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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Água no chope alemão: regida por Di María, Argentina vence "revanche"

Di Maria comemora quarto gol da Argentina contra a Alemanha (Foto: AFP)
Não foi exatamente uma revanche, mas a Argentina colocou água no chope da festa alemã. Pouco menos de dois meses após decidirem a Copa do Mundo no Maracanã, argentinos e alemães voltaram a se enfrentar. Desta vez, porém, a Albiceleste levou a melhor. Em Düsseldorf, venceu por 4 a 2 os campeões mundiais e, de certa forma, esvaziou a bonita festa de 50 mil torcedores. Regidos por Di María, que deixou sua marca, Agüero, Lamela e Fede Fernández marcaram para os visitantes. Schürrle e Götze descontaram. 
Apesar de vários nomes que estiveram no Maracanã no dia 14 de julho, não foram exatamente os mesmos times. Aposentados da seleção, Philipp Lahm, Klose e Mertesacker entraram no gramado apenas para serem homenageados antes do apito inicial.  Machucados, Schweinsteiger e Özil não foram convocados. Gotze e Müller começaram no banco e entraram somente na etapa final.  
Por outro lado, o técnico estreante Tata Martino não contou com seu principal astro. Com uma lesão na coxa, Lionel Messi foi cortado do amistoso. Mas diferentemente de Sabella na decisão da Copa, Tata teve Di María. Lesionado, ele ficou fora da decisão do Mundial. Nesta quarta, Di María fez de tudo. Nome do jogo, marcou um gol e deu três assistências, participando de todos os gols da Argentina. Certamente seus compatriotas devem estar imaginando se a história seria diferente caso o novo reforço do Manchester United estivesse em campo no Maracanã, no dia 14 de julho.  
Na derrota alemã, Mario Gomez foi eleito o vilão. Fora da Copa por lesão, ele substituiu o aposentado (da seleção) Klose e fez a torcida sentir (muita) falta do maior artilheiro da história das Copas. Gomez teve pelo menos três chances claras de marcar na etapa inicial, quando a Argentina foi para o intervalo vencendo por 2 a 0.
Na etapa final, quatro minutos que fizeram alguns brasileiros, por mais incrível que possa parecer, sonharem com uma vitória histórica da Argentina. Aos quatro minutos, os argentinos já haviam ampliado para 4 a 0, com gols de Fede Fernández e Di María. Por alguns instantes, foi possível imaginar a badalada Alemanha sendo goleada em casa, assim ela própria impôs ao Brasil a maior derrota de sua história na semifinal da Copa (7a 1). No entanto, Schürrle e Götze - autor do gol do título mundial - descontaram e trouxeram um pouco de normalidade para um jogão surreal.  

Fla reverte vantagem, vence Coritiba nos pênaltis e avança na Copa BR

O Flamengo surpreendeu até o seu torcedor mais otimista na noite desta quarta-feira. Mesmo após colocar a Copa do Brasil de lado na primeira partida e perder por 3 a 0, o Rubro-negro se recuperou e reverteu a vantagem do Coritiba no Maracanã. O time venceu por 3 a 0 - gols de Alecsandro (2) e Eduardo da Silva - no tempo normal e também bateu o rival nos pênaltis por 3 a 2. Zé Love, Helder, Dudu e Carlinhos desperdiçaram para o Coxa. O goleiro Paulo Victor fez duas defesas. Alecsandro e João Paulo erraram no lado dos donos da casa.
Com isso, os cariocas avançaram às quartas de final e estão vivos na luta pelo tetracampeonato do torneio. O adversário na próxima fase será o América-RN, que eliminou o Atlético-PR. Antes, porém, os comandados de Vanderlei Luxemburgo concentram-se novamente no Campeonato Brasileiro. No sábado, o time recebe o Grêmio, às 18h30, no Maracanã. Já o Coritiba visita o Bahia, domingo, às 18h30, na Fonte Nova.
Fases do jogo: Ao contrário do esperado, o Flamengo não partiu com tudo para reverter a boa vantagem do Coritiba. O dono da casa teve dificuldades para criar e esbarrou na boa cobertura paranaense. Além disso, o técnico Vanderlei Luxemburgo teve problemas e precisou fazer logo duas alterações. Luiz Antônio e Paulinho saíram lesionados e foram substituídos por Leo Moura e Everton, respectivamente.
Mas um jogo que caminhava para o empate no primeiro tempo deu um gás extra ao Rubro-negro já na parte final. Aos 48min, Alecsandro colocou os cariocas na frente depois de pênalti cometido por Zé Love em João Paulo. O gol inflamou a torcida para a segunda etapa e renovou a esperança na classificação.
E o Flamengo ampliou logo no início do segundo tempo. O árbitro assinalou novo pênalti após cruzamento de João Paulo que tocou no braço de Norberto, aparentemente sem intenção. Aos 11min, Alecsandro cobrou, marcou e colocou ainda mais fogo no jogo. O Coritiba sentiu o gol, mas o Rubro-negro também parou. Aos 35min, o esperado tento apareceu. Everton conseguiu bela arrancada e cruzou. Eduardo da Silva estufou a rede de Vanderlei e assinalou o terceiro do Flamengo na partida.
Foi o suficiente para levar a disputa da vaga para os pênaltis e o Maracanã ao delírio. Zé Love, Helder, Dudu e Carlinhos erraram as cobranças para o Coritiba. Alecsandro e João Paulo desperdiçaram para o Flamengo. Coube ao argentino Canteros cobrar a penalidade da vaga depois de duas defesas do goleiro Paulo Victor. Festa da torcida em uma noite que terminou com a classificação histórica na Copa do Brasil.
O melhor: Alecsandro - Teve frieza para cobrar os dois pênaltis no tempo normal e deixar o Flamengo vivo na luta pela classificação.
O pior: Paulinho - Segue sem render o esperado na temporada. Errou bastante e saiu machucado para a entrada de Everton.
Chave do jogo: O segundo pênalti assinalado pela arbitragem a favor do Flamengo foi fundamental para colocar o time carioca na briga pela vaga.
Para lembrar: O Flamengo teve cinco pênaltis a favor nos últimos cinco jogos. Todos foram convertidos em cobranças de Leo Moura, Mugni e Alecsandro (3).
FLAMENGO (3) 3 X 0 (2) CORITIBA

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Danilo Ricardo Simon Manis (SP)
Renda: R$ 477.610,00
Público: 18.559 pagantes; 20.450 presentes
Cartões amarelos: Chicão, Everton e Samir (Flamengo); Rosinei, Zé Love, Gil e Alex (Coritiba)
Gols: Alecsandro, aos 48min do primeiro tempo e aos 11min do segundo tempo, Eduardo da Silva, aos 35min do segundo tempo
FLAMENGO
Paulo Victor; Luiz Antônio (Leo Mora), Chicão, Samir e João Paulo; Recife, Márcio Araújo, Canteros e Gabriel (Eduardo da Silva); Paulinho (Everton) e Alecsandro
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

CORITIBA
Vanderlei; Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Gil (Robinho), Helder, Rosinei (Baraka) e Dudu; Martinuccio (Alex) e Zé Love
Técnico: Marquinhos Santos.

