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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Celso Barros contesta saída de Renato e evidencia racha entre Flu e Unimed

O presidente Peter Siemsen usou boa parte de sua entrevista coletiva na última quarta-feira para informar que não havia nenhum problema de relacionamento entre ele e o empresário Celso Barros, presidente da Unimed. Porém, o chefão da empresa que patrocina o Fluminense não pensa da mesma forma, como deixou claro em entrevista ao jornal O Globo. Barros deu a entender que se sentiu traído por Siemsen no episódio da demissão de Renato Gaúcho e informou que não pagará o salário de Cristóvão Borges, que será o substituto.
"O presidente Peter Siemsen me procurou, junto com o Ricardo Tenório (vice de futebol) e manifestou o interesse em demitir o Renato. Eu fui contra. Mas é ele (Peter) que manda, caberia a ele. Abordamos o assunto, mas ele não manifestou a sua decisão final. Ficou decidido uma coisa, e ele foi embora. Depois, decidiu demitir o Renato. Foi um comportamento estranho, porque ele poderia ter me dito que tiraria o treinador. Criou um atrito desnecessário", disse Celso, que prometeu não contratar mais nenhum jogador até o fim do ano.
Ainda na mesma entrevista ao O Globo, Celso Barros deixou no ar a possibilidade de a Unimed deixar o Fluminense no fim do ano. "Eu avalio anualmente, como sempre foi feito. Posso dizer que os desgastes entre as partes são desnecessários e não valem a pena. No fim do ano, isso será levado em conta. Estes episódios desgastam muito. Quem perde é o torcedor, o Fluminense, a Unimed. Todos. Não há vencedor. Acho que foi uma atitude (demissão) de agradar o grupo político dele. Mas tem todo o direito. Ano passado, em 20 jogos que o Peter fez acumulando cargos, deu no que deu", disse ele.
Peter tem evitado críticas abertas a Celso Barros, pois não possui problemas pessoais com o empresário. Porém, boa parte do grupo que lhe dá sustentação política não gosta da maneira de agir do empresário. O problema é que hoje o Fluminense não tem condições de seguir sozinho, com as próprias pernas e depende bastante do dinheiro da parceria.
O episódio da saída de Renato Gaúcho, porém, ainda poderá ter graves consequências neste sentido. O treinador foi indicação de Celso Barros, que conseguiu impor a sua vontade mesmo com Peter desejando outro nome. O presidente, porém, decidiu abrir mão desta escolha em nome da contratação de alguns reforços de peso da patrocinadora, como o meia argentino Darío Conca, ídolo da torcida, e o atacante Walter, um dos principais nomes do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando defendeu a camisa do Goiás.
Dentro de campo os jogadores seguem se preparando para a partida da próxima quinta-feira contra o Horizonte-CE, no Maracanã, pela rodada de volta da primeira fase da Copa do Brasil. A partida marcará a estreia de Cristóvão Borges e o desafio já é grande. Por ter perdido na ida por 3 a 1, o Tricolor precisa, pelo menos, de um triunfo por 2 a 0 (os gols anotados como visitante valem para critério de desempate) para evitar uma eliminação precoce, que só transformaria Laranjeiras em um caldeirão ainda mais quente.

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