Felipe se recuperou das críticas de Andrés Sanchez e espera não ser "vetado" por ex-presidente corintiano na Seleção.
De contrato novo e cada vez mais adaptado ao Rio de Janeiro e ao Flamengo, o goleiro Felipe espera dar um "up grade" na carreira em 2012, quem sabe com uma chance na Seleção Brasileira, mesmo com o "desafeto" Andrés Sanchez, como todo poderoso do departamento de equipes da CBF.
Mesmo sabendo que no comando da Seleção está um antigo desafeto, Felipe não se sente intimidado e alimenta com muito otimismo e esperança o sonho de chegar lá. O jogador do Flamengo reconhece que a relação com o ex-presidente do Corinthians é difícil, mas se apega na máxima de que no futebol o que vale é o momento.
"A Seleção está no meu radar. Sei que tem muitos na minha frente. Depois que saí do Corinthians e fui para fora, sumi. Tem outros grandes concorrentes. Estou num clube que está sempre chegando na decisão, você aparece mais e acredito que no Flamengo isso deve acontecer", afirmou Felipe, em entrevista ao Terra.
"Outros grandes atletas não foram à Seleção e foram bem sucedidos na vida, jogaram em grandes equipes e ganharam títulos. Se ele (Andrés Sanchez) manda hoje, tudo bem, mas Seleção é onde tem que estar os melhores jogadores, independentemente de problema do passado. Se eu estiver bem, não acredito que ele vá me vetar, porque senão seria algo pessoal. Quando ganha título e joga bem não tem como tapar o sol com a peneira", acrescentou Felipe.
Os dois tiveram desavenças na época de Corinthians, o que acabou resultando na saída do goleiro para o futebol português - o jogador defendeu o Braga. Na rápida passagem pela Europa, Felipe amadureceu e surpreendeu na sua chegada ao Flamengo.
Nada de polêmica, confusão ou problemas. A fama foi adquirida na época de Corinthians, mas no Rio ele posa quase de bom moço. "2011 foi um ano de provação para mim, de mostrar que eu não era aquilo que diziam de mim. Estou feliz no Flamengo e espero ficar aqui por um tempão", disse, antes de cutucar quem o criticou no Parque São Jorge.
"Além de entrar na vaga de um ídolo que era o Bruno, sabia que tinha que mostrar bom comportamento fora de campo. Uma pessoa quando não tem caráter, safado e sem vergonha não consegue ficar 12 meses sem fazer uma besteira. Pude mostrar isso no Flamengo. Não sou aquela pessoa que uma, duas ou três pessoas (do Corinthians) diziam que eu era", acrescentou o camisa 1.
Depois de fazer um contrato de risco de apenas um ano com o Flamengo, Felipe está mais seguro para fazer um trabalho de médio prazo na Gávea - renovou por três anos com o time comandado por Vanderlei Luxemburgo. "Agradeço ao Luxemburgo e a presidente que acreditaram em mim e me bancaram nessa virada da minha vida", afirmou.
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