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domingo, 28 de julho de 2013

Grêmio celebra 30 anos de seu primeiro título de Libertadores

“A Batalha de La Plata foi marcada pelo heroismo”. É desta forma que Fábio Koff, presidente do Grêmio , define um dos episódios mais importantes da Copa Libertadores de 1983. Foi após um empate com Independiente, da Argentina, que a equipe gaúcha garantiu sua vaga para a decisão. E há exatos 30 anos o clube conquistava seu primeiro troféu continental em cima do então campeão sul-americano e mundial Peñarol, do Uruguai.
Era uma época diferente. A Libertadores ainda não recebia tanta atenção dos time brasileiros e era dominada por argentinos e uruguaios. A técnica falava pouco, dando espaço para a catimba e a violência. Partidas eram definidas como verdadeiras batalhas, fama sustentada na mais importante competição da América do Sul até os dias de hoje. E o Grêmio transformou isso em sua obsessão para 1983.
“Montamos um projeto com o objetivo de vencer a Libertadores para ir a Tóquio disputar o Mundial. Fizemos disso uma obsessão e armamos uma equipe para enfrentar o futebol de imposição física que a Libertadores exigia naquele momento, mesclando com a juventude e a ambição das nossas categorias de base”, falou Koff, também presidente gremista 30 anos atrás, ao iG Esporte .
“Aquele grupo encarnou o espírito de luta que o momento exigia e com isso levantamos nossa primeira Copa Libertadores”, completou o dirigente.
A campanha na primeira fase foi tranquila. Tendo em seu grupo o Flamengo e os bolivianos Blooming e Bolivar, o Grêmio avançou com sobras à segunda etapa - foram cinco vitórias e um empate. E foi lá que a verdadeira Libertadores começou para a equipe gaúcha.
Era uma chave com três times. Além dos brasileiros, estavam na disputa o argentino Estudiantes e o colombiano América de Cali. Foram duas vitórias por 2 a 1 em Porto Alegre e uma derrota por 1 a 0 na Colômbia. Na Argentina, empate salvador por 3 a 3.
“A Batalha de La Plata foi marcante pelo heroísmo do time do Grêmio em suportar tamanha pressão e violência por parte dos argentinos”, disse Koff. “Depois do empate em La Plata, do jeito que foi, saímos de lá com a ideia de que seríamos campeões”, explicou Renato Gaúcho, atual treinador e principal nome do time naquela época.
Mas os gremistas teriam ainda que torcer contra o Estudiantes diante do América de Cali para terminar o grupo na primeira colocação e ir para a final. O que foi consumado depois de um empate por 0 a 0. “Foi o outro momento de grande apreensão”, resumiu o presidente.
Na decisão, o rival era nada menos que o Peñarol. Ou, como prefere dizer o mandatário tricolor, "o grande adversário a ser batido naqueles anos".
“O Peñarol era uma grande equipe e exercia muita pressão sobre os adversários, especialmente quando jogava em Montevideu. Um time que tinha Saralegui, Ramos, Morena, entre outros craques. Valorizou ainda mais aquele nosso primeiro título da Libertadores”, afirmou Koff. “Nos motivou mais porque era o campeão, apontado como favorito e um time com jogadores de seleção”, completou Renato.
Após um empate por 1 a 1 no mítico estádio Centenário, em Montevideu, o Grêmio venceu por 2 a 1 no Olímpico no dia 28 de julho de 1983. E, como não poderia ser diferente, a jogada que decretou números finais ao placar teve participação do craque da equipe.
Aos 31 minutos do segunto tempo, Renato cobrou lateral pela direita para Tarciso e recebeu de volta. Com pouco espaço, levantou a bola do chão e cruzou para a área. Cesar chegou de cabeça nas costas da defesa uruguaia e fez.
“A lembrança que não me sai da cabeça é o gol do Cesar. Aquela jogada somente os grandes jogadores fazem”, falou Renato para explicar o lance.
Como bem diz o nome da competição, o Grêmio estava libertado.
FICHA TÉCNICA - GRÊMIO 2 x 1 PEÑAROL
Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre 
Data: 28 de julho de 1983 
Público: 80.000 
Árbitro: Edison Perez (PER) 
Auxiliares:  Enrique Labo e Carlos Montalvan (PER) 
Cartão Amarelo: Paulo Roberto, Tita e Renato Portaluppi (Grêmio); Olivera, Saralegui e Fernando Morena (Peñarol) 
Cartões vermelhos: Renato Portaluppi (Grêmio) e Venâncio Ramos (Peñarol) 
Gols: Caio, aos 10 minutos do primeiro do tempo; Fernando Morena, aos 25 minutos, e César, aos 31 minutos do segundo tempo.
GRÊMIO:  Mazarópi; Paulo Roberto, Baidek, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (César) e Tarciso. Técnico: Valdir Espinosa.
PEÑAROL:  Fernandez; Montelongo, Olivera, Gutierrez e Diogo; Bossio, Salazar e Saralegui; Silva (Peirano), Morena e Ramos.  Técnico: Hugo Bagnullo.

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