Jogando mal na maior parte do tempo e sob vaias em diversos momentos, o Brasil venceu a África do Sul por 1 a 0, nesta sexta-feira (07), no Morumbi. Na segunda-feira que vem, a Seleção volta a campo, mas dessa vez em Recife. O adversário será mais um time que está longe de assustar o torcedor: a China. Porém, se a África do Sul também não metia medo em ninguém, pelo menos complicou bastante a vida dos comandados de Mano Menezes. Apática na maior parte do tempo, a Seleção teve enormes dificuldades de se impor e só conseguiu marcar aos 29 minutos do segundo tempo.
Primeira etapa tem pouco futebol e muitas vaias
Antes de a bola rolar, já houve a primeira falha: a África do Sul veio com uma camisa verde e amarela, o que fez a arbitragem pedir para o Brasil jogar todo de azul. Depois de 17 minutos de impasse, a bola finalmente rolou no Morumbi. Logo de cara, percebeu-se que a Seleção Brasileira esqueceu o futebol no vestiário, talvez junto com a camisa amarela.
Tocando muito a bola sem a menor efetividade, o Brasil não conseguia imprimir velocidade e facilitava a marcação do frágil time da África do Sul, armado com duas linhas 4, no meio-campo e na defesa. Mesmo retrancados, foram os Bafana Bafana que tiveram a primeira chance do jogo, aos 11 minutos. O lateral-direito Gaxa tabelou e entrou na área em diagonal, mas chutou fraco e Diego Alves não teve dificuldades.
O Brasil só assustou os visitantes aos 16 minutos, numa falta cobrada por Neymar pela meia direita. O atacante do Santos cruzou na área e Dedé, em posição irregular, testou firme para a defesa de Khune. Diante da impotência da Seleção, a torcida começou a vaiar aos 22 minutos. Onze minutos depois, depois de uma jogada lentamente trabalhada, Rômulo arriscou de fora da área e forçou Khune a espalmar para o meio da área, mas ninguém conseguiu aproveitar o rebote.
A melhor chance do Brasil só veio aos 42 minutos, quando Neymar recebeu um lindo lançamento na área e pegou de primeira, mas parou no goleiro da África do Sul. Quando acabou o primeiro tempo, a torcida presente no Morumbi vaiou bastante a Seleção.
Brasil melhora um pouco depois de tomar sustos e consegue marcar
Na volta dos vestiários, o Brasil seguia na mesma letargia de antes. Para piorar, a África do Sul se animou e passou a sair para o jogo. Logo aos 3 minutos, Chabangu fez uma jogada individual pelo meio e soltou uma bomba de canhota. A bola passou tirando tinta do travessão de Diego Alves. No minuto seguinte, foi a vez de Parker fazer uma boa jogada pela ponta-direita e cruzar rasteiro para a área. Dedé conseguiu cortar, mas quase fez um gol contra.
A partir de então, o Brasil acordou para o jogo e passou a criar chances. Aos 10, Oscar puxou a jogada pelo meio e abriu na esquerda com Leandro Damião, que bateu cruzado. A bola acabou balançando a rede, mas pelo lado de fora.
Com 24 minutos, Neymar cobrou uma falta da lateral da área, pelo lado esquerdo, e forçou Khune a defender. Cinco minutos depois, a Seleção finalmente conseguiu marcar. Hulk, que entrou no lugar de Leandro Damião, fez um lançamento para David Luiz pela esquerda, junto à linha de fundo. O zagueiro chutou para o gol em cima de Khune, mas no rebote o próprio Hulk dominou e soltou uma bomba de pé esquerdo para estufar a rede e fazer a festa da torcida no Morumbi.
Pouco tempo depois, Hulk participou de uma nova jogada de perigo. Ele cruzou para Neymar, que se antecipou à zaga e cabeceou para mais uma defesa de Khune. No fim, com a África do Sul praticamente batida, o Brasil ainda criou mais algumas chances, mas nada que mexesse no placar.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 1 X 0 ÁFRICA DO SUL
Local: Morumbi, São Paulo (SP)
Data-hora: 7/9/2012 - 15h45h
Árbitro: Nestor Pitana (ARG)
Auxiliares: Diego Bonfa e Gustavo Rossi (ARG)
Cartões Amarelos: Dedé e Hulk (BRA), Chabangu Gaxa, Khune e Dikgacoi (AFS)
Cartão vermelho: nenhum
Público/Renda: 51.538 público total/ R$ 3.929.765,00
GOL: Hulk, aos 28'/2ºT (1-0)
BRASIL: Diego Alves, Daniel Alves, Dedé, David Luiz e Marcelo (Alex Sandro, aos 15'/2ºT); Rômulo (Paulinho, aos 18'/2ºT), Ramires, Oscar e Lucas (Jonas, aos 26'/2ºT); Neymar (Arouca, aos 44'/2ºT) e Leandro Damião (Hulk, aos 18'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.
ÁFRICA DO SUL: Khune, Gaxa, Sangweni, Khumano e Masenamela; Ndlovu (MacCarthy, aos 32'/1ºT e depois Parker, aos 42'/1ºT), Dikgacoi, Tshabalala e Furman (Mahlangu, aos 13'/2ºT); Serero e Chabangu (Letsholonyane, aos 10'/2ºT). Técnico: Gordon Igesund.
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