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domingo, 7 de outubro de 2012

Palmeiras quer voltar ao protagonismo, mas antes precisa se livrar do rebaixamento


Corria o ano de 2009 quando, na 34ª rodada do Brasileirão, o Palmeiras perdeu a liderança do campeonato para o São Paulo. No momento, o Palestra tinha o melhor técnico do Brasil – Muricy Ramalho, que vinha de três títulos brasileiros consecutivos –, um ídolo da torcida no comando de ataque – Vágner Love, emprestado pelo CSKA – e o jogador que viria a ser eleito, injustamente, diga-se, o craque daquele campeonato – Diego Souza, na eleição organizada pela Rede Globo em parceria com a CBF. Ao fim das 38 rodadas, o Palmeiras não conseguiu beliscar nem uma vaga na Taça Libertadores da América e, desde então, não vinha mais disputando títulos importantes.
2012: Ápice e queda de um ídolo
Tudo parecia que iria mudar neste ano de 2012, quando o Palmeiras, depois de 12 anos sem conquistar um título nacional de porte, ganhou a Copa do Brasil. No banco de reservas, estava Luiz Felipe Scolari, técnico que já havia feito história na sua primeira passagem pelo clube, onde venceu a Libertadores-99 e a Copa do Brasil-98. Depois de ser campeão mundial com a Seleção Brasileira e se aventurar por seleções e clubes do exterior, Felipão retornou ao Alviverde em julho de 2010. Não tendo mais do que times medianos nas mãos, o técnico ficava na ciranda de pedir reforços para a diretoria e de administrar as muitas crises que rondavam o CT da Barra Funda.
Por isso mesmo, o título da Copa do Brasil deste ano teve um sabor especial para a torcida do Verdão. Era a chance de iniciar uma reconstrução do clube, fazê-lo voltar a disputar troféus importantes, como a Taça Libertadores das Américas. E tudo, claro, com Scolari no comando. Porém, se tudo corria às mil maravilhas no “caminho mais curto até a Libertadores”, no Brasileirão a história era diferente. Enquanto as atenções estavam divididas entre os dois torneios, admitia-se o desleixo e as seguidas derrotas que jogaram o Palmeiras na zona de rebaixamento. “Quando estivermos jogando só o Brasileiro, resolvemos”, pensaram alguns.
Chegada de Kleina renova os ânimos
Não foi o que aconteceu. O Alviverde não conseguiu esboçar uma reação que o tirasse da zona da degola e, até a 28ª rodada, esteve entre os quatro últimos 22 vezes. Nesse meio tempo, Felipão caiu, depois de uma derrota para o Vasco, por 3 a 1 – alguns dizem que demitido, outros que demissionário. Em seguida, o Palmeiras perdeu o clássico contra o Corinthians por 2 a 0, com o interino Narciso no banco de reservas. Então, três rodadas atrás, Gilson Kleina estreou, contra o Figueirense, adversário direto na briga contra o rebaixamento, fora de casa. Kleina mudou a formação do meio-campo, colocando mais um volante e deixando Marcos Assunção com mais liberdade criativa – apesar de ser fundamental nas bolas paradas, Assunção não mostrava mais vigor para marcar e voltava de uma contusão.
A estratégia deu certo e o Palmeiras venceu por 3 a 1. No jogo seguinte, contra a Ponte Preta, nova vitória: 3 a 0. A distância para o primeiro time fora da zona de rebaixamento era de oito pontos quando Kleina chegou. Ao fim da 27ª rodada, havia caído para três – atualmente está em 6, porque o Coritiba, primeiro time fora do Z-4, já jogou. Agora, o desafio é o clássico conhecido como Choque-Rei, contra o São Paulo, amanhã, no Morumbi. Perdendo ou ganhando, o Palmeiras segue para tentar evitar mais um rebaixamento e voltar a exercer o seu papel de grande clube do futebol brasileiro. A vaga na Libertadores-13 já está garantida, e é possível que o meia Alex, ídolo do clube na sua era vitoriosa do fim dos anos 1990, volte para ajudar na reconstrução. O resultado disso, só o tempo dirá.
 

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