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sábado, 12 de maio de 2012

Bota tenta 'milagre', e Fluminense, título estadual após 7 anos


                                                                          Concentração contra a esperança. Sonho ante os pés no chão. Botafogo e Fluminense se enfrentam neste domingo, às 16h (hora de Brasília), no Engenhão, pela segunda partida da final do Campeonato Carioca. E após a vitória de 4 a 1 do time das Laranjeiras no primeiro jogo, os dois times entrarão em campo com posturas antagônicas.
A semana do Fluminense foi de alívio, com a classificação às quartas de final da Copa Libertadores, após vitória de 2 a 1 sobre o Internacional. O Botafogo, por sua vez, aumentou a crise ao ser eliminado pelo Vitória nas oitavas de final da Copa do Brasil, ao perder por 2 a 1 de virada, em pleno estádio Engenhão.
Para superar o momento conturbado, o Botafogo precisa de uma virada histórica. Vitória por três gols leva a partida para os pênaltis. Por quatro ou mais, dá o título estadual ao time de General Severiano. Na história dos 333 confrontos do 'Clássico Vovô', apenas em sete jogos o Botafogo conseguiu vitórias por mais de quatro tentos. Mesmo com tamanha dificuldade, o goleiro Jefferson busca motivação no improvável.
“Sei que 99% não acreditam no título. Mas esta é a nossa motivação, vencer para fazer história. Um título que pouca gente está acreditando. Meu recado é que o torcedor continue acreditando na gente para nos dar confiança. Este grupo é um grupo maravilhoso, que se esforça, se dedica, é comprometido. O torcedor precisa saber que a gente vai entrar querendo muito reverter esta situação”, disse o camisa 1.
Como precisa reduzir uma diferença grande de gols, a estratégia não poderia ser outra: atacar desde o primeiro minuto. “Vamos arriscar um pouco mais, porque um gol no começo já bota pressão. Vamos atrás dos quatro gols, mas se fizermos três, estaremos preparados para os pênaltis”, completou Jefferson, convocado para os amistosos da seleção brasileira na última sexta-feira.
Mais que perder uma decisão estadual contra um rival, o Fluminense quer evitar um vexame ao ter a goleada do primeiro jogo devolvida com juros. Por isso, seriedade e discursos humildes foram repetidos seguidamente durante a semana.
“Não consigo ficar tranquilo antes de um jogo desses. E acho que é anormal alguém ficar. O Botafogo tem muita qualidade, um ataque rápido, com grandes jogadores e temos que manter os pés no chão para não dar vexame”, disse o zagueiro Leandro Euzébio, que propõe uma tática oposta ao Botafogo para levantar a taça.
“É tudo ou nada para eles, o jogo do ano para o Botafogo e temos que tomar cuidado. Temos que jogar fechados e explorando o contra-ataque para fazermos o gol que pode, aí sim, determinar o título”, destacou Leandro Euzébio.
Exemplos para dar confiança 
Para mostrar que não está fora da disputa, o Botafogo se apega aos exemplos históricos de grandes viradas no futebol. O próprio Fluminense já sofreu uma delas, na semifinal do Brasileirão de 1995, quando venceu o Santos pelos mesmos 4 a 1 no primeiro jogo. Na volta, 5 a 2 para o time alvinegro, que foi à final com o Botafogo.
A reviravolta que mais inspira Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo, aconteceu ainda nesta semana. Após golear a Universidade de Chile por 4 a 1 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, o Deportivo Quito foi atropelado no segundo jogo: 6 a 0. E inspiração para os comandados de Oswaldo.
“O futebol tem exemplos memoráveis. E nós vamos tentar repetir um destes exemplos, por que não? Vamos com todas as forças, com todos os recursos legais tentar reverter este placar no domingo. Os exemplos mais recentes são sempre mais sentidos. E este (6 a 0) é um exemplo recente, nós temos uma luz no fim do túnel e nós vamos nesta direção, procurando este norte”, disse o treinador.

O técnico Abel Braga mostrou preocupação como se a primeira partida tivesse terminado em 0 a 0. Tanto que realizou um treinamento de penalidades neste sábado.
“O que não podemos é jogar fora tudo o que fizemos em 18 jogos em apenas 90 minutos. Tem que ter humildade, sim. Como o Antônio Carlos bem lembrou, tem coisas que só acontecem com o Botafogo. E eles querem dar a forra. Nós é que não podemos deixar isso acontecer”, disse Abel Braga.
Desfalques dos dois lados 
Para complicar ainda mais a missão botafoguense, o volante Marcelo Mattos e o zagueiro Antônio Carlos são dúvidas para a final. O primeiro tem um problema no músculo adutor da coxa direita, enquanto o zagueiro sente dores no joelho direito. Jadson e Brinner podem ser os substitutos. Desfalque certo é do lateral-direito Lucas, expulso no primeiro jogo da final. A boa notícia fica pelo retorno do meia Fellype Gabriel, poupado contra o Vitória.
No Fluminense, a ausência é do capitão e artilheiro do time no estadual, o atacante Fred, que marcou sete gols. O jogador sofreu um estiramento muscular de grau dois na coxa direita e ficará de fora por até três semanas, sendo substituído por Rafael Moura. O volante Diguinho e o atacante Wellington Nem, que tinham esperanças de se recuperar para a decisão, também estão fora.
FICHA TÉCNICA – BOTAFOGO X FLUMINENSE
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 6 de maio de 2012 (Domingo)
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Antônio Silva Santos (RJ)
Assistentes: Ediney Mascarenhas e Marco Aurélio Pessanha (RJ)
FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean e Deco; Thiago Nezes, Rafael Moura e Rafael Sobis
Técnico: Abel Braga

BOTAFOGO: Jefferson, Gabriel, Antônio Carlos (Brinner), Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Jadson (Lucas Zen), Renato, Maicosuel, Fellype Gabriel e Elkeson; Loco Abreu
Técnico: Oswaldo de Oliveira.



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