quarta-feira, às 22h. No Morumbi, o São Paulo recebe o Flamengo. Já o Corinthians vai a Florianópolis para encarar o Figueirense.
O jogo
Os três gols da etapa inicial surgiram em lances de bola parada, e dois tiveram polêmica. O São Paulo abriu o placar aos 5, em falta muito contestada pelos corintianos. No lance, Kardec tentou passar por Fagner, trombou com o lateral e caiu. Na cobrança, Kaká mandou na área, a zaga corintiana se atrapalhou, e Souza aproveitou para marcar. O empate veio num pênalti igualmente contestado pelos são-paulinos: após finalização de Malcom e rebote de Denis, a bola bateu na mão de Antônio Carlos, que vinha na corrida. Na análise do comentarista Arnaldo Cézar Coelho o árbitro Luiz Flávio de Oliveira acertou ao marcar o pênalti. Fábio Santos converteu e empatou. O único gol não polêmico veio em outra cobrança de falta de Kaká, já aos 44. O meia ergueu na área, e Edson Silva, sozinho, completou para a rede.
O curioso é que as duas únicas finalizações do São Paulo em todo o jogo resultaram em gol. O Corinthians, que teve mais posse de bola (52% a 48%), também finalizou mais: seis vezes até o intervalo. Guerrero, movimentando-se muito e criando espaços para os companheiros, era o destaque - principalmente após a saída de Toloi, machucado, para a entrada de Antônio Carlos, visivelmente sem ritmo de jogo e levando a pior no duelo com o corintiano.
O Corinthians chegou ao empate aos 20 minutos do segundo tempo. Em contra-ataque iniciado por Malcom, Guerrero invadiu a área e, na hora de finalizar, recebeu um carrinho de Alvaro Pereira - jogada que parece ter virado a marca registrada do uruguaio. Com o pé do são-paulino quase na cintura do corintiano, Luiz Flávio de Oliveira marcou o pênalti e expulsou Alvaro Pereira. Fábio Santos, mais uma vez, bateu com precisão: 2 a 2.
A virada veio aos 28 minutos e num bonito lance. Guerrero tabelou com Danilo, recebeu na área e, com leve toque, bateu sem chances para Dênis. Um golaço.
Em vantagem no placar e com um jogador a mais, o Corinthians passou a tocar mais a bola, tentando fazer o tempo passar. Mas a expulsão de Fábio Santos por carrinho em Osvaldo voltou a agitar o jogo. O São Paulo se mandou todo ao ataque. Kardec criou a melhor chance, ajeitando de calcanhar para Michel Bastos bater, mas sem sucesso. Melhor para o Corinthians, que se recupera de seguidos tropeços, vence e cola no rival, pulando para 40 pontos, só dois a menos do que o São Paulo. E a nove do líder Cruzeiro.

SPORT EXORCIZA FANTASMA E BATE COXA, QUE VENDE MUITO CARA A DERROTA NA ILHA

Sport x Coritiba Série A (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Era tarde de exorcizar fantasmas. Melhor que fosse fácil para o Sport, mas esteve longe disso.  Mesmo com dificuldades, venceu o Coritiba, por 1 a 0, neste domingo, na Ilha do Retiro, pela Série A do Campeonato Brasileiro.  Uma ironia: com gol de Felipe Azevedo, muito contestado pelos torcedores. Diante de um adversário duro, a vitória sobre o Coxa fez bem ao psicológico do time. Os paranaenses vão mal no Brasileirão e o Leão caiu diante de alguns adversários, nessas mesmas circunstâncias em rodadas passadas. Os rubro-negros chegam aos 35 pontos, na oitava posição, e se estabelecem no bolo de cima da tabela de classificação. Já os curitibanos estacionaram nos 23 - estão em 17º - e continuam a luta contra o rebaixamento.
Felipe Azevedo, curiosamente, deu um basta à pouca atividade dos atacantes no confronto. Logo ele, tão criticado nas rodadas passadas, saiu do banco de reservas e assegurou a vitória para o Leão. Com passe preciso de Diego Souza, dessa vez o jogador não desperdiçou.
Na próxima rodada, pernambucanos e paranaenses vão ter adversários em situações distintas na tábua de classificação. O Sport vai até a Bahia, onde enfrenta, na quarta-feira à noite, no estádio da Fonte Nova, o Tricolor da Boa Terra, que patina no Brasileirão - é o antepenúltimo colocado. Os curitibanos voltam a se apresentar em casa, no Couto Pereira, também na quarta, diante do Cruzeiro, líder da Série A.
"Camicases"
Sport e Coritiba fizeram o que se chama no futebol de jogo aberto até a metade da etapa inicial. Na realidade, exageraram no quesito. Como pilotos “camicases”, acharam no ataque um estilo único de digladiar com o rival. Quem detinha a bola, levava perigo. Era difícil até apostar quem abriria o placar primeiro. Ao jogar em velocidade, ambos criaram boas alternativas táticas e, mais do que isso, chances de gol. Eram semelhantes até defensivamente. De tanto se expor, vacilavam na recomposição. Quando o confronto se "acalmou"  e os rivais passaram a atacar com maior cadência, lá trás as coisas ficaram mais fáceis e, a partir daí, com pouca objetividade, os zagueiros dos dois lados conseguiram levar a melhor. E o placar ficou no 0 a 0.
Redenção
O Sport voltou mais ofensivo com a entrada de Ananias no lugar de Ibson. Mais rápido e com a necessidade de vencer em casa,  ocupou o ataque com maior volúpia do que no primeiro tempo. O Coritiba também mudou de postura. Ao ver o desespero do adversário, optou pela cadência e saídas rápidas para surpreendê-lo. O Leão não tinha como esperar e passou a sufocar os adversários, muito bem distribuídos em campo. Num lance que misturou ironia e redenção, Felipe Azevedo saiu do banco de reservas, recebeu um passe de Diego Souza e tocou para o fundo das redes, decretando a vitória rubro-negra.

