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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Thiago Ribeiro diz que goleada para o Barcelona foi maior saia justa da carreira

A estreia pelo Santos não poderia ter sido pior. Não porque tenha abusado dos dribles errados ou desperdiçado alguma chance clara de gol. Longe disso. Na verdade, Thiago Ribeiro praticamente não encostou na bola durante a partida do dia 2 de agosto. Nem ele, nem o restante do time, que foi dominado pelo Barcelona em amistoso realizado no Camp Nou e saiu de campo goleado por 8 a 0 . Foi a terceira pior derrota do clube na história e a maior saia justa que o atacante já viveu no futebol. 
"Foi a maior goleada que já sofri na carreira", disse Thiago Ribeiro. "Perder de quatro, cinco já é complicado. Imagina então tomar oito gols? Mesmo sendo o Barcelona, melhor time do mundo na minha opinião, isso é algo inaceitável. Por mais que tenha sido um amistoso, foi uma derrota de grande proporção e muito ruim para o clube, para a comissão técnica e para os jogadores. Para todo mundo. Mas aconteceu e serviu para a gente se motivar a dar a volta por cima."
A turbulência poderia ter ficado ainda maior caso o Santos levasse a pior no clássico contra o Corinthians na Vila Belmiro pelo Brasileirão, compromisso seguinte à goleada para o Barcelona. "Se perdêssemos, entraríamos em uma crise muito grande. Então, entramos em campo e demos a vida naquela partida. Empatamos em 1 a 1, mas dominamos e tivemos a chance de vencer. Após aquilo, a situação mudou e a gente evoluiu. Conseguimos emplacar uma série de vitórias para amenizar o clima", lembrou.
Além do placar histórico, o amistoso com o Barcelona na Espanha ficou marcado pelo reencontro do Santos com Neymar, que se despediu do clube no final de maio, antes da disputa da Copa das Confederações. Por isso, Thiago Ribeiro lamenta não ter chegado à Vila Belmiro antes. Ele admitiu que recebeu sondagem em janeiro, mas que o Cagliari, equipe da Itália que o atacante defendia na época, não queria liberá-lo. O acerto acabou se concretizando apenas em julho.
"Teria sido muito legal", afirmou Thiago, referindo-se à experiência de ter Neymar como companheiro no ataque. "Ele é um grande jogador. Atuar ao lado de gente como ele é gratificante para qualquer um. Mas o Neymar está no caminho certo lá no Barcelona. Não chegamos a jogar juntos, mas tenho carinho por ele."
Referência no Santos
Aos 27 anos e titular absoluto, Thiago Ribeiro é uma das referências em um elenco recheado de jovens atletas comandados por Claudinei Oliveira. Especialmente no ataque, que conta com Gabriel, Giva e Neílton, atletas que ainda não passaram dos 20 anos. Ele diz existir uma troca de aprendizado na convivência diária entre experientes e novatos e não vê a idade como algo que diferencie o grau de importância dos membros do grupo.
"Acredito que isso não existe mais no futebol. Os garotos têm de chegar ao profissional já sabendo da responsabilidade que carregam. No Santos mesmo, o Neymar exercia um papel de líder mesmo sendo muito jovem. Acho que hoje os garotos têm mais experiência do que alguém de 25 ou 26 anos tinha no passado. O futebol mudou muito nesse sentido", julgou Thiago.

Relação com São Paulo e Muricy Ramalho
A carreira de Thiago Ribeiro começou a ganhar destaque no São Paulo. Lançado em alguns jogos por Paulo Autuori em 2005, virou titular do time com Muricy Ramalho no ano seguinte. Naturalmente, tem carinho pelo clube do Morumbi e nem tenta esconder isso. Mas não nutre nenhum tipo de torcida na briga que ambos travam nos dias de hoje contra o rebaixamento.
"Foi o clube que apostou em mim. Devo muito e sou eternamente grato ao São Paulo. Tenho amigos lá até hoje. Comissão técnica, Milton Cruz, Rogério Ceni, departamento médico, todo esse pessoal já estava lá na minha época. Quando se tem amizade, cria-se carinho. Mas hoje eu sou jogador do Santos. Eles vivem um momento complicado, mas isso é algo que foge do meu alcance. Quem tem de tirar o São Paulo desta situação são os jogadores de lá. Eu me preocupo apenas com o Santos", declarou o atacante.
A lembrança do início da carreira não faz Thiago Ribeiro nutrir carinho apenas pelo São Paulo. O mesmo acontece com Muricy Ramalho, técnico com quem ele admite ter aprendido muito. "Ele sempre me cobrava muito, até por saber do meu potencial. Conversava bastante comigo para não deixar a fama e o sucesso me subirem à cabeça. Minha família sempre falou disso comigo, mas ele também mostrava preocupação", contou o hoje santista.

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