A saída de Dedé do Vasco no meio do ano pode ser um fato inevitável, mas isso não faz com que o técnico Paulo Autuori aceite qualquer acepção de inferioridade do Cruzmaltino frente aos demais grande clubes brasileiros. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (12), dia em que o nome do São Paulo surgiu como mais um possível interessado no zagueiro, o comandante afirmou que não serão aceitos jogadores de nível inferior ao Mito numa futura negociação.
- Os clubes que querem o Dedé agem como se o Vasco não tivesse chance. O Dedé é um jogador top. Então, têm que vir jogadores que realmente possam contribuir. O Corinthians faz um trabalho excepcional, parabéns. Mas ninguém vai mandar para cima do Vasco jogadores de quem quer se livrar. Os nomes que o Vasco quer nós sabemos. Eu, Ricardo Gomes e René Simões vamos falar, ninguém mais - disse.
No mesmo dia, a diretoria do São Paulo negou que haja qualquer interesse em Dedé. O zagueiro chegou a ser oferecido por um grupo de empresários que detêm parte de seus direitos, mas o Tricolor não quis ir adiante. Segundo o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, o clube está satisfeito com o número de atletas que tem no setor.
Por outro lado, Corinthians e Cruzeiro seguem como grandes interessados no Mito. É para eles que vai o recado de Autuori ao falar sobre o tipo de jogador que o Giante da Colina procura.
- O atleta precisa estar dentro do modelo de jogo que nós queremos. Não pode ser bom só dentro de campo. Tem que ter estofo para segurar a onda, porque a pressão vem forte. Não pode ser bom jogador, mas bom competidor - destacou.
O treinador também negou uma suposta conversa com Carlos Tenório para tratar de sua saída do clube. Recentemente, o centroavante deu sinais de insatisfação por conta do atraso de seus salários. Além disso, a dívida do Vasco com o fundo de investimento que viabilizou a contratação do equatoriano chega a R$ 1,2 milhão.
- Não vou aceitar que não digam meu nome quando não fui eu a falar. Não tive conversa alguma com o Tenorio sobre isso. O que vai acontecer com ele no futuro é problema dele com a diretoria. Isso não procede. Conversei com ele sobre tática, assim como converso com outros jogadores - esclareceu.
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