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domingo, 23 de março de 2014

Caprichos da Fifa exigem reformas até em estádios da Copa das Confederações

Nem mesmo os estádios que passaram pelas mãos da Fifa durante a Copa das Confederações, em junho de 2013, estão prontos para a Copa do Mundo, que começa no dia 12 de junho, daqui a 83 dias. Por conta da necessidade de construção de estruturas temporárias que foram desmontadas depois do evento teste, novos gastos estão previstos até a Copa.
Em Belo Horizonte, por exemplo, o Mineirão, um dos seis palcos da Copa das Confederações, passa por novas adaptações exigidas pela Fifa. O gasto para ampliar áreas de imprensa e outros espaços internos, segundo o jornal O Estado de Minas, será em torno de R$ 50 mil, a serem pagos pelo governo mineiro. As estruturas instaladas para o evento em 2013 foram desmontadas e, agora, com uma maior exigência do evento, essas áreas terão capacidade ainda maior.
Em Salvador, a Fonte Nova tem capacidade de para 50 mil pessoas. Porém, como aconteceu na Copa das Confederações, o estádio vai ter sua capacidade ampliada para 55 mil lugares. As estruturas provisórias começam a ser montadas a partir de 31 de março e custarão R$ 10 milhões. Os assentos ficarão atrás de um dos gols do estádio, de frente para o Dique do Tororó, um cartão postal da capital baiana.
No Castelão, em Fortaleza, a Fifa pediu para que o estacionamento ao lado do estádio fosse expandido para abrigar mais veículos de transmissão de TV. Ao todo, são 19 áreas do estádio que precisarão de ajustes antes da Copa, para que a arena fique do jeito que a Fifa deseja. 
"Estamos fazendo apenas uma revisão dos planos, pois na Copa das Confederações foi um teste para o nosso replanejamento. Mas agora, para Copa do Mundo, as demandas são diferentes. E aprendemos com as coisas do passado para acertar na Copa do Mundo. Não há revolução de planos, mas sim uma evolução dos planos", disse Chris Unger, chefe de operações COL em visita a Fortaleza no início de 2014.
Em Brasília, o Mané Garrincha ainda tem seu projeto para a Copa do Mundo em estudo, e os valores nas adaptações para receber os jogos do torneio ainda não foram definidos. O governo do Distrito Federal, por meio de sua assessoria, informa que o investimento nas estruturas complementares utilizadas na Copa das Confederações, que foi feito por meio de um convênio assinado com PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), poderá ser repetido no Mundial.
"É importante ressaltar que a adoção desse modelo consistiu uma forma de reduzir o impacto financeiro da instalação apenas temporária de elementos fundamentais às competições, mas dispensáveis para o uso regular do estádio", disse o governo do Distrito Federal, que afirma que o estádio está 100% concluído para a Copa, mesmo com as estruturas temporárias a serem construídas. 
Outras sedes
Durante a última visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao Brasil, ficou clara a sua insatisfação com a demora de algumas das sedes, em especial Curitiba, São Paulo e Porto Alegre no que se refere à entrega das obras complementares e no entorno dos estádios. Segundo o COL (Comitê Organizador Local), tudo está caminhando bem.
"As estruturas complementares não preocupam o COL em Curitiba, tendo o processo licitatório correspondente ocorrido no último dia 17. De maneira similar, em Porto Alegre a resolução já foi equacionada, porém ainda depende de aprovação na Assembleia Estadual do Rio Grande do Sul. Acompanhamos o processo das instalações complementares em São Paulo desde o início e testemunhamos o empenho de todas as entidades envolvidas – Sport Club Corinthians Paulista, juntamente com a Prefeitura e o Estado – para avançar a questão. As instalações complementares são montadas gradativamente entre maio e junho", disse o comitê local em nota. 
Três estádios ainda não foram inaugurados. Além da Arena da Baixada e da Arena Corinthians, a Arena Pantanal, em Cuiabá, também precisa ser concluída. Seu primeiro jogo está marcado para o próximo dia 2 de abril, entre Mixto e Santos pela Copa do Brasil.

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