FLA E FLU EMPATAM, E RUBRO-NEGROS FICAM SEM VENCER TRICOLORES EM 2014

Conca Flamengo x Fluminense (Foto: Matheus Andrade / Photocâmera)
Equilíbrio e empate no clássico entre Flamengo e Fluminense, no Maracanã, que terminou em 1 a 1, com gols de Eduardo da Silva e Fred. O duelo, com ampla maioria rubro-negra nas arquibancadas, teve 37.918 pagantes, com 41.666 presentes (renda de R$ 1.588.090,00). Era a última chance de os rubro-negros vencerem os rivais em 2014, já que perderam os dois primeiros confrontos neste ano. No Carioca, os tricolores impuseram um 3 a 0 e, na quarta rodada do Brasileiro, em maio, nova vitória do clube das Laranjeiras por 2 a 0.
Na próxima quarta-feira, compromissos dos mais complicados para ambos os cariocas. O Fla, estacionado na zona intermediária, em 11º lugar, com 30 pontos,  enfrenta o São Paulo no Morumbi. Já o Flu, em sétimo com 36 pontos e vendo o G-4 mais distante, recebe o Grêmio no Maracanã.

A diferença de momentos das equipes em relação ao jogo no primeiro turno do Brasileiro fica evidente pela distância entre as equipes na classificação. O Fla-Flu anterior colocou os tricolores na vice-liderança do Brasileiro e deixou os rubro-negros à beira de um abismo do qual demoraram a sair, na 16ª colocação, ainda fora da zona de rebaixamento que derrubaria o então técnico Jayme de Almeida e o seu sucessor, Ney Franco. Vanderlei Luxemburgo, atual técnico do time, assumiu no lugar de Franco e obteve uma arrancada que reduziu as 14 posições de distância na tabela para quatro antes do clássico deste domingo pelo segundo turno. O Fluminense, por sua vez, viveu maiores turbulências por conta de eliminações em outras competições, chegou a ter de conviver com protestos, mas não deixou de figurar na parte de cima da tabela do Brasileiro.

Equilíbrio e um gol para cada lado
Com três volantes - Cáceres, Luiz Antonio e Márcio Araújo -, o Flamengo passou aperto na saída de bola no primeiro tempo, com dificuldade para tramar jogadas mais trabalhadas. Mas foi o primeiro a ameaçar, em velocidade, com Éverton parando em Cavalieri logo aos dois minutos. O Fluminense, porém, mesmo com jogadores mais habilidosos em seu setor de criação, tinha dificuldades para fugir da marcação.
O jogo equilibrado por pouco não pegou fogo aos 10 minutos. Cícero, em posição legal, mandou de bicicleta na trave. O replay do lance mostrou que não havia impedimento, como confirmou o comentarista de arbitragem da TV Globo, Paulo César Oliveira, mas foi marcada posição irregular de Fred, que não participou da jogada. O comentarista chegou a brincar dizendo que, para a arbitragem, "ainda bem que a bola não entrou". E, como não entrou, continuou morno, com um ou outro lance capaz de gerar tensão.
Até que Eduardo da Silva, aos trancos, se livrou de Valencia na área. Elivélton demorou a se apresentar e o atacante abriu o placar. Foi o primeiro gol do Flamengo diante do tradicional rival em 2014. O empate tricolor, fazendo justiça ao equilíbrio na primeira etapa, veio em lance de bola parada, aos 44. Fred empurrou Chicão e subiu livre para cabecear em cruzamento de Conca: 1 a 1. Paulo César Oliveira analisou que o gol foi legal, já que o empurrão ocorreu antes da cobrança.
Goleiros salvam times e garantem o empate
O Flamengo voltou para a segunda etapa da mesma forma que começou o jogo. Com um minuto, bola levantada para Alecsandro arrematar de primeira, com muito perigo. O Fluminense não deixou barato. Fred recebeu livre aos quatro minutos e fuzilou Paulo Victor, que fez grande defesa. As entradas de Gabriel e Mugni deram mais agilidade ao meio de campo rubro-negro, e o jogo ficou mais movimentado, com mais chances para ambos os lados. Nos acréscimos, Cavalieri ainda fez grande defesa ao parar Éverton. Mas a correria não mudou o placar. Prevaleceu o empate e a supremacia tricolor nos confrontos diretos com o rival nesta temporada.

