"Obrigado, São Victor". Era essa a mensagem no cartaz pendurado na casa do goleiro do Atlético-MG após o pênalti defendido contra o Tijuana que carimbou a classificação para a semifinal da Libertadores. O sentimento de gratidão do torcedor pelo camisa 1 só aumentou desde então. Tanto na semifinal como na decisão, Victor se consagrou nas disputas de pênaltis e acabou a Libertadores como um dos principais responsáveis pelo título atleticano .
Dessa maneira, Victor aumentou a lista de goleiros que se tornaram heróis em títulos de clubes brasileiros na Libertadores. Campeão em 2012, o Corinthians teve como um dos principais momentos da sua campanha a defesa de Cássio no chute cara a cara de Diego Souza contra o Vasco, nas quartas de final. Além de passar segurança entre as traves, Rogério Ceni foi o artilheiro do São Paulo na edição de 2005. O clube do Morumbi também viu Zetti brilhando na disputa de pênaltis da decisão de 1992, contra o Newell's Old Boys. Em 1999, Marcos fez o mesmo pelo Palmeiras não só na final, diante do Deportivo Cali, como nas quartas de final, contra o rival Corinthians.
Antes do Atlético-MG, um outro clube mineiro teve no goleiro um dos principais responsáveis pela conquista da Libertadores. No título do Cruzeiro de 1997, Dida se destacou ao pegar duas cobranças do Colo Colo na disputa de pênaltis na semifinal.
Não foi apenas a sorte que ajudou Victor a brilhar nos pênaltis ao longo das três fases finais da Libertadores de 2013. Após o Atlético-MG eliminar o Newell's Old Boys na semifinal, o goleiro admitiu ter estudado a forma como os jogadores do time argentino costumavam fazer suas cobranças.
"Eu vi as cobranças do Maxi Rodriguez contra o Boca Juniors e procurei ir no canto de segurança dele. Ele tinha batido dois pênaltis nas quartas de final e o primeiro foi exatamente no canto que fui. Os que chutaram errado eu também tinha estudado. Nós procuramos analisar porque sabemos que tudo pode acontecer nesse jogo", declarou.
Com o título assegurado, o goleiro brincou com o fato de ser chamado de São Victor pela torcida do Atlético-MG. "É um sentimento de orgulho poder colaborar com essa conquista, mas quando se ganha rótulo de santo, é preciso fazer um milagre a cada jogo", afirmou o atleta, em entrevista ao Fox Sports . "Isso também aumenta a responsabilidade, mas estou feliz. Estou em um momento único da minha carreira, com muitas coisas boas acontecendo", completou.
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