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terça-feira, 21 de maio de 2013

Crônica: "Existe apenas um Ronaldo"



Em 2009, a mídia esportiva se rendia ao português Cristiano Ronaldo, considerado então um dos melhores jogadores do mundo. No mesmo ano, todas as torcidas do Brasil se acotovelavam, curiosas, para assistir ao retorno tardio de Ronaldo Fenômeno ao futebol brasileiro. Todas, menos uma: ansiosa por um título nacional após 16 anos, a Nação rubro-negra repetia, na contramão do globo, jogo após jogo, que o mundo do futebol comportava apenas um Ronaldo: Angelim.
Ídolo no Fortaleza, seu clube de infância e de coração, o "Magro de Aço" rumou para terras cariocas no início de 2006, indicado por Valdir Espinoza. Viu equipes montarem-se e desmantelarem-se, viu treinadores chegarem e saírem e demorou até ser reconhecido. Angelim começou a se destacar quando formou dupla com Fábio Luciano, em 2007. A partir daí, consagrou-se como um zagueiro elegante, preciso e firme. Sua personalidade tranquila e humilde conquistou rapidamente uma das torcidas mais exigentes do país.
A glória para Angelim, no entanto, veio apenas no fatídico ano de 2009. Considerado peça-chave em um time que tinha tudo para dar errado, o cearense estava lá para fazer a mais divina das justiças e colocar, no fundo das redes do Grêmio, a bola de sua vida e de toda uma geração de flamenguistas. Foi do único Ronaldo que a Nação rubro-negra conhece o gol que deu o sonhado hexacampeonato ao Flamengo.
Quando sentiu que a idade pouco o deixaria contribuir, Angelim deixou o Flamengo rumo ao Barueri. Jogou pouco, e decidiu retornar às suas origens. Aos 37 anos, o Magro de Aço deixa o futebol para entrar na história. Para trás, ficam 284 partidas pelo Fla, 17 gols e a certeza definitiva que, para os rubro-negros, existiu apenas um Ronaldo.
 

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