Tudo Sobre Futebol

Tudo Sobre Futebol
...

Páginas

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Atletas rejeitados por ex-times são receita de sucesso do Atlético-MG em 2013


Campeão mineiro no último domingo e nas quartas de final da Copa Libertadores, o Atlético-MG joga hoje o melhor futebol no Brasil. Mas engana-se quem pensa que apostas em nomes consagrados montaram esta equipe. Curiosamente, o segredo atleticano está em sua “espinha dorsal” formada essencialmente por jogadores que saíram de seus ex-clubes por baixo.
O atual time base atleticano é composto por Victor; Marcos Rocha, Rever, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho e Bernard; Jô e Diego Tardelli. Destes, apenas quatro (Victor, Marcos Rocha, Leandro e Bernard) não foram rejeitados em suas ex-equipes, os chamados refugos.
O zagueiro Leonardo Silva, de 33 anos, ganhou projeção nacional no Palmeiras. Mas, entre 2005 e 2009, não se firmou e acabou emprestado para cinco times diferentes. No último deles, o Cruzeiro, foi atrapalhado por grave lesão no joelho direito. Após disputar somente quatro jogos em 2010, foi adquirido pelo Atlético-MG em 2011 e se firmou.
Ao lado de Leonardo está Rever, revelado pelo Paulista de Jundiaí e com boa passagem no Grêmio. O defensor de 28 anos, porém, foi negociado com o alemão Wolfsburg e não agradou. Depois de entrar somente em uma partida, foi repatriado pelo clube mineiro e, após conquistar a confiança do treinador, se tornou capitão.
Na lateral esquerda, Richarlyson foi rejeitado pelo São Paulo no final de 2010, quando o clube anunciou que não renovaria seu contrato devido a comportamento violento. Já o volante Pierre foi pouco aproveitado por Luiz Felipe Scolari no Palmeiras entre 2010 e 2011. Ambos ganharam espaço com o técnico Cuca.


O atacante Jô não fazia sucesso em uma equipe desde que defendeu o CSKA Moscou, de 2005 a 2008. Vendido para o Manchester City, não empolgou e foi emprestado para Everton e Galatasaray. Repatriado pelo Internacional, colecionou problemas disciplinares e foi dispensado em maio de 2012. O Atlético-MG o contratou na sequência.
Diego Tardelli, por sua vez, já havia brilhado pelo time mineiro de 2009 a 2011. Mas a negociação com o russo Anzhi encerrou o bom momento. Sem sucesso, foi para o Al-Gharafa, do Catar, antes de ser retornar a Belo Horizonte.
Mas o caso mais emblemático talvez seja o de Ronaldinho. Após chegada polêmica ao Flamengo em 2011, quando negociou também com Palmeiras e Grêmio, o camisa 10 encerrou seu vínculo com os cariocas na Justiça pedindo R$ 40 milhões em salários e direitos atrasados. Visto com ressaltas, assinou contrato de apenas seis meses com o Atlético-MG e voltou a se encontrar em campo, comandando o time no vice-campeonato nacional do ano passado. Agradou, renovou até o fim de 2013 e agora é o maestro do time.
Na visão do ex-jogador Tostão, colunista da Folha de S. Paulo, o segredo deste Atlético-MG é jogar ao modo de Cuca. Que, por sinal, é bem diferente do estilo europeu.
“A equipe não possui um volante habilidoso que marca e ataca e nem se preocupa demais com a troca de passas e posse de bola. O Atlético utiliza muito os chutões e as jogadas aéreas. Cuca faz do seu jeito”, escreveu Tostão.
O Atlético-MG volta a campo nesta quinta. Contra o Tijuana, no México, começa a disputa por uma vaga nas semifinais da Libertadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário