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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Sem criatividade, Inter fica no 0 a 0 com o Atlético-PR e está fora da Copa do Brasil

Sem criatividade, Inter fica no 0 a 0 com o Atlético-PR e está fora da Copa do Brasil Giuliano Gomes/Folhapress
O jogo do ano para o Inter acabou como grande parte dos 90 minutos da temporada: um empate. E o placar em 0 a 0 no caldeirão do Durival Britto tirou o Inter da Copa do Brasil pelo saldo qualificado. A última sequela deixada pelo time de Dunga, o 1 a 1 contra um eficiente Atlético-PR no Estádio do Vale, em setembro, abateu Clemer.
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O primeiro tempo foi feio, com pouco futebol, mas muita marcação e força por parte de Atlético-PR e Inter. Enganou-se quem esperava que os paranaenses esperariam o time de Clemer para sair nos contra-ataques - tática daqueles que têm a vantagem em uma partida de mata-mata da Copa do Brasil.
Ao contrário, com Dellatorre na vaga de Marcelo, lesionado, Vagner Mancini conseguiu deixar a bola presa na frente, no ataque, sempre pela direita, às costas de Kleber. Bola no ataque atleticano, dificuldades para o Inter, que precisava marcar seu gol para ir às semifinais. Quando Everton se movimentava pela esquerda, o ex-colorado centralizava junto a Ederson e complicava a vida de Muriel.
Com 12 minutos, na ala coberta por Gabriel, Everton pegou de primeira e assustou os mais de mil colorados que estavam no Durival Britto. Para o Inter faltava ligação entre a defesa e o ataque. Havia um buraco no meio antes da linha de três jogadores ofensivos - com D'Alessandro, Jorge Henrique e Otávio. o Inter apostava nos chutões e facilitava a vida dos zagueiros adversários. Quando triangulou pela primeira vez, aos 15, Willians conseguiu um cruzamento que deixou Leandro Damião cara a cara com Weverton.
Pena que o atacante chegou atrasado. D'Alessandro pedia calma para os companheiros, aparecia para o jogo no hiato entre defesa e ataque. E então o Inter mudou. Passou a bloquear as investidas do Atlético-PR, mas com faltas.
- Eles estão usando o braço, está complicado de jogar - apontou Jorge Henrique no intervalo.
Era jogo para cascudos. Clemer voltou do vestiário com Diego Forlán na vaga de Otávio. O guri não repetiu a boa atuação do Gre-Nal, sentiu a pressão do Durival Britto e a encarada de Paulo Baier quando, na opinião do meia, simulou uma falta logo aos dois minutos de partida. A proposta era simples: Forlán passou a jogar centralizado na linha de três anterior a Damião. Jorge Henrique foi à esquerda. D'Ale continuava ao lado de Gabriel. Assim, o Inter seguia marcando firme e tinha velocidade e qualidade na ligação com o ataque - o que faltou na primeira etapa. O centroavante, porém, não estava na melhor noite. Fez, certamente, uma das piores partidas com a camisa do Inter.
Clemer, que já havia demonstrado insatisfação com seu camisa 9, tirou-o para a entrada de Rafael Moura. Na primeira chance, aos 15 da etapa final, quase marcou. A partir daí, só o Inter jogou. Só o Inter precisava do gol. Só o Inter tentava abrir o marcador. Mas o Inter não tinha êxito em nenhuma de suas necessidades. O Atlético-PR se fechou e fez o óbvio: passou a jogar no contra-golpe. Os gaúchos já demonstravam cansaço, Scocco apareceu como sangue novo aos 25 minutos.

A tentativa foi em vão. Se a Copa do Brasil era a prioridade do final do ano do Inter para conquistar uma vaga na Libertadores no ano da reabertura do Beira-Rio, para estar na principal competição da América em 2014 Clemer e seus comandados terão de fazer um milagre. O que seria o jogo do ano para os gaúchos tornou-se apenas mais um empate na série da temporada. Domingo, contra o São Paulo, no Centenário, será o primeiro dos oito novos jogos do ano.
COPA DO BRASIL — QUARTAS DE FINAL — 23/10/2013
ATLÉTICO-PRWeverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto, Juninho (Renato, 42'/2ºT); Deivid, Zezinho, Everton, Paulo Baier; Ederson (Ciro, 42'/2ºT), Dellatorre (Douglas Coutinho, 24'/2ºT)
Técnico: Vagner Mancini
INTERMuriel; Gabriel, Jackson, Juan, Kleber (Scocco, 25'/2ºT); João Afonso, Willians, Jorge Henrique, D'Alessandro, Otávio (Forlán, int.); Leandro Damião (Rafael Moura,13'/2ºT)
Técnico: Clemer
Cartões amarelos: D'Alessandro, Jorge Henrique, Jackson (I); Weverton, Zezinho, Douglas Coutinho (A)
Arbitragem: Wilson Luiz Seneme (SP), auxiliado por Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Rodrigo Henrique Correa (RJ)
Renda: R$ 138.551,10
Público: 12.629 pessoas
Local: Estádio Durival Britto, em Curitiba (PR).

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