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quarta-feira, 24 de julho de 2013

São Paulo repete erros de rivais Palmeiras e Corinthians antes de rebaixamento

Juvenal Juvêncio repete no São Paulo os mesmos erros que presidentes dos rivais Corinthians e Palmeiras cometeram em suas gestões nos anos que antecederam o rebaixamento de seus clubes no Campeonato Brasileiro. Alberto Dualib e Mustafá Contursi, após anos de desmando e disputas políticas, viram seus clubes caírem para a Série B. Juvenal, com seu jeito intempestivo, colocou o São Paulo numa condição inédita na sua história: são 10 jogos sem vencer, sete derrotas seguidas. E a ameaça da queda existe.
A primeira das coincidências entre a gestão de Juvenal Juvêncio com a de Alberto Dualib está na perpetuação no poder. Para tanto, Juvenal rompeu uma tradição são-paulina de rotatividade no cargo para rasgar o estatuto e estabelecer um novo mandato.
Juvenal já está há sete anos no comando do São Paulo - sua atual gestão vai até 2014. Com oito anos no poder, Juvenal será o terceiro dirigente a permanecer mais tempo no cargo - sem contar seu primeiro mandato, entre 1988 e 1990. Desde 1971 nenhum presidente fica mais de cinco anos na presidência do clube.  Dualib ficou 14 anos na presidência do Corinthians e Mustafá, 12 no Palmeiras. 
Tanto Corinthians como Palmeiras caíram depois de longos anos de permanência de um mesmo presidente. No São Paulo, Juvenal rompeu com antigos aliados (como Marco Aurélio Cunha) e passou a receber torcidas organizadas na sede do clube (algo comum nos tempos de Dualib e Mustafá em seus clubes). 
Outro erro que fez parte da rotina corintiana antes do rebaixamento e que o São Paulo tem repetido é troca de técnicos constante. Juvenal, em uma das suas entrevistas recentes, listou todos os técnicos corintianos entre 2003 e 2007 para justificar as mudanças que fez no comando do time do São Paulo desde 2009 (foram sete técnicos neste período).
Porém, o único treinador demitido pelo Corinthians depois de 2007, ano em que foi rebaixado no Brasileirão, foi Adilson Batista. Desde então, sem Dualib, a estabilidade foi a marca do rival, que teve apenas Mano Menezes, Adilson e Tite como técnico. A instabilidade dos treinadores no Corinthians acabou resultando em rebaixamento. 
Rogério Ceni, maior ídolo do São Paulo, disse que qualquer comentário sobre um possível rebaixamento do São Paulo neste Brasileirão é precoce por ainda restarem 30 rodadas em disputa. Mas a queda para a Série B é tema entre são-paulinos desde que a crise instaurada no Morumbi ganhou forma pela sequência ruim de resultados. 
Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente do São Paulo, avalia que o risco de rebaixamento pode fazer bem ao São Paulo. "Essa ameaça obriga o clube a fazer uma reflexão. Também tira qualquer possibilidade de acomodação do time. Durante a história, o São Paulo já passou por alguns momentos difíceis. Chegou, inclusive, a ficar algumas rodadas do Campeonato Brasileiro na zona do rebaixamento. Mas, em pouco tempo, o clube logo se restabeleceu”, disse Carlos Augustos de Barros e Silva, o Leco.

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