Com virada, Botafogo passa pelo Ceará na Copa do Brasil

O Botafogo conseguiu uma façanha nesta quarta-feira ao marcar dois gols nos dois minutos finais do jogo e assim derrotar o Ceará por 4 a 3, em Fortaleza, para se classificar às quartas de final da Copa do Brasil. O time nordestino tinha vencido o primeiro confronto, na semana passada, por 2 a 1, no Rio, e atuou em casa com ampla vantagem para conseguir a vaga. A partida esteve interrompida por cerca de 20 minutos no segundo tempo, por causa de um apagão na Arena Castelão, um dos estádios da Copa do Mundo.
O time carioca começou disposto a desfazer a imagem da outra partida. Abriu logo o placar em uma bela cobrança de falta de Edílson. Mas teve pouco tempo para comemorar. Bill empatou e Magno Alves virou o placar logo em seguida. Ainda assim, a equipe visitante teve fôlego para buscar o empate ainda no primeiro tempo, em um gol de Mamute, que, quase caído, conseguiu concluir de peixinho.
Com o placar de 2 a 2, bastava ao Botafogo apenas mais um gol para se classificar. E no segundo tempo o time carioca foi mais ofensivo. Teve algumas chances para marcar, mas dava espaços para os contra-ataques do Ceará.
Magno Alves chegou a ter um gol mal anulado e Bill voltou a aparecer, aos 30 minutos, depois de uma falha do goleiro Andrey para fazer 3 a 2 para o Ceará.
Quem imaginava que o jogo estava decidido, se enganou. Ainda reservava muitas emoções, principalmente para os torcedores do Botafogo. Nos acréscimos, aos 49 minutos, Ramirez empatou. E, aos 50, André Bahia fez um golaço em um chute de fora da área e classificou o time carioca. A torcida do Ceará, atônita, ficou em silêncio, enquanto que os botafoguenses, emocionados, comemoravam no gramado.

COM TRÊS GOLS DE ERIK, GOIÁS BATE O ATLÉTICO-PR E ENCERRA JEJUM DE VITÓRIAS

erik goias x atletico-pr (Foto: CARLOS COSTA/Futura Press/Agência Estado)
Fim do jejum esmeraldino. Depois de cinco derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro e uma na Copa Sul-Americana, o Goiás se reencontrou com a vitória neste domingo e bateu o Atlético-PR por 3 a 1 no estádio Serra Dourada, com apenas 1.544 pagantes. A noite foi de Erik. O atacante de 20 anos justificou a escolha do técnico Ricardo Drubscky e marcou os três gols da equipe, que sobe para a 12ª colocação da Série A, com 23 pontos. Cléo fez o de honra do Furacão, que não vence há quatro rodadas e cai para o 10º lugar, com um ponto a mais.
Os donos da casa foram amplamente superiores no primeiro tempo, quando abriram dois gols de vantagem. O Atlético-PR só melhorou na etapa final com a entrada de Douglas Coutinho, mas não teve forças para buscar o empate. Antes de pensarem na última rodada do primeiro turno, goianos e paranaenses voltarão as atenções para as copas no meio de semana. Na quarta-feira, às 19h30, o Furacão recebe o América-RN pelas oitavas de final da Copa do Brasil com a difícil missão de reverter o placar de 3 a 0 construído pelo time potiguar no jogo de ida. Também na quarta, o Goiás recebe o Fluminense, às 22h, precisando reverter o placar de 2 a 1 para avançar à fase internacional da Copa Sul-Americana.
Goiás domina o primeiro tempo
O primeiro gol demorou a sair, mas o Goiás fez por merecer desde o apito inicial. Com 10 minutos de bola rolando, a posse de bola do time esmeraldino era de 80%. Quando o primeiro tempo terminou, o Verdão já tinha finalizado 10 vezes contra apenas três do Atlético-PR. Esquerdinha e Erik se movimentavam bastante e dificultavam muito a vida dos marcadores. A primeira chance clara de gol foi de Samuel, aos 22 minutos, após cobrança de falta pelo lado direito. O atacante cabeceou nas mãos de Weverton.
O tempo passava e o cenário do jogo era o mesmo. O Furacão só ameaçou aos 34 minutos, quando Natanael roubou a bola de Valmir Lucas no campo de defesa, avançou até a linha de fundo e cruzou na cabeça de Cléo, que finalizou por cima do gol. Cinco minutos depois o Goiás foi premiado com Erik, que fez boa jogada dentro da área, limpou para o pé esquerdo e chutou no canto, sem chances para o goleiro rival: 1 a 0 Goiás. Não demorou muito e o prejuízo do Atlético-PR aumentou antes mesmo do fim do primeiro tempo. Aos 42, Erik recebeu belo passe de Esquerdinha e chutou cruzado para ampliar o marcador: Goiás 2 a 0.
Furacão reage, mas Erik marca pela terceira vez
O técnico Leandro Ávila tinha feito três alterações com relação ao time que perdeu do América-RN na Copa do Brasil, mas a saída de Douglas Coutinho não foi a opção mais acertada. O artilheiro do time na temporada entrou no segundo tempo e em apenas cinco minutos já havia finalizado mais do que todo time na etapa inicial. Coutinho, Marcelo e Cléo ditaram a mudança de postura do Furacão, que passou a ser bem mais presente no campo de ataque. Logo no primeiro minuto, após cruzamento rasteiro de Marcelo, Douglas Coutinho finalizou por cima do gol, com perigo.
A posse de bola, que chegou a ser amplamente favorável ao Goiás, ficava mais equilibrada a cada minuto. A primeira finalização esmeraldina no segundo tempo foi apenas aos 16 minutos, quando Erik saiu na cara do gol e chutou em cima de Weverton. No contra-ataque, o Atlético-PR descontou. Sueliton fez ótima jogada, deixou Erik no chão e cruzou. Cléo cabeceou com perfeição, sem chances para Renan: 2 a 1. Preocupado com o bom momento do adversário, o técnico Ricardo Drubscky lançou Tiago Real e Liniker em campo. O Goiás continuou sem força ofensiva na etapa final até os 38 minutos, quando Thiago Mendes achou Erik, que tocou na saída de Weverton e marcou seu terceiro gol: Goiás 3 a 1.

EM NOITE CONTRA RACISMO, GRÊMIO FAZ 1 A 0 E ENCERRA SÉRIE INVICTA DO BAHIA

barcos gremio x bahia (Foto: Diego Guichard)
Não eram poucos os desafios do Grêmio na noite deste domingo na Arena. Precisava se recuperar em campo e fora dele. No primeiro duelo após as injúrias raciais de torcedores contra o goleiro santista Aranha, o Tricolor conseguiu boa parte de seus objetivos. Venceu o Bahia por 1 a 0, gol de Barcos, pela 18ª rodada do Brasileirão, e deu exemplo de conscientização com campanhas institucionais e cartazes erguidos espontaneamente pelos torcedores. Porém, nem tudo foi festa: o time de Felipão não convenceu e parte, mesmo que pequena, da torcida insistiu com cânticos polêmicos, como o que chama os colorados de "macacos". A minoria acabou vaiada.
Alheio a tudo isso, o Bahia fracassou na tentativa de embalar o oitavo jogo sem conhecer a derrota. O time de Gilson Kleina não atuou mal, pelo contrário. Inclusive chegou a ser superior em parte do primeiro tempo. Mas passará mais uma rodada na zona de rebaixamento - é vice-lanterna, com 16 pontos.
O Grêmio subiu, é sexto, com 28 pontos e, no sábado, enfrenta o Flamengo, no Rio de Janeiro. Antes, jogaria a partida da volta da Copa do Brasil contra o Santos, mas ela foi suspensa pelo STJD até que o clube seja julgado pelas ofensas a Aranha - o que ocorrerá na quarta. O meio de semana será agitado em campo para o Bahia. Na quinta, recebe o Inter, após vencer o Colorado em Porto Alegre por 2 a 0, e tem grandes chances de avançar na Sul-Americana. No domingo, recebe o Coritiba, pelo nacional, em confronto direto contra o fantasma do Z-4.

