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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Com adeus de Marcos, só nove pentacampeões se mantêm ativos

Marcos seguiu os passos de Ronaldo e abandonou a carreira nesta quarta-feira. Foto: Getty Images
Marcos seguiu os passos de Ronaldo e abandonou a carreira nesta quarta-feira.


A aposentadoria do goleiro Marcos, anunciada na tarde desta quarta-feira, confirmou a "baixa" de mais um integrante do elenco pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, no Japão. Dos 23 convocados na ocasião, só nove se mantêm ainda jogando. Dos que atuaram na final, apenas quatro.

Além de Marcos, o técnico Luiz Felipe Scolari, curiosamente o mesmo que esteve à frente do Palmeiras na última temporada profissional do arqueiro, levou à Copa do Mundo os seguintes nomes: Cafu, Lúcio, Roque Júnior, Edmilson, Roberto Carlos, Ricardinho, Gilberto Silva, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Dida, Belletti, Anderson Polga, Kleberson, Junior, Denilson, Vampeta, Juninho Paulista, Edilson, Luizão, Rogério Ceni e Kaká.
Desses, apenas Kaká não ultrapassou a barreira dos 30 anos (o meio-campista do Real Madrid tem 29 e faz aniversário em 22 de abril). Além dele, somente Lúcio (zagueiro da Inter de Milão) e Anderson Polga (zagueiro do Sporting) seguem atuando em campeonatos de ponta na Europa.
Roberto Carlos está no Anzhi Makhachkala, clube da região do Cáucaso, na Rússia, onde acumulou também a função de treinador no último ano. Os outros cinco integrantes daquele grupo estão todos em clubes do futebol nacional.
Gilberto Silva (Grêmio), Kleberson (Atlético-PR), Ricardinho (Bahia), Rogério Ceni (São Paulo) e Ronaldinho (Flamengo) disputaram o Campeonato Brasileiro e tem contrato pelo menos até o final dos Estaduais de 2012.
Após cair para a Série B com o Ceará em 2011, Edmilson se desligou da equipe e pretende fazer cursos de especialização na Espanha, onde atuou por bastante tempo. Dida é outro com futuro incerto. Sem jogar há um ano e meio, diz que ainda quer entrar em campo por pelo menos mais dois anos.
Rivaldo, que também esteve em campo na Série A, foi dispensado pelo São Paulo e tem futuro incerto. É provável que ele jogue o Campeonato Paulista pelo Mogi Mirim, clube do qual também é presidente.
Essa, aliás, é uma das funções exercidas pelos aposentados. Roque Júnior é mandatário do Primeira Camisa, equipe de São José dos Campos, enquanto Juninho Paulista é o homem-forte da administração do Ituano.
Ronaldo e Luizão, os centroavantes da lista, se tornaram empresários após deixarem o futebol. O maior artilheiro das Copas, aliás, tem contratos de publicidade e agenciamento de carreira com jovens promessas, como Lucas e Neymar.
Edilson e Denilson, reservas que tiveram participação importante na semifinal contra a Turquia, agora são, respectivamente, repórter e comentarista esportivos em programas de televisão.
Cafu trabalha com a Fundação Cafu, onde dá assistência a crianças carentes. Junior e Belletti, laterais reservas na conquista, pararam em 2010 e 2011, respectivamente. Vampeta, que deu as famosas cambalhotas na rampa do Planalto, em Brasília, agora é técnico do Grêmio Osasco-SP.
Exemplo de amor à camisa no futebol moderno
A carreira de Marcos pode ser classificada como uma das mais bonitas dos últimos anos. Mesmo consagrado e objeto de desejo de grandes clubes europeus durante a trajetória dentro dos gramados, o goleiro deu um raro exemplo de "amor à camisa" no futebol moderno. O camisa 12 permaneceu os quase 20 anos de vida futebolística na mesma instituição: a Sociedade Esportiva Palmeiras.
Com a camisa alviverde, Marcos conquistou os maiores títulos da organização paulista. Campeão brasileiro nos anos de 1993 e 1994, o goleiro alcançou o auge da carreira. Em um espaço de apenas três meses, deixou o banco de reservas para se tornar um dos principais responsáveis pelo título inédito da Copa Libertadores da América de 1999, a maior glória obtida pelo Palmeiras até hoje.
Já tratado como ídolo, Marcos conquistou ainda mais a torcida na edição seguinte da competição sul-americana. Embora tenha passado por um péssimo momento de pressão, após falhar na decisão do Mundial de 1999 (não conseguiu interceptar um cruzamento de Ryan Giggs, que resultou no gol do título do Manchester United, marcado por Roy Keane), o goleiro se tornou símbolo da vitoriosa geração alviverde ao novamente impedir o arquirrival Corinthians de seguir no torneio.
Na semifinal, Marcos defendeu o pênalti cobrado por Marcelinho Carioca, principal ídolo corintiano na época, e classificou o Palmeiras à decisão da Libertadores de 2000 - competição na qual o time acabou como vice-campeão.
Ídolo consolidado dentro do clube, Marcos atingiu o Brasil inteiro em 2002. Goleiro de confiança do técnico Luiz Felipe Scolari, o representante palmeirense vestiu a camisa 1 da Seleção Brasileira e teve participação fundamental na conquista do pentacampeonato, especialmente na decisão contra a Alemanha.
As grandes atuações despertaram o interesse europeu. O Arsenal, depois de conhecer o goleiro palmeirense na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul, buscou a contratação de Marcos. Entretanto, na contramão do futebol moderno de negócios, o jogador rejeitou a proposta e seguiu na instituição alviverde, apesar do rebaixamento à Série B do Brasileiro em 2003.
Marcos passou pela pior crise da história palmeirense sem ter o respeito adquirido durante o fim da década de 90. O jogador seguiu convivendo com lesões, alguns vexames (como a goleada de 7 a 2 para o Vitória, pela Copa do Brasil de 2003, no Palestra Itália) e grandes atuações. O último título conquistado pelo camisa 12 no único clube da carreira foi o Campeonato Paulista de 2008.
FICHA TÉCNICA
Nome: Marcos Roberto Silveira Reis
Posição: Goleiro
Cidade de nascimento: Oriente (SP)
Nascimento: 4 de agosto de 1973
Altura: 1,93 m
Camisa preferida: 12
Jogos pelo Palmeiras: 530
Jogos pela Seleção Brasileira: 29
Clubes: Palmeiras
Títulos: Campeonato Brasileiro (1993 e 1994); Campeonato Paulista (1994, 1996 e 2008); Copa do Brasil (1998); Copa Mercosul (1998); Copa Libertadores (1999); Torneio Rio-São Paulo (2000); Copa dos Campeões (2000); Campeonato Brasileiro Série B (2003).
Pela Seleção: Copa América (1999); Copa do Mundo (2002) e Copa das Confederações (2005)











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