Depois de três empates seguidos no Beira-Rio, inclusos aí dois placares em 0x0, o Internacional venceu a Ponte Preta por 2x1 depois de sair perdendo no primeiro tempo. Com o resultado, o time gaúcho se manteve na quinta colocação, com 30 pontos, mas já abriu 4 pontos para o sexto colocado Cruzeiro. Já a Ponte Preta caiu para a 11ª posição. Na próxima rodada o Inter encara o Corinthians no Pacaembu, e em Campinas teremos o duelo entre Ponte Preta e Bahia.
Inter sofre com inoperância ofensiva e vê a Ponte abrir o placar no fim do primeiro tempo
O Internacional foi a campo contra a Ponte Preta disposto a quebrar o jejum de dois jogos sem marcar gols em seus domínios. Fernandão ainda não conseguiu dar um padrão tático ofensivo ao time, sobretudo com a ida de Leandro Damião para Seleção Olímpica, e as lesões de Dagoberto, D'Alessandro e Dátolo. Mesmo a chegada de Diego Forlán não solucionou esse problema crônico da equipe colorada.
A pouca eficiência ofensiva do Internacional ficou evidente no primeiro tempo. O time concentrou a bola nas laterais, com Kleber e Nei, mas não havia alguém no meio capaz de parar a bola e pensar a melhor jogada. Na frente, Forlán corria de um lado para o outro sem ter com quem tabelar, tendo em vista a má fase que Jajá atravessa, escalado para ser o homem mais próximo do uruguaio. Se Forlán não conseguia com a bola rolando, quase virou garçom aos 15 minutos, quando cobrou escanteio na cabeça de Rodrigo Moledo, mas a bola faz por cima do gol.
A partir dos 20 minutos,o Inter ensaiou uma pressão e quase abriu o placar aos 22: o sempre participativo Fred arrancou pelo meio e rolou para Forlán, que bateu prensado. Um minuto depois, o urugaio arriscou de fora da área e a bola foi desviada e passou perto do ângulo. Depois, o Inter voltou a mergulhar no oceano de improdutividade do seu meio campo e parou de ameaçar a Ponte, que parecia satisfeita com o empate, preocupando-se apenas com a marcação. Aos 39, o questionado Jajá fez Edson Bastos trabalhar um pouco e voar para defender chute forte de fora da área.
E a Ponte, na única chance que teve, abriu o placar: se aproveitando de uma bola dividida na direita, Cicinho avançou, entrou na área e na saída de Muriel chutou de bico para colocar 1x0 no placar.
Mexidas no ataque dão certo e Inter vira no fim do jogo
Fernandão, técnico que brilhou no ataque do próprio Colorado, percebeu que era necessário um novo ânimo no ataque do seu time. E tirou o volante Ygor no intervalo para lançar o jovem atacante Maurides. A alteração surtiu efeito pelo menos no que diz respeito a postura do time gaúcho, que começou o segundo tempo jogando mais no campo da Ponte Preta. Mas foi o time de Campinas quem assustou primeiro, aos 13 minutos: Cicinho recebeu na intermediária, dominou e bateu com estilo. A bola explodiu na trave de Muriel.
O Inter usou e abusou dos cruzamentos no primeiro tempo, mas que na maioria das vezes não encontraram ninguém dentro da área. Na segunda etapa, que havia Maurides como homem de referência, a coisa não mudou de figura. E o empate saiu de um desses levantamentos: Fred recebeu a bola de Kleber na esquerda, e cruzou na cabeça de Jajá, que cabeceou no contrapé de Edson Bastos, colocando 1x1 no placar e aplainando momentaneamente seu turbulento relacionamenteo com a torcida colorada.
Aos 23 minutos, Jajá voltou a carga quando partiu pra cima da marcação e bateu forte, a direita de Edson Bastos. A partir daí, o Inter pressionou sem muita técnica, mais na base do coração do que na organização. A Ponte rebatia os cruzamentos para área e se postava na frente dos chutes, muitos deles dos pés de Diego Forlán, que o tempo todo buscou o gol. Até que no apagar das luzes, aos 46 minutos, Mike recebeu lindo passe de Elton dentro da área e pareceu até um atacante veterano: com calma, o jovem atacante colocou no cantinho, sacramentando a vitória do Internacional e garantindo à equipe a sexta partida sem derrota.
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