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terça-feira, 11 de junho de 2013

Brasil 3x0 França - Com ajuda de reservas, Seleção quebra jejuns em Porto Alegre


O jejum diante da França durava mais de vinte anos. O caminho do Brasil desde 1992 teve como alguns de seus percalços mais amargos duas derrotas em Copas do Mundo para os rivais. Mas em 2013, num momento em que nenhum dos dois times se encontra tão prestigiado como nos velhos tempos, a Seleção de Luiz Felipe Scolari encontrou uma brecha para afastar a desconfiança e ganhar motivação extra para a Copa das Confederações. Vitória tranquila por 3 a 0 na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, com gols de Oscar, Hernanes e Lucas - os dois últimos saíram do banco de reservas.
Foi a segunda vitória do time canarinho sob o comando de Felipão desde seu retorno ao cargo. O resultado também encerrou um período de quase quatro anos em que a Seleção nao vencia uma equipe campeã mundial. As atenções se voltam agora para o duelo contra o Japão, no dia 15, em Brasília, data da estreia dos canarinhos na Copa das Confederações.  
Fechada, França não dá espaços; lento, Brasil não produz
O goleiro Lloris quase ajudou o Brasil a espantar a tal desconfiança ainda no primeiro minuto, quando se equivocou na saída com a bola e entregou um presente para Neymar. O brasileiro, porém, foi desarmado a tempo. Com a redonda rolando, a Seleção da casa voltou a apresentar a mesma dificuldade que tem marcado negativamente o grupo nos amistosos recentes. Chutões e lançamentos longos pareciam ser as únicas escolhas de um grupo aparentemente incapaz de construir jogadas bem trabalhadas.
O reflexo da inconsistência brasileira já se tornava previsível: em cobrança de falta perigosa, aos 14, Guilavogui cabeceou firme para assustar o goleiro Júlio César, mandando para fora, por muito pouco. Mas nenhuma das duas equipes realmente tomou as rédeas da partida. O Brasil, com mais posse de bola, marcava forte a saída adversária. Os europeus, por sua vez, não davam espaços aos donos da casa. Quando Hulk, aos 27, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, o corte providencial da zaga evitou o pior para os franceses.
A disputa lembrava um pouco a primeira etapa da partida contra os ingleses, há uma semana. No Maracanã, o Brasil dominou a posse de bola, mas não soube o que fazer com ela. O diferencial, desta vez, é que nem os lampejos individuais de Neymar se fizeram presentes. Fred, que quase não viu a bola chegar a seus pés, teve no lançamento de Daniel Alves, aos 41, uma chance rara de assustar os rivais, mas o chute saiu à esquerda de Lloris.
Com boa participação de reservas, Seleção constrói placar elástico 
As seleções voltaram para o segundo tempo mais produtivas. Com um minuto de jogo, na troca de passes entre Fred e Hulk, o segundo chutou para fora, assustando a defesa francesa. Em resposta, Cabaye arriscou de longe, com perigo. Um sinal de que o jogo melhoraria e, sobretudo, de que o público em Porto Alegre presenciaria um Brasil dinâmico. Aos oito, Luiz Gustavo fez falta em Valbuena, não marcada pela arbitragem, e tocou para Fred. O camisa 9 arrancou pela esquerda e encontrou Oscar livre pelo meio para tirar do goleiro Lloris: 1 a 0.
Outras boas chances apareceram na sequência. O mesmo Oscar ficou perto de fazer o segundo, ao receber passe rasteiro de Hulk e mandar para fora. Do outro lado, uma cabeçada de Benzema passou perto da meta defendida por Júlio César.
Desta vez, diferente do que aconteceu contra os ingleses, Felipão chamou suas primeiras modificações sem a pressão de estar atrás no placar. Lucas e Fernando entraram nos lugares de Hulk e Oscar. Com isso, Paulinho, autor do segundo gol brasileiro no Maracanã, passou a atuar mais adiantado. Minutos depois, Fred deu lugar a Jô, como forma de preservar o titular, que ainda sente os incômodos de uma fratura na costela.
As alterações tornaram o ritmo da partida mais lento. Pelo lado brasileiro, o cuidado com a marcação se acentuou, e sobrou para o contra-ataque decidir. Na boa jogada de Lucas, Neymar tocou de cabeça para Hernanes. Agora sem qualquer irregularidade, Hernanes bateu cruzado e matou o goleiro rival. Nos acréscimos, Marcelo foi derrubado e a arbitragem assinalou o pênalti. Em alta, Lucas cobrou no canto direito e garantiu a vitória elástica do time verde e amarelo.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 3 X 0 FRANÇA
Local: Arena Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Data e hora: 9 de junho de 2013, às 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Victor 
Hugo
 Carrillo Casanova (PER)

Auxiliares: Jonny Moncada (PER) e Cesar Escano (PER)
Renda e público: R$ 6.833.515,00/ 51.643 pagantes
Cartão Amarelo: David Luiz (BRA)
Cartão Vermelho:
Gols: Oscar, 8'/2ºT (1-0); Hernanes, 38'/2ºT (2-0); Lucas, 47'/2ºT (3-0)
BRASIL: Julio Cesar, Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo (Hernanes, 35'/2ºT), Paulinho (Dante, 40'/2ºT) e Oscar (Fernando, 19'/2ºT); Neymar (Bernard, 42'/2ºT), Hulk (Lucas, 19'/2ºT) e Fred (Jô, 25'/2ºT). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
FRANÇA: Lloris, Debuchy, Rami, Sakho e Mathieu; Matuidi (Grenier, 24'/2ºT), Cabaye (Gomis, 36'/2ºT), Payet, Valbuena (Lacazette, 24'/2ºT) e Guilavogui; Benzema (Giroud, 24'/2ºT). Técnico: Didier Deschamps.
 


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