Vitória minguada na Arena
Grêmio e Bahia entraram em campo com astral bem diferente. O Tricolor tentava se refazer da polêmica partida contra o Santos, de derrota e episódio de injúrias raciais de torcedores contra o goleiro Aranha. Antes de a bola rolar, a primeira parte foi feita, com campanhas, faixas e cartazes de repúdio ao racismo. Quando o jogo começou… passou a prevalecer o embalo baiano, vindo de vitória diante do rival gremista, o Inter, pela Sul-Americana.
A melhor chance do primeiro tempo foi do Bahia, bem liderado por Emanuel Bianchucci. Aos 15 minutos, Rhodolfo perdeu a bola e Guilherme Santos finalizou fraco, com boa defesa de Marcelo Grohe. Sobraram ao Grêmio posse de bola e insistências. Faltou, no entanto, a tão cobrada eficácia. Isolado, Barcos conseguiu um arremate perigoso, aos 17 minutos, que passou perto da meta. Quem também tentou Lomba foi Dudu, mas suas finalizações foram fracas. O 0 a 0 no intervalo deixou a torcida inquieta.
Por falar em torcida, a maioria presente na Arena vaiou os cânticos que surgiram do setor da Geral do Grêmio, que se referiram aos colorados como “macacos”. Numa noite de pouco futebol, alguma tensão e muito a se falar extracampo, o gremista conseguiu sorrir apenas aos 13 minutos do segundo tempo. Giuliano cruzou, Dudu, na raça, escorou, e Barcos, com o gol vazio, abriu o placar: 1 a 0. Depois, os mandantes se recolheram e trataram de manter o resultado. O importante era vencer. E, claro, melhorar a própria imagem.

FLA VENCE QUINTA SEGUIDA E MANTÉM VITÓRIA NA LANTERNA DO BRASILEIRÃO

marcelo vitoria x flamengo (Foto: Romildo Jesus/Futura Press)
O Flamengo cresce no mesmo embalo em que o Vitória despenca no Campeonato Brasileiro. No começo da noite deste domingo, no Barradão, o time carioca venceu sua quinta partida seguida na competição e manteve os baianos na lanterna da disputa. O triunfo por 2 a 1 teve gols de Marcelo, de cabeça, e Alecsandro, de pênalti. Caio fez para o Vitória, que desperdiçou a chance da igualdade ao perder uma penalidade com Juan, ex-Fla. Paulo Victor defendeu.
Com o resultado, alicerçado em grande atuação de Everton, o Flamengo pulou para a nona colocação, com 25 pontos. São sete de distância para o G-4 e oito de afastamento para a zona de rebaixamento. O Vitória, com 15, está isolado em último, com um ponto a menos do que o Bahia, seu rival, vice-lanterna - o Palmeiras, primeiro fora do Z-4, tem 17.
Na próxima rodada, a última do primeiro turno, o Flamengo recebe o Grêmio no Maracanã. O jogo é sábado, às 18h30. Nos mesmos dia e horário, o Vitória visita o Santos. Antes disso, porém, os cariocas enfrentam o Coritiba, quarta-feira, no Maracanã, pela Copa do Brasil. Os baianos jogam no mesmo dia contra o Sport, pela Copa Sul-Americana, no Barradão.
O jogo
Foi um belo primeiro tempo. Vitória e Flamengo jamais abdicaram de atacar, usaram bastante os lados, não desfizeram suas estruturas. E criaram repetidas chances. Caio, no time baiano, e Everton, pelos cariocas, simbolizaram a movimentação da etapa. Foram as figuras mais ativas das duas equipes. E, não por acaso, participaram dos dois gols do justo empate por 1 a 1.

Everton já havia acertado a trave em chute cruzado pela esquerda e incomodado um bocado a defesa adversária quando, aos 32 minutos, cobrou o escanteio que resultou em cabeceio certeiro, preciso de Marcelo: gol do Flamengo. A vantagem, porém, durou pouco - e graças a Caio. O atacante recebeu cobrança de lateral de Ayrton e, entre três zagueiros, se livrou da marcação e bateu na bola do jeito que deu: meio de canela, desengonçado, mas o suficiente para encobrir Paulo Victor e empatar a partida. Dinei teve outras três chances ao longo do período, mas sem sucesso na finalização - a exemplo de Paulinho e Alecsandro no Flamengo.
No segundo tempo, o Flamengo venceu, em grande parte, graças a seu goleiro. Se "Gatito" Fernández evitou duas vezes que Márcio Araújo fizesse para o time de Vanderlei Luxemburgo, o goleiro do Fla fez o mesmo contra os baianos. Defendeu cabeceio à queima-roupa de Caio e depois salvou pênalti batido por Juan. A infração foi anotada por toque no braço de Marcelo, mesma razão que fez o árbitro Anderson Daronco marcar pênalti para o Flamengo, em cruzamento de Mugni e toque de Juan. A diferença é que Alecsandro não perdoou: 2 a 1 e mais três pontos para o Fla.

FIGUEIRENSE E SÃO PAULO EMPATAM EM TARDE INSPIRADA DE TIAGO VOLPI E CENI

kaka figueirense x são paulo (Foto: Getty Images)
Quando tem jogo do São Paulo e um goleiro é protagonista, o nome que logo vem à cabeça é o de Rogério Ceni, certo? Mas desta vez o camisa 1 do Tricolor teve companhia. Tiago Volpi, do Figueirense, foi tão (ou mais) decisivo quanto o experiente são-paulino no empate por 1 a 1 entre as equipes, em Florianópolis. A igualdade breca a reação tricolor. O time de Muricy Ramalho vinha de quatro vitórias no Campeonato Brasileiro.
Tiago Volpi evitou três gols. Em chute e cabeçada de Alan Kardec e em finalização de Kaká – bom para ele, que está na mira do clube do Morumbi para 2015. Ceni, com sua experiência, fez defesas importantes também. Mas seu principal lance foi empatar em cobrança de pênalti. Giovanni Augusto fez para o Figueira.
A partida ainda teve outro pênalti não marcado para o São Paulo e a justa expulsão de Michel Bastos. Com a igualdade, o Tricolor esfria a perseguição ao líder Cruzeiro, chega aos 33 pontos e cai para a terceira colocação. O Figueirense, com 21, continua em zona intermediária, mais próximo da zona de rebaixamento.
O jogo

Na mira do São Paulo, Tiago Volpi resolveu reforçar os motivos do interesse. Foi um belo primeiro tempo do goleiro do Figueirense. Não fossem duas importantes defesas, uma em chute de Kardec, aos 15, e outra em finalização de Kaká, aos 27, o Tricolor teria terminado a etapa com boa vantagem.
Mas não foi só o São Paulo que atacou em Florianópolis. A equipe de Muricy Ramalho foi melhor, sim, mas o Figueirense também levou algum perigo a Rogério Ceni. Principalmente com Clayton. Houve ainda um lance polêmico na etapa inicial. Aos 17, o árbitro deixou de marcar pênalti de Marquinhos em Alan Kardec.
Clayton merecia atenção. E o São Paulo bobeou. Logo aos dois minutos do segundo tempo, o garoto deu belo passe para Giovanni Augusto. O meia chutou, viu Ceni defender, mas aproveitou o rebote e marcou. Foi o segundo gol dele no Brasileirão. O primeiro foi contra o Corinthians, na inauguração da Arena em Itaquera.
Abaixo do que mostrou nos primeiros 45 minutos, o São Paulo teve que sair em busca da reação. Mas parou, de novo, em Tiago Volpi. Alan Kardec cabeceou aos 10 minutos, e o goleiro fez espetacular defesa. Volpi, porém, não conseguiu segurar Rogério Ceni. O goleiro são-paulino empatou, de pênalti, aos 31 minutos, após falta de Paulo Roberto em Osvaldo dentro da área.