COM GOLS DE PÊNALTI, CRICIÚMA E BOTA EMPATAM E SEGUEM AMEAÇADOS

Zeballos do Botafogo RJ e Rodrigo Souza do Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado)
Não foi desta vez que o Botafogo voltou a vencer, tampouco foi agora que o Criciúma saiu da zona do rebaixamento. Na noite deste sábado, no Heriberto Hülse, o Tigre até pressionou bastante, mas esbarrou na ótima atuação do goleiro Jefferson, em um erro da arbitragem - que anulou gol legal de Paulo Baier no segundo tempo - e na falta de criatividade de seus atacantes. O placar de 1 a 1 foi ruim para os dois times, que não conseguem respirar no Campeonato Brasileiro e continuam ameaçados pela queda. Zeballos e Paulo Baier, ambos de pênalti, fizeram os gols da noite.
Para a equipe carioca o resultado acabou sendo melhor. Além de ter atuado fora de casa, o Alvinegro foi a campo sem cinco titulares, todos suspensos. Esfacelado, atuou com improvisações e suportou enorme pressão durante os 90 minutos. O ponto conquistado o deixou com 23, encerrando a noite fora da zona do rebaixamento, em 15º lugar. No entanto, pode voltar ao Z-4 após a conclusão da rodada no domingo.
Sair da zona do rebaixamento era o que o Criciúma apostava em conseguir diante de seus torcedores. O time, com força máxima, até teve o controle do jogo, o qual terminou com 70% da posse de bola. Porém, perdeu alguns gols fáceis, abusou muito dos cruzamentos e deixou o campo revoltado com o gol mal anulado de Paulo Baier aos 27 da segunda etapa, quando o placar já apontava 1 a 1. O Tigre tem os mesmos 23 pontos do Botafogo, mas leva a pior nos critérios de desempate e é o 18º colocado. Se Vitória e Palmeiras vencerem no domingo, termina na lanterna.
Os dois times voltam a campo no meio de semana, pela 24ª rodada do Brasileirão. Na quarta-feira, às 19h30, o Criciúma vai até Porto Alegre enfrentar o Internacional, no Beira-Rio. No dia seguinte, no mesmo horário, o Botafogo encara o Goiás, no Maracanã.

Quem não faz...

Assim que a bola rolou, o Botafogo deixou claro qual seria sua postura: ficar fechado, esperando o Criciúma e apostando em esporádicos contra-ataques puxados por Rogério ou Wallyson. O Tigre, empurrado pelo torcedor, foi ao ataque. Teve 70% de posse de bola no primeiro tempo e superioridade em quase todas as estatísticas. Levantou 14 bolas na área contra duas dos visitantes. Finalizou nove vezes, contra cinco dos cariocas. Os números, no entanto, não se transformaram em gol. Faltou criatividade aos mandandes. No lance mais perigoso, Lucca cabeceou no travessão, aos 27 minutos. Coube a Jefferson, então, mostrar por que é titular também da Seleção. Fez, com as mãos, primoroso lançamento para Wallyson aos 35. O atacante correu todo o campo de ataque até ser derrubado na área por João Vitor. Pênalti, que Zeballos bateu com força para abrir o placar.
Água mole em pedra dura...
O Criciúma voltou para o segundo tempo com Cortez no lugar de Giovanni. O lateral, ex-jogador do Botafogo, deixou o time mais agressivo e veloz. Logo no primeiro minuto, Silvinho perdeu chance incrível na frente de Jefferson, que fez defesa espetacular. Pouco depois, Paulo Baier entrou no Tigre. O veterano deu mais qualidade ao toque de bola catarinense. Com ele, subiu de produção Cleber Santana e a pressão aumentou. Aos 23, Bolatti derrubou Lucca na área. Pênalti bem cobrado por Paulo Baier, que quatro minutos depois também correu para festejar outro gol, mas a arbitragem marcou impedimento inexistente. A pressão prosseguiu até o fim, mas a defesa alvinegra se portou bem e cortou a maioria das 28 bolas que o Tigre levantou contra sua área.

RAFAEL MOURA QUEBRA JEJUM, E INTER VENCE O ATLÉTICO-PR NA BAIXADA

Rafael Moura mostrou que, apesar das reformas para a Copa do Mundo, ainda conhece os caminhos do gramado da Arena da Baixada. O atacante, que passou pelo Atlético-PR entre 2008 e 2009, entrou no segundo tempo para fazer o gol da vitória por 1 a 0 do Internacional na noite deste sábado, em jogo válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além de garantir os três pontos, ele quebrou um jejum de nove jogos sem balançar as redes.
Com o resultado, o Inter segue em terceiro lugar, mas agora com 41 pontos - oito atrás do líder Cruzeiro, que joga no domingo contra o Atlético-MG. O Atlético-PR fica no 11° lugar, com 28. Mas a distância para a zona de rebaixamento, de seis pontos, pode cair para apenas três no complemento da rodada.
A vitória deste sábado, com o campo molhado pela chuva que caiu em Curitiba, teve participação decisiva do técnico Abel Braga. Após um primeiro tempo equilibrado, ele trocou Eduardo Sasha e Wellington Paulista por Valdivia e Rafael Moura. O gol da vitória saiu justamente após jogada do meia para o atacante, aos 36 do segundo tempo. O Furacão ainda tentou no fim, e até o goleiro Weverton foi para a área em cobrança de escanteio, mas não teve sucesso.
O Atlético-PR vai buscar a reação diante da Chapecoense, às 21h (horário de Brasília) de quarta-feira, na Arena Condá. O Internacional recebe o Criciúma, às 19h30 de quarta-feira, no Beira-Rio.
Rafael Moura sai do banco para garantir a vitória
O Atlético-PR, no 4-4-2, criava principalmente nas jogadas pela direita, com Mário Sérgio, Bady e Marcelo, que procuravam por Douglas Coutinho. Por ali saíram as duas melhores chances do time na etapa inicial. Primeiro, Mário Sérgio cruzou, e Coutinho deu um leve toque, mas parou no goleiro Dida. Depois, em mais uma jogada de Mário Sérgio, a bola sobrou para Bady, que chutou em cima da marcação. O Inter, com três meias (D'Alessandro, Alex e Eduardo Sasha) e Wellington Paulista na referência, apostava na bola aérea, sem sucesso. Na oportunidade mais perigosa, Sasha arriscou de fora da área e ficou no quase. Com a forte chuva que caiu em Curitiba e várias poças d'água, o jogo ficou mais brigado do que jogado.
Depois do intervalo, com o fim da chuva, a partida teve uma ligeira melhora. Hernani viu Dida salvar no canto após cobrança de falta, e D'Alessandro respondeu em uma tentativa de gol olímpico - Weverton salvou com um tapa. Depois, com o apoio da torcida, o Furacão cresceu. Willian Rocha chutou de fora, após dar uma caneta no camisa 10 colorado, mas parou mais uma vez no goleiro adversário. Na sequência, Mário Sérgio cruzou, e Douglas Coutinho mandou para o fundo das redes, mas de mão - levou o cartão amarelo. Abel Braga, então, mexeu no time. Colocou Valdivia e Rafael Moura. E deu resultado. O primeiro cruzou, a bola desviou na zada, e o atacante completou para as redes, marcando o gol da vitória colorada.

sábado, 20 de setembro de 2014

GRÊMIO E SANTOS EMPATAM SEM GOLS, E CASO ARANHA ROUBA A CENA NA ARENA

Grêmio x Santos - aranha (Foto: Marcos Ribolli)
Havia duas partidas sendo disputadas na noite desta quinta-feira, na Arena do Grêmio. Uma delas era a extensão do duelo de 28 de agosto, pela Copa do Brasil, marcado pelas injúrias raciais contra o goleiro Aranha. A outra, a verdadeira, válida pela 22ª rodada do Brasileirão, era o embate entre Grêmio e Santos. Não tem como haver vencedores num indesejável tira-teima entre torcida e jogador, até porque não deveria ser natural no futebol ficar na expectativa por xingamentos e confusões. Menos mal que nada de mais grave foi registrado, além de insistentes vaias sem ofensas racistas e a resposta crítica do atleta aos microfones. Assim, ainda será possível falar de futebol - pouco de bom quanto ao futebol. Com ataques pouco produtivos e defesas cirúrgicas do protagonista - em todos os sentidos - Aranha, os times ficaram no 0 a 0.
O resultado se deve muito às equipes, que mostraram dificuldades de armação e conclusão. Felipão e Enderson Moreira, que reencontrava o Tricolor 53 dias após a demissão, fizeram o que podiam, trocando várias peças ofensivas. Em vão. E, quando o Grêmio acertou o alvo, havia Aranha, ágil para espantar arremates de Lucas Coelho. Aranha soma agora 270 minutos em três jogos contra o Grêmio no ano, sem nenhum gol sofrido.
O 0 a 0 não agrada a ninguém. O Grêmio até livrou um ponto do Fluminense (36 a 35) e foi a quinto, mas perdeu a chance de ingressar no G-4 - o Corinthians empatara com a Chapecoense. O Santos mantém sua campanha intermediária, com a nona colocação e seus 30 pontos. Ambos jogam no domingo, às 18h30, em casa. O Tricolor recebe a Chapecoense na Arena, enquanto o Peixe duela com o Figueirense, na Vila Belmiro.
Vaias e crítica roubam a cena no primeiro tempo
Foram 22 dias de intervalo desde a noite em que Aranha foi ofendido por torcedores, no 2 a 0 do Santos pela Copa do Brasil, com um turbilhão de fatos e polêmicas invadindo a rotina dos clubes. O Grêmio foi excluído da Copa do Brasil e ainda tenta mudar a decisão nos tribunais. Para Aranha, a vida também mudou. Foi cercado de perguntas sobre o assunto durante essas semanas e, depois de algum tempo, aceitou perdoar a torcedora flagrada chamando-o de macaco.
Ao entrar em campo para o novo duelo, a pressão não seria menor. Começou cedo, no primeiro tempo, já que Aranha se postou exatamente na trave em que estourara a polêmica. Bem vigiada pelo sistema de câmeras da Arena, a torcida procurou apenas vaiar o goleiro. No máximo, palavrões que em nada se aproximam de injúrias raciais.
Aranha também teve trabalho para fazer o que sabe de melhor, evitar gols. Antes do 20 minutos, Lucas Coelho, alçado a titular após lesão de última hora de Barcos, arriscou duas vezes. Ambas foram desviadas pelo goleiro, sendo que a última ainda bateu no poste. O Grêmio foi superior durante todo o primeiro tempo, mas faltou manter a blitz inicial. Bem postado, o Santos conseguiu, aos poucos, controlar o time de Felipão. No entanto, pouco ameaçou Marcelo Grohe, mais de 400 minutos sem levar gols.
Embora bem em campo, Aranha se incomodou com a postura incisiva da torcida rival. No intervalo, disparou:
- Tenho de fazer o meu trabalho, mas é triste. Se tiver de dar desculpas para esse povo, não vou dar, não.

