A folha salarial do São Paulo gira em torno de R$ 7 milhões, mas uma parte considerável desse montante é gasto com jogadores encostados. Os volantes Fabrício e Denilson, o lateral-esquerdo argentino Clemente Rodriguez, o zagueiro João Filipe e o lateral-esquerdo Cortez somam quase R$ 1 milhão em vencimentos e dificilmente voltarão a defender o clube.
Denilson foi o último a entrar na vala dos descartáveis. Apesar de considerá-lo acomodado, o presidente Juvenal Juvêncio acabou renovando o seu contrato até o final de 2017 por cerca de R$ 300 mil mensais após ser muito pressionado pelo então técnico Ney Franco e Adalberto Baptista, à época diretor de futebol.
O ex-homem forte do presidente, por sinal, ainda é apontado até mesmo por membros da diretoria como responsável direto pelas contratações equivocadas e caras. Foi dele a ideia de trazer Clemente Rodríguez do Boca Juniors: o argentino participou de apenas três jogos e ganha R$ 130 mil mensais.
Quem vive situação semelhante é Fabrício, que não decolou no Morumbi - passou por várias contusões desde que foi contratado - e custa quase R$ 200 mil por mês. João Filipe é apontado como outro erro crasso de avaliação: ganhou contrato de R$ 90 mil mensais até 2016 e sequer treina.
Já Cortez custou R$ 8 milhões e foi descartado. O Benfica paga o seu salário (R$ 180 mil) até julho. Isso sem contar o zagueiro Lúcio, hoje no rival Palmeiras, que custou R$ 3 milhões enquanto ficou afastado. “Quando contratamos um jogador temos a esperança que ele dê certo, mas é uma circunstância”, explicou o vice de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.
Sem jogos no fim de semana, o elenco fez uma atividade técnica na última sexta-feira. Então, o técnico Muricy Ramalho resolveu mudar a programação para dar dois dias de folga ao elenco durante o carnaval. O elenco se reapresenta nesta segunda à tarde, quando continua a sua preparação para enfrentar o Audax, na quarta, no Morumbi.
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