A diretoria do Palmeiras decidiu em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (28) que irá manter o técnico Gilson Kleina no comando do elenco alviverde. Na avaliação dos dirigentes, a goleada por 6 a 2 diante do Mirassol na noite de ontem não deve ter consequências sobre o trabalho que vinha sendo realizado. Apesar de contestado por muitos torcedores e alguns aliados do presidente Paulo Nobre, Kleina tem a seu favor a sequência de 12 jogos sem derrotas no Campeonato Paulista antes do último revés.
- O Gilson é o nosso técnico. Não seria por uma ou outra derrota que ele deixaria de ser o técnico. As coisas continuam normais. A torcida tem o lado emocional, respeitamos isso, mas quem dirige tem de ter a frieza de saber a realidade que o clube pode oferecer. Só resultado deixa a torcida satisfeita. Estamos todos sem dormir, mas isso já aconteceu no Palmeiras e em outros times. Temos de ter sobriedade para passar isso aos jogadores e torcedores - disse o mandatário, em coletiva na Academia de Futebol.
Desde que assumiu o cargo para substituir Luiz Felipe Scolari, o atual comandante somou 12 vitórias, nove empates e 12 derrotas, com um aproveitamento de 45,4%. Nesse período, muitas dificuldades atrapalharam o trabalho do ex-treinador da Ponte Preta. Após o rebaixamento para a Série B do Brasileirão, o clube passou por eleições presidenciais e demorou a correr atrás de reforços. A saída do atacante Barcos, negociado com o Grêmio, deixou o elenco carente no setor ofensivo.
Quando entrou em campo para encarar o Mirassol, o Verdão tinha oito desfalques por conta de lesões: Valdivia, Leandro Amaro, Souza, Kleber, Maikon Leite, Vilson, Maurício Ramos e Henrique. Em campo, os substitutos não deram conta do recado. O zagueiro Marcos Vinícius, de 21 anos, marcou um gol contra logo em sua estreia no time profissional, aos 40 segundos de jogo. Mesmo perdido em campo, o jogador não foi sacado. Kleina alegou que não queria queimá-lo.
- O Palmeiras estava sem sete jogadores titulares. Isso é um fato, outra coisa é que uma derrota de seis nunca é normal, mesmo com o time desfalcado. Esse tipo de fatalidade acontece, e ontem foi o que ocorreu. Foi isso que eu conversei com eles - afirmou Nobre.
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