Vaias sossegam... e jogo também

Foi de Damião a primeira finalização santista, mal executada no segundo tempo. Mas a noite não parecia ser de centroavantes. Logo depois, Lucas Coelho voltou a errar, ao bater fraco em frente a Aranha. Se as vaias ao goleiro amainaram na etapa final, o panorama do que realmente deveria importar - a bola rolando - não se alterou. Muita pressão gremista, mas pouca competência para armar jogadas com qualidade. Do lado santista, Geuvânio entrou no lugar de Damião para tentar dar mais velocidade. Em vão. Felipão respondeu ao sacar Luan e colocar Fernandinho. Também inócuo.
O talento isolado de Robinho quase decidiu, aos 34 minutos, em contragolpe. Que só não foi fatal porque Geromel conseguiu ser ainda mais esperto, ao desarmar o santista. Mas, no fim das contas, o bom futebol definitivamente não havia sido convidado para um reencontro que, desde seu início, já dava indícios de que seria muito mais do que uma partida qualquer.

TRIO OFENSIVO DECIDE NO PRIMEIRO TEMPO, E GALO VENCE GOIÁS POR 3 A 2

Goiás x Atlético-MG (Foto: Carlos Costa / Futura Press)
Em noite de gala de Dátolo, Guilherme e Carlos, o Atlético-MG atropelou o Goiás no primeiro tempo. Teve facilidade para criar oportunidades e marcou três vezes no Serra Dourada. O Alviverde melhorou na segunda metade, e Erik e Jackson descontaram, mas não evitaram a segunda derrota consecutiva, desta vez por 3 a 2. O time não pôde contar com o técnico Ricardo Drubscky, ausente por causa de virose.
Se o argentino Dátolo contribuiu com duas assistências, Guilherme marcou dois gols e ainda viu o companheiro Carlos praticamente decretar o triunfo, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem seu comandante, o Goiás teve à beira do gramado o auxiliar Gilberto Fonseca, que apenas assistiu ao baile mineiro para 3.441 pagantes. Com direito a grito de "olé" por parte da torcida atleticana, já que a reação verde foi tardia e insuficiente.
Com a vitória, o Atlético-MG foi a 34 pontos e pulou para o sétimo lugar. Já o Goiás segue estacionado na 12ª colocação, com 27. Os goianos voltam a campo no domingo, às 18h30, e recebem o Palmeiras. No mesmo dia, mas às 16h, os mineiros têm pela frente o clássico com o Cruzeiro, no Mineirão.
Galo decide no primeiro tempo
O Goiás era o mandante, mas em momento algum o Atlético-MG se sentiu desamparado. Empurrado por uma torcida barulhenta, ainda que pequena, o time mineiro mandou desde o início do jogo e não demorou a criar boas oportunidades. Carlos foi o primeiro a assustar, mas coube a Guilherme abrir o placar. Aos 17 minutos, após ótimo lançamento de Dátolo, o atacante recebeu nas costas da defesa e encobriu Renan: 1 a 0.
O trio ofensivo formado por Dátolo, Guilherme e Carlos se mostrava infernal. Enquanto Erik e Samuel sequer conseguiam segurar a bola no ataque para o Goiás, o Atlético-MG se preparava para dar o bote. E o fez na reta final do primeiro tempo. Se Jô esteve discreto, Guilherme apareceu mais uma vez e, aos 41, completou cruzamento de Carlos para ampliar. Faltava o de Carlos. Três minutos depois, ele recebeu passe açucarado do meia argentino e bateu na saída de Renan: 3 a 0.
O Goiás, apático e desorganizado na primeira etapa, mudou de perfil após o intervalo. Cresceu, buscou o ataque e conseguiu neutralizar o Atlético-MG, que diminuiu o ritmo e agrediu menos. A reação esmeraldina deu frutos, ainda que tardia. Erik e Jackson descontaram, respectivamente, aos 33 e 48 minutos. O relógio já indicava o fim da partida, e a vitória mineira estava sacramentada.

