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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Com contrato perto de terminar, goleiro do Palmeiras pode jogar fora do Brasil

A dedicação de quase 17 anos ao Palmeiras pode chegar ao fim. Com contrato até dezembro, o goleiro Bruno não sabe se continuará no clube que o revelou e ainda aguarda uma conversa com o presidente Paulo Nobre para definir o futuro. Se não renovar, o goleiro já decidiu: quer sair do Brasil.
No início do ano, Bruno teve uma conversa com o diretor executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol Omar Feitosa. Na ocasião, o clube apresentou uma proposta de renovação e o goleiro fez uma contraproposta. Diante do impasse, a diretoria pediu um tempo para voltar a negociar, e a espera dura até hoje.
“Minha vontade é continuar aqui. Aqui é minha casa. Tenho quase 17 anos aqui e é difícil você ver um jogador com tanto tempo no clube como eu. Nunca tive empresários para vir aqui discutir meus contratos, sempre eu e meu pai que renovamos. Acho que essa boa relação que eu sempre tive com todo mundo aqui facilita. Minha vontade é continuar, fazer o centenário e fazer a minha carreira toda por aqui”, disse o jogador em entrevista exclusiva.
Caso as conversas não evoluam, o goleiro pretende deixar o Brasil. Por já possuir o passaporte europeu, que facilita a saída em uma eventual negociação com um clube estrangeiro, Bruno deseja ganhar experiência fora do país e aceita jogar em uma das grandes ligas da Europa.
“Se por algum motivo não me quiserem aqui, eu almejo jogar lá fora. Seja na Alemanha, na Itália, França, Espanha, Portugal ou Inglaterra. Eu tenho passaporte italiano, tenho inglês e acho que isso pode ajudar bastante. Até para viver outras culturas, poder morar fora do Brasil um pouco, vai ser bom para mim e minha família”, explicou.
Aos 29 anos, Bruno empenhou mais da metade da vida em defender a meta palmeirense. Chegou ao clube ainda criança em 1997, aos 13 anos de idade, para atuar nas categorias de base e viver momentos históricos dentro do Palmeiras. O goleiro teve a chance de conquistar títulos –  o Paulista de 2008 e a Copa do Brasil de 2012 – e também viveu o drama do rebaixamento. Porém, a boa temporada no ano passado e o título de melhor goleiro da Copa do Brasil não foram suficientes para cessar críticas por parte da torcida.
“Acho que as críticas são normais. Ninguém é unanimidade. Tem aqueles que gostam de mim e os que não gostam. Eu posso fazer de tudo, que vão achar alguma coisa para me criticar. Mas isso é normal. Eu sei lidar muito bem com isso, não há problema nenhum. As críticas só me fazem crescer. O ano passado, com a Copa do Brasil, foi muito especial porque nosso treinador era o Felipão e eu assumi a titularidade no meio da competição. Poder ganhar um título individual também é gratificante, já que o último goleiro que alcançou esse feito foi o Marcos, que assumiu na metade da Copa Libertadores de 1999, foi campeão, decisivo e ganhou o prêmio de melhor jogador. Então, para mim, essa comparação é muito boa”, analisou.
Nesta temporada, com a chegada de Fernando Prass, Bruno perdeu a titularidade e fez apenas 12 jogos, sendo sete deles na Série B do Campeonato Brasileiro. Em maio, quando substituiu Prass nas partidas contra Santos e Tijuana-MEX, recebeu elogios do técnico Gilson Kleina.
“O meu lugar é a meta do Palmeiras. Já mostrei isso. Sou o outro goleiro depois do Marcos que foi campeão pelo Palmeiras e ganhou um prêmio individual de melhor goleiro. Acho que já mostrei minhas qualidades. E não só por isso, mas também por causa das partidas. Eu mantive uma regularidade muito boa no Campeonato Brasileiro, apesar de a gente ter caído. No ano passado, o pessoal da assessoria me trouxe estatísticas que eu era o segundo goleiro que mais fazia defesas e defesas difíceis no Campeonato Brasileiro, só ficava atrás do Diego Cavalieri (do Fluminense). Foi muito legal para mim. Se eu não tivesse capacidade, eu não estaria aqui por 17 anos. Já teria ido embora há muito tempo”, completou.
Bruno ainda não cogita a aposentadoria, mas já tem projetos para o futuro. Graduado em Educação Física e fluente na língua inglesa, o goleiro pensa em fazer uma pós-graduação na área de marketing ou administração e trabalhar na gerência de futebol. Objetivos, porém, ainda distantes para quem ainda quer fazer mais pelo clube do coração.

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