Tão logo assinou o contrato com a Adidas, nesta quinta-feira, a nova diretoria do Flamengo correu para se resguardar em outra frente e começou a se articular para impedir que o dinheiro seja alvo dos diversos credores do clube. Ainda sem saber o total das dívidas, o receio é de que a Justiça decrete a penhora da verba para pagar os passivos nas esferas estadual e federal. Diante disso, o clube perderia o fôlego necessário para girar a engrenagem neste início de temporada. Reforços, pagamentos de salários e outras dívidas pendentes serão abastecidos com parte do valor do novo contrato.
Embora a Justiça já tenha entrado em recesso de fim de ano, a tensão ainda existe, uma vez que o retorno das atividades será apenas no dia 7 de janeiro, justamente quando vence o prazo para que a Adidas deposite os primeiros R$ 58 milhões ao clube. O futuro vice-presidente jurídico, Flávio Willeman, está de férias. Com isso, a missão de blindar a verba do novo patrocínio junto aos magistrados e desembargadores do Rio coube ao vice de finanças, Rodrigo Tostes.
Aprovado nesta semana pelo Conselho Deliberativo, o contrato com a Adidas tem validade por dez anos a partir de maio de 2013 e contempla um valor de R$ 380 milhões. Entre benefícios e bônus por conquistas, o montante poderá ainda atingir os R$ 420 milhões. Além disso, o Flamengo agora está entre os top 5 da empresa alemã, ao lado de Real Madrid, Milan, Chelsea e Bayern de Munique. A internacionalização da marca Flamengo é vista como um dos dos atrativos do contrato.
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