Mais técnico do que o Figueirense, o time paulista foi para o ataque em busca da virada. Mas foi freado pela expulsão de Michel Bastos, aos 42 minutos, após disputa de lance no chão com Leandro Silva. O jogador do Tricolor tentou acertar o pé no rosto do adversário e levou cartão vermelho.
O São Paulo volta a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo, às 16h, contra o Sport, no Morumbi. E o Figueirense, às 18h30 do mesmo dia, visita o Internacional, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

COXA E GALO NÃO SUPERAM TRAVE E EMPATAM DEBAIXO DE CHUVA FORTE

Dudu Diego Tardelli Coritiba x Atletico-MG (Foto: Getty Images)
Em partida equilibrada e marcada pela chuva torrencial durante os 90 minutos, Coritiba e Atlético-MG empataram sem gols, no Couto Pereira, neste domingo. Tardelli até que tentou se apresentar à Seleção com um gol, mas parou na trave de Vanderlei em duas oportunidades. Zé Love também acertou o poste, enquanto Keirrison parou em grande defesa de Victor. No fim, resultado foi justo, mas ruim para as duas equipes.
Desde o apito inicial, os times deram indícios de como seria a partida no Couto Pereira: muita disputa, pressão e equilibrio. Com paciência para atacar, o time de Marquinhos Santos teve maior posse de bola e foi dono das principais jogadas ofensivas do primeiro tempo, com 12 finalizações contra apenas três do time mineiro.
O Galo pecou tecnicamente e, quando conseguiu se infiltrar no campo adversário, não soube acertar a pontaria. Se na primeira etapa o Coxa foi superior e melhor ofensivamente, nos últimos 45 minutos, foi o Galo que ditou o ritmo de jogo. Com duas bolas na trave de Diego Tardelli, o time paranaense mais se defendeu do que atacou. Porém, os minutos finais reservaram fortes emoções, com defesa milagrosa de Victor e corte providencial do zagueiro Luccas Claro.
Com o empate, o time paranense chegou a 16 pontos e é o 18º colocado, mas pode acabar a rodada na lanterna. Já o Galo soma 27 pontos e caiu para a sétima posição.O Coritiba volta a campo no próximo domingo, contra o Bahia, às 18h30 (horário de Brasília), na Fonte Nova. Já o Atlético-MG joga em casa contra o Botafogo, às 16h, na Arena Independência.
Com a bola rolando, o Coritiba começou melhor, impôs seu ritmo de jogo e exigiu grande defesa de Victor aos dois minutos, em bela cobrança de falta de Alex. O Atlético-MG tinha dificuldade de entrar no campo alviverde. Com paciência para atacar, o time de Marquinhos Santos abusava de jogadas pelas laterais, com Zé Love e Carlinhos na esquerda e Dudu e Norberto pela direita.
O Galo pecava tecnicamente e tinha dificuldade de trocar passes no campo pesado do Couto Pereira, devido à forte chuva. Com apenas três finalizações, o time mineiro não conseguiu acertar a pontaria, exigindo pouco trabalho de Vanderlei. Superior durante toda a primeira etapa, o Coxa só não conseguiu abrir o placar em função da bem postada defesa atleticana e das boas defesas do goleiro alvinegro.
A segunda etapa começou ainda mais disputada do que a primeira. Com posturas francas e em busca do ataque, Coritiba e Atlético-MG conseguiram achar espaços e proporcionaram lances de emoção, exigindo trabalho dos goleiros Vanderlei e Victor. Porém, com o desgaste natural de jogo, as duas equipes caíram de rendimento após os 20 minutos e o jogo se resumiu a ligações diretas e muitos erros de passes.
Até que aos 28 minutos, em falha gritante da defesa alviverde, Tardelli acertou a trave direita do Coxa. A jogada acordou a equipe de Levir Culpi, que passou a dominar a partida. O camisa nove do Galo acertou mais uma bola na trave. Os minutos finais reservaram fortes emoções, com Victor fazendo defesa milagrosa em chute de Keirrison. Do lado do Coxa, Luccas Claro fez corte providencial para garantir o empate.

CORINTHIANS SAI ATRÁS, MAS EMPATA COM O FLUMINENSE E SEGUE NO G-4

romero jean corinthians x fluminense (Foto: Marcos Ribolli)
Foi o Fluminense que não teve força para segurar uma vitória parcial ou o Corinthians que melhorou, mereceu o empate e atá flertou com a virada? O barato do futebol é que 90 minutos permitem muitas interpretações. Entre as diferentes verdades do duelo, válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro, neste domingo, em São Paulo, a maior delas é que nada mudou no G-4. O 1 a 1, gols de Fred e Romarinho, manteve a hierarquia na zona de classificação para a Taça Libertadores.
É na quarta posição que o Timão, com 32 pontos, se mantém. O Tricolor permanece em quinto, com dois a menos, por ora barrado do G-4. As duas equipes dão um tempo ao Brasileirão. Na quarta-feira, às 22h (de Brasília), o Corinthians encara o Bragantino, em casa, por vaga às quartas de final da Copa do Brasil. Mesmo dia e horário em que o Fluminense tentará superar o Goiás para chegar às oitavas da Copa Sul-Americana. Pelo campeonato nacional, os próximos compromissos são apenas no próximo domingo: o Corinthians visita o Criciúma, enquanto o Fluminense recebe o líder Cruzeiro.
Tempos distintos
A duas equipes tinham o desafio de atuar com desfalques. Enquanto o Timão estava sem Guerrero, o Tricolor teve como baixas Diego Cavalieri, Edson, Valencia e Cícero. Quantidade, porém, não significa qualidade. E quem sofreu mais foi o clube paulista. Sem a referência no ataque, abusou da ligação direta. Romero e Romarinho não conseguiram segurar a bola na frente. Com maior controle na posse (52% a 48% nos 45 minutos iniciais), a equipe carioca parecia atuar no Maracanã. Tranquila, trocava passes em busca de espaços. Criou chances. Mas o gol foi sair apenas de pênalti polêmico de Gil em Wagner – o comentarista Paulo Cesar de Oliveira, da TV Globo, concordou com a marcação de Paulo Henrique de Godoy Bezerra, afinal, “o zagueiro fez uma alavanca com a perna esquerda para derrubar o meia”. Fred bateu no canto esquerdo: 1 a 0 aos 42 minutos.
O Corinthians equilibrou a disputa depois do intervalo. Especialmente por dois motivos. Primeiro, Renato Augusto entrou no lugar de Lodeiro. Elias, antes apagado em campo, se movimentou mais. Desta forma, o Timão passou a ter mais posse de bola. E ameaçou a meta defendida por Klever. O gol saiu com Romarinho, aos 28, ao aproveitar grande jogada de Renato Augusto que invadiu a área a dribles, deixando par trás Henrique e Diguinho. A dupla fez mais. Renato Augusto chutou para fora em jogada de Romarinho. Romero ainda acertou o travessão. No fim, o Timão ainda reclamou pênalti num lance em que o goleiro Klever dividiu com Luciano. O Flu, por sua vez, perdeu força, embora tenha deixado o campo reclamando de gol mal anulado de Henrique. O zagueiro completou ao gol, após cruzamento da direita, mas foi marcado impedimento. Inexistente.

SPORT SE RECUPERA NO SEGUNDO TEMPO E VENCE O CRICIÚMA NA ILHA DO RETIRO

Neto Baiano e Danilo comemoram gol na Ilha do Retiro contra o Criciúma (Foto: Aldo Carneiro (GloboEsporte.com/Pernambuco Press))
O Sport precisou de seis minutos do segundo tempo para fazer tudo que não fez nos 45 iniciais da partida contra o Criciúma, neste domingo, pela 18ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Depois de uma primeira etapa horrível e de sair vaiado pelo torcedor, os rubro-negros acordaram e com Neto Baiano e Danilo fizeram 2 a 0. Com a vantagem, o clima pesado do primeiro tempo se transformou em festa e os três pontos foram muito comemorados na Ilha do Retiro.
A vitória fez o Sport chegar aos 28 pontos, na sexta colocação. Já o Criciúma permanece na 17ª colocação e ainda não conseguiu se afastar da zona de rebaixamento.
Na Sport e Criciúma voltam a campo na próxima quarta-feira, mas não pelo Brasileiro. As duas equipes possuem compromissos internacionais, pela Copa Sul-americana. O Sport vai até Salvador enfrentar o Vitória e precisa vencer se quiser seguir na competição. Os catarinenses enfrentam o São Paulo no Morumbi, onde jogam pelo empate.
Leão dominado
Com quatro mudanças, o Sport entrou em campo tentando apagar a atuação do meio da semana, contra o Vitória, mas o que se viu foi um time ainda pior. A expectativa da mudança recaía sobre Diego Souza, que se lesionou e foi substituído antes dos dez minutos. O Criciúma se mostrou muito tranquilo e assustou com Cléber Santana, que comandava o meio de campo.
O Sport só foi reagir perto dos 30, com Rithely, Zé Mário e Renê, mas sempre em chutes de fora da área. Os catarinenses, que passaram um tempo sem incomodar, pressionaram no fim a primeira etapa e acertaram a trave de Magrão duas vezes. Primeiro com Rafael Costa e depois com Fábio Ferreira. A inoperância do Sport fez com que o time fosse muito vaiado na saída para o intervalo.
Acordou
As vaias do fim do primeiro tempo fizeram o técnico Eduardo Baptista mexer no time. Ele sacou Zé Mário, que havia entrado no primeiro tempo, para a entrada de Patric. E o Sport mudou. Mostrando mais vontade, precisou de seis minutos para construir a vitória. Sem marcar há oito jogos, Neto Baiano aproveitou cruzamento de Patric e abriu o placar aos quatro. Dois minutos 
depois, Felipe Azevedo armou um bom contra-ataque e serviu Danilo para ampliar o marcador. Com a vantagem, o Leão apenas administrou o placar e somou mais três pontos.

COM GOLAÇO DE DANIEL, BOTAFOGO BATE O SANTOS E SE DISTANCIA DO Z-4

daniel gol botafogo x santos (Foto: Satiro Sodré/SS Press)
Num jogo amarrado, arrastado, em marcha lenta, com muitos passes laterais, Daniel fez a diferença. Com uma bomba de fora da área, aos 17 minutos do segundo tempo, o meia de 20 anos fez um golaço no Maracanã, dando a vitória ao Botafogo sobre o Santos, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o time carioca vai a 22 pontos, cinco à frente do primeiro time na zona do rebaixamento e só um atrás do próprio Santos. O Peixe se vê cada vez mais longe da briga pelo G-4.
Emerson Sheik, atuando mais como um armador, principalmente no primeiro tempo, teve boa atuação, ao contrário de Robinho. O santista também se propôs a fazer o papel de articulador das jogadas, mas errou muitos passes (cinco no total, atrás apenas de Rildo, que errou seis).
O jogo foi marcado pelas mensagens contra o racismo, três dias após o goleiro santista sofrer com injúrias na Arena do Grêmio. Os jogadores de Santos e Botafogo entraram juntos em campo, com faixas contra o racismo.
O Botafogo volta a jogar na quarta-feira, contra o Ceará, em Fortaleza, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Se conseguir a classificação (perdeu por 2 a 1 no primeiro jogo), pode pegar o próprio Santos na fase seguinte. O Peixe venceu a partida de ida contra o Grêmio por 2 a 0, mas o duelo de volta foi suspenso. O STJD vai julgar o clube gaúcho pelos insultos racistas de torcedores ao goleiro Aranha.
Pelo Brasileirão, o Santos joga no sábado, contra o Vitória, no Pacaembu. Já o Botafogo pega o Atlético-MG, domingo, no Independência.
O jogo
O Santos teve mais posse de bola no primeiro tempo (55% contra 45%), mas foi pouco incisivo. Robinho teve excelente chance logo aos cinco minutos, mas foi o Botafogo, jogando fechado e saindo em velocidade, quem finalizou mais (sete contra seis). Emerson Sheik fazia boa dupla com Junior Cesar, que explorava as costas de Cicinho. Em dois desses lances, Ramírez recebeu em boas condições para finalizar, da entrada da área, mas acabou desperdiçando. O Botafogo ainda perdeu Bruno Correa, machucado - foi substituído por Rogério, aos 28 minutos.
No segundo tempo, o Botafogo voltou muito melhor do que o Santos, pressionando a saída de bola. O gol saiu aos 17, num chutaço de Daniel. De fora da área, ele pegou a sobra de um escanteio e acertou o canto direito da meta santista.

Oswaldo de Oliveira resolveu mexer no time - tirou um inoperante Thiago Ribeiro e lançou Leandro Damião, para atuar como pivô. Robinho foi para a esquerda e Rildo, para a direita. O Botafogo se fechou e voltou a sair só no contra-ataque. O time do Rio seguiu muito mais perigoso do que o Santos, principalmente por conta dos erros de passe do adversário. Damião teve uma única boa chance, mas Jefferson fez boa defesa e garantiu o triunfo carioca.

CRUZEIRO LEVA SUSTO, VIRA SOBRE A CHAPE E AUMENTA FOLGA NA LIDERANÇA

marcelo moreno cruzeiro x chapecoense (Foto: GUSTAVO THEZA/BRAZIL PHOTO PRESS/Agência Estado)
Nada como uma boa conversa para resolver os problemas. Este hábito, tão típico dos mineiros, foi essencial para que o Cruzeiro vencesse a Chapecoense por 4 a 2 na noite deste sábado no Mineirão. Os catarinenses saíram na frente e suportaram a pressão da Raposa durante todo o primeiro tempo. Mas o papo do técnico Marcelo Oliveira com os jogadores no intervalo foi fundamental na mudança de postura do time no segundo tempo. Além disto, a entrada do jovem meia Alisson deu outra dinâmica ao Cruzeiro, que tomou as rédeas do jogo e construiu a vitória com naturalidade. Os gols foram marcados por Marcelo Moreno (2), Léo e Alisson para os mineiros; Zezinho e Bruno Rangel fizeram para os catarinenses.

O resultado deixa o Cruzeiro tranquilo na ponta do Brasileirão, com 42 pontos, oito mais que o Internacional, vice-líder. A Chape fica com 19, na 15ª colocação. A Raposa lidera também a lista de artilheiros da competição. E em dose dupla, já que Ricardo Goulart e Marcelo Moreno agora têm nove gols cada. O jogo teve público pagante de 26.682 pessoas, que proporcionaram renda de R$ 1.203.320,00.


Na próxima rodada, a última do turno, o Cruzeiro vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense no Maracanã. A partida será no domingo, às 16h (de Brasília). A Chapecoense jogará em casa. No sábado, às 21h, recebe o Goiás, na Arena Condá. Antes, porém, o Cruzeiro tem compromisso pela Copa do Brasil. Quarta-feira, às 19h30, pega o Santa Rita-AL, em Arapiraca, pelo jogo de volta das oitavas de final. A Raposa tem a classificação encaminhada, já que goleou o time alagoano por 5 a 0 no jogo de ida.

O jogo

Antes de a bola rolar, a Chapecoense não escondeu de ninguém que viria ao Mineirão para jogar fechada e buscar o empate. A postura dos catarinenses não indicava falta de ambição, mas sim respeito, porque, afinal, o Cruzeiro não perdeu no Mineirão este ano. Retrancada, com duas linhas paralelas de quatro homens protegendo a defesa, a Chapecoense cumpriu o roteiro, que ficou ainda melhor para ela quando, aos 10 minutos, Zezinho abriu o placar. Após um chute despretensioso do volante Dedé, o atacante da Chape desviou a bola, que entrou no canto direito do gol de Fábio.

No restante do primeiro tempo, só deu Cruzeiro. O time mineiro encurralou o adversário no campo de defesa e teve pleno domínio do jogo e da posse de bola. O problema é que a Raposa não conseguiu concretizar a superioridade em jogadas efetivas que assustassem o goleiro Danilo. Com muitos erros de passe e excessivo número de cruzamentos para a área, o Cruzeiro não teve nenhum lance que realmente assustasse a Chapecoense antes do intervalo.

Superação e virada
No intervalo, o técnico Marcelo Oliveira chamou a rapaziada para um papo reto, daqueles que acordam qualquer time. Além disso, mandou Alisson para o jogo, no lugar de Willian. A conversa e entrada do jovem meia foram fundamentais para mudar a cara do Cruzeiro e o rumo da partida. Em 12 minutos, o time fez três gols e praticamente assegurou a vitória no Mineirão. Curiosamente, os dois primeiros gols nasceram de cruzamentos na área, jogada que o time tentou várias vezes sem sucesso no primeiro tempo: o do empate, aos quatro minutos, com Léo, e o da virada, aos seis, com Marcelo Moreno.

Alisson fez 3 a 1 aos 12 minutos. A Chapecoense ainda diminuiu o placar aos 24, com Bruno Rangel, que não marcava há 10 jogos. Os catarinenses, porém, não tiveram tempo para comemorar, porque o Cruzeiro fez o quarto gol um minuto depois, novamente com Marcelo Moreno. Os minutos finais do jogo serviram para a torcida celebrar a fase do time e gritar o nome dos jogadores que tiveram que suar muito para bater a valente equipe da Chapecoense e manter a liderança tranquila do Brasileirão.

INTER APROVEITA NERVOSISMO DO VERDÃO, VENCE E VOLTA A SER SEGUNDO

Palmeiras x Inter (Foto: Marcos Ribolli)
Ídolo da torcida corintiana, Jorge Henrique conhece bem o Palmeiras. Sabe que, quando o time alviverde está numa fase ruim, a confiança vai embora. E que qualquer vacilo é capaz de acabar com o pouco de moral da equipe. Foi o que aconteceu neste sábado. Em mais uma falha do goleiro Fábio, Jorge Henrique aproveitou e fez o gol da vitória do Inter sobre o Verdão no Pacaembu.
O resultado de 1 a 0 foi magro e não condiz com o que foi o jogo. Vendo o desespero do Palmeiras, que luta contra o rebaixamento e se deixou abater demais com a nova falha de seu goleiro, antes dos 20 minutos de jogo, o Colorado soube ditar o ritmo e se mostrou soberano em campo. Criou várias chances, mas falhou nas finalizações - um pouco por conta de certo preciosismo, por perceber que poderia chegar à área palmeirense a qualquer momento.
Os gols perdidos acabaram não fazendo falta para o Inter, que, com a vitória, chegou aos 34 pontos, retomando a segunda posição - o time voltará a ser terceiro neste domingo caso o São Paulo vença o Figueirense em Florianópolis.
Já o Palmeiras, com 16 pontos, ainda dorme fora da zona da degola, na 16ª posição, mas podendo ser ultrapassado por Criciúma, Bahia, Coritiba e Vitória neste domingo. Um drama para um time que, em seu centenário, corre o risco de ser rebaixado pela terceira vez em sua história. O técnico argentino Ricardo Gareca pode deixar o comando do clube a qualquer momento. A torcida alviverde, ao menos, não dá mostras de que vá abandonar o time. O público pagante foi de 31.178 (total de 33.519), com renda de R$ 735.345,00.
- Não é brincadeira, estão acabando com a história do Palmeiras - gritou a torcida, depois do jogo.
Pelo Brasileirão, os dois times voltam a jogar no próximo domingo, às 18h30: o Palmeiras vai a Curitiba enfrentar o Atlético Paranaense, enquanto o Inter recebe o Figueirense no Beira-Rio. Antes, na quinta-feira, os times jogam em competições de mata-mata: o Verdão faz o jogo da volta contra o Atlético-MG em Belo Horizonte, pela Copa do Brasil (perdeu por 1 a 0 na partida de ida), e o Inter volta a encarar o Bahia, desta vez em Salvador, pela Copa Sul-Americana (tomou de 2 a 0 em Porto Alegre).
O jogo
Ricardo Gareca não vinha conseguindo bons resultados no Brasileirão, mas seguia com certa confiança da torcida e dos dirigentes porque, mesmo sem muitos jogadores de qualidade, montava um time que ao menos tentava se mostrar coeso em campo. Neste sábado, diante do Inter, o técnico argentino errou. E errou feio. Escalou um time que nunca treinou junto, com um único volante (Marcelo Oliveira), um meia pouco participativo (Mendieta) e quatro atacantes (Allione na direita, Mouche na esquerda, Cristaldo enfiado e Leandro fazendo mera figuração).
Gareca pode argumentar, claro, que seu trabalho foi prejudicado pelos desfalques (12 no total, sendo seis titulares). Mas o fato é que o Palmeiras ficou muito exposto - presa fácil para os contra-ataques do Inter. E como jogou o Inter!
Com jogadores bem mais experientes, Abel Braga montou o Colorado para jogar nos erros do adversário. E eles foram surgindo, um atrás do outro. No mais bizarro, cometido pelo goleiro Fábio (de novo!), surgiu o gol de Jorge Henrique, aos 19. O Inter mandava no jogo e só não liquidou a fatura ainda no primeiro tempo porque Eduardo Sasha perdeu gol feito.
No intervalo, Gareca fez o óbvio: colocou um volante (Eguren) no lugar do pior jogador de seu time (Leandro) para tentar cobrir o buraco à frente da zaga. A ideia era dar tranquilidade para a equipe, mas o uruguaio entrou pilhado demais. Tomou amarelo com menos de cinco minutos e deixou claro que poderia ser expulso a qualquer momento.
Enquanto isso, o Inter ia fazendo seu jogo, tocando a bola e se aproveitando do nervosismo do Palmeiras. Com Jorge Henrique deitando e rolando, o time criava chance atrás de chance, mas, por puro preciosismo, não marcava. A diferença técnica entre as equipes era tão grande que a impressão que pairava pelo Pacaembu era de que o Inter estava com pena do Palmeiras. Bruno César e Felipe Menezes, odiados pela torcida alviverde, ainda entraram em campo, mas não conseguiram dar jeito ao time de Gareca. Desespero palmeirense, alívio colorado.

CRUZEIRO BATE GOIÁS, GARANTE "TÍTULO" DO 1º TURNO E ABRE SETE PONTOS NO TOPO

Sem o artilheiro Ricardo Goulart, com incômodo muscular e com outros dois titulares poupados, o Cruzeiro venceu o Goiás, por 1 a 0, na noite deste domingo, no Serra Dourada, em Goiânia, conquistando com duas rodadas de antecedência o título simbólico de campeão do primeiro turno. Os jogadores celestes aproveitaram para homenagear o volante Tinga, que se recupera de cirurgia na perna direita. Com sua 12ª vitória no Brasileirão, a quarta como visitante, o time celeste atingiu 39 pontos abrindo sete de vantagem sobre o São Paulo, novo vice-líder, que não poderá descontar essa diferença nos dois jogos que ainda restam aos participantes na primeira metade da competição. A equipe esmeraldina ainda desperdiçou a cobrança de pênalti, aos 50 min, por meio de David.
E o triunfo contra o Goiás fez o Cruzeiro voltar a vencer como visitante, o que não havia acontecido nos dois últimos jogos nessa condição, quando aconteceram empates diante de Botafogo e Criciúma. Já a equipe esmeraldina sofreu a quinta derrota consecutiva, a segunda dentro de casa, aumentando ainda mais o jejum, que completará um mês. O último trinfo da equipe, que segue com 20 pontos, foi em 27 de julho, sobre o São Paulo, por 2 a 1. Depois, perdeu para Fluminense, Bahia, Internacional, Corinthians e, agora, Cruzeiro. Dessa forma, Ricardo Drubscky tem seu cargo cada vez mais ameaçado.
As fases do jogo: O Cruzeiro custou a engrenar. Pressionado por quatro derrotas consecutivas, o Goiás começou no ataque e criou duas boas chances de gol. Na melhor delas, David arriscou chute forte, defendido com dificuldade por Fábio, que deu rebote, não aproveitado pelos jogadores do time da casa. Aos poucos, o líder do Brasileirão foi se ligando ao jogo, explorando os espaços concedidos pelo Goiás para contra-atacar. Assim, chegou ao gol, aos 25 min, quando Everton Ribeiro lançou Marcelo Moreno, que bateu cruzado. Em vantagem, a equipe de Marcelo Oliveira administrou o restante dessa etapa, jogada sob forte calor e em campo de grandes dimensões. O time esmeraldino tentou uma pressão nos minutos finais, mas não conseguiu o gol.
Ao longo da segunda etapa, o Cruzeiro desperdiçou muitas chances para ampliar sua vantagem e confirmar a vitória sem riscos. Mas, os celestes não conseguiram aproveitar essas oportunidades e deixaram o jogo aberto até o final, estimulando o Goiás a buscar o empate, muitas vezes na base da vontade, tentando pressionar o time mineiro. Aos 34 min, a equipe da casa quase empatou, em cobrança de falta de David, que foi desviada por Fábio, bateu no travessão e saiu a escanteio. Para melhorar a marcação, Marcelo Oliveira colocou o volante Henrique, em princípio poupado, no lugar do atacante Willian. Mas o Goiás pressionou e Fábio foi decisivo, novamente, aos 40 min, em chute de Eric. Aos 48 min, a arbitragem viu pênalti de Dedé, em esquerdinha, Mas David errou a cobrança, mandando a bola para fora.
O melhor: Fábio – A exemplo do que aconteceu contra o Grêmio, o goleiro voltou a se destacar com defesas fundamentais, em momentos decisivos do jogo, garantindo o triunfo celeste pelo placar mínimo, pela segunda vez consecutiva.
O piorDavid – O meia do Goiás teve a chance de interromper a série de derrotas consecutivas, mas desperdiçou a cobrança de pênalti de Dedé em Esquerdinha, aos 50 min da etapa final.
A chave do jogo: Contra-ataque celeste – O Cruzeiro não costuma variar muito a sua forma de jogar em casa e como visitante, procurando quase sempre tomar a iniciativa das ações ofensivas. Contra o Goiás, no entanto, a equipe celeste optou em jogar pelo contra-ataque, especialmente no primeiro tempo, tentando tirar proveito do desespero esmeraldino. Já na segunda etapa, em alguns momentos, o time de Marcelo Oliveira adiantou sua marcação e atacou mais, como forma de manter a posse de bola no ataque.
Toque dos técnicos: Por jogar em um campo enorme para os atuais padrões do futebol brasileiro, o técnico Marcelo Oliveira se preocupou em poupar Mayke e Henrique, que estavam desgastados, substituindo-os por Ceará e Nilton, mais descansados, além de optar pelo jovem e veloz Alisson na vaga do lesionado Ricardo Goulart. Dessa forma, ele armou o Cruzeiro para jogar no contra-ataque, atraindo o Goiás, que, mesmo com escalação cautelosa no papel, na prática lançou-se ao ataque em razão da difícil situação na tabela de classificação. E foi em um contra-ataque que Marcelo Moreno definiu o jogo.

ATLÉTICO-PR E BAHIA EMPATAM EM JOGO SONOLENTO NA ARENA DA BAIXADA: 0 A 0

jogo Atlético-PR e Bahia  (Foto: Joka Madruga / FuturaPress)
Um jogo sonolento e com fraco nível técnico. Assim foi o empate por 0 a 0 entre Atlético-PR e Bahia, na noite deste domingo, na Arena da Baixada. A última partida com portões fechados no estádio, fruto da pancadaria entre torcedores do Furacão e do Vasco no ano passado, foi marcada pelas raras chances de gol, pelo festival de passes errados - foram 80 - e pela disputa truncada no meio-campo. No fim, as equipes saíram de campo com a certeza que precisam fazer muito para melhorar no Campeonato Brasileiro.
De um lado, o empate foi ruim para o Atlético-PR, que vê distante o pelotão dos primeiros colocados. Com o resultado, a equipe atleticana continua na nona posição, agora com 24 pontos. O resultado complicou ainda mais a vida do Tricolor, que segue na zona de rebaixamento, com 16.
Pelo Brasileirão, os dois times voltam a jogar no próximo fim de semana, e como visitantes. O Furacão visita o Goiás, no domingo (31), às 18h30, no Serra Dourada. No mesmo dia e no mesmo horário, o Bahia enfrenta o Grêmio em Porto Alegre. A equipe atleticana ainda encara o América-RN na quarta-feira, às 19h30, na Arena das Dunas, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Ritmo lento e pouca inspiração
Os primeiros minutos de bola rolando na Arena da Baixada davam sinais de que o jogo seria sonolento em Curitiba. Com muito bate-rebate e os times tentando buscar o ataque, o Atlético-PR buscava pressionar a saída de bola, enquanto o Bahia tentava impor seu ritmo na partida. E o que se viu em campo foi um festival de passes errados e pouca criatividade. 
Sem nenhuma chance de gols, as equipes seguiram maltratando a bola. Melhor para os goleiros, que não foram acionados nos primeiros 45 minutos.
Jogo melhora, mas placar segue zerado
Sem alterações, as equipes retornaram para a etapa final com a mesma apatia do primeiro tempo. Com a tática do contra-ataque, os baianos seguiram bem postados defensivamente, mas esbarrando na falta de criação. Com dificuldades para furar a marcação adversária, o Atlético-PR colocou em campo o vice-artilheiro do Brasileirão, o atacante Douglas Coutinho, que substituiu o meia Bady. Buscando impor velocidade, o Bahia trocou o meia Léo Gago pelo lateral-direito Diego Macedo.
A mudança surtiu efeito primeiro para os visitantes, que exigiram do goleiro Weverton a primeira defesa da partida, aos 22 minutos, no arremate de Diego Macedo. O Rubro-Negro poderia ter tirado o zero do placar em pelo menos duas oportunidades, com Douglas Coutinho, perdendo a melhor chance do jogo, e depois com Bruno Mendes. Mas a rede não balançou, e o marcador ficou mesmo no 0 a 0.

MAIS UMA VEZ BRILHA ESTRELA DE LUXA, E FLAMENGO BATE O CRICIÚMA POR 2 A 0

Eduardo da Silva comemora gol Criciúma x Flamengo (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Pode-se dizer que a partida na tarde deste domingo foi uma espécie de replay para o Flamengo. E mais uma vez brilhou a estrela do comandante Vanderlei Luxemburgo. Tal como na vitória sobre o Atlético Mineiro, na última quarta-feira, por 2 a 1, o técnico pôs o meia argentino Mugni e o atacante Eduardo da Silva no segundo tempo, quando o Criciúma até dominava as ações. O time melhorou e virou a situação. E tudo começou com mais um pênalti para os rubro-negros. Mugni cobrou com categoria, em vez de Léo Moura na partida anterior, e fez 1 a 0. Depois, novamente Eduardo da Silva marcou o segundo e garantiu a quarta vitória seguida, desta vez fora de casa, no Heriberto Hülse, por 2 a 0, que fez a equipe dar novo salto no Brasileirão na 17ª rodada.
O time, que ganhou a quinta partida em seis jogos sob o comando de Vanderlei, pulou para o 11º lugar, com 22 pontos, e se distanciou mais do grupo que briga contra o rebaixamento. O oposto do Criciúma, que, com a derrota em casa, continua na incômoda 17ª posição e amarga a sétima rodada sem triunfo, o que deve aumentar a crise no clube. Na próxima rodada, o Rubro-Negro volta a jogar fora, contra o Vitória, no domingo. O Criciúma sai para encarar o Sport, no mesmo dia.
Poderia ser um primeiro tempo com vantagem rubro-negra no Heriberto Hülse. Com um meio de campo marcando bem e uma defesa bem posicionada, o Flamengo levou poucos sustos nos primeiros 45 minutos. Mas a limitação do ataque e a trave impediram o grito de gol. Se Canteros dominou as ações e teve até então nos primeiros 45 minutos sua melhor atuação desde que chegou ao clube, Arthur continuava devendo, e muito. O atacante pouco se desmarcava, e quando ficava livre batia mal a gol. Léo Moura e João Paulo até avançaram bem pelas laterais, mas não encontraram também em Nixon, que chegou atrasado num centro do lateral-esquerdo, o homem da conclusão. A cabeçada de Marcelo na trave e o voleio de Léo Moura no travessão mostraram que a defesa levava mais perigo do que o ataque.
O Criciúma começou a partida querendo ter o domínio. Mas perdeu terreno. Cleber Santana aparecia, mas ainda não parecia inteiro fisicamente. O mesmo acontecia com outro estreante, o atacante Souza. O maior perigo continuava sendo a bola parada de Paulo Baier. Silvinho, pela esquerda, ensaiava contra-ataques rápidos, mas se preocupava mais em cavar faltas. Eduardo avançou bem pela direita, mas concluiu mal. A melhor chance foi um lançamento para Paulo Baier. Aí pesou a idade. Acabou alcançado por Márcio Araújo, que protegeu a bola para a defesa de Paulo Victor. E nada mais o Tigre fez na primeira etapa.
No segundo tempo, o time da casa voltou até melhor e dominando as ações. Logo aos dois minutos, Silvinho, que já infernizava na primeira etapa, poderia ter mudado o curso da partida se tivesse tocado pelo alto de Paulo Victor com menos força. A bola subiu um pouco, e foi-se uma chance de ouro para o Tigre. O Flamengo segurou o rojão até que, aos 12 minutos, Vanderlei repetiu a dose do jogo contra o Galo. Entraram de uma vez só Mugni e Eduardo da Silva nos lugares de Márcio Araújo e Arthur, este em outra fraca atuação. E a equipe até chegou a ser dominada, pois Canteros, recuado para a função de segundo volante, caiu de rendimento.
Mas o Flamengo se recompôs e, aos 30, Mugni foi derrubado na pequena área por João Victor, que foi expulso. O árbitro marcou, e o argentino pediu a bola para cobrar. Léo Moura permitiu e não se arrependeu: o meia argentino bateu com categoria, mandando o goleiro para um lado e a bola para o outro, aos 32. Logo depois, aos 36, Eduardo da Silva, mais uma vez bem colocado, pegou sobra de chute de Everton e não desperdiçou: 2 a 0. Foi o terceiro gol do croata-brasileiro desde sua estreia. Novamente ele, novamente Vanderlei mostraram uma estrela que faltava ao Flamengo neste Brasileiro.

ARENA DO PIRATA: BARCOS FAZ DOIS, E GRÊMIO VENCE CORINTHIANS EM CASA

Barcos comemora gol Grêmio x Corinthians (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)
Arena do Grêmio, mas pode chamar de Arena do Pirata. Hernán Barcos se sente tão à vontade ali que, mesmo voltando de lesão e com seu time numa tarde não tão inspirada, marcou dois gols e garantiu uma vitória fundamental. Com um início avassalador de segundo tempo, o Tricolor fez 2 a 1 no Corinthians na tarde deste domingo - Guerrero descontou para a equipe paulista. Agora, o sonho gremista está no G-4.

A vitória teve a marca do Pirata, que agora tem 23 gols em 48 jogos na Arena, média de quase 0,5 por jogo. O retorno do centroavante, que se recuperava de lombalgia, mostrou-se decisivo. O Grêmio foi para 25 pontos na tabela e ficou a seis do próprio Corinthians, em sétimo lugar. O Timão agora é o quarto colocado com os mesmos 31 pontos com que iniciou a rodada. Foi a primeira derrota do time paulista fora de casa neste Brasileiro.

O Timão, aliás, mostrou momentos de descontrole. No “apagão” do início do segundo tempo, poderia ter levado mais gols. No fim, quando pressionava para buscar o empate, Guerrero se irritou e foi expulso após confusão com Alan Ruiz. Não adiantou jogar bem 86 minutos e apagar nos outros quatro. O Corinthians, mais uma vez, aprendeu a lição de forma dolorosa. Ao Grêmio, a vitória de quem soube aproveitar suas chances.

Na próxima rodada, o time paulista recebe o Fluminense, domingo, na Arena em Itaquera. Os gaúchos recebem o Bahia, também domingo, novamente na sua Arena.


Surpresas, surpresas...
Nem o Corinthians esperava ter tanta posse de bola em um ambiente hostil aos rivais como a Arena do Grêmio, que foi enchendo e se tornando mais barulhenta ao longo do primeiro tempo. A entrada de Lodeiro no Timão aproximou meio-campo e ataque, permitiu passes curtos e infiltrações melhores na defesa gremista. O problema é que não havia alvinegros na área. Guerrero jogou aberto pela esquerda. Jogou bem, é verdade, mas o volume de jogo não se traduziu em conclusões.
A partir dos 20 minutos, o Grêmio começou a dar satisfações à sua torcida. Mesmo assim, jogou mais no erro do rival – a jogada mais perigosa partiu de um erro de Ralf, que resultou em falta no garoto Luan. Após segurar o Cruzeiro e vender caro a derrota por 1 a 0, fora de casa, o Tricolor surpreendeu pela falta de ousadia. Giuliano, o articulador gremista, jogou mais próximo dos volantes do que dos atacantes. A saída de bola ficou prejudicada. Cássio e Grohe, os goleiros, mal tiveram trabalho no primeiro tempo.
Gols relâmpago resolvem
Em quatro minutos, tudo o que o Grêmio não havia feito no primeiro tempo. Duas chegadas com Giuliano, dois gols de Barcos – o primeiro deles com 20 segundos. O Tricolor se aproveitou de um “apagão” da defesa corintiana e praticamente decidiu o jogo. Poderia ter sido mais se a equipe de Felipão soubesse aproveitar dez minutos de completo destempero corintiano. Fagner, inclusive, poderia ter sido advertido por deixar o pé em Barcos.

Aos poucos, o Timão se refez. Com o ritmo do primeiro tempo, as chances mais claras saíram. Guerrero perdeu a primeira disputa com Marcelo Grohe, quando o goleiro fez grande defesa em chute do peruano. Na segunda, aos 16 minutos, uma nova jogada individual pela esquerda resultou em gol de Guerrero. Com 2 a 1, havia tempo para a equipe de Mano Menezes buscar resultado melhor.

O Corinthians até criou, mas errou passes demais quando se aproximou do gol. Nervosismo, talvez. O tempo passou, e até Cássio foi pra área adversária nos minutos finais, mas não deu para os visitantes. O Tricolor de Felipão jogou consciente, soube “sofrer” nos minutos finais e saiu com a vitória, levando até um chute de Ralf no travessão. Vitória merecida. Não adianta um time criar mais e não conseguir chegar ao gol. O Grêmio, com Barcos inspirado, tem muito a crescer neste Campeonato Brasileiro.