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domingo, 30 de setembro de 2012

Dono da melhor campanha do Brasileirão, Fluminense vive expectativa de marcar 2012 em sua história


Passada a frustrante eliminação nas quartas de final da Libertadores para o Boca Juniors, o Fluminense mostra no Campeonato Brasileiro a diferença que um grande elenco pode fazer em campo. Líder, quatro pontos à frente do segundo colocado, o Atlético-MG, o time das Laranjeiras perdeu apenas duas vezes até aqui. Conta com o melhor goleiro em atividade no Brasil. Além de tudo isso, tem em Fred e Deco as armas para impor enorme respeito a qualquer adversário. Alguns percalços, porém, fazem parte da trajetória da equipe. Até onde vai o Tricolor carioca em 2012?
Melhor campanha, mas que ainda preocupa
É nesse ritmo que a equipe comandada por Abel Braga encara o Flamengo, no grande clássico deste domingo, no Engenhão, em confronto decisivo para a pretensão de seguir no topo. Que o pensamento nas Laranjeiras é o título, isso ninguém duvida. O questionamento que, de certa forma, põe em xeque a boa fase vivida pelo Flu tem a ver com a recorrência de atuações pouco convincentes de um elenco tão qualificado.  
O fato de, num momento tão importante como este, encarar o seu maior rival traz, além da apreensão proporcionada por todo grande clássico, ao menos um conforto para a torcida: o histórico recente mostra que a postura do Tricolor é mais incisiva em jogos difíceis. O medo vindo das arquibancadas geralmente se manifesta em maior intensidade nas partidas consideradas fáceis na teoria. O Flu parece se contentar com pouco nessas ocasiões. Um futebol raso, muito aquém do esperado, se sobressai em detrimento da qualidade dos passes de Deco, da velocidade Wellington Nem, da criatividade de Thiago Neves, da consistência de Gum.
A derrota para o Grêmio, por 1 a 0, no Olímpico, na 12ª rodada, foi o primeiro momento em que o sinal de alerta foi ligado. Numa noite fria, em que a temperatura em Porto Alegre beirou os 8ºC, o Flu jogou desfalcado de Deco, Jean, Bruno e Carlinhos, optando por uma formação com três zagueiros. As condições definitivamente não eram as melhores e a invencibilidade que durava onze rodadas foi por água abaixo.
Depois, porém, os comandados de Abel engataram bons resultados. A caminhada pelo título do torneio ficou cada vez mais limpa, até por conta da inoperância de outros possíveis candidatos, que mal conseguiam ultrapassar a barreira do G-4. Até o momento, Atlético-MG e o próprio Grêmio são as únicas equipes a dar sinais de que podem, se fizerem por merecer nas próximas rodadas, disputar a taça com o Tricolor.
Força do elenco passa por equilíbrio
Mas fato é que o Fluminense, em condições normais, como as em que se encontra às vésperas do Fla x Flu de domingo, tem um dos melhores elencos do Brasil. Desta vez, ao contrário dos últimos encontros entre as equipes, quando a lista de desfalques de Abel chegou a sete nomes – no Campeonato Carioca, o Flu priorizava a Libertadores - todas as principais peças estarão à disposição do comandante. Fred, que não disputou o clássico nenhuma vez no Brasileiro do ano passado, e Deco, ausente de um dos confrontos, são os nomes que podem fazer a diferença.
Na zaga, as circunstâncias fizeram com que Abel encontrasse uma formação mais segura do que a das primeiras rodadas do torneio. Com a lesão de Anderson, Leandro Euzébio assumiu o posto de titular e não decepcionou. Sempre se destacando pelo vigor físico e pela presença de área, o camisa 4 mostra mais regularidade na posição do que seu antecessor e vem sendo um dos grandes responsáveis pela qualidade do time das Laranjeiras nas jogadas decorrentes de bola parada, ponto forte da equipe.
Soma-se a isso a boa fase vivida por seu companheiro Gum e pelo goleiro Diego Cavalieri, protagonista de algumas das mais bonitas defesas desse Brasileirão. O setor em que os problemas se manifestam de maneira mais forte são as laterais. Enquanto Carlinhos não demonstra ser mais o mesmo de 2010, Bruno é constantemente criticado pela falta de iniciativa no apoio ao ataque, limitando-se a uma função mais defensiva.
Outro que não vive uma das melhores fases é Thiago Neves, convocado para o Superclássico das Américas e novamente lembrado por Mano na lista para os amistosos contra Iraque e Polônia. Ainda assim, o meia é o tipo de jogador que costuma desequilibrar em um clássico. A expectativa sobre ele e Wellington Nem – este sim em grande fase – é a melhor possível.
O clássico de domingo será só mais um passo, mas já ganha contornos de decisão, considerando o delicado momento do campeonato. A campanha do Flu é excelente. O time é forte. As teimosias de Abel tão questionadas, como a insistência em Edinho no lugar de Valencia, não têm sido capazes de estremecer as perspectivas mais otimistas. Mas tudo dependerá dos próximos resultados. Se de um lado o Flamengo entrará mordido pela derrota por 1 a 0 no primeiro turno, justamente no Fla x Flu do centenário, o Tricolor carioca tem todos os motivos para dar o seu melhor e buscar mais um triunfo no percurso que pode marcar 2012 como um ano de grandes alegrias para o seu torcedor.
 

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