Após dois anos sem disputar a Taça Libertadores, a vontade do elenco do São Paulo era fazer uma estreia de causar impacto na fase prévia da competição. Diante do fraco Bolívar, e sob olhares de 40 mil são-paulinos no Morumbi, o Tricolor fez grande partida e aplicou uma goleada de 5 a 0 sobre o time boliviano na noite desta quarta-feira (23).
Com contribuição decisiva de Luis Fabiano, que marcou seu nome na história ao se tornar o segundo maior artilheiro do clube, com a marca de 92 gols, os comandados de Ney Franco garantiram vantagem confortável para o jogo de volta, em La Paz, na quarta-feira que vem.
A equipe pode perder até por quatro gols de diferença para assegurar uma vaga na fase de grupos da principal competição entre clubes do continente.
Tricolor domina a partida no primeiro tempo
Reconhecido por ser um típico homem de área, o atacante Aloísio foi escolhido por Ney Franco para atuar pelo lado direito do ataque e formar o trio ofensivo junto com Osvaldo e Luis Fabiano. A mudança trouxe Jadson de volta para o centro, e Paulo Henrique Ganso de volta para o banco de reservas.
Colocado em prática, o plano do treinador se mostrou absolutamente acertado. Jadson teve atuação segura e, desde o início, foi mais eficiente do que quando dividiu a armação com o camisa 8, como na vitória sobre o Mirassol, no último domingo, pelo Campeonato Paulista.
Logo aos sete minutos, o camisa 10 tocou para Osvaldo receber pela esquerda e acertar um lindo chute cruzado, de fora da área. A bola triscou a trave e caiu no fundo das redes bolivianas. Naquele momento, a diferença técnica entre as equipes já era visível, mas o show estava longe de acabar.
No único momento de toda a disputa em que o Bolívar assustou o goleiro Rogério Ceni, Arce cabeceou para baixo e viu o camisa 1 tricolor fazer boa intervenção. Passado o susto, Jadson voltaria a executar sua função da melhor forma possível. Aos 20, ele lançou Aloísio, que foi até a linha de fundo, driblou a zaga adversária e cruzou na medida para Luis Fabiano ampliar a vantagem como um bom centroavante.
Aos 45, o camisa 9 voltou a brilhar. Depois de Aloísio tentar chute forte, o goleiro Argüello deu rebote e o Fabuloso chegou à marca de 92 tentos com a camisa tricolor. Agora, o atacante perde apenas para Serginho Chulapa no quesito. O ex-jogador balançou as redes 135 vezes pelo clube.
Jadson também deixa o seu
A volta do intervalo serviu para consolidar uma bela goleada e tornar a festa de alguns personagens ainda mais emocionante. Melhor em campo, Jadson recebeu cruzamento de Osvaldo, aos 14, e escorou para também deixar o seu. Já Rogério Ceni, aniversariante do dia anterior, teve sua chance ao cobrar pênalti sofrido por Osvaldo. O capitão não desperdiçou e definiu o placar.
Paulo Henrique Ganso só foi participar da festa na reta final. Primeiro, Ney Franco ainda trocou Aloísio por Cañete, jogador que tem características mais de acordo com o esquema adotado na partida. Depois, Jadson deu lugar a Ganso, mudando a dinâmica do meio-campo tricolor.
A disputa entre os dois meias ainda vai dar o que falar. Mas se o treinador ainda precisa encontrar soluções para encaixar as boas peças que tem à disposição, pelo menos deu um passo importantíssimo nesta quarta-feira ao encaminhar a classificação para a próxima fase.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 5 X 0 BOLÍVAR (BOL)
Local: Morumbi, São Paulo (SP)
Data/hora: 22/1/2012, às 22h (horário de Brasília)
Árbitro: Robero Silvera (URU)
Auxiliares: Mauricio Espinosa (URU) e Marcelo Costa (URU)
Renda/público: R$1.383.036,00/ 41.838 pagantes
Cartões amarelos: Aloísio e Luis Fabiano (SAO); Flores (BOL)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Osvaldo, aos 7'/1°T (1-0); Luis Fabiano, aos 20'/1°T (2-0), Luis Fabiano, aos 45'/1°T (3-0), Jadson, aos 14'/2°T e Rogério Ceni, aos 17'/2°T
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Douglas, Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denilson e Jadson (Ganso, aos 26'/2°T); Aloísio (Cañete, aos 24'/2°T), Osvaldo e Luis Fabiano. Técnico: Ney Franco.
BOLÍVAR: Argüello, Ronald Eguino, Albarracin, Cabrera e Álvarez; Flores, Miranda (Lizio, aos 18'/2°T), Justiniano (Gómez, aos 33'/2°T) e Arce; Cardozo (Yecerotte, no intervalo) e Ferreira. Técnico: Miguel Angel Portugal.
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