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terça-feira, 10 de março de 2015

Bom Senso detona proposta de fair play financeiro da CBF

José Maria Marin é o atual presidente da CBF
A implementação do fair play financeiro feito pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para o Campeonato Brasileiro de 2015, segue dando polêmica. Depois de o senador Romário (PSB-RJ) ter chamado a iniciativa de "deboche", Ricardo Martins, diretor do Bom Senso F.C., também criticou a medida adotada pela entidade.
"É uma tentativa da CBF de sinalizar ao Governo Federal que agora se preocupa mais (com o futebol). Se ela se preocupasse de fato, não implementaria um modelo que não funciona. A Federação Paulista de Futebol implementou o mesmo modelo em 2012 e vimos que não funcionou. É muito difícil de acreditar que desde 2012 só tiveram 18 casos de atrasos de salários no Campeonato Paulista", afirmou Ricardo Martins, à "Rádio Bandeirantes", nesta terça-feira (10).
Para o diretor do Bom Senso, o modelo implementado pela CBF está "fadado ao fracasso", pois os jogadores dificilmente denunciariam seus clubes por medo de represálias.
"É muito difícil um jogador denunciar e recolher assinaturas para o processo. Expor um jogador dessa forma não faz o menor sentido. É o segredo do fracasso do modelo. O que a gente defende é que o clube tenha que prestar contas", explica Martins. "Imagina qual seria a reação da torcida ao ver um jogador que ajudou o clube a conquistar três pontos entrar com uma ação e tirar os mesmos três pontos".
"Ela (CBF) não está fiscalizando de fato, está apenas criando um jeito para os jogadores denunciarem", completou Martins.
O fair play financeiro da CBF
A CBF divulgou na última segunda-feira (8) o detalhamento das regras do fair play financeiro para o Brasileiro. Caso os clubes atrasem salários, correrão risco de perderem três pontos por partida quando as dívidas forem confirmadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
"O Clube que, por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, estiver em atraso com o pagamento de remuneração, devida única e exclusivamente durante a competição, conforme pactuado em Contrato Especial de Trabalho Desportivo, a atleta profissional registrado, ficará sujeito à perda de 3 (três) pontos por partida a ser disputada, depois de reconhecida a mora e o inadimplemento por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)", diz a nova regra publicada pela entidade.
De acordo com a nota oficial da CBF, o jogador que tiver 30 dias ou mais com o salário atraso pode denunciar seu clube (pessoalmente, por meio de advogados ou de sindicatos). O caso será analisado pelo STJD e, comprovado a dívida, a equipe terá 15 dias para que os dividendos sejam quitados.

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