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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Valcke admite novos protestos e 'cancela' teto retrátil na Arena da Baixada

A onda de manifestações da população brasileira durante a disputa da Copa das Confederações, em junho, surpreendeu os integrantes da Fifa e do Comitê Organizador Local na época. Depois da experiência que teve durante o torneio deste ano, o secretário-geral da entidade máxima do futebol, Jerome Valcke, já admite a chance de novos protestos durante a Copa do Mundo, mas entende ser possível organizar o torneio sem grandes problemas.
"Este assunto fez parte da nossa conversa sobre tudo o que aconteceu na Copa das Confederações, da mesma forma que falamos da mobilidade urbana e do uso dos estádios. É impossível dizer que nada vai haver, porque podem acontecer manifestações, seja com maior ou menor (intensidade), mas o importante é que o COL, o Brasil e a Fifa organizaram a Copa das Confederações com isso e faremos o mesmo na Copa do Mundo", afirmou.
Os protestos ganharam força nas cidades que receberam os jogos em junho, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro (outros municípios também tiveram movimentos sociais, como São Paulo). Em várias ocasiões, houve confrontos entre ativistas e policiais nos arredores dos estádios, porque as ações tentavam se aproximar das arenas.
Mesmo assim, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, seguiu o discurso de Jerome Valcke e não viu grandes transtornos durante o torneio passado. Porém, talvez para tentar acalmar novas manifestações no Mundial, o político alertou para o número de empregos ligados ao evento.
"A segurança pública garantiu a integridade de todos, mesmo em meio a grandes manifestações que coincidiram com a realização desses jogos. A Copa é uma grande oportunidade para o Brasil e pode gerar 3,6 milhões de empregos, alguns já neste estádio (do Corinthians). Receberemos 600 mil turistas do mundo e 3 milhões de brasileiros circularão pelo País durante a Copa", argumentou.
O grande esforço da Fifa durante as Confederações era manter os protestos longe dos torcedores e, principalmente, das delegações das seleções participantes. Em meio à possibilidade de novos protestos, a Copa do Mundo será realizada entre 12 de junho e 13 de julho de 2014, nas seguintes cidades: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Arena da Baixada sem teto 
Depois de visitar a Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, durante a manhã desta segunda-feira, Jérôme Valcke viajou a Curitiba para vistoriar as obras da Arena da Baixada. O representante da Fifa mostrou otimismo em relação à conclusão do cronograma, mas fez um pedido: para evitar atrasos, o estádio do Atlético-PR não terá o teto retrátil, que seria novidade para o futebol brasileiro.
Nesta segunda-feira, o clube paranaense anunciou que 75% das obras de seu estádio já estão concluídas, confirmando o andamento de acordo com o cronograma. De acordo com a previsão da Fifa, a Arena da Baixada deve estar pronta em dezembro, mas o teto retrátil poderia atrasar o projeto. Em entrevista coletiva, Jérome Valcke elogiou os diálogos que teve com os representantes do clube e da cidade que sediará a Copa do Mundo em 2014.
"Tivemos algumas dúvidas depois da Copa das Confederações. Fizemos um pedido para adiar a construção do teto retrátil para que o estádio fique pronto para a Copa. Baseado nisso, posso dizer que o estádio ficará pronto dentro do prazo. Depois das reuniões que tivemos com todas as partes, alcançamos os objetivos para que Curitiba fique pronta para receber os jogos da Copa do Mundo", disse o secretário-geral da Fifa.
Jérome Valcke ainda usou o exemplo da última edição do Mundial, realizado em 2010 na África do Sul, para mostrar a confiança da Fifa com relação ao andamento das obras nos estádios brasileiros. "Um ano antes da Copa da África, nem tudo estava pronto, com exceção dos cinco estádios da Copa das Confederações. Em todos os países anfitriões, apenas os que já tinham estádios prontos estavam mais avançados", concluiu.

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