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terça-feira, 9 de julho de 2013

Dirigente do São Paulo avisa que "voz do povo" não definirá novo técnico

A torcida do São Paulo gritou o nome de Muricy Ramalho no Morumbi antes e depois da demissão do técnico Ney Franco. O vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, admitiu que escuta os apelos das arquibancadas, mas advertiu que o caminho a ser seguido nem sempre condiz com os anseios dos fãs.
"Claro que nossa coletividade é muito importante, porque a missão do clube é voltada para ela. Porém, às vezes, grande parte da torcida tem um ponto de vista e não há consenso. Todos os parâmetros envolvidos não estão ao alcance da torcida e existe uma instância com visão mais ampla das questões, com o dever de decidir", afirmou.
Pelo menos nos jogos do clube, a grande maioria demonstra preferência por Muricy, mas a diretoria está mais disposta a acertar com outro ex-treinador são-paulino: Paulo Autuori. A busca por um novo comandante acontece justamente no momento em que cresce a rejeição de são-paulinos à gestão do presidente Juvenal Juvêncio.
No domingo, antes da derrota para o Santos, um grupo de 40 torcedores protestou em frente ao Morumbi contra o mandatário e os dois principais dirigentes do departamento de futebol, que são Adalberto Baptista e o próprio Jesus Lopes.
O dirigente, inclusive, confirmou que apenas os três estão decidindo o nome do novo treinador, negando que leve em consideração as antigas divergências de Muricy Ramalho com o vice-presidente geral do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
"Não tem problema nenhum, na medida em que quem decide é o presidente, assessorado pelo vice de futebol e pelo diretor de futebol. Fica nesse triunvirato. Óbvio que ouvimos as opiniões de todos, mas (as decisões) ficam restritas a esses nomes. O Muricy não tem resistência interna, é um nome muito bom e forte, mas não é o único", afirmou.
Apesar da campanha irregular da equipe no ano, Jesus Lopes demonstra convicção nas ações da cúpula tricolor e aguarda as eleições da próxima temporada para saber se o trabalho está agradando.
"Em qualquer sociedade, sempre existe uma instância superior. O clube tem jogadores, comissão técnica, diretoria de futebol, presidente e a assembleia geral dos sócios. É óbvio que, se a diretoria não estiver respondendo às aspirações dos associados, terá a resposta nas eleições, que será realizada em abril de 2014. Essa questão vai ser respondida pelos próprios sócios nas eleições", declarou.
No entanto, os associados do São Paulo não têm o poder de escolher diretamente o presidente, já que o pleito para o cargo máximo do clube envolve apenas o desejo dos conselheiros. Aos sócios fica a incumbência de escolher parte destes integrantes do Conselho Deliberativo.
O provável candidato da situação à presidência do São Paulo é justamente Leco, que não é ouvido na escolha do novo técnico. Já a oposição está sendo encabeçada pelo ex-superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha.

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