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terça-feira, 13 de março de 2012

Paulo Victor tem dia de herói: treino, sorrisos e lembranças do Fla-Flu

                                                                                                                                                                           Uma noite de euforia e pouco sono, uma manhã de muitos sorrisos e boas lembranças. Paulo Victor acordou mais cedo que o habitual nesta segunda-feira. O telefone celular, segundo ele, não parou de tocar. Parentes e amigos queriam parabenizá-lo pelo desempenho no Fla-Flu deste domingo. 
Na vitória por 2 a 0 sobre o rival, Ronaldinho fez o primeiro gol dele em clássicos pelo clube e foi expulso, Kleberson foi titular e marcou depois de um longo período de inatividade, mas o herói da noite foi o goleiro. PV salvou o time em diversos momentos da partida. Fez defesas importantes e mostrou segurança.
- Acordei uma hora antes do normal. O telefone não parava de tocar, o pessoal do interior trabalha muito cedo (risos). Estou feliz pelo trabalho bem feito - disse o camisa 27, que é natural de Assis, no interior paulista.
No dia seguinte, resumiu com uma palavra o sentimento pelo dever cumprido.
- Maravilhoso.
A atuação de gala marca o melhor momento do jogador no clube. Apesar de ser o segundo goleiro, tem números que impressionam. São 17 partidas com a camisa do Flamengo, com dez vitórias, seis empates e apenas uma derrota, para o Universidad de Chile, em Santiago, pela Copa Sul-Americana de 2011. Além disso, foram apenas cinco gols sofridos, sendo que em 13 jogos ele sequer foi vazado. Retrospecto que lhe credencia a disputar a vaga de titular após a volta de Felipe, que levou três pontos na cabeça após uma dividida no confronto contra o Duque de Caxias, no dia 4 de março.
- Sem dúvida nenhuma foi a melhor partida da minha vida, ainda mais num Fla-Flu, marca bastante. Fiz uma grande partida pelo América também contra o Madureira, quando fui emprestado, mas não se compara. Sei lidar muito bem com isso, o momento é bom, mas tenho que trabalhar cada vez mais. 
A cada jogo tenho de mostrar que estou bem. Tenho seis anos de profissional, sete anos de Flamengo. Sou um garoto mesmo e espero que aos 35 anos eu chegue aqui e vocês me chamem de garoto. Vinte e cinco anos é uma idade madura para o goleiro, tenho mostrado em campo a segurança e a tranquilidade necessárias.
Sobre a disputa da vaga com Felipe, ele desconversa. Deixa para que o técnico Joel Santana decida.
- Não sou em quem decide. É o Joel. Tenho que estar bem, trabalhar e continuar mostrando que tenho qualidade para defender o Flamengo. Não só ontem (domingo), mas em todas as partidas que tenho entrado venho comprovando isso. Para o que ele decidir vou estar à disposição.
Na quinta-feira, contra o Olimpia, do Paraguai, a tendência é que Felipe retorne. As equipes se enfrentam no Engenhão, pela terceira rodada do Grupo 2 da Libertadores. Voltar para o banco é uma possibilidade, mas PV não vai se acomodar.
- Minha alegria é estar dentro de campo, não importa o jogo ou o tempo. O melhor momento é quando posso defender a equipe do Flamengo. Estou muito feliz, agradeço a Deus pelas oportunidades que estão surgindo, isso me alegra muito.
O momento é de tanta confiança que o pai do goleiro, o ex-atacante Vidotti, que jogou no Corinthians, recebeu um recado.
- Sorte dele que não jogou contra mim (risos).

As mais difíceis do Fla-Flu
Muito exigido no clássico, o goleiro elegeu as duas defesas mais complexas da partida: o chute cruzado de Souza, no fim do primeiro tempo, e o de Lanzini, no fim do jogo.
- O Souza entrou sozinho, bateu no canto direito. Tive de me esticar todo para pegar. Vi que a bola não entraria, mas me preocupei com o rebote, pois havia um jogador do Fluminense sozinho entrando do outro lado. Naquele momento foi importante porque já estávamos sem o Ronaldinho e vencendo por 2 a 0. Se entrasse, ficaria complicado voltar com 2 a 1 para o segundo tempo. O do Lanzini também foi difícil, pois vi a bola quando ela estava muito próxima.

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