O Corinthians, bicampeão mundial, chegou a São Paulo pra, finalmente, comemorar a conquista com os torcedores. E a festa durou quase seis horas. Nos primeiros momentos do dia, eles já começavam a chegar.
“É uma coisa muito forte. Corinthians é tudo. Você vê o povo aí cedinho, cara larga emprego também”, disse um torcedor.
O avião posou às 6h59 no Aeroporto de Guarulhos. Alessandro puxou a fila carregando a taça. No pé da escada a primeira homenagem do governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Para evitar tumulto, um ônibus esperava pelo time na pista. Os jogadores não passaram pelo saguão de desembarque.
Às 8h05, o ônibus que trazia a delegação deixou a base aérea de São Paulo e os jogadores tiveram o primeiro contato com a torcida. Foi só o início de um dia de muita festa para os campeões mundiais.
A pé, torcedores corriam ao lado do ônibus que não parou. Ninguém se importou de esperar tanto tempo só pra vê-los passar.
“Eles vão saber que a gente esteve aqui e eu estou no meio da massa”, contou uma senhora.
O ônibus foi escoltado por batedores da Polícia Militar que pararam o transito no trajeto até a Avenida Tiradentes no centro de São Paulo.
O encontro com o prefeito da cidade Gilberto Kassab foi a última cerimonia oficial antes de os jogadores subirem no trio elétrico. Começava ali o carnaval corintiano.
“Até acabar o ano é festa pra nós”, afirmou um torcedor.
Avenida Tiradentes com jeito de sambódromo. A cavalaria abriu alas para o carro que trazia a principal alegoria corintiana. A taça, exibida com orgulho.
“Quero mais o que do ano? Presente de Natal, o mundial adiantado”, ressaltou um torcedor.
“Feliz por poder agora estar perto deles. A gente estava com saudades já. E bacana que foi dessa maneira”, ressaltou Fábio Santos, campeão mundial em 2005 e 2012.
“O amor que eles têm pelo clube e incrível. Dificilmente outro jogador vai passar o que a gente está passando hoje”, afirmou Chicão, zagueiro do Corinthians desde 2008.
O trecho de dois quilômetros foi percorrido em 1h45. O desfile terminou na Praça Campo de Bagatelle na zona norte da cidade, mas as homenagens continuaram.
De ônibus os jogadores seguiram para o Centro de Treinamento do clube onde havia nova concentração de torcedores. Mas, só funcionários podiam entrar.
Cinco horas e 29 minutos depois do pouso, a festa estava oficialmente encerrada. Mas houve tempo para um improviso. Emerson Sheik foi até a grade e ofereceu a taça para ser acariciada pelo povo.
Os poucos que tocaram o troféu representavam ali 30 milhões de torcedores. E há quem diga que são eles os maiores campeões.
“Não é um time que tem uma torcida, dizem isso. É uma torcida que tem um time”, disse um torcedor.
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