CHAPECOENSE AMARRA CORINTHIANS E ARRANCA EMPATE EM ARENA PAULISTA

Corinthians x Chapecoense (Foto: Agência Estado)
Mano Menezes resolveu mudar o Corinthians na noite desta quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, e testar mais uma formação para combater a irregularidade da equipe, escalando Malcom e Jadson. A Chapecoense, porém, não esteve nem aí para as tentativas do treinador corintiano. O time catarinense mandou no segundo tempo, arrancou um empate por 1 a 1, graças a gol contra de Ferrugem, e por muito pouco não conseguiu a virada. O jovem Malcom, de 17 anos, abriu o placar para o Timão, marcando seu primeiro gol como profissional.
Com o empate na partida pela 22ª rodada, o Alvinegro foi a 37 pontos e se mantém na quarta colocação. Já a Chape, agora com 24 pontos, permanece na 14ª posição, mas com dois de vantagem para o Botafogo, 17º e primeiro integrante do Z-4.
O Corinthians volta a campo no domingo, às 16h, para enfrentar o São Paulo, em casa. No mesmo dia, mas às 18h30, a Chapecoense recebe o Grêmio, na Arena Condá, ambos pelo Campeonato Brasileiro.
O jogo
Com Jadson na vaga de Renato Augusto, Mano Menezes deixou claro que o pensamento do Corinthians estava no clássico contra o São Paulo, domingo. Como o contrato do camisa 10 o impede de enfrentar o Tricolor, o treinador optou por dar uma chance ao meia diante dos catarinenses - assim, guardou Renato Augusto para o Majestoso. Mas a maior surpresa da escalação foi a presença de Malcom, de apenas 17 anos, entre os titulares. O garoto precisou de apenas nove minutos para corresponder e deixar o comandante satisfeito. Recebeu na direita, cortou para dentro e bateu de pé esquerdo: 1 a 0.
A empolgação inicial, porém, acabou antes mesmo dos dez minutos de jogo. À exceção de um lance em que Guerrero reclamou com razão de pênalti em disputa com Fabiano, a euforia corintiana, dentro e fora de campo, foi diminuindo aos poucos. A Chapecoense, então, cresceu e, no segundo tempo, tomou conta do jogo. Logo aos quatro minutos da etapa final, Ferrugem se atrapalhou sozinho após cruzamento da esquerda e marcou contra. O gol empolgou os catarinenses, que dominaram o meio-campo e só não viraram a partida porque Fábio Santos salvou chute de Fabinho Alves em cima da linha, aos 34. O Corinthians, totalmente descoordenado, errava passes simples e, por isso, não conseguiu reagir. Melhor para a Chape.

CORITIBA VENCE O SÃO PAULO DE VIRADA, RESPIRA, E BRASILEIRÃO "VOLTA AO NORMAL"

São Paulo x Coritiba (Foto: Joka Madruga / Futura Press)
Se o Cruzeiro não conseguiu parar a reação do São Paulo, o Coritiba fez o serviço direitinho. Na noite desta quarta-feira, no Couto Pereira, o time paranaense venceu o vice-líder, de virada, por 3 a 1, e ganhou fôlego na disputa contra a degola. Michel Bastos abriu o placar, mas Hélder e o camaronês Joel, duas vezes, acabaram com a sequência de nove jogos sem perder do Tricolor..

A vitória sobre o São Paulo tirou momentaneamente o Coritiba da zona de rebaixamento da Série A do Brasileirão. Agora com 23 pontos, o time paranaense está na 15ª colocação e terá um respiro para se reencontrar no campeonato. Já o time do Morumbi viu a pressão no líder Cruzeiro esfriar. Com a vitória da Raposa sobre o Atlético-PR e a derrota Tricolor, a diferença entre eles voltou a ser de sete pontos na 22ª rodada da competição.



O São Paulo tem clássico pela frente na próxima rodada do Campeonato Brasileiro. No domingo, às 16h, o time do Morumbi encara o Corinthians, na Arena de Itaquera. Será a primeira vez do Tricolor na casa corintiana. Nos mesmos dia e horário, o Coritiba visita o Sport, na Ilha do Retiro, no Recife.
O jogo
A partida começou estranha. Primeiro porque Rogério Ceni, poupado por conta de tendinite no joelho esquerdo, não estava no gol do São Paulo – Denis o substituiu. Depois, porque Alex, experiente meia do Coritiba, tentou imitar Maradona aos cinco minutos. Após lançamento para a área, ele desviou com a mão para o gol. Levou cartão amarelo, o terceiro, e está fora da próxima partida do Coxa.
Foi o time paranaense que tomou a iniciativa do jogo. Mais pelo desespero do que pela técnica. Ao São Paulo, sem Kaká, suspenso, restou esperar o momento certo para encaixar. A primeira ótima chance surgiu só aos 37 minutos, quando Auro tabelou com Pato e chutou cruzado. Para fora. Aos 46, porém, Michel Bastos, substituto de Kaká, bateu de primeira após ajeitada de Pato e abriu o placar: 1 a 0.

