Entre todos os resultados negativos de Tite no comando do Corinthians nos últimos três anos, nenhum foi tão vexatório quanto o do seu primeiro mata-mata, contra o Tolima, na Libertadores de 2011. O técnico tinha apenas quatro meses no clube, mas aquela derrota marcou.
Ele teve seu cargo no clube ameaçado pela pressão da torcida e de conselheiros. Foi mantido. Nesta quarta-feira, após títulos e reconhecimento, Tite e o Corinthians revisitam a possibilidade de trauma. Nada que não a classificação contra o Luverdense, da Série C, será tolerado por torcedores.
"É verdade, perdemos para o Tolima. A carne queimou, e o time foi campeão do mundo depois disso. Perdeu para o Luverdense? Perdeu. Escondeu que jogou mal? Não. Eu tinha todo o direito de questionar a arbitragem lá e não questionei. O time perdeu e tem condição de reverter", disse Tite, confiante na classificação corintiana. Derrotado por 1 a 0 no jogo de ida, o time paulista precisa de uma vitória por dois gols de diferença para se classificar.
Tite adotou discurso de respeito ao Luverdense, que faz boa campanha na Série C e tem boas chances de conseguir o acesso para a segunda divisão nacional em 2014. Mas não esconde que a responsabilidade e obrigação de sucesso é toda do Corinthians.
"A grandeza do Corinthians se traduz na sua história. É o Corinthians o favorito a passar, pelo investimento, por tudo o que você possa colocar, mas são 11 contra 11 dentro do campo, com um técnico trabalhando do outro lado. A gente respeita, mas assume o favoritismo e a responsabilidade", disse o técnico corintiano na véspera do confronto.
O momento conturbado do Corinthians, que tem um dos piores ataques do Brasileirão, mas uma das melhores defesas, colocam em xeque o equilíbrio do trabalho de Tite. Uma eliminação para o Luverdense piora o quadro e o técnico reconhece que essa possibilidade não atenua sua situação delicada mesmo com os títulos das últimas temporadas. "O passado não retira a responsabilidade do presente", disse Tite.
Na Copa do Brasil o Corinthians nunca teve um vexame contra times de divisões inferiores. Esteve perto em 2005, depois da saída de Tite na sua primeira passagem, quando com Daniel Passarela no comando sofreu 3 a 0 do Cianorte no jogo de ida. Na volta fez 5 a 1 e se classificou.
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