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domingo, 11 de novembro de 2012

Após reformulação, Grêmio tem saldo positivo no fim do ano


Qual clube brasileiro pôde começar a planejar o ano de 2012 logo no dia seguinte ao fim do Brasileirão passado? Acerta quem responde Grêmio à pergunta. Em 4 de dezembro de 2011, o Tricolor Gaúcho apresentou Caio Júnior, que teria a missão de capitanear um elenco caro e recheado de grifes na temporada de despedida do mítico Estádio Olímpico, palco das maiores conquistas do clube. Mas o futebol não é uma ciência exata: Caio Júnior foi demitido em fevereiro porque o time patinava no Campeonato Gaúcho. Pouco antes, Vanderlei Luxemburgo fora demitido do Flamengo de maneira conturbada e estava livre no mercado. Juntou-se a fome com a vontade de comer: antigo desejo do Grêmio, Luxemburgo não deixou passar a oportunidade de dirigir um time gaúcho pela primeira vez.
Sedento para voltar ao topo dos técnicos brasileiros, Vanderlei chegou a Porto Alegre dizendo que faria o Grêmio ser campeão brasileiro – assim como fez com o Flamengo, no começo de 2011. De fato, a campanha gremista até a 34ª rodada colocaria o clube nas lideranças de todos os Brasileirões de 2009 para cá. Mas Fluminense e Atlético-MG trataram de subverter todas as projeções em 2012 e elevaram a média de pontuação, relegando o Grêmio ao 3º lugar – pelo menos até o momento. Além disso, o Tricolor gaúcho segue firme na disputa da Copa Sul Americana, em que tem boas chances de avançar à semifinal, após vencer a partida de ida das quartas de final contra Millonários-COL por 1 a 0.
Meio-campo se destaca como ponto de equilibrio do time
O elenco de jogadores que terminou a temporada de 2011 foi completamente reformulado. Quase 20 jogadores foram contratados para armar um elenco forte para a disputa do Gauchão, da Copa do Brasil e do Brasileirão. Logo de cara, a dupla de ataque chamava a atenção. O boliviano Marcelo Moreno foi repatriado do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e Kléber Gladiador veio do Palmeiras, de onde saiu brigado com o técnico Luiz Felipe Scolari. No entanto, o desenrolar da temporada mostrou que Moreno e Kléber não combinavam tanto, já que ambos não tem tanta mobilidade. No Brasileirão, até a 34ª rodada, os dois, juntos, já marcaram 15 gols, menos do que o artilheiro Fred, do Fluminense, que tem 17.
Mas o que dá consistência ao Grêmio é o seu meio-campo. O Tricolor foi hábil em contratar os experientes Zé Roberto e Elano, em julho, para se juntarem aos jovens volantes Souza e Fernando. Luxemburgo também soube encaixar as peças, armando o setor com os 4 jogadores em linha, diferentemente do clássico losango que adotou durante a maior parte de sua carreira. O resultado foi um time que venceu 12 dos seus 17 jogos disputados em casa, até o momento, e que se mostrou bastante sólido.
Ano que vem promete mais: estádio novo e vaga na Libertadores
Gilberto Silva é outra peça importante do esquema tricolor. Em Porto Alegre desde o meio do ano passado, o campeão mundial de 2002 chegou como volante, mas não se firmou. Luxemburgo teve o feeling de recuá-lo para a zaga, onde, ao lado de Werley, vindo do Atlético-MG, Gilberto Silva vem se destacando pela segurança na segunda defesa menos vazada do campeonato.
E o ano de 2013 promete mais: o Grêmio jogará a Libertadores da América em seu novo estádio, por enquanto chamado apenas de Arena do Grêmio. A tendência é que a base do elenco seja mantida, assim como o técnico Vanderlei Luxemburgo. O novo presidente eleito, Fábio Koff – comandante do clube nos seus tempos de glória –, já afirmou que deseja renovar com o técnico. Aconteça o que acontecer, o Tricolor gaúcho virá com tudo para voltar a vencer a principal competição do continente e, quem sabe, o Brasileirão.
 

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