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sábado, 12 de abril de 2014

Aceito pela torcida do São Paulo, Pato acha graça de canto sobre Corinthians

A relação da principal torcida organizada do São Paulo com Alexandre Pato mudou. Em dois meses, os cantos ofensivos da época da troca com o Corinthians deram lugar a uma provocação ao clube rival. "Ô, ô, ô, deixou de ser galinha pra jogar no Tricolor", entoaram os torcedores, durante a partida de quarta-feira, contra o CSA, a primeira do atacante com a camisa tricolor no Morumbi.
"No aquecimento, começaram a gritar o nome de todos, e eu pensei 'Será que vão gritar o meu também?' Foi indo, foi indo, e achei que não iam gritar. Quando veio aquela música, foi muito engraçado. Quando escutei todo o estádio cantando, me deu aquele arrepio. Foi legal, adorei a música deles", disse o jogador, nesta sexta-feira, dois dias após ter feito - e comemorado de forma efusiva - também seu primeiro gol pelo clube.
"Quando fiz o gol, teve toda aquela vibração, porque fiquei muito tempo sem jogar, e minha família estava no estádio. Recebi carinho do torcedor desde o começo. Quando fiz o gol, aconteceu aquilo, e vibrei porque parecia meu primeiro gol na carreira", justificou. "Hoje estou mais leve, porque fazer um gol dentro do Morumbi, com 30 mil pessoas no estádio, e ter o nome gritado é sempre especial".
Em 6 de fevereiro, dia em que foi revelada a negociação entre os rivais, com o meia Jadson indo para o Corinthians, a principal organizada são-paulina se mostrou contrária à troca. "Pato é o c..." e "Diretoria, vai se ferrar! Trazer o Pato é dar dinheiro ao gambá" foram os cantos entoados pelos torcedores no decorrer do confronto com o Paulista. Na ocasião, eles reataram com Luis Fabiano e voltaram a gritar o nome do centroavante, com a intenção de reforçar que Pato não seria bem-vindo.
Pouco mais de dois meses depois, período em que o ex-corintiano mostrou dedicação nos treinamentos e só recebeu elogios da comissão técnica de Muricy Ramalho, a recepção foi completamente oposta da que se previa, porém. "Tento me esforçar ao máximo, correr, para que eles possam ter outra opinião. Tudo aquilo mudou, tudo aquilo pode ser mudado. Só depende de mim dentro de campo", opinou o camisa 11, evidentemente feliz com o apoio recebido dos 28.742 pagantes de quarta-feira (público recorde do estádio na temporada) e o grito da torcida.
A música de provocação ao Corinthians, a propósito, foi exatamente a mesma usada em 2002, quando o meia Ricardinho, atualmente treinador, trocou o Parque São Jorge pelo Morumbi. Pato, entretanto, espera que sua história no São Paulo seja diferente da que Ricardinho construiu em dois anos, ao se transferir para o Middlesbrough, da Inglaterra, depois de não convencer em campo.
"Vou me dedicar cada vez mais para levar esse sorriso a todo torcedor são-paulino", prometeu o atacante, cujo empréstimo acertado com o Corinthians se encerra em dezembro de 2015. Entretanto, a história de Pato no clube pode ser interrompida antes mesmo desa data. Conforme o contrato assinado em fevereiro, caso o Corinthians receba proposta de 15 milhões de euros (valor pago para tirá-lo do Milan), o São Paulo tem obrigação de aumentar a oferta ou deixá-lo sair, com a recompensa de um percentual da venda. 
Pato espera vida longa no time tricolor e conta também com a diretoria para isso. "Espero jogar muito pelo São Paulo ainda, mas depende também da diretoria não só daqui, como da outra parte. Meu trabalho é tentar fazer o máximo para conseguir gols e títulos", disse. 

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