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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Libertadores do Atlético-MG e rivalidade 'obrigam' Cruzeiro a ganhar Brasileirão

Campeão da Copa Libertadores e líder isolado do Brasileirão . O futebol mineiro vai bem em 2013. Rivais a ponto de dirigente de um não falar o nome do outro, Atlético-MG e Cruzeiro dão o exemplo de como a disputa acirrada pode ser benéfica para os clubes: se um conquista um título de expressão, se torna quase que obrigatório para o outro fazer o mesmo.
“Um faz com que o outro também tenha que se fortalecer. Não é só lá. É Gre-Nal, Fla-Flu, Corinthians e Palmeiras, São Paulo e Santos”, afirmou Cuca, técnico do Atlético-MG e que também já trabalhou no Cruzeiro.
“Quando um grande está ruim, você se conforta com a dor dele. Agora, quando está bem, você tem que correr atrás. E tomara que seja sempre assim”, completou o treinador.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, porém, como há mais de dois clubes grandes, não há tamanha pressão como ocorre em Minas Gerais, onde a cidade é praticamente dividida entre o azul cruzeirense e o alvinegro atleticano. E o citado conforto quando o rival vai mal é exatamente o oposto do que ocorre neste ano.
O Atlético-MG conquistou a Libertadores, maior obsessão entre os times brasileiros na atualidade e seu primeiro troféu de expressão em 42 anos. Desde o Brasileirão de 1971, o clube só havia levantado taças estaduais e continentais menores, como a Copa Conmebol em 1992 e 1997.
O título é fruto da gestão Alexandre Kalil, que assumiu a presidência no final de 2008 e vem investindo pesado no futebol atleticano. A dívida diminuiu, enquanto o patrimônio foi valorizado. Jogadores de peso como Victor, Réver, Ronaldinho Gaúcho, Jô e Diego Tardelli se somaram à revelação Bernard e passaram a fazer parte da equipe que conduziu o clube à maior conquista de sua história.
Vendo o arquirrival se destacar nesta temporada, o Cruzeiro não poderia ficar parado. Ganhar algo em 2013 se tornou questão de honra para a metade azul de Belo Horizonte.
Após campanhas apagadas nos últimos dois anos, com direito a quase rebaixamento à Série B em 2011, o clube contratou para esta temporada nomes como Júlio Baptista e Willian, que se juntaram a Dagoberto, Borges e Dedé, também recém-chegados à Toca da Raposa.
“Do outro time eu não falo. Só falo do Cruzeiro. Fizemos um trabalho de sucesso aqui”, disse Alexandre Mattos, diretor de futebol cruzeirense, sem admitir que a fase atleticana tenha influenciado no investimento para o restante do ano.
O resultado, pelo menos a curto prazo, é a liderança isolada do Brasileirão. Dez anos depois de sua última conquista, o time celeste possui 50 pontos em 23 rodadas, oito a mais que o vice Botafogo e 18 na frente do Atlético-MG.
Matemáticos já dão como certa a classificação cruzeirense para a Libertadores do ano que vem e apontam em 85% as chances de título nacional. Já os alvinegros estão mais preocupados com o Bayern de Munique, possível adversário na final do Mundial de Clubes em dezembro, no Marrocos.

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