Wilson Palacios conseguiu na sua carreira um feito que poucos jogadores de Honduras alcançam na Europa. Está há seis anos atuando no Campeonato Inglês com passagens por Birmingham, Wigan, Tottenham e Stoke City, seu clube atual. Agora, aos 29 anos e às vésperas de jogar sua segunda Copa do Mundo, o volante valoriza a experiência que conquistou nesse período na Inglaterra, mas sonha mesmo é em transformar essa bagagem na liderança que sua seleção precisa para surpreender no grupo e do Mundial.
"Eu gosto de jogar na Europa, mas acho que a equipe nacional é mais importante para todos os hondurenhos", disse ao site oficial da Fifa. "Estou ansioso para representar Honduras no segundo Mundial consecutivo. Jogar pela seleção é o auge do futebol na minha opinião", disse o meia, que em junho disputará o seu segundo Mundial consecutivo.
Desde 2008, quando chegou à Inglaterra, Palacios jogou 184 partidas. Conviveu com lesões principalmente no Tottenham, mas no Stoke, apesar da reserva, tem sido importante para a campanha sólida da equipe que conseguiu se manter na primeira divisão inglesa por mais uma temporada.
Na Copa de 2010, num grupo com Espanha, Chile e Suíça, os hondurenhos deixaram a competição com duas derrotas para espanhóis (2 a 0) e chilenos (1 a 0) e um empate sem gols com os suíços. Agora, novamente com a Suíça pela frente, além de França e Equador, os hondurenhos sonham com um gol, e quem sabe, com uma classificação.
"Temos condições de surpreender de mostrarmos a mesma disposição das eliminatórias. E não vejo razão para não jogarmos da mesma forma no Brasil", disse Palacios. A estreia de Honduras será contra a França, dia 15 de junho, em Porto Alegre. Depois enfrenta o Equador em Curitiba, dia 20, e encerra sua participação na primeira fase contra a Suíça, dia 25, em Manaus.
Palacios se lembra da partida que selou a vinda de Honduras para o Brasil contra o México no estádio Azteca para valorizar o desempenho de alguns colegas, caso de Jerry Bengtson, de 27 anos, atacante que marcou nove gols em 12 jogos das eliminatórias, um deles na virada por 2 a 1 contra os mexicanos fora de casa.
"Ele segue amadurecendo a cada jogo que disputa, e é frio feito gelo. A seleção precisava de alguém como ele, capaz de marcar gols decisivos", diz Palacios. Bengtson defende o New England Revolution, da MLS, e que marcou três gols em quatro jogos de Honduras nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
O técnico de Honduras, o colombiano Luis Fernando Suárez, tem um artilheiro para apostar suas fichas, mas tem em Palacios o nome para ser o líder do time dentro do campo. "Precisamos dele por toda a sua experiência numa das ligas mais fortes do mundo e por respeitar muito a camisa de Honduras. Esperamos fazer um bom papel no Mundial", disse Suárez.
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