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quarta-feira, 9 de maio de 2012

14 anos depois Juninho volta a Argentina.


Juninho no viene? Esta pergunta, com uma mistura de preocupação e curiosidade, foi feita por rivais do Vasco à em todos os jogos fora de casa pela Copa Santander Libertadores: no Paraguai, no Peru e no Uruguai. Mas a resposta positiva, sobre a presença dele na delegação foi dada justamente no país em que Juninho Pernambucano é mais temido. 


Na Argentina, em 1998, com uma cobrança de falta monumental, marcou seu nome na História do Cruz-Maltino e virou um carrasco dos hermanos.

Pela Copa Libertadores, o Reizinho da Colina não havia mais pisado em solo argentino. Voltou a respirar esses bons ares nos últimos dias. Seria o suficiente para também reviver aquele momento único e, desta vez, calar La Fortaleza? O Vasco enfrenta o Lanús, nesta quarta-feira, às 22h, com transmissão em tempo real valendo uma vaga nas quartas de final da competição sul-americana.


Diário de viagem: 'Juninho ainda é temido por aqui'
De torcedores a jornalistas argentinos, é só perguntar qual jogador do Vasco é mais conhecido.


– Conheço Juninho. Fez um golaço aqui, contra o meu River. Ele ainda cobra falta daquele jeito? – perguntou Héctor Mendez, taxista há quase 40 anos e torcedor fanático do River Plate.


Quando saiu de campo como herói, em 1998, contra o River, o Reizinho ainda não se dava conta de que, mesmo anos e anos depois, aquele gol ainda seria lembrado com muito carinho pelos vascaínos e com muito temor pelos rivais. Mas ainda é. E como é, Juninho..


– Sempre que encontro torcedor do Vasco, a maioria agradece por aquele momento. Nunca imaginei que se tornaria tão marcante aquele gol. Foi importante, sou grato por ter entrado para a história e espero ter mais a dar ao Vasco – disse Juninho, à VascoTV.


Mudança na equipe titular
Apesar de ter dito no início da semana que iria manter o time que enfrentou o Lanús no primeiro jogo das oitavas, Cristovão Borges estudou o adversário e pode fazer uma ou outra mudança. A informação foi dada através da assessoria de imprensa do clube, a pedido do próprio treinador.


Com isso, há a possibilidade de mudanças no meio e Juninho pode até começar no banco. Mas vale lembrar que, em 1998, ele também não começou entre os 11, mas entrou no segundo tempo para garantir a classificação.


Naquela época, Juninho vinha sendo reserva por ter passado por uma cirurgia no púbis.



TÚNEL DO TEMPO
Suado, sofrido, emocionante, heróico. E mais importante, com final feliz. O Vaco está na final da Taça Libertadores pela primeira vez em sua história. O empate em 1 a 1 com o River Plate, em Buenos Aires, tem tudo para fazer o centenário do clube inesquecível. O gol de Juninho, aos 37 minutos do segundo tempo, calou o Monumental de Nuñez.

Com Gallardo livre de marcação e Solari em noite inspirada, o River chegou ao primeiro gol. E justamente através de seus dois melhores jogadores na partida. Gallardo cobrou uma falta sofrida na ponta esquerda e Sorín, livre de marcação, desviou de cabeça, sem chance de defesa para Carlos Germano.

Quem não faz... O River voltou para o segundo tempo pressionando ainda mais. Criou várias chances claras de gol. Mas errava nas conclusões. Sorte do Vasco. A história do jogo começou a mudar aos 13 minutos do segundo tempo, quando o iluminado Juninho entrou no lugar do gripado Luizão.

E quando a pressão do time argentino era sufocante, o pé direito de Juninho colocou o Vasco pela primeira vez na final da Libertadores. Um golaço de falta. E um verdadeiro remédio para os corações vascaínos.

Solari ainda cabeceou uma bola na trave de Carlos Germano no último minuto. A noite era vascaína. E o centenário está mais alegre do que nunca.

 

FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE 1 X 1 VASCO

Data: 22/7/1998
Local: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (ARG)
Árbitro: Guido Aros (CHI)
Cartões amarelos: Escudero (RIV); Carlos Germano, Odvan, Nasa e Ramon (VAS)
Cartões vermelhos: -
Gols: Sorín 26'/1ºT (1-0) e Juninho 37'/2ºT (1-1)

RIVER PLATE: Burgos, Hernan Días, Ayala (Sarabia 26'/1ºT), Berrizo e Sorín; Escudero (Monteserat 30'/2ºT), Astrada, Solari e Gallardo; Pizzi (Rambert 22'/2ºT) e Angel - Técnico: Ramón Diaz.

VASCO: Carlos Germano, Válber, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho, Nasa, Ramon (Alex 39'/2ºT) e Pedrinho (Vagner 28'/2ºT); Luizão (Juninho 13'/2ºT) e Donizete - Técnico: Antônio Lopes.


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COM A PALAVRA
Carlão, massagista do Vasco há 22 anos

"Ele não tinha ideia da repercussão que teria"


"Juninho, naquela época, já tinha uma função de liderança. Um cara tranquilo, tanto é que não tinha ideia da repercussão que aquele gol teria. Há pouco tempo que foi ter essa noção. Parte do grande respeito que ele tem dos outros jogadores também é devido ao gol que ele fez aqui.
O ambiente de hoje é bem parecido com o daquela época. O grupo também. Mas em 1998, tinham jogadores que se destacavam mais pela individualidade. Mas vejo muita coisa parecida."


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COM A PALAVRA
Martín Belarga, jornalista do "Olé"

"Ficou uma recordação bem amarga"
"Juninho é conhecido, as pessoas sabem da trajetória dele no futebol. Ele disputou um Mundial e é muito respeitado.


Foi uma derrota muito dolorida. Era uma semifinal e aquela equipe tinha como ser campeã da Libertadores. Era uma partida em que estava ganhando e perdendo muitas chances. Foi terrível. A torcida do River não tem sentimentos ruins em relação ao Juninho, mas ficou uma recordação bem amarga. Foi um chute terrível para os torcedores."

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