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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Inter de Milão é novo alvo de investidores asiáticos que invadem mercado europeu

Dentro de um mês, o empresário indonésio Erick Thohir deverá se tornar o responsável por administrar a Inter de Milão. Um acordo fechado nesta quinta-feira com o presidente e acionista majoritário do clube, Massimo Moratti, determinou o repasse a ele de cerca de 70% dos títulos do clube, que não é o primeiro europeu a passar por esse tipo de processo.
Nos últimos anos, outros clubes do continente passaram a ser administrados por investidores de países asiáticos sem tradição no futebol. Se alguns dos exemplos mais notórios se repetir com a Inter de Milão, os torcedores da metade azul e negra da cidade têm motivos para esperarem que o nono lugar no último Campeonato Italiano seja deixado rapidamente para trás. Manchester City e PSG são times que apresentaram um salto de competitividade depois que passaram a receber esse tipo investimento.
Meio-irmão do presidente dos Emirados Árabes, o sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan adquiriu o City em setembro de 2008 e não economizou desde então para transformar a equipe, até então figurante no Campeonato Inglês, em uma das potências do país. Ano a ano, o clube chama a atenção pelas cifras nas contratações de jogadores. Na última janela de transferências, por exemplo, foram desembolsados 120 milhões de euros. Os resultados já começam a aparecer, com o título inglês de 2012 e a segunda participação consecutiva na Liga dos Campeões -- após décadas de ausência.
Apesar de o dinheiro ter como origem outro país do continente asiático, a história do PSG é bastante semelhante. O grupo QIA (Qatar Investment Authority) comprou 70% das ações do time francês em outubro de 2011 e acabou comprando a parte restante em 2012. Assim como o Manchester City, o clube não economizou na hora de contratar jogadores. Nesta temporada, por exemplo, pagou ao Napoli 64 milhões de euros (cerca de R$ 195 milhões) para adquirir o atacante uruguaio Edison Cavani. Na anterior, gastou um milhão de euros a mais para tirar o atacante Zlatan Ibrahimovic e o zagueiro Thiago Silva do Milan. Como retorno, voltou a ser campeão francês e a segunda edição seguida da Liga dos Campeões.
Também do Catar, vem o exemplo negativo desta experiência de clubes que recebem investimentos de asiáticos. Em 2010, o empresário Abdullah Bin Nasser Al-Thani, parente do atual governante do país, comprou o Málaga, da Espanha. O clube fez boas campanhas no campeonato nacional e chegou até a disputar a última Liga dos Campeões, na qual atingiu as quartas de final. No entanto, por conta do descumprimento de um parâmetro de gestão que limita os endividamentos dos clubes (prática chamada de "Fair Play financeiro"), foi punida pela Uefa com a perda do direito de participar de competições continentais por um ano.

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