Sob vaias, Vasco só empata com o Boavista na estreia no Carioca

No reencontro do Vasco com sua torcida após o rebaixamento no Brasileiro, o time começou bem, recebeu o apoio das arquibancadas. Mas, na estreia no Campeonato Carioca, a equipe de Adilson Batista desperdiçou um pênalti (com Fellipe Bastos) e cedeu o empate em 1 a 1 com o Boavista, em São Januário. No fim, os gritos de incentivo foram trocados por vaias na Colina, direcionados, principalmente a Bastos e ao goleiro Diogo Silva.

O time vascaíno volta a jogar quarta-feira, às 19h30m, contra o Macaé, fora de casa, no Moacyrzão. Com apenas três (o zagueiro Rodrigo e os laterais André Rocha e Marlon) dos sete reforços em campo, o Vasco foi escalado com três cabeças de área (Abuda, Guiñazu e Fellipe Bastos) e três atacantes (William Barbio, Edmilson e Reginaldo). Principalmente no primeiro tempo, o time sentiu a falta de um meia de ligação.

A primeira chance de perigo do Vasco saiu dos pés de William Barbio, que foi emprestado para o Bahia no último Brasileiro. O atacante entrou em velocidade na área do Boavista, tentou duas vezes o cruzamento e a zaga tirou.

Os torcedores do Vasco não paravam de incentivar quando o time abriu o placar. O lateral-esquerdo Marlon (uma das novidades da equipe) cruzou para Barbio, Bruno Costa tentou cortar, mas a bola sobrou limpa para Reginaldo. O atacante tocou da entrada da área para fazer o primeiro gol do time em 2014, e seu primeiro com a camisa vascaína.

Mas o gol não intimidou o Boavista, que tinha como maestro o ex-vascaíno Jéferson. Principalmente em bola parada, o meia levou perigo ao gol adversário. Na melhor delas, aos 12, ele cobrou escanteio da direita, Rômulo cabeceou, e Diogo Silva fez ótima defesa, em cima da linha.

Aos 36, o camisa 10 do Boavista puxou contra-ataque, tocou na área, e Gilcimar, de cabeça, cabeceou com muito perigo. Na verdade, a partir dos 30 minutos, o Vasco diminuiu o ritmo, e o adversário cresceu. Ainda assim, aos 46, quase o time da Colina ampliou. Fellipe Bastos cobrou falta da direita, e Edmílson carimbou o travessão de Getúlio Vargas.

As duas equipes voltaram sem modificações para o segundo tempo. Aos dois minutos, Reginaldo lançou Marlon, que cruzou para Barbio na pequena área, mas o atacante não alcançou. Aos 11, Rodrigo chutou forte, rasteiro, após cobrança de falta, e Getúlio Vargas.

Montoya entra bem. O Vasco parecia controlar as ações até que, aos 15, Cascata, em jogada individual, empatou o jogo. Livre, o atacante chutou forte da entrada da área, rasteiro, e Diogo Silva pulou, mas não alcançou.

Logo após o gol, a torcida vascaína, que, até então, não parava de cantar, ensaiou as primeiras vaias. Principalmente quando Diogo Silva pegava na bola. Aos 19, Adilson Batista tirou Edmílson e lançou o também Thalles. Quatro minutos depois, Barbio saiu para a entrada de Montoya.

O Vasco poderia ter feito o segundo gol aos 33, quando o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti em cima de Montoya. Mas Fellipe Bastos cobrou mal, e Getúlio Vargas fez a defesa. A partir daí, Fellipe Bastos passou a ser vaiado a cada vez que tocava na bola. Mas na base do desespero, a equipe de Adilson Batista ainda tentou o gol, Thalles criou dois lances de perigo, mas não foi dessa vez que o time fez as pazes com a vitória.

VASCO 1 X 1 BOAVISTA

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Marelo de Lima Henrique (RJ)

Auxiliares: Lilian da Silva F. Bruno (RJ) e Andréa Izaura Maffra de Sá (RJ)

Cartões amarelos: Cascata, Romário (BOA) e Guiñazú (VAS)

Público/renda: 160.265,00/5.763 pagantes

Gols: Reginaldo, 10'/1ºT (1-0) e Cascata, 15'/2ºT (1-1)

VASCO: Diogo Silva, André Rocha, Luan, Rodrigo e Marlon (Henrique, 37'/2ºT); Guiñazú, Abuda e Fellipe Bastos; William Barbio (Montoya, 23'/2ºT), Edmilson (Thalles, 19'/2ºT) e Reginaldo - Técnico: Adilson Batista.

BOAVISTA: Getúlio Vargas, Barrach, Gustavo, Bruno Costa e Romário; Romulo, Douglas Pedroso (Weverton, 24'/1ºT), Thiago Silva (Cascata, 32'/1ºT) e Jeferson (Diogo, 34'/2ºT); André Luis e Gilcimar - Técnico: Adilson Batista.