Maicon, Ramon e Jadson marcaram os outros gols da partida no Morumbi
Num momento de instabilidade do São Paulo, o capitão Rogério Ceni não queria retornar ao time titular com o rótulo de salvador da pátria. Recuperado de uma cirurgia no ombro direito, o ídolo tricolor teve o pedido atendido e contou com uma grande exibição de seus companheiros, especialmente Luis Fabiano, para golear o Flamengo por 4 a 1 nesse domingo (29), no Morumbi, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o time de Ney Franco voltou a se aproximar do G-4, com 22 pontos, na sexta posição. Já o Flamengo se manteve na décima colocação, com 10. O próximo compromisso do Tricolor será na próxima quarta-feira, na estreia da Copa Sul-Americana, contra o Bahia, no Pituaçu. Pelo Brasileirão, a equipe volta ao Morumbi no domingo, para encarar o Sport. Já o Flamengo volta suas atenções para a partida do próximo sábado, quando receberá o Altético-MG, no Engenhão.
Com Ceni de expectador, Tricolor domina o primeiro tempo
O jogo começou com forte marcação rubro-negra, que pressionava a saída de bola do time da casa. Parecia até que Dorival Júnior poderia ter, pela primeira vez, alguma alegria desde que assumiu time da Gávea. Mas na frente, nada funcionava, e apenas dez minutos se passaram para que a defesa carioca começasse a exigir os milagres do goleiro Paulo Victor.
Do outro lado, nas raras vezes em que Rogério Ceni tocava na bola, os 35 mil presentes no Morumbi iam à loucura, com o sentimento de que a maior liderança da equipe em campo estava de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Mas quem começou a aparecer foi Fabuloso, que devia uma atuação consistente e retornava ao time após um problema na coxa. O camisa 9 levou perigo em cabeçada defendida por Paulo Victor, sem que o zagueiro Welinton tomasse qualquer atitude.
Em seguida, aos 25, Jadson encontrou Fabuloso livre e o goleiro do time carioca mais uma vez evitou o gol, se atirando para defender. Mas não dava para segurar por muito tempo. Aos 40, Maicon surgiu pelo meio recebendo bom passe de Rodrigo Caio e bateu colocado no canto esquerdo, abrindo o placar. E o mesmo Fabuloso que já vinha ameaçando aproveitou a saída errada do goleiro Rubro-Negro, após cobrança de escanteio, e ampliou a vantagem, aos 46.
Flamengo diminui, mas donos da casa decretam a goleada
Dorival já havia perdido Airton por contusão ao final da primeira etapa, mandando Amaral para campo. Na volta do intervalo, ele realizou outras duas mudanças. No lugar do garoto Adryan, entrou Thomas, e Bottinelli substituiu o apagado Camacho, opção do treinador para formar o ataque com Vagner Love, sem sucesso. Mas a equipe, que não havia finalizado nenhuma vez no primeiro tempo, apenas chegava perto da área são-paulina, sem concluir as jogadas.
Até que Fabuloso voltou a brilhar e marcou o seu gol de número 145 pelo São Paulo. A jogada começou com a roubada de bola do jovem Ademílson, que tocou para Cortez fazer o cruzamento da linha de fundo e encontrar o artilheiro livre para balançar as redes, de cabeça. De qualquer modo, algum sinal de melhora no Fla já era nítido, e o gol sofrido serviu para que a equipe finalmente alcançasse sua primeira finalização no jogo: Léo Moura ficou com a sobra de um corte da zaga são-paulina e tocou para Ramon diminuir a diferença.
Porém, era tarde para tentar qualquer reação, principalmente porque o Tricolor buscava incansavelmente o quarto gol. A entrada de Willian José no lugar de Maicon rendeu boas oportunidades, mas quem decretou a goleada foi Jadson, com dedo de Luis Fabiano, em atuação especial para fazer as pazes definitivamente com sua torcida. O meia recebeu ótimo passe e tocou na saída de Paulo Victor. E Rogério Ceni, um líder em campo mesmo com atuação discreta, pôde comandar a festa são-paulina no Morumbi.
SÃO PAULO: Rogério Ceni; João Filipe, Rafael Toloi e Rhodolfo; Rodrigo Caio (Cícero), Denilson, Maicon (Willian José), Jadson e Cortez; Ademilson (João Schmidt) e Luis Fabiano.
Técnico: Ney Franco.
FLAMENGO: Paulo Victor; Leonardo Moura, Wellinton, Marcos González e Ramon; Airton (Amaral), Luiz Antônio, Ibson e Camacho (Bottinelli); Adryan (Thomas) e Vagner Love.
Técnico: Dorival Júnior.
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