Apesar da vantagem, o Tricolor não conseguia dar o mesmo ritmo que o fez crescer na tabela. Abaixo do que apresentou nas partidas anteriores, o time de Muricy Ramalho não teve criatividade. Faltou também pegada. Algo que o Coritiba mostrou para virar a partida em três minutos. Empatou aos 14, em chute de Hélder, de fora da área, e fez o segundo, aos 17, com Joel.

O Coritiba esteve mais perto do terceiro gol do que o São Paulo do segundo. Muricy, então, resolveu mexer. Promoveu o retorno de Luis Fabiano, recuperado de lesão muscular – Denilson saiu. Depois, Pato foi substituído para a entrada de Osvaldo. Não adiantou. O Coritiba se fechou na defesa, pressionou no contra-ataque e chegou ao terceiro gol, novamente com Joel, que caiu no túnel do vestiário na comemoração. Alegria garantida.

COM DIREITO A POLÊMICA, PALMEIRAS E FLA EMPATAM, E VERDÃO ENTRA NO Z-4

Palmeiras x Flamengo - Alecsandro (Foto: Agência Estado)
Um tempo para o Flamengo, um tempo para o Palmeiras, e tudo igual no placar do Pacaembu. Em mais um jogo com arbitragem polêmica, cariocas e paulistas empataram por 2 a 2 na noite desta quarta-feira, pela 22ª rodada do Brasileirão. Pior para o Verdão, que entra na zona de rebaixamento e volta para casa ainda de cabeça cheia, questionando um toque de mão de Eduardo da Silva no segundo gol rubro-negro, marcado por Alecsandro, e um pênalti não marcado em Henrique. Canteros abriu o placar para os visitantes, enquanto Diogo e Victor Luis fizeram a festa dos palmeirenses, que não pouparam as gargantas para apoiar a equipe. Valdivia foi expulso.
A entrada do chileno, por sinal, foi determinante para que o Palmeiras ganhasse sobrevida. Polêmicas à parte, o Flamengo conseguiu dominar as ações na etapa inicial e usou a situação delicada do rival a seu favor. Bem postado, o Rubro-Negro apostou na velocidade do contragolpe e abriu vantagem. A saída de Cáceres no intervalo, entretanto, desmontou o setor defensivo. Com a inteligência de Valdivia, o Verdão reagiu e pressionava, até que o camisa 10 pisou em Amaral após cometer falta e colocou tudo por água abaixo. Tudo isto para um público de 20.587 pessoas (19.350 pagantes), que gerou uma renda de R$ 464.752,50.
Com o empate, o Palmeiras é o 18º colocado, com 22 pontos, e encara o Goiás, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Serra Dourada. Já o Flamengo pulou para 29 pontos, se manteve na décima posição, e terá pela frente o clássico com o Fluminense, também no domingo, às 16h, no Maracanã.
O Flamengo entrou em campo como franco-atirador. Em situação bem mais tranquila no Brasileirão, deixou a bola com o Palmeiras, à espera de espaços para contra-atacar diante de um rival pressionado. E a estratégia deu certo. Logo aos 12 minutos, João Paulo apareceu bem pela esquerda e cruzou para trás. Juninho se atrapalhou todo e foi desarmado por Canteros, que limpou a jogada e chutou bonito para abrir o placar. Era tudo que os cariocas queriam, e a pressão sobre o Verdão aumentava a cada toque na bola, com direito a vaias.
Organizado, o Rubro-Negro seguia apostando na velocidade, e aos 31 já tinha 2 a 0 no placar. Em raro avanço ao ataque, Léo Moura descolou lindo passe para Eduardo da Silva. O croata dividiu com Deola, contou com a ajuda do braço para levar a melhor e tocou para Alecsandro escorar de cabeça. Nova polêmica envolvendo o Fla. E não parou por aí, antes do fim da etapa inicial, João Paulo deu tranco em Henrique no ar dentro da área. Os paulistas pediram pênalti, ignorado pelo gaúcho Anderson Daronco.
- Para ser sincero, a bola pegou de raspão (na mão), mas não tive a intenção. É do futebol. Se o árbitro quisesse, dava, mas não deu e faz parte. A vitória é merecida - disse Eduardo da Silva na descida para o vestiário sobre o lance do gol.
Com a corda no pescoço, o Palmeiras se jogou para cima do Flamengo no segundo tempo e conseguiu, logo aos dois minutos, o que precisava: um gol para incendiar a torcida e mudar o astral do time. Após chutão de Lúcio, Diogo ganhou de Léo Moura e tocou no canto de Paulo Victor para voltar a balançar as redes depois de mais de um ano - o último tinha sido contra o Fluminense, em 14 de setembro do ano passado. Sem Cáceres, substituído por Amaral no intervalo, o Rubro-Negro se perdeu defensivamente, recuou e chamou o rival para o seu campo. O Verdão pressionou e empatou aos 21, quando Valdivia tocou para Victor Luís, que ganhou de Luiz Antonio e encheu o pé. Gol, sem chances para Paulo Victor.
Os paulistas se mantinham no campo de ataque, até que o chileno mostrou o seu conhecido destempero, pisou em Amaral em disputa de bola e foi expulso. A partir daí, o empate passou a ser lucro. O Fla até assustou com Élton e Alecsandro, mas ninguém foi capaz de tirar o 2 a 2 do placar. Melhor para os cariocas, sete pontos acima da zona de rebaixamento, onde agora está o Verdão.

EXPULSÕES, BRONCA DO SHEIK E GOLS: BAHIA VIRA SOBRE O BOTAFOGO NO RIO

Emerson, Botafogo X Bahia (Foto: Vitor Silva / SSpress)
Dois minutos. É pouco tempo para realizar a maioria das tarefas diárias de qualquer atividade. Mas no futebol a cronologia é diferente. Em dois minutos, é improvável, mas não impossível, por exemplo, sair mais de um gol. Não é comum também ter dois jogadores expulsos. Porém, assim o Botafogo teve seu time desestruturado na noite desta quarta-feira, no Maracanã com o pequeno público de 4.678 pagantes, com 5.216 presentes (renda de R$ 106.275,00). Perdeu Ramírez e Emerson Sheik em sequência por cartão vermelho. O Bahia ganhou a superioridade numérica em campo. E no placar. De tanto tentar, aos 45 minutos do segundo tempo, os baianos fecharam em 3 a 2, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Parecia que a noite seria de Emerson Sheik para o protagonismo do bem. O atacante voltou ao time após ausência por problemas médicos durante três rodadas. Marcou os dois gols alvinegros, um deles de pênalti. No entanto, a expulsão no segundo tempo mudou tudo. Ele se irritou, disse para as câmeras que a CBF "é uma vergonha" e não pôde ver os gols de Maxi Biancucchi e Branquinho - Dankler, contra, marcou no primeiro tempo. Ramírez, dois minutos antes, havia levado vermelho também. Julio Cesar, assim que soou o apito final, foi outro a ser expulso. Os jogadores tentaram evitar falar. O capitão Jefferson aceitou conversar com a imprensa e considerou "um roubo" o que aconteceu.

Com a vitória, o Tricolor baiano fugiu da zona de rabaixamento do Campeonato Brasileiro, com 23 pontos. Empurrou justamente o Alvinegro para o Z-4, agora em 17º, com 22. O Botafogo volta a campo no sábado, às 21h (horário de Brasília), no Heriberto Hülse, contra o Criciúma. O Bahia tem um clássico contra o Vitória, na Fonte Nova, no domingo, às 16h.
Sheik brilha, Dankler falha
O desafogo encontrado pelos dois times foi jogar pelas laterais. O meio de campo congestionado dificultou a criatividade. E os times passaram a apostar mais nos cruzamentos. No primeiro tempo, 13 bolas levantadas pelo Botafogo e cinco pelo Bahia. Os cariocas arriscaram mais. Acabaram recompensados com a bola na medida levantada por Ramírez e concluída por Emerson Sheik de cabeça: 1 a 0.
Só que a fase alvinegra não é das melhores. Dankler escorou contra a própria meta e enganou Jefferson ao tentar cortar um cruzamento. O Glorioso finalizava mais, tinha 56% de posse de bola. Até que conseguiu desempatar. Ao defender o chute de Zeballos, Marcelo Lomba evitou o gol, mas a bola resvalou na mão de Railan. Em lance duvidoso, o árbitro Igor Junio Benevenuto assinalou a infração. Sheik converteu novamente, desempatando.
Polêmicas e vitória baiana

Gilson Kleina voltou do intervalo disposto a mandar o time para a frente. Trocou dois meias por dois atacantes: Maxi Biancucchi no lugar de Léo Gago e Emanuel Biancucchi por Marcos Aurélio. Destacou-se, porém, um volante. Uelliton dividiu a bola com Ramírez. O botafoguense se irritou, empurrou o adversário e foi expulso direto. Emerson Sheik, já com um amarelo por reclamação, cometeu falta dois minutos depois, aos 14, e também acabou punido com o cartão vermelho. O camisa 7 saiu revoltado, procurou a câmera e disse taxativamente: “CBF, você é uma vergonha! Vergonha! Vergonha!”
Julio Cesar mostrou que com menos dois ainda é possível assustar. O lateral penetrou na área, fez boa jogada e chutou. Lomba defendeu. O Botafogo, naturalmente, recuou. Era, talvez, a única opção. O Bahia demorou até achar o caminho certo. Maxi Biancucchi aproveitou a tabelinha com Guilherme para empatar. A pressão seguiu. Kieza chegou a virar, sozinho na pequena área. O impedimento marcado gerou dúvidas. A dúvida acabou aos 45 minutos. Branquinho virou, e o Bahia venceu e passou o Botafogo na tabela.