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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Zico rejeita cargo remunerado, mas está na ativa no Flamengo


Zico está de volta. Com a vitória da Chapa Azul nas urnas, o maior ídolo da história do Flamengo novamente tem voz ativa dentro do clube. Sua posição sobre não querer um cargo remunerado não mudou, embora o presidente eleito Eduardo Bandeira de Mello tenha aberto as portas mais uma vez após o anúncio do resultado da eleição. Mas o Galinho está na ativa. E já conversou com o atual diretor de futebol, Zinho, sobre o futuro.
“Continua a mesma coisa, como se eu ainda tivesse contrato com o Iraque. Serei apenas um conselheiro”, disse o eterno camisa 10 do Flamengo.
Parte de um conselho que tomará as principais decisões do futebol daqui para a frente, Zico já fez o primeiro contato com Zinho, seu amigo desde quando jogaram juntos pelo Flamengo. Na conversa, pediu informações sobre o trabalho do Dorival Júnior e passou uma ideia de qual seria a nova função do ex-companheiro.
A nova gestão quer Zinho como diretor técnico e a chegada de um executivo. Resta saber se o o dirigente aceitará as novas atribuições e o contrato que lhe será oferecido - o que está em vigor termina no dia 31 deste mês.
“Falta ele conversar com a direção. Por mim, eu assino embaixo. Mas o que eu acho não quer dizer que vai ser o que entrará em vigor. Existe um conselho. A gente conversa e o que ficar decidido todo mundo dá as mãos”, explicou.
Se ficar, Zinho terá a companhia de um vice de futebol e um executivo. Para a primeira função, o mais cotado é Flávio Godinho, um dos nomes mais fortes da Chapa Azul. O nome de Petkovic foi ventilado para o cargo remunerado, mas Bandeira descartou o gringo. Segundo o presidente eleito, há pelo menos quatro nomes na frente dele. Fábio Luciano e Felipe Ximenes, que está no Coritiba, estão na lista.
“É sempre bom ter Zico por perto. Zico é um ídolo, referência, sempre foi um espelho profissional para mim”, disse Zinho, no Footecon.
Zico prega cautela A Chapa Azul criou, durante a campanha, uma expectativa do tamanho da torcida do Flamengo. E agora precisa corresponder. As grandes conquistas, no entanto, não devem chegar imediatamente, como ressalta Zico.
“Para se chegar a títulos importantes não é da noite para o dia. Mas com certeza esse grupo trará investidores, maiores receitas para investir no time, que sempre tem que estar em primeiro lugar. O grupo vai dar infraestrutura, modernizar o futebol, colocar como deve ser. Isso leva tempo”, explicou.
Zico admite que há pouco tempo, mas afirma ser possível montar um time competitivo já para o início do ano.
“De imediato é estruturar o futebol, montar o time para a primeira competição que começa em janeiro (o Estadual). O tempo é curto. Então, mãos à obra”, concluiu o Galinho de Quintino.
Ídolo rubro-negro evitava ir à Gávea
Desde que pediu demissão do cargo de diretor executivo do Flamengo, em outubro de 2010, Zico poucas vezes foi à Gávea. Em algumas datas especiais, participava com depoimentos gravados. O maior ídolo rubro-negro já não se sentia bem na sua casa.
“Você não vai aonde encontrará pessoas que lhe fizeram mal. Não vou a um lugar onde pessoas abriram um inquérito, duvidaram da minha honestidade e da minha família”, disse Zico, que não se surpreendeu com a comoção pela sua volta. 
“Não cheguei da noite para o dia, foram 20 anos de Flamengo. Nunca tive dúvida do amor e do carinho da torcida. Errar e acertar faz parte, mas tirar vantagem do clube é uma coisa muito distante", completou.

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