Tudo Sobre Futebol

Tudo Sobre Futebol
...

Páginas

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Juvenal cita Corinthians para explicar má fase do São Paulo e se enrola


As entrevistas do de Juvenal Juvêncio costumam ser uma atração à parte. E o presidente do São Paulo roubou a cena novamente na apresentação de Paulo Autuori como treinador do clube na última quinta-feira. Ao tentar explicar a má fase vivida pela equipe do Morumbi, o dirigente disse ter convicção de que o problema não é administrativo e usou até o arquirrival Corinthians para justificar o excesso de mudança de técnicos nos últimos anos. Mas se enrolou.
"Em 2003, o Geninho foi contratado pelo Corinthians e ficou nove meses. Na sequência, o Júnior ficou dez dias. Técnico de futebol de time grande. Juninho Fonseca, quatro meses. Tite, dez meses. Passarela, dez meses. Márcio Bittencourt, quatro meses. Antônio Lopes, cinco meses. Ademar Braga, três meses. Geninho de novo, três meses. Leão, nove meses. Carpegiani, cinco meses. Zé Augusto, um mês. Nelsinho, três meses. Daí o Mano veio e ficou dois anos e meio. Adilson Batista, que passou por aqui e foi muito criticado, três meses. Agora está o Tite com o mesmo período que ficou o Muricy", disse o dirigente.
Juvêncio só esqueceu de citar que o único treinador demitido pelo Corinthians depois de 2007, ano em que foi rebaixado no Brasileirão, foi Adilson. Desde então, com a saída de Alberto Dualib do poder e a chegada da gestão Andrés Sanchez – sucedido por Mário Gobbi –, a estabilidade foi a marca do rival.
Autuori será o sétimo treinador a passar pelo Sâo Paulo em quatro anos. Antes dele, e depois de Muricy Ramalho, foram contratados Ricardo Gomes, Sergio Baresi, Paulo Cesar Carpegiani, Adilson Batista, Emerson Leão e Ney Franco.
"Se tivesse explicação matemática, você eliminaria o futebol porque iria para a aritmética. O São Paulo trocou bastante de técnico. Mas não foi pioneiro nisso. Você não pesquisou as outras equipes para saber quantos técnicos foram trocados. O São Paulo trocou a equipe e estava indo bem. Chegamos à final do Paulista e tivemos expulsão. Na Libertadores, também tivemos a peripécia com o Atlético-MG. E mantivemos a Sul-Americana, que foi importante. Começamos bem o Nacional desse ano, depois começamos a cair. Estamos vivendo as peripécias do futebol. Quando ganhamos três títulos do Brasileiro seguidos, essas indagações não apareceram. E nem tinham que aparecer. O nosso esforço era no sentido de ter uma equipe competitiva com técnico competente", falou Juvenal.
O problema foi montar essa equipe competitiva. Mesmo se vangloriando por ter reformulado todo o elenco são-paulino nos últimos dois anos, o time não embalou. E, se contradizendo, desta vez disse que a matemática explicava.
“Eu dizia que o problema não era técnico e sim do plantel que estava mal. O plantel tinha cansado. No futebol tem o estresse. Cansa músculo, cansa osso. Não parece, mas o atleta sente um desconforto. Eu estou falando de estatística. A gente não gosta nem desgosta de estatística. É uma informação matemática", afirmou o mandatário do São Paulo.
Questionado, então, se o problema do clube do Morumbi não estaria na diretoria, Juvêncio rebateu. Porém perdeu o foco no meio de sua argumentação.
"Por que seria problema administrativo? Time mal, diretoria mal? Será? Temos um vice que é empresário de alta gestão (João Paulo de Jesus Lopes), um capitão de indústria (apontando para Adalberto Baptista, diretor de futebol) e eu, mais modesto. Pode perguntar para qualquer jogador se há descontentamento com a diretoria. Presidente é igual com todos. Do Rogério Ceni ao anônimo. Pode perguntar se o presidente pune quando tem de punir. Se eles chamam o presidente para fazer palestra quando a coisa não está boa. Se eles clamam pela presença do presidente aqui na Barra Funda. Se a presidência faz com que o salário seja pago no dia. Se o bicho é pago no vestiário. Se eles ficam no melhor hotel. Se o transporte é 90% via aérea. Se o campo de treinamento, equipe técnica, a fisiologia, o Reffis, o CT de Cotia, são bons. Onde estaria a gerência negativa da administração? Temos de procurar o outro lado. Esse presidente é passageiro e vai embora logo. Alguns ficarão satisfeitos. E eu vou louvar esses poucos. Porque o mundo não é feito de iguais", explicou o presidente.
Para encerrar, Juvenal falou que não sabe se Autuori terá sucesso em sua segunda passagem pelo São Paulo, mas elogiou o treinador, a quem vinha tentando contratar há um tempo.
“Fizemos alguns convites para o Paulo assumir o futebol do São Paulo anteriormente. Talvez se ele pudesse ter aceito naquelas oportunidades eu não talvez tivesse sofrido tanta crítica com relação à substituição permanente de técnicos. Não sei se o Paulo vai ter êxito. É sério, um profissional com conhecimento específico sobre o produto que vai dirigir. Oxalá ele tenha isso", disse Juvêncio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário