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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Na final pela 6ª vez seguida, Santos coroa apostas na base e em Oswaldo

Seis finais em seis anos. Cinco títulos nos últimos nove. Quando se trata de Campeonato Paulista, pelo menos de 2006 para cá, ninguém segura o Santos. E após um ano de reestruturação em 2013, quando teve que lidar com a saída de Neymar, o clube volta à decisão estadual. O segredo? As apostas em Osvaldo de Oliveira e na nova safra “meninos da Vila”.
Gabriel, 17 anos; Stefano Yuri, 19; Geuvânio e Alison, 21. Estes são só alguns exemplos dos jovens que, ao lado dos experientes Arouca, Leandro Damião e Thiago Ribeiro, fizeram do Santos o melhor time deste Paulistão. Condição que será posta à prova em duas partidas contra o Ituano e que mostra que a passagem da antiga geração de revelações para esta foi feita.
“O ano de 2013 foi a transição que nos mostrou que o ciclo vitorioso até 2012 tinha se esgotado. Mudanças precisavam ser realizadas. Temos a missão de identificar os atletas com potencial para serem promovidos ao profissional, e estamos observando. O resultado tem sido bom”, afirmou o presidente Odílio Rodrigues.
“Tínhamos a necessidade de ter um centroavante bom, e o Santos não mediu esforços para trazê-lo. Temos nosso modelo de contratação, com números fixados, e usamos a parceira para trazer o Leandro Damião, sem usar o nosso caixa. Contratamos atletas que entendíamos ser necessários para o time, além de termos muitas alternativas na nossa base”, completou o dirigente.
Por estatuto, o Santos destina pelo menos 10% de sua receita exclusivamente para a base. A prova de que esta medida tem dado certo é que o clube da Vila Belmiro é atual bicampeão da Copa São Paulo de futebol júnior.
Outro motivo para o sucesso santista nesta temporada está na aposta em Oswaldo de Oliveira. Depois de tentar contratar nomes estrangeiros como Marcelo Bielsa e Tata Martino, este atualmente no Barcelona, a diretoria optou pela solução caseira e efetivou o interino Claudinei Oliveira na segunda metade de 2013. Para 2014, acertou com o técnico que classificou o Botafogo à Libertadores.
“Nós tentamos renovar trazendo treinadores da escola de Bielsa, mas não conseguimos. Dentro do mercado, procuramos pelo perfil de treinadores bem atualizados, competentes e que, acima de tudo, tenham incorporado essa metodologia do Santos. Havia uma série de possibilidades, e tivemos um apoio científico do futebol para traçar o perfil do comandante que julgávamos ideal”, disse Rodrigues.
“Oswaldo foi o nome decidido pelo Comitê de Gestão e fomos felizes. O trabalho do Oswaldo mostra que acertamos em escolhê-lo. Ele é uma pessoa atualizada e que tem agregado valor ao Santos”, falou o presidente alvinegro.
Coincidência ou não, os gols que fizeram o Santos chegar à final do Paulistão saíram de substituições promovidas pelo técnico quanto o time estava perdendo para o Penapolense. Rildo, em sua primeira jogada, serviu Leandro Damião, que empatou. Já nos minutos finais Stefano Yuri, que tinha entrado no lugar do atacante, precisou de apenas um toque na bola para virar o placar.
“Foi sorte”, resumiu Oswaldo de Oliveira ainda no gramado da Vila Belmiro no último domingo. Se esta sorte se mantiver pelos próximos dois finais de semana, o Santos tem tudo para consagrar sua nova geração de “meninos da Vila”.

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