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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Mais próximo de Zagallo, Felipão adota discurso ufanista como lema na seleção


Luiz Felipe Scolari está a uma frase de efeito como “Vocês vão ter de me engolir” de personificar por completo no atual comando da seleção brasileira a figura de Mario Jorge Lobo Zagallo. Citado por Felipão após a vitória contra o Uruguai na quarta-feira , que levou sua equipe para a final daCopa das Confederações , Zagallo ficou famoso por colocar o sentimento pelo Brasil acima de qualquer outra emoção. Felipão segue pelo mesmo caminho.
O técnico não precisa ser perguntado sobre torcida ou sobre cidades por onde passa para, no meio de explanação sobre qualquer outro assunto, fazer uma interrupção para fazer elogios e exaltar o sentimento que para Felipão tem unido time e fãs.
“Quem nos colocou foi a torcida. Ela nos deixa mais fortes a cada momento de felicidade. Belo Horizonte é mais uma cidade na nossa rota para os jogos da Copa que nos deixa muito felizes. Foi Fortaleza, Salvador, Brasília, agora voltamos para o Rio. Belo Horizonte nos recebeu de uma forma que nem imaginávamos. É isso que precisa. Esse compromisso de apoiar a seleção”, disse o técnico, vaiado no Mineirão em abril após empate com o Chile em 2 a 2.
As palavras de Felipão se assemelham muito ao que dizia Zagallo, muito amigo de Carlos Alberto Parreira, hoje coordenador da seleção. Felipão se aproximou do velho Lobo por conta dessa amizade. Zagallo e Parreira trabalharam juntos da Copa de 1994, ano do quarto título brasileiro, e também em 2006. Zagallo ainda foi técnico entre 1995 e 1998.
Nesse período, em 1997, após a conquista da Copa América, Zagallo soltou a frase famosa “Vocês vão ter de me engolir” para os críticos de seu trabalho. Agora Felipão, numa postura parecida, pede para que todos se unam em torno da seleção e ignorem quaisquer problemas em torno dela. Felipão criticou uma emissora de TV, sem revelar qual é, por não abraçar a seleção.

“Uma TV que joga contra o Brasil e induz o arbitro e diz que nosso time bate. Está na hora de juntarmos esforços para o Brasil e não contra o Brasil”, disse, rebatendo críticas que profissionais da emissora fizeram ao trabalho do técnico.
Zagallo era parecido. A “amarelinha”, seu xodó, sempre esteve em primeiro plano. Felipão, seguindo o exemplo do amigo, quer que o apoio à seleção venha até quando o time não jogar.
“Está muito bonito de ver. Cantam o hino depois de parar a música, empolgados. Vibrando e participando. É assim tem de ser. Mesmo não jogando bem. Essa é a ideia de torcemos para a seleção. Agora com quatro vitórias seguidas é dar continuidade todos juntos com a seleção”, comentou o treinador.
A proximidade entre Felipão e Zagallo é tão grande, que o 13, número da sorte de Zagallo, também foi adotado por Felipão. Pós jogo lembrou que Brasil e Uruguai fizeram o 13º jogo da Copa das Confederações. “Hoje a gente não perderia de jeito nenhum”, brincou.
A delegação da seleção brasileira chega ao Rio nesta quinta-feira. Zagallo, de 81 anos, mora lá. E será um dos convidados para a final no Maracanã. Para Felipão isso é sinal de boa sorte.

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