Vencer a melhor equipe, até então, na Libertadores, aguardar uma combinação de resultados e fazer as contas do saldo de gols: parecia missão impossível o São Paulo se classificar para as oitavas de final. Mas deu certo. O Tricolor recebeu o Galo num Morumbi lotado, que assistiu aos gols de Rogério Ceni, de pênalti, e Ademílson, e contou com a vitória do Arsenal de Sarandí frente ao The Strongest em confronto simultâneo na Argentina.
As duas equipes brasileiras também deverão se enfrentar na próxima fase da competição internacional, contudo, têm ainda compromissos em seus respectivos estaduais. O São Paulo encara o Mogi Mirim, na casa do adversário, no domingo, enquanto o Atlético recebe o Vila-Nova, no Mineirão.
Não é final, mas é decisão de Libertadores
Para passar as oitavas de final, o São Paulo dependia também do resultado de The Strongest e Arsenal de Sarandí, contudo, era necessário, primeiramente, garantir o resultado diante da melhor equipe na competição, o Atlético-MG. Quando a bola rolou, não faltou vontade do Tricolor em vencer.
O São Paulo iniciou a partida pressionando o Galo e, embora tenha chegado bem aos 5 minutos com Osvaldo, era pouco eficiente nos ataques. Já o Atlético buscava o contragolpe com seu poderio ofensivo comandado por Ronaldinho Gaúcho, contudo, era barrado pela dupla de volantes Wellington e Denilson.
Ainda no início, aos 10, o árbitro viu a necessidade em acomodar os ânimos, já que os times aguerridos deixavam a partida bem pegada. Richarlyson, pelo lado do Galo, foi amarelado. Ainda assim, a empolgação se manteve, o São Paulo buscava mais o gol, mas não criava chances claras, parando na boa defesa atleticana, em que Réver se destacava.
Já na casa dos vinte, a torcida tricolor comemorou gol. Não do São Paulo, mas do Arsenal de Sarandí. A equipe argentina estava então vencendo o The Strongest, resultado favorável às pretensões são-paulinas.
Logo no fim, mais faltas e cartões, contudo, poucas intervenções dos times para abrir o placar. Aos 43 e aos 45, amarelos, respectivamente, para Paulo Henrique Ganso e Rafael Toloi, em faltas que resultaram nas melhores chances do Atlético na primeira etapa. Aos 46, cartão-amarelo para Pierre.
Futebol vistoso é bom, mas raça é fundamental
Embora o relógio tenha parado, os mais de 50 mil torcedores presentes sequer repararam que as duas equipes foram para o vestiário, visto que na segunda etapa o ânimo era o mesmo da primeira. O Atlético se mantinha firme, mostrando que não era à toa sua ótima campanha na competição, enquanto o São Paulo parecia crer em cada segundo da partida.
Aos 4, o Galo tomou seu primeiro grande susto: Carleto, numa tentativa de cruzamento, mandou no ângulo direito de Victor. Mas, só aos 11 é que o Tricolor foi efetivo em suas tentativas. Rogério Ceni, que disputa sua última Libertadores, foi quem aliviou a tensão da torcida são-paulina. Em pênalti sofrido por Aloísio, o Mito abriu o placar no Morumbi.
Imediatamente, Cuca trocou Serginho por Neto Berola. E poucos minutos depois, mais um gol do Arsenal. A essa altura do jogo, cabia ao Atlético ousar, pois sua boa situação na competição permitia tal atitude e o empate derrubaria o adversário na competição. Enquanto o São Paulo precisava fechar espaços e lutar para manter o resultado.
Já na metade da segundo parte, o Galo era mais ofensivo e exposto em campo. Ney Franco, criticado pela campanha na Libertadores, optou então por dar velocidade ao time, sendo cuidadoso a marcação. Aos 32 e 35, Aloísio e Paulo Miranda deram, respectivamente, lugar a Ademilson e Rodrigo Caio.
E funcionou. Num contra-ataque, a triangulação Ganso-Osvaldo-Ademilson ampliou o placar para o São Paulo. O jovem atacante entrou em campo apenas para, aos 36, marcar, pois logo no fim, contundido, foi substituído por Fabrício.
Anterior a isso, Osvaldo levou amarelo aos 24 e Leandro Donizete deu lugar a Guilherme, aos 33. A partir daí, já na casa dos quarenta, o São Paulo, com o pé na classificação, tocou a bola e apenas aguardou o apito final. Feito isso, o Tricolor, agora renovado para segunda-fase da competição, venceu o Galo, que agora não é mais invicto nessa edição da Libertadores.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 2 X 0 ATLÉTICO-MG
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 17/4/2013, às 22h (horário de Brasília)
Árbitro: Wílton Sampaio (GO-Fifa)
Assistentes: Kléber Lúcio Gil (SC-Fifa) e Rodrigo Correa (RJ-Fifa)
Renda e público: R$ 1.961.516,00 / 50.403 pagantes
Cartões amarelos: Rafael Toloi, Denilson, Paulo Henrique Ganso e Osvaldo (SPO); Richarlyson, Leonardo Silva e Pierre (CAM)
Cartão vermelho: -
GOLS: Rogério Ceni, aos 11'/2ºT (1-0) e Ademilson, aos 36'/2ºT (2-0)
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Paulo Miranda (Rodrigo Caio, aos 35'/2ºT), Lúcio, Rafael Toloi e Carleto; Wellington, Denilson e Ganso; Douglas, Osvaldo e Aloísio (Ademilson - 32'/2ºT) (Fabrício - 44'/2ºT). Técnico: Ney Franco.
ATLÉTICO-MG: Victor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre, Leandro Donizete (Guilherme - 33'/2ºT), Serginho (Neto Berola - 12'/2ºT) e Ronaldinho Gaúcho; Luan (Alecsandro - intervalo) e Jô. Técnico: Cuca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário