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sexta-feira, 22 de março de 2013

Brasil 2x2 Itália - Seleção larga na frente, mas mostra falhas e leva o empate da Azzurra



Não foi desta vez que Luiz Felipe Scolari triunfou desde seu retorno ao comando da Seleção. Também não foi desta vez que o Brasil quebrou o incômodo tabu de quatro anos sem vencer uma equipe de grande expressão com o time completo. Apesar de um primeiro tempo movimentado, com gols de Fred e Oscar, a equipe verde e amarela mostrou que ainda tem deficiências a serem corrigidas com urgência. Mais entrosada, a Itália de De Rossi e Balotelli - autores dos gols da segunda etapa - criou as melhores chances e arrancou um empate em 2 a 2 nesta quinta-feira (21), em Genebra.
Na próxima segunda, o Brasil terá um novo teste para tentar ajustar as falhas defensas e diminuir o número de erros. O desafio será contra a Rússia, em Stamford Bridge, em Londres, na Inglaterra. O jogo marcará ainda o retorno de Scolari ao estádio dos Blues, clube que comandou de julho de 2008 a fevereiro de 2009.
Seleção toma sustos, mas termina bem; golaço sela primeira etapa
A Seleção Brasileira entrou em campo defendendo uma invencibilidade de 31 anos contra os italianos. Apesar disso, o momento era de busca pela reafirmação. Confirmando a expectativa de um grande clássico, os times não decepcionaram. Logo no primeiro minuto, Júlio César precisou esticar o braço direito para jogar a bola para escanteio após chute fortíssimo de Giaccherini. Mas a resposta veio em seguida. Neymar recebeu e arrancou em diagonal. Desta vez, quem teve de espalmar para o lado foi o arqueiro Buffon.
Aos seis, De Roci lançou Balotelli no lado esquerdo. De dentro da área, o polêmico atacante chutou firme e Júlio César precisou fazer nova intervenção. Mas as boas chances para os dois lados não escondiam uma diferença nítida entre as duas equipes: enquanto a Itália encontrava espaços por onde o camisa 9 e seu companheiro Osvaldo insistentemente levavam perigo, o Brasil era lento na saída de bola, o que deixava Fred pouco participativo lá na frente. Aos 20, quem se viu livre para invadir área foi o lateral-direito Maggio, que recebeu lançamento de Pirlo e acabou travado por Filipe Luís.
Pressionado, o Brasil mostrou atitude. Hulk mudou seu posicionamento, passando a atuar pela esquerda, e não deixou de auxiliar a marcação quando a equipe não tinha a posse da bola. Aos 32, Filipe Luís cruzou, a bola desviou em Barzagli e sobrou para Fred, que só aguardava por uma chance. Da direita, o camisa 9 do Fluminense ficou live para completar no canto esquerdo do goleiro italiano. O gol fez o Brasil reassumir o controle, mas não demorou para que um erro na saída de bola desarrumasse a casa. Não fosse a defesa milagrosa de Júlio César aos 37, após chute de Balotelli, a alegria verde e amarela teria durado pouco.
Depois, Pirlo ainda tentou acertar o canto do guardião das redes brasileiras de canhota, mas a redonda saiu rente à trave. Para o desfecho da etapa inicial, uma jogada espetacular dos brasileiros estava reservada. O contra-ataque aos 41 minutos foi o ponto alto da partida para o time canarinho. Dando mostras da maestria de um grande time, Neymar partiu em velocidade pelo lado direito em contra-ataque, correu para o meio e prendeu todos os marcadores italianos. Dali, o camisa 11 só tocou para Oscar, livre, colocar no fundo das redes, no canto direito, e ampliar.
Azurra empata em 11 minutos e ritmo da partida cai 
Com El-Shaarawy e Cerci nos lugares de Osvaldo e Pirlo, a Itália voltou mais ofensiva para a segunda etapa. Mas o que fez a diferença em campo foi que o time de Cesare Prandelli concluiu melhor as chances que teve. Em apenas 11 minutos, o que era uma larga vantagem brasileira se transformou em empate, pondo um fim ao que seria a primeira vitória de Felipão desde seu retorno ao comando. Aos oito, El-Shaaraw parou em belíssima defesa de Júlio César, que desviou para escanteio. Na cobrança, veio o primeiro gol da Azzurra: De Rossi aproveitou cruzamento e desviou sem chances para o goleiro brasileiro.
Hulk protagonizou um lance inusitado aos 13, que levou a torcida verde e amarela ao desespero. O atacante recebeu de Neymar em contra-ataque e ficou de frente para a meta. No entanto, pisou na bola. Literalmente. Felizmente, o Brasil tinha Júlio César, até este momento o melhor brasileiro em campo. A intervenção do arqueiro aos 17 minutos, travando o chute a queima-roupa de Balotelli salvou a Seleção de mais um perigo. E a Itália só intensificou a pressão. Aos 30, Dante deu carrinho salvador no momento em que Balotelli recebia dentro da área para bater cruzado em direção às redes.
O panorama fez Felipão testar mudanças na equipe, que desde os 16 minutos já contava com Kaká no lugar de Oscar. Além dele, Diego Costa, Marcelo e, mais tarde, Jean assumiam as posições de Fred, Filipe Luís e Hulk. A movimentação do lateral-esquerdo ainda chegou perto de empolgar, mas a partida já não era mais a mesma de antes. O empate saiu justo para uma Azzurra que desperdiçou boas oportunidades e para um Brasil que ainda tem muito a melhorar até a Copa das Confederaçoes.
BRASIL 2 X 2 ITÁLIA
Local: Estádio de Genebra, em Genebra (SUI)
Data/Hora: 21/3/2013, às 16h30 (de Brasília)
Árbitro: Stephan Studer (SUI)
Auxiliares: Jean-Yves Wicht (SUI) e Sandro Pozzi (SUI)
Cartões amarelos: Fred, Filipe Luís (BRA); Maggio (ITA)
Gols: Fred, 32'/1ºT (1-0); Oscar, 40'/1ºT (2-0); De Rossi, 6'/2ºT (2-1)/ Balotelli, 8'/2ºT (2-2)
BRASIL: Júlio César, Dani Alves, David Luiz, Dante e Filipe Luís (Marcelo, 31'/2ºT); Fernando, Hernanes (Luiz Gustavo, 45'/2ºT) e Oscar (Kaká, 15'/2ºT); Hulk (Jean, 37'/2ºT), Neymar e Fred (Diego Costa, 23'/2ºT). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
ITÁLIA: Buffon, Maggio, Barzagli, Bonucci e De Sciglio (Antonelli, 27'/2ºT); De Rossi (Diamanti, 34'/2ºT), Pirlo (Cerci, intervalo), Montolivo e Giaccherini (Poli, 27'/2ºT); Balotelli (Gilardino, 38'/2ºT) e Osvaldo (El Shaarawy, intervalo). Técnico: Cesare Prandelli.

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