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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Vaiado e xingado de novo, Luan fala em deixar Palmeiras: "Estou de saco cheio"


O Palmeiras realizou neste domingo só seu primeiro jogo no ano, mas já tem jogador cansado do clube. Como tem ocorrido desde 2011, Luan foi xingado e vaiado quando foi substituído durante o empate sem gols com o Bragantino, no Pacaembu. Mas, desta vez, não respondeu limitando-se a prometer trabalho. O atacante desabafou em tom de despedida.
"Os torcedores podem falar o que quiser. Estou de saco cheio", disse o camisa 11 minutos depois de ser sacado para a entrada de Mazinho, pedindo para continuar a entrevista após a partida. E a cabeça mais fresca não o fez mudar seu discurso. "Tem dia que a gente cansa", prosseguiu.
Há dois anos, o jogador sempre prometeu se empenhar para mudar a visão da torcida sobre seu futebol. Agora, mandou um recado direto aos críticos. "Só quero deixar um recado: parem de se preocupar comigo e voltem o foco para o Palmeiras. Precisam apoiar o time", reclamou.
Apesar do discurso em tom de adeus, o jogador promete se esforçar enquanto não conseguir outra equipe. "Sempre tem um para ser crucificado. Mas não vai mudar nada para mim, vou continuar trabalhando da mesma maneira. Não vou deixar de lutar e de ajudar o Palmeiras. Minha cabeça ainda está no Palmeiras", assegurou.
A raiva dos torcedores em relação ao atleta na estreia do Campeonato Paulista tem o mesmo motivo das vaias que sempre recebeu no clube. Diante do Bragantino, Luan, por domínio errado da bola ou falha em dribles e passes, foi desarmado diversas vezes. Com sua disposição, contudo, voltou até a defesa para evitar um gol de Lincom ainda no primeiro tempo.
Kleina defende Luan
O jogador acabou escalado por Gilson Kleina para a estreia no Paulistão porque Maikon Leite perdeu quatro dias da pré-temporada por conta de uma indisposição estomacal, é obrigado a se contentar com quem está no elenco.
"Temos um grupo de 20 jogadores, contando com os goleiros e vou precisar de todos eles. Não posso enaltecer uma rejeição. São esses caras que podem dar o retorno na quarta-feira", disse, pensando no duelo diante do Oeste, em São José do Rio Preto.
No grupo enxuto que o Verdão tem à disposição, Luan é necessário. "O Luan se esforça demais, luta. Ele sofre demais nessas situações porque sempre quer mostrar por que pode jogar no Palmeiras. Treina sempre, não machuca, está sempre à disposição. Parece que só ele é o culpado, só ele está fazendo coisas erradas, o que não é verdade", apoiou Kleina
No clube desde 2010, Luan era um dos jogadores preferidos de Luiz Felipe Scolari, que convenceu a diretoria a pagar cerca de R$ 7 milhões ao Tolouse, da França, em 2011 para contratá-lo em definitivo. Mas o atacante nunca convenceu a torcida e, neste domingo, só foi titular porque Maikon Leite perdeu quatro dias da pré-temporada por intoxicação